Crise política aumenta o poder das presidências da Câmara e do Senado | Andréa Freitas

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  • čas přidán 11. 07. 2024
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    Entrevista inédita toda sexta-feira às 11H🎙️
    Entrevista produzida em parceria com a Revista PB. Conheça: revistapb.com.br/
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    O que você via encontrar nessa entrevista:
    0:00 - Abertura
    0:59 - Como o "Orçamento impositivo", criado por Eduardo Cunha um ano após a publicação do livro "O Presidencialismo de Coalizão", mudou a dinâmica da relação entre o Executivo e o Parlamento? E quais foram as alterações significativas no presidencialismo de coalizão desde então?
    5:53 - Como essas mudanças afetam a governabilidade do país, considerando que agora os presidentes do Senado e da Câmara têm mais poder?
    11:14 - Esse novo momento faz parte do fenômeno mais amplo chamado na Ciência Política de presidencialismo de coalizão, ou estaríamos passando para um novo modelo de governabilidade ou regime político?
    16:16 - Como você vê essa discussão sobre quem tem mais poder hoje para fazer essas negociações: os partidos políticos, que ainda são grupos coesos e importantes, ou o centrão, um grupo intra partidos que estaria mais focado em suas próprias políticas?
    22:55 - Qual é o papel que o orçamento secreto cumpre hoje nessa relação tumultuada entre o Executivo e o Legislativo, considerando a proibição recente pelo STF devido ao descumprimento das regras?
    30:10 - Por que essa crise está se prolongando por tanto tempo, considerando que alguns analistas apontam o marco inicial em junho de 2013, seguido por toda a discussão em torno da Copa do Mundo?
    37:07 - Quais são as políticas que esses parlamentares estão interessados em fazer, considerando o grande reforço da preocupação deles em fazer políticas, indo contra o senso comum de estarem apenas interessados em seus próprios motivos particulares?
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    *Entrevista gravada em 29 de abril de 2024.
    A principal consequência da crise política que o Brasil enfrenta há pelo menos uma década é o aumento de poder das presidências da Câmara e do Senado, que controlam o orçamento e a pauta do Legislativo. O Centrão, dentro do xadrez político atual, não é protagonista. Essa é a avaliação da coordenadora do Centro de Estudos de Opinião Pública da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Andréa Freitas, em entrevista promovida em parceria entre a Revista Problemas Brasileiros (PB) e o Canal UM BRASIL, ambas realizações da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
    Para a mestre e doutora em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP), essa concentração de poder nas mãos dos chefes do Legislativo gera aumento da corrupção, da polarização política e da concessão de benefícios para determinados setores, elevando a dívida pública. O Brasil encara essa crise desde 2013, data das chamadas "Jornadas de Junho" (série de mobilizações ocorridas simultaneamente em mais de 500 cidades do Brasil), momento em que marca o acirramento do processo de distanciamento entre a sociedade e as instituições e de redução da popularidade da presidência da república, tornando as relações entre os poderes mais complicadas.
    A longa duração da crise, avalia Andréa, é explicada por uma sequência de erros das ações e estratégias adotadas pelos atores políticos do Executivo, Legislativo e Judiciário a partir das Jornadas de Junho. "A resposta foi muito insuficiente, o que acirrou a sensação antipartidária por parte da população. Depois tivemos uma eleição polarizada e contestada por um dos candidatos [O PSDB contestou a vitória de Dilma Rousseff, do PT, no segundo turno], o que deslegitima o sistema eleitoral para um conjunto da população e para a própria classe política, e o impeachment de um presidente [Dilma Rousseff, em 2016] em um contexto em que se possibilita também discutir a legitimidade desse processo.
    A coordenadora do Núcleo de Instituições Políticas e Eleições do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) avalia que as análises do cenário político deveriam ser menos concentradas na figura do Centrão como protagonista, uma vez que não representa um ator coeso, e mais em como os presidentes das Casas têm controlado a relação com os partidos e deles com os seus filiados, mas acima de tudo os comandos do orçamento e da pauta do legislativo, o que torna a relação entre o Executivo e o Legislativo mais complexa e diferente do que era antes. "Não chegamos a um equilíbrio nessa nova forma de relação, na qual o Congresso passou por um processo de desorganização.
    A gravação foi realizada em parceria entre o Canal UM BRASIL e a Revista Problemas Brasileiros (PB) - ambas realizações da FecomercioSP.
    As opiniões expressas neste vídeo não refletem, necessariamente, a posição do Canal UM BRASIL.
    #AndreaFreitas #politica #CanalUMBRASIL

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