Há 845 anos, quando o Papa reconheceu o nosso rei | Contra-Corrente em direto na Rádio Observador
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- čas přidán 22. 05. 2024
- Chama-se “Manifestis probatum”, é uma bula papal e foi emitida a 23 de Maio de 1179, ou seja há exatamente 845 anos. Para D. Afonso Henriques era a confirmação que esperava há 35 anos. Desde Zamora.
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Programa interessante e importante. Os acontecimentos internacionais mostram-nos a importância da identidade dos povos, bem como da necessidade de pertença. É importante que os portugueses sintam orgulho na sua história. Que sintam admiração pelos homens e mulheres que fizeram Portugal - reis, camponeses, religiosos, soldados, carpinteiros, marinheiros, mães etc.. Ainda mais num tempo em que querem que sintamos vergonha da nossa história, o que significa sentirmos vergonha de nós mesmos. É necessário integrar e compreender a história no seu tempo e espaço e seguir em frente. Sem isso é impossível criar esperança e sem esperança é impossível criar um futuro. A ideia de lerem os textos foi genial. Ouvir essas vozes do passado permite fazer a ponte temporal e cultural com aqueles que viveram esses acontecimentos. José Hermano Saraiva, apesar de todas as críticas científicas que se lhe podem fazer, compreendeu isso. Tem que haver uma ligação afectiva, emocional, de orgulho e de pertença com história, evitando-se o fanatismo, mas efectiva. Caso contrário é apenas um amontoado de factos que será até enfadonho para muitos.
Muito bom fiquei a conhecer mais um pouco da História deste meu País. Parabéns
Há várias datas importantes para a constituição da independência nacional. Há quem defenda que seja na batalha de São Mamede, em 1128, quando D. Afonso Henriques derrota a mãe. Há quem defenda 1139, Batalha de Ourique,jjjjj quando é aclamado Rex. E há quem fale em 1143 por ser o reconhecimento do Rei de Castela e Leão.
Pessoalmente, acho que os países devem contar a data desde a declaração da independência. Os EUA comemoram a sua independência a 4 de julho de 1776, e não no reconhecimento inglês de 1783. Inclusivamente na história de Portugal, dizemos que a União Ibérica acabou em 1 de dezembro de 1640, com a aclamação de D.João IV, e não em 1668, com a assinatura do tratado de paz e reconhecimento da separação por Castela. Por isso, para mim, a independência nacional deveria ser comemorada a 25 de julho de 1139 - Batalha de Ourique.
A data da Bula Papal pode, na altura, ter consagrado o reconhecimento na cristandade, e posto fim a qualquer dúvida quanto à independência nacional, mas em termos práticos e para a mitologia atual, é um reconhecimento que chega tarde e que reconhece apenas um facto consomado,
Porque não é feriado o dia mais importante: o da Batalha de Ourique (25 julho 1139)?
Certamente preferível a outros feriados de carácter mais divisivo, por exemplo aqueles que opuseram parte dos portugueses a outra parte, por uma decisão de uma pequena elite (geralmente cooptada por interesses estrangeiros) sem que o povo fosse consultado (em cortes ou em votos), como são a implementação da república e o 25 de abril. A sua existem é apenas uma lembrança imposta pelos que ganharam sobre os que perderam (mas todos portugueses)… e a divisão serve para enfraquecer.
Já o dia de Portugal, Camões e comunidades (e do anjo de Portugal que apareceu em Fátima), bem como o da Restauração parecem-me bem.
Penso que o dia da batalha de Ourique em que se fundou a nação e se aclamou o primeiro rei, devia ser feriado para celebrar não só o nascimento de Portugal e da lusofonia (porque na verdade nasceram em potência esses, na altura, futuros países e também em potência a língua portuguesa).
Não considero que nem a data do tratado de zamora nem da bula papal sejam sequer aceitáveis pois o mitologema torna cada um desses aspectos secundários e talvez por isso tenha demorado tanto a decisão papal (mais do que desagradar um dos vários reinos ibéricos, com relativa importância na altura, como a historiografia bafienta sempre afirma mas a realidade contesta, pois o que mais houve foram reinos que se partiram, como o das Astúrias e batalhas entre reinos cristãos durante a reconquista cristã)
25 de julho.(batalha de Ourique.)
Mas o 5 de outubro (de 1143) também foi importante.
O 25 de julho já foi feriado nacional. Depois foi abolido.
Cancelamento da memória coletiva. Uma pena.
Esqueci-me de apontar o livro que a Helena Matos falou sobre antigos países, alguém sabem qual é?
Norman Davies - "Reinos Desaparecidos"
E a batalha de Cavez perante o primo imperador de Espanha
Contínuo a perguntar me, como foi possível a Europa adotar uma religião com origem noutro continente e que nada tinha a ver com os europeus, no sentido que os europeus têm uma outra Genesis por assim dizer, como tal pra mim é 1143!!
Voces nao falam do vandalismo da voça sede ou tem medo desse tipo de gente de esquerda.
Mais um tema importantíssimo para discutirmos no seculo XXI, a criação do reino há 900 anos atrás isto após a discussão de ontem sobre os turistas certamente extra-terrestres, já que "suportar tantos turistas" que não vem de outro planeta, não me aprece tema que se perca tempo a discutir...
E foi esta a radio que subiu 54% nas audições? Nem quero saber qual é o nível das outras que descem....
O saber não ocupa espaço. Espero que tenha chegado ao fim. Assim sempre se perde um pouco de ignorância
Agora também há temas que não devem ser discutidos e lembrados? Isto parece-me a lógica do "tempo da outra senhora", que tantos criticam ferozmente, mas na realidade tem comportamentos iguais.. Onde é que se encaixa aqui a liberdade de pensamento e de discussão sobre qualquer que seja o assunto? Não gosta tem bom remédio, mude de estação. Viva Portugal!
Se quiser aprender historia de portugal oiço o José Hermano Saraiva que a conta muito melhor.
Não sabem quem é? Então vão aprender que o saber não ocupa espaço.
Grande argumento...
Amigo acmaia1970, o programa de ontem não foi bem sobre o turismo, mas principalmente sobre sustentabilidade. O de hoje, sobre história, pode não parecer importante, mas não se deixe enganar. O que está a acontecer no mundo com a Ucrânia e Israel, mostra que estas questões das origens dos povos, a sua história e identidade são de importância capital. Como saberemos como construir o século 21 sem saber de onde vimos e quem somos? Impossível na minha opinião. Tudo de bom.