Brasil perde oportunidades com China e EUA e deixa nações importantes fora do radar | Ricardo Sennes
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- čas přidán 5. 07. 2024
- O que você via encontrar nesse debate:
0:00 - Abertura
1:10 - Como foram estes seis meses de governo e como anda a agenda econômica para os próximos seis meses?
7:29 - Você afirmou que o Lula II não é o mesmo deste mandato. Isso inclui a política externa?
8:43 - Na relação entre os poderes, há, hoje, um Supremo e um Congresso totalmente diferentes daqueles que Lula viu no segundo mandato. Como avalia essa composição de forças?
13:00 - O que o Brasil ganha na relação com a Argentina?
19:25 - Qual é o risco para o Brasil frente ao derretimento da economia argentina?
20:50 - Como avalia a visita do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que teve uma recepção que chegou a surpreender os observadores da política externa brasileira?
22:49 - O Brasil está sabendo lidar com o cenário de intensificação da rivalidade entre Estados Unidos e China?
26:46 - Como está acompanhando o acordo entre o Mercosul e a União Europeia?
30:34 - Faz sentido para o Brasil tentar exercer o papel de intermediador no último caso de acordo de paz entre Ucrânia e Rússia?
34:11 - O Brasil tem um papel fundamental na missão da mudança climática. O País pode ser protagonista global nesse assunto?
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*Entrevista gravada em 28 de junho de 2023.
Não é do interesse do Brasil se posicionar no conflito geopolítico e econômico entre China e Estados Unidos (EUA), considerando que o País mantém parceiros estratégicos em todos os lados envolvidos. Contudo, ainda que esteja “condenado” a fazer um jogo intermediário, a Nação ainda falha em colher os frutos advindos dessa postura mais cautelosa, de forma que perde oportunidades comerciais importantes com as duas nações mais ricas do mundo. Para Ricardo Sennes, economista, cientista político e sócio-diretor da Prospectiva Public Affairs e Negócios, o grande risco que temos corrido é o de“sair de mãos vazias” no relacionamento com ambos.
Na sua visão, o País atua com uma agenda negativa e vazia na relação com as duas potências. Em entrevista ao Canal UM BRASIL, uma realização da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), Sennes exemplifica com a viagem do governo brasileiro ao país norte-americano no início do ano e menciona que perdemos a oportunidade de envolver o Brasil na nova escalada tecnológica estadunidense - uma iniciativa de centenas de bilhões, para fabricação de semicondutores, que deve gerar profundos impactos financeiros a países vizinhos. “A política norte-americana referente à produção e à fabricação de semicondutores tem muito espaço para o Brasil, sem necessariamente representar uma afronta à China. Da mesma forma, temos muito espaço na China - sem criar conflitos com os Estados Unidos - que não estamos aproveitando”, pondera Sennes.
O cientista político ainda lembra que outras nações comercialmente importantes, como Índia e Indonésia (com dinamismos econômicos gigantes) estão fora do radar brasileiro. “Há uma parte do mundo para a qual simplesmente não olhamos. Não está no debate público ou na diplomacia”, complementa, “mantendo-se nesse meio-termo em que estamos condenados a ficar e, ainda assim, sem muitos ganhos”, sinaliza.
Outro tema da gravação, a segunda realizada em parceria com a Exame, é a necessidade de uma Reforma Política diante dos vários sinais de desaprovação, pela sociedade, do atual sistema. Para Sennes, o País “peca” fortemente em sustentar o atual modelo por meio do qual os parlamentares são eleitos, assim como a falta de controle sobre a atuação desses agentes públicos.
“O ‘distritão’, em que o candidato é eleito para representar o Estado inteiro, é um dos principais fatores para o desgaste do principal órgão de representação: o Congresso. [O parlamentar] está isento quanto ao distanciamento, à capacidade de operar de maneira muito livre com a sua base, ao controle sobre ideias, às questões de comportamento etc. Desde que leve um pouco de recurso para a sua base, [já pensa que] é suficiente. O tema número um da Reforma Política é mexer nisso, o começo de todas as outras mudanças políticas”, argumenta.
#RicardoSennes #PolíticaExterna #CanalUMBRASIL
Pena que essa lucidez não está nos nossos quadros políticos para o país progredir ao invés do atraso e retrocesso que vivemos há décadas
❤uma conversa didatica.
Excelente entrevista
Legal!
Excelente entrevista! Ouvir Ricardo Sennes é sempre enriquecedor!
Conversa ótima! Parabéns!
Sennes é um monstro! Sempre trazendo muita clareza, categórico.
Creio que a entrada de capital externo para investimentos de longo prazo seria uma boa saída para o páis. A volta de investimentos de transportes entre trilhos para viajens de longa distância é uma boa opção.
Análise praticamente de nível infantil perto da ultima entrevista de Marcos Lisboa
Muito importante as pontuações sobre política externa do Sennes. Tomara que o nosso governo assista à entrevista.
Análise equivocada, ou comprada.
Comentários com falta, de conhecimentos. PÊSAMES.
Conheci esse canal agora, estou muito impressionado com a qualidade dos entrevistados uma turma progressista com P maiúsculo, uma rapaziada muito focada no business sem politicagem do atraso! Apesar das críticas estou sentindo que o Lula tá fazendo essa galera sonhar, o véi tá virado!!!
E a matéria publicada dizendo que os EUA interferiram nas eleições? Petista fazendo análise.
@@user-jv7vg3oz1g dá um google. Certeza q vc tem competência pra isso