Eu (Maristela), quando me lembro da minha graduação, sempre me lembro de um sentimento muito forte de incapacidade. Um sempre me senti menor, menos capaz, menos inteligente. Deixei de tentar algumas oportunidades de iniciação científica por isso, os professores responsáveis sempre exigiam um nível máximo de perfeição que eu nunca nem sonhei em alcançar, olhava pra aquilo tudo e só pensava que não era pra mim. Me lembro de uma professora, no primeiro período, chamando os alunos de analfabetos funcionais, de uma professora que ao passar tantos exercícios acabou tendo que rever a própria lista de atividades, porque ela não tinha tempo de corrigir o volume de trabalhos que nos impunha. Perdi a conta de quantas vezes chorei, quantas vezes achei que não daria conta ou que aquele espaço não era pra mim, que eu não era boa o suficiente. Definitivamente, #NãoéNormal
Papo de Preta Engraçado vc dizer isso, pq tive que fazer meu TCC sozinha e a minha orientadora era doutora da universidade. Foi um ano tão cobrado que tive uma crise e a psiquiatra me disse que estava com TOC e depressão. Sei que ajudou muito ter feito com ela, pois foi um aprendizado ímpar, mas foi muito sofrido.. Sinceramente acho que até hj minhas crises de ansiedade vem daí
a unica coisa boa da minha faculdade foram os poucos amigos que fiz. O resto foi um pesadelo, estou arrependida de nao ter abandonado ja no primeiro semestre, como eu queria ter feito.
Eu estou em prantos. Já estou no ultimo período da faculdade e ainda sinto vontade de largar e sair correndo. Eu nunca me senti tão medíocre e pequena nesse lugar. Já perdi a conta de quantas vezes tive que sair da sala pra ir chorar no banheiro. Faz tempo que não durmo um sono despreocupado, leve, sem acordar ansiosa pensando na quantidade de trabalhos que tenho pra entregar. Eu tenho ansiedade só de pensar que tenho que assistir 5 hrs de aula. Obrigada por esse vídeo
NOSSA...... SIM!!!!!! tô chorando só de lembrar de como vai ser quando eu voltar das férias, mesmo no último período. me vi toda nesse seu comentário, Janine
Muitas das coisas que vc mencionou sobre como as pessoas julgam a questao da saude mental acontece em qualquer lugar, em qualquer epoca. Ha um ano fui xinagada pq pus no facebook que estava doente. Por isso fico muito feliz em ver as pessoas questionando isso e falando, pq precisamos falar. Ja vi amigas sendo perseguidas por professores universitarios. Ja vi professores assediando alunas. Um deles foi tirado do cargo a pouco tempo da unb por isso. Fazer universidade eh algo que amei. Mas foi exaustivo, minha familia nao entendia a demanda e os professores nao entendiam a pressao que sofria pra estar em casa e nao poder fazer pesquisas pq "nao pagam nada" (palavras da minha mae). E eu ficava no meio do tiroteiro tentando sair ilesa e entregar oa trabalhos em dia, produzir videos e editar. Tive depressao no final da faculdade. Mas milagrosamente meus professores nessa epoca perceberam e me deixaram entregar trabalhos com atraso e ate refaze-los (pq alguns realmente estava horriveis). Mas sei como tive sorte de ter aqueles professores naquele semestre. Mas ao msm tempo que alguns me ajudavam. Ja vi um deles fazer uma colegar chorar na aula. Doeu ver ela sair aos prantos da sala desistindo do curso pelo professor. E como disse tive sorte, fiz parte de uma universidade particular onde os professores tibham que tomar cuidado pois poderiam ser demitidos. Mas ouvia os relatos de amigos da publica reclamandl exatamente disso: diversos textos pra se ler m poucos dias e fazer relatorios e trabalhos como se so tivessem uma materia. Precisamos sim falar de saude mental. Excesso de cobranca nos enlouquece, e nao eh facil lidar. E quando une estudos com com problemas familiares so piora. Parabens por falar
E nesse ritmo nos tornamos jovens cada vez mais frustrados, ansiosos e depressivos. Crescemos achando que é normal se matar pra conseguir o "sucesso", por todos os lados a ordem é a mesma, o sacrifício é chave, com sacrifício se consegue tudo. Sabe o que não nós dizem? Que nem sempre é assim, que vai poder acontecer de vc se sacrificar MUITO, perder saúde, sono, amizades e lazer e ainda assim não dar em nada. Ninguém nós prepara pra isso... A vida não é meritocrática, no fim das contas o que vale é a vida que se viveu. Estou graduada há três anos, não fui atrás de pós-graduação, todas as minhas amigas estão se matando nas delas, mas sabe o que eu escolhi? Viver o pouco de tempo que me resta e o pouco de saúde que o trabalho não me toma. O mercado de trabalho é tão cruel quanto a universidade, amigos, se não pior... Então, a única coisa que eu possa dizer é, se priorize, faça sua parte até onde seu bom senso lhe permitir, escolha viver saudavelmente, pq mesmo que vc não durma, não coma, não tenha amigos, dê sua vida por todas as tarefas, ninguém vai chegar pra vc e dizer "Oh, meus parabéns!" na vida real o máximo que vc ouve é um "não fez mais que sua obrigação". Portanto, viva a sua vida em paz, no seu ritmo, pq no final, só isso vai valer a pena... Pq ser podre de rico e bem sucedido com o emocional em frangalhos não vai lhe adiantar de NADA.
Priscila Salgado Cara você disse tudo. Me formei estou trabalhando. Mas vou viver a minha vida, vou dedicar a minha profissão mas não vou me matar por isso. A graduação me fez refletir sobre o que eu quero da minha vida... Foi muita decepção com amigos e professores. #boraserfeliz
Minha esperança é que saindo da faculdade minha vida melhore. Tenho a ideia na minha cabeça que entrar no mercado de trabalho é melhor do que vida acadêmica 😂 espero que eu esteja certo pq se for pior não sei oq faço kkkk. Estou pertinho de me formar e estou prestes a ter um colapso nervosa kkkk rir p n chorar (inclusive choro todos os dias, viro outra pessoa quando estou de férias). Isso que vc falou realmente é verdade. Não adianta nada ser pobre de rico e viver com cara fechada por aí.
O que me deixa triste é que as pessoas que mais precisam ver esse vídeo provavelmente não verão por não terem tempo devido ao abuso de atividades e horas que a academia e os professores (principalmente) fazem... :(
Exatamente. Inclusive, abri o notebook pra ler um livro pra fazer uma resenha que tenho que entregar daqui a 5 dias. Estava tendo uma crise de desespero por pensar que além dessa resenha, tenho 3 pesquisas, 5 trabalhos, 3 provas e mais 2 resenhas tudo pra semana que vem. Enfim, resolvi não ler o livro agora e fui pesquisar sobre o assunto de depressão na faculdade pq acho que estou entrando em uma. Achei esse vídeo e agora me sinto melhor lendo alguns comentários.
@@dudaguima6661 De fato é muito desgastante e altamente cheia de estresse a vida na pos-graduacao stricto sensu. Para mim foi muito dificil concluir a graduacao na modalidade presencial,senti o mesmo do que se relata aqui, porem apos terminar fiz outra graduacao e um curso lato sensu na modalidade EaD, e me sinto bem, consegui superar o estresse, a angustia e a ansiedade, retornei ao campus para tentar o ingresso na strico sensu presencial e desisti, pois recordei do que foi vivido durante a graduacao. Me matriculei num mestrado profissional EaD, que so e reconhecido e validado pelo setor privado, e nao me importo se ainda a esfera publica tem burocracia para reconhecer tal titulo. Hoje disponho de tempo suficiente para: Trabalhar, estudar, praticar esportes, e desfrutar de leituras prazerosas, tenho muitissimos livros em meu acervo, os quais leio com prazer e sem nenhuma pressa, grandes obras da Litertura, Filosofia, Teologia, Musica, Historia, autores que eu nao teria tempo de ler, caso estivesse focado na vida academica, vou iniciar os 4 tombos de Guerra e Paz de Leon Tolstoi, sem nenhuma pressa e nem sei quando hei de termina-la. Hoje reecontrei a paz em minha vida, faco caminhadas, medito, preparo meu café do final da tarde de forma suave, assisto TV, acompanho novela de epoca, futebol e deixo o tempo passar! Um forte abraço! Ana Guimarães.
Hoje meu pai veio me perguntar sobre as férias, eu disse que já estava em período de férias e que não via a hora desse semestre acabar, porque literalmente acabou comigo e ele teve a pachorra de me falar " Você tá fazendo faculdade se fosse fácil não teria graça". Graça não teve eu ter que fazer tratamento pra refluxo por causa de estresse, graça não teve os dias que eu não dormi, graça não teve os dias que eu me tremia porque o professor vivia falando "ninguém tira 10 na minha matéria", graça não teve os 20kg que eu engordei porque na hora do desespero eu só sabia comer e chorar, graça não teve todos os dias que eu me senti inútil e menos que meus colegas. Estou desde janeiro de 2014 na faculdade e desde então tô ficando cada vez mais doente. Sinceramente, eu não vejo graça nisso.
Meu irmão sempre me disse: " A faculdade é selvagem." E de fato é. Depois de um ensino médio sem saúde mental (desenvolvi depressão e ansiedade), ingressei na faculdade. O resto de saúde foi embora. Estou no terceiro período de Licenciatura em Física em uma universidade federal e decidi trancar. Chegou em um limite insuportável. #NãoÉNormal
Eu queria tanto que esse vídeo fosse feito na época em que eu estava no mestrado, tenho certeza que ajudaria ainda mais a passar por esse processo. Me identifiquei muito quando tu disseste: "Você entra na pós-graduação e tem que ser o melhor, pois o nível de exigência é altíssimo". Eu ingressei no mestrado seis anos depois da minha especialização, ou seja, eu não tinha mais muita noção dessa vida. Me senti um peixe fora da água. Foi um processo muito tumultuado, pois o meu orientador não sabia nada da minha pesquisa, fiz o trabalho sozinha. Sem orientação, sem indicação de bibliografia. Detalhe: a minha instituição era em outra cidade, ou seja, eu viajava toda semana, 300km, para cumprir minhas horas, pois eu também era bolsista. Na metade do segundo ano procurei um analista, pois desenvolvi crises de ansiedade. Até hoje eu não consigo dormir na minha cama, pois na época do mestrado eu deitava e minha cabeça não parava de pensar. Faço análise até hoje, é doído, custa caro, mas é um investimento que não me arrependo. Queria muito fazer um doutorado, mas ainda não estou pronta para enfrentar todas essas angústias novamente. Sou professora há cinco anos e hoje, depois de concluir o mestrado, apesar das dificuldades, eu luto para um sistema institucional menos babaca e mais humano. A instituição que leciono é particular e, talvez, o nível exigências não seja tão exagerado quando numa universidade pública. Desculpa pelo desabafo, mas é que em todos esses anos nunca vi algo tão bem elaborado para explicar esse sentimento de quem "vive" pela universidade. Obrigada por esse vídeo
Me formei em Física na Universidade de Brasília e passei por tantas situações absurdas que não sei nem elencar as que mais me destruíram. Professores arrogantes, faltosos, desrespeitosos e com níveis nulos de empatia. Mas, o meu apelo é que a comunidade acadêmica não sucumba e acabe se inserindo nessa dinâmica doentia. No meu instituto o problema transborda o corpo docente e se interioriza nas atitudes dos próprios estudantes que são competitivos e egoístas ao extremo. Alunos que não compartilham suas anotações ou listas de exercício feitas e que buscam a perfeição em detrimento de qualquer senso de coletividade e amor próprio. Foram tantas as lágrimas que tive que secar de meus olhos e dos olhos de tantos colegas e amigos, sendo que muitos deles acabaram desistindo do curso pelo caminho. E o pior de tudo é que o pensamento por de trás duma taxa de evasão que beira os OITENTA POR CENTO, é de que o curso é para poucos mesmo, para gênios sem alma que aceitaram vender todos os minutos da sua vida para aquele ambiente hostil e violento. #Nãoénormal
estou indo para a universidade de brasilia esse semestre cursar eng elétrica... me sinto aterrorizada com tudo isso que tenho visto e me dá vontade de desistir agora, só que foi tão difícil entrar, tive que sacrificar muita coisa pra saber que isso não vai ser nada perto da minha vida que vai ser destruída agora
@Skull Knight realmente uma taxa muito alta tbm vivi isso entraram 40, terminaram 5 e somente depois de no mínimo 7 anos de faculdade pra um curso de engenharia que leva 5 anos, ngm formou no prazo. Esses 80% desistentes poderiam ser pessoas produzindo e gerando valor pro nosso país, de forma direta (pesquisas e etc) ou indiretamente (contratados numa empresa e tirando a família da miséria e incentivando mais educação). Fui um dos formados e por conta de tudo que passei acabei servindo de exemplo negativo, todas as pessoas que me conhecem e que me admiravam e que sonhavam fazer faculdade e não estavam matriculadas passaram a desistir, tipo " tá doido olha como terminou fulano, levou 8 anos trancado e sem vida pra no final não arrumar nada no final e viver trancado novamente estudando pra concurso ou fazndo mestrado com salario mínimo, meu amigo entrega pizza tira mais que ele kkkk". Todos só sonham em ser militar e nem sabem o pq, eles só sabem que no final tu sai empregado ganhando mais de 8 mil, tá certo se for pra se ferrar se ferra com recompensa certa. Ou seja não só impediram 35 pessoas de formarem na minha geração como impediram pelo menos umas 10 adolescentes conectados a mim a desistirem de querer fazer uma graduação, principalmente se não passarem pra carreira militar.
@Skull Knight - Amigo! as universidades é infestada de gentalha desse tipo. Teve uma hiena evangélica que ministrava uma das cadeiras do meu curso que me escolheu de alvo para assediar e me constranger diante de toda turma. Era e um tal amigo viviam pegando no meu pé. Mas também abri a boca e coloquei ela no seu devido lugar. Porém, de vez enquanto sobe uma raiva.. pois professores assim, narcisos, são muito amados pela maioria e em situações como essas a gente acaba ficando sozinho.
Acabei de começar a minha graduação e nem sei o que é saúde mental, já tranquei 2 semestres por causa de uma depressão.Agora mesmo as 06:34 da manhã estou aqui lendo um livro para entender um só conceito. E sim é assédio todos os dias, muita coisa pra ler, pra escrever, e tenho que trabalhar pra me sustentar também... Foda, muitas vezes da vontade de desistir ... da vida.
Nossa, eu super te entendo. Estou no final do 4° período e estou com depressão. Esse foi meu pior semestre e não consegui me dedicar a faculdade como eu queria. Ainda tem a culpa de que não me esforcei o suficiente, vista como acomodada e quem desiste fácil. Fora a questão de se sentir inferior a TODOS. Só não tranco pq não quero decepcionar minha família e ainda ter a esperança que isso tornará minha vida melhor. Força pra todos nós 😞
Tô na faculdade pq me exigem isso, eu me contento facilmente com um salário mínimo, não tenho sonhos, só vontade de viver em paz. Já chorei até em apresentações de trabalho naquele inferno, pq eu tenho glossofobia e todos tacam um grande foda-se para os nossos problemas, sejam eles quais forem. Desejo sorte para todos nós e um amanhã melhor onde possamos sorrir mais. Meu sonho é ter um fim de semana tranquilo onde eu posso fazer o que eu mais gosto: observar a natureza.
OBRIGADO POR ESSE VIDEO! Estou no começo da graduação, e ja perdi as contas de quantas vezes pensei em sair, pois minha saúde mental está no lixo e a faculdade não estava disponibilizando atendimento psicológico
Igor Reche na minha faculdade minha colega foi pedir ajuda pra psicologa, ela disse pra minha colega procurar uma psicologa no sus pq ela não podia fazer nada. E psicóloga se formou na mesma faculdade.
Fazia estágio às 13h e tinha uma disciplina que ia até 12h30, o que não era correto, pois o curso era das 8h às 12h. Fui pedir para a professora para sair meia hora antes, e tive o prazer de ouvir: "se vc sabia que a disciplina era até 12h30, pq se matriculou?" A disciplina era obrigatória e pré-requisito. Ela fazia questão de segurar para fazer a chamada quase no final da aula. Nossa... eu tenho tantos casos para contar do que vivenciei... Não sei até hoje como consegui sobreviver aos cinco anos de graduação (pq tive a infelicidade de pegar greve e um período eu literalmente surtei, quase abandonando o curso).
Até hoje, eu me lembro de minha mãe chorando no sofá, ainda nova, por causa das situações que ela passava na universidade. Mesmo sendo esforçada, as vezes era tanto trabalho, além do trabalho que ela faziapara pagar e cuidar de mim, um professor chegou a REPROVAR minha mãe, a mulher que mais admiro, por que ela se RECUSOU a "ficar mais tarde" com ele. Ele a assediava, minha mãe não conseguia vestir suas roupsa normais, por que qualquer coisa que não fosse completamente escondido, era motivo de "piadinhas" com esse mesmo professor. Minha mãe abandonou a universidade. Só depois de 6 anos. Casada, e grávida do segundo filho, minha mãe voltou a estudar. E ainda assim, com 8 meses, de anel, outro professor, em outra cidade, tirou pontos de um trabalho, por que novamente, ela se recusou a "brincar" com ele, depois das aulas. Agora, como eu me sinto em relação ao meu futoro? Tenho medo. Medo por ser mulher, e angústia de pensar, que meu gênero, define meu desenvovilmento acadêmico. Precisamos falar sobre isso. #NãoÉNormal
interessante seu relato pq mostra que não atinge só os alunos e sim a toda uma cadeia, familiares, filhos e etc. Professores não estão entendendo que quando atinge uma pessoa na turma atinge todo mundo que está conectado a eles de forma indireta perderam dois universitários nesse processo e se foi faculdade publica ainda desperdiçaram o dinheiro investido nesses alunos no processo.
Meu desbafo/relato/depoimento Eu JURO a você que quando eu vi o título do seu vídeo eu pensei: mimimi. Sim, eu pensava que as cobranças de faculdade eram normais e que essa correria que fode com nosso emocional era "normal". Mas ai eu sempre preciso me lembrar de que NORMAL é diferente de COMUM. É comum, e corriqueiro que isso ocorra, de fato. Contudo chegou um momento no meio do seu vídeo que me fez lembrar do meu último ano de graduação, o glorioso ano do TCC (ou monografia, ou TG, oq preferirem). A minha turma inteira ficou num nível de estresse tão alto que vc não tem noção. Sério. A turma inteira. A culpa óbvia era da professora que ministrava as aulas e que a cada semana vinha exigindo uma produção que ninguém estava conseguindo acompanhar. Lembro claramente que a cadeira ocupava dois dias da semana, um era para você assessorar o seu trabalho a nível de organização, NBR, etc, e no outro você precisava semanalmente apresentar um seminário sobre temas de cadeiras antigas que vc pagou no início do curso. A gente ria, brincando com isso: "Não entregamos o conteúdo dessa semana, ai semana que vem temos que adiantar e fazer mais conteúdo pra ver se bate as datas com o calendário da professora, e ainda tem mais um seminário, mas eu moro em outra cidade, trabalho de manhã e de tarde, preciso viajar uma hora e meia para ir ver aula, uma hora e meia para voltar para minha cidade, preciso faltar meu trabalho para assessorar meu TCC uma vez na semana..." A situação chegou num nível em que mais uma vez fomos pra aula, entraram duas "professoras" diferentes, e fecharam e trancaram a porta com toda a turma dentro. Eram duas psicólogas. Sim estudei em uma IES particular. E vejo que essa situação foi definitivamente uma raridade. Foi feito literalmente uma terapia em grupo e lembro claramente de pessoas se tremendo enquanto desabafavam o quanto se sentiam incapaz de terminar aquele trabalho e concluir a graduação. Enfim, claramente superamos né? Reprovei o TCC1, atrasei minha formação em um ano, mas acabei. E sabe oq me dava um pouco de "medo"? A posição de alguns professores frente a nossa realidade. "Minha gente, não é pra tudo isso também não..." / "O que eu podia fazer por vocês eu já fiz..." / "Se vcs estão assim com um TCC, imagina quando forem fazer um mestrado, desenvolver uma tese" Pois é. Eu até desejo um dia fazer uma pós graduação stricto sensu. Mas infelizmente no meu estado a única IES que fornece na área que eu quero é federal. E a três horas de viagem da minha cidade e trabalho. Um dia farei. Temo muito a realidade que enfrentarei ali... Hoje, vivendo minha vida "acomodada" de pessoa com 'apenas' graduação, vejo que #NãoÉNormal tudo que passei. Não é normal essa cultura do estudo e essa morte da pessoa em busca de 'conhecimento'.
rafael9692 isso de cobrar coisas absurdas, deixar os alunos desesperados e depois falar que "mas tbm não é pra isso tudo" é TÃO NORMAL, MAS TÃO NORMAL que eu só percebi o quanto isso é absurdo agora, depois de formada, só pq li seu comentário.
Conhecimento deveria ser uma busca livre e prazerosa, e não algo pressionado e forçado. Eu quero muito fazer facul e estou procurando alguma que exerça menos pressão e mais prazer em relação a busca de conhecimento.
Bruna Herminio me formei em arquitetura na puc ano passado e sei exatamente do que vc está falando... lá a realidade também não é diferente e as pessoas que se destacam correspondem exatamente a esse mesmo perfil. O que resta pra quem não faz parte desse meio é abrir mão de tudo e viver em prol da faculdade. Foi isso que eu fiz, e sinceramente... foram os piores 5 anos da minha vida. Me matei e ainda assim não me sinto pronta, nem pro mercado de trabalho e nem para iniciar uma pós graduação. Sinto que todo esforço, desgaste físico e mental foram em vão. Me da vontade de chorar só de lembrar do meu último ano na universidade, porque o 9,8 que tirei no tcc não compensou e não refletiu nem 1/3 do sofrimento que foi conseguir me formar naquele lugar. Esse vídeo foi mais que necessário, foi URGENTE. Precisamos falar sobre isso AGORA.
Na UFPI é a mesma situação, hoje mesmo eu vou virar noite pra terminar projeto, mesmo já tendo virado na segunda e mal dormido de ontem pra hoje, mas ou é sacrificar o sono ou ficar sem nota. Infelizmente é algo muito comum que muitos alunos infelizmente já se acostumara.
Weslley Sampaio sou aluna da UFPI também é alarmante saber que o Piauí é um dos estados com maior índice de suicídios de estudantes universitários, a cultura de se despedaçar para cumprir com as obrigações da universidade só cresce :/
O problema também é que o brasileiro gosta de romantizar tudo. Virou necessário e bonito você ficar doente assim por causa de estudo, não são só professores, são alunos também que falam. E isso começa na escola. Não é apenas de universidade.
Na UFPE há anos tem suicídios, TD mundo sabe! Mas sempre é abafado. Tem um prédio lá que é o "preferido" pra tal ação. Mas n vejo ninguém tomar uma providência de fato.
Verdade! A unica providência foi colocar grade em tudo, ou seja, não estão nem ai para os motivos, só querem evitar que ocorra lá, mas se for em outro lugar pra eles acho que está tudo bem. Lastimável!
o que eu vejo em cursos de bacharelado, é que tem muito professor que não gosta de dar aulas e só ta la pela pesquisa, e eles falam que estão lá obrigados então os alunos que se virem pra aprender porquê eles ñ tem tempo pra ensinar. eu tive um professor q nem sabia em que período a disciplina dele estava, ele achava que era do 8o período mas era do 2o, então esperava que todo mundo ja tivesse noção avancada de linguagem de programação e levou um susto quando percebeu. detalhe, ele ja dava esta disciplina há anos
Cris Cris Pois eu acho que você esta muito enganada. A universidade está a serviço dela mesma. Ela constroe apenas pesquisadores que não sabem agir no mercado por não estarem capacitados. Os próprios professores muitas vezes nem tem experiência de mercado, sairam da universidade e foram absorvidos pela mesma. São burocratas, formadores de pesquisadores e perpetuadores do sistema.
Em virtude desse sofrimento relatado acima e tambem em muitos comentário, decidi não prosseguir meus estudos na pos-graduação Stricto Sensu. Depois de passar por grandes dificuldades durante a graduação presencial, recorri ao estudo EaD, e me sinto bem, desfruto de tempo para conciliar afazeres e estudos, me dedico a atividade física, leituras prazerosas ( tenho um bom acervo de grandes obras), cultivo a minha eco-espiritualidade, faço caminhadas, enfim optei por alimentar a minha alma com paz e serenidade. Entre minha saúde/bem-estar e a pressão do mundo acadêmico, fiz a opção pelo primeiro e estou feliz! =)
Me identifiquei. Tive minha primeira crise depressiva logo no segundo semestre, o que me fez abandonar o curso. Quando melhorei, resolvi voltar, mas pouco tempo depois, tive uma segunda crise, que se estendeu por um longo tempo e me fez reprovar 2 vezes na mesma disciplina, o que atrasou ainda mais a conclusão do curso. Me formei mês passado, depois de 7 anos em um curso que deveria durar 4 e contabilizei um total de pelo menos 4 crises de depressão e ansiedade. Tudo isso mesmo com acompanhamento de psicóloga e psiquiatras durante a maior parte desse tempo. Enquanto todos enxergam minha conquista por ter o status de possuir ensino superior, eu só estou me importando com o fato de que é a primeira vez em anos que eu me sinto livre.
Mana do céu, já fiz tanto barraco na minha graduação, que eu não sei como consegui terminar. Tinha um professor de estatística que gostava de gritar com os alunos. Ele levou uns gritos meu tão grande que se sentou. teve outro que veio defender jair bolsonaro na minha cara, foi babado, quebrei o pau tbm. Outra professora quis exagerar na cobrança de trabalho, tiramos ela da disciplina. Já depus contra professor, por faltas, em processo administrativo. Quando eu chegava na sala todo mundo já sabia " lá vem a bicha problematizadora". Eu era muito temido.
Parabéns pelo vídeo!!!!! Chega de naturalizar e idolatrar o sofrimento dentro da academia!!!! Sou psicóloga, atualmente mestranda na UFSC e estou pesquisando justamente sobre isso, nossa (academicos de Ensino Superior) saúde mental!!!! Vamos conversar, vamos debater, vamos pesquisar, e vamos lutar para desconstruir esse sistema!
A depressão cortou minhas pernas e eu larguei o mestrado. Trabalhando, lidando com problema psiquico, vivendo em outro país totalmente só... tentei seis vezes. Maluco - seis vezes. Larguei seis vezes porque não tem condição. Espero poder voltar um dia.
Ainda não estou na Universidade, ainda não estou nem no ensino médio, mas já é muita cobrança. O Colégio caríssimo que meus pais se matam pra pagar, faz eu me matar para estudar e cumprir as metas. Quando alguém fala sobre isso, é como um elogio "Ah, você está reclamando pq? Ele te prepara pro seu futuro" É ne, o futuro tá ótimo😕
Iris Cerqueira Ouvi a mesma coisa durante meu ensino médio e te garanto, vai piorar exponencialmente. Eu achava que estudava muito até entrar na universidade.
Estou no último ano do Ensino Médio e já tive 5 crises de ansiedade desde quinta-feira pelo excesso de trabalho na escola e a pressão das pessoas ao meu redor para o ENEM no final do ano. Me sinto cada vez mais incapaz e sem estima para nada.
Před 7 lety+4
Iris Cerqueira Minha irmã mais nova ta na mesma pressão. Por ela ser a única filha que ainda não se formou na escola, meus pais conseguem pagar pra ela um colégio de elite, mas lá a cobrança é gigante e ela odeia, só que tem isso né: a única da família que tem a oportunidade de estudar num colégio desse, um colégio super conceituado, que te forma pra tirar 900 no Enem, te forma pra ter um futuro brilhante e toda essa merda
Estudei em colégio particular e passei pelo mesmo na época da escola, e a cada ano piorava. Me lembro do meu nono ano e do primeiro ano do ensino médio, os professores comparavam a gente com a turma que tinha vindo antes da nossa e usava a alta taxa de reprovação e a proximidade do terceiro ano para fazerem cobranças e exigências humanamente impossíveis de serem cumpridas. No terceiro ano, metade dos meus professores davam aula na escola "rival" e eles sempre estavam comparando a nossa turma com a da outra escola, acabando com nossa vontade de estudar. Uma vez, a vice-diretoria entrou na sala, após o Enem, e perguntou como tínhamos nos saído, pedindo sugestões a respeito do que poderia ser melhorado na preparação para o Enem nos anos seguintes. Ficamos super felizes. Depois de toda a conversa, ela perguntou se sabíamos como os alunos das outras escolas tinham se saído, se dava pra garantir o primeiro lugar no Enem de novo. E isso não chega nem perto do que acontece na universidade.
eu estudo no IF e carga de trabalhos, provas, seminários, relatórios, listas é tão grande que ultimamente eu tenho entrado num estado de conformismo que me impede de estudar, eu sei que preciso cumprir metas mas fico estagnada achando que não vou conseguir pq tá além do que eu posso aguentar, é foda
entrei na faculdade com esta visão que era tudo muito lindo maravilhoso pessoas evoluídas, mas ao longo dos dias estou vendo que é totalmente diferente já pensei em desistir e ainda penso meu psicológico já está no nível máximo meu maior medo hoje e me tornar aquilo que eu não quero ser um dia uma pessoa violenta porque e isto que estou me tornando aos poucos
Infelizmente, cinco anos após o vídeo ser publicado, nada mudou. Estou no meu último ano de letras em uma Universidade Federal e a única coisa que sinto em relação a ela, é o quão ruim eu me sinto. A cada ano que passou eu me senti cada vez mais incompetente, medíocre, parecia que a cada ano que passava, ao invés de eu ter adquirido mais conhecimento, eu me sentia, e sinto, mais burra. Parece que nada do que fazemos está bom o suficiente. A única coisa que ansiamos é por férias, e nem assim nos livramos por completo, porque até mesmo nas férias, temos coisas da Universidade para fazer, isso não é normal. A única coisa que anseio nesses últimos meses é sair da Universidade, eu me sinto completamente fracassada em relação a minha formação, e sabe o que é pior? É que em muitas das vezes, por muitos motivos, colocamos a culpa toda em nós mesmo, como se não nos dedicássemos o suficiente, mas parando para analisar, pesquisar, ouvir mais sobre o assunto, percebemos que em grande parte o problema não está em nós. É frustrante chegar no último ano do curso achando que não somos nada, que não aprendemos nada, com a sensação de fracasso total. Há um mês e pouco, dois alunos de Letras se suicidaram e a única coisa que foi feita, foram homenagens aos alunos, o que é válido, claro, mas não é só isso, precisamos de apoio, precisamos conversar com a comunidade acadêmica sobre saúde mental, especialmente após o cenário pandemico e político que passamos. Enfim, isso foi mais um desabafo do que qualquer outra coisa. Espero que no futuro, tudo isso melhore.
infelizmente é assim mesmo. Pessoas humildes sofrem muito na universidade pois lá está cheio de pessoas soberbas e sem empatia! São alunos, professores, é terrível! Os professores cheios de soberba@@at59999
wujung vá a um psicólogo, pelo menos no inicio da faculdade pra vc ir aprendendo a lidar, depois vc vê se continua com o acompanhamento ou deixa qdo perceber que as coisas nao vao muito bem
wujung Sinceramente, isso acontece bem mais na pública. Não costuma acontecer na maioria dos cursos da particular. Se tiver condições financeiras faça a particular
Murilo, muito obrigado pelo seu vídeo, do fundo do coração! Atualmente sou doutorando pela UFPR e estou passando mais ou menos pelos mesmos problemas que você citou no vídeo. É muito foda lidar com a forma como estamos "produzindo ciência" , onde o estudante parece que nunca é bom o suficiente: "se você publica um resumo em português, por que não publica ele em inglês?", "se vai fazer esse resumo em inglês, por que não faz logo um resumo expandido em inglês para outro evento?", "seu artigo não vai ter muita repercussão se você publicar ele numa revista nacional, se esforce e publique-o em inglês numa revista internacional conceituada", "publicar em inglês vai ser bom pra sua carreira", dentre tantos outros absurdos. Além desse produtivismo que nos é exigido, ainda somos praticamente obrigados a pagar (muitas vezes do nosso próprio bolso) inscrições e passagens para simpósios, congressos, cursos, etc. Já cansei de ouvir de professor: "Ué, mas você não ganha bolsa?". Outra coisa que me choca e me assusta também é a "fragilidade" da nossa bolsa de mestrado/doutorado. Se não respeitamos algum prazo ou faltamos com algum requisito num seminário de pós-graduação, qualificação, ou qualquer outro evento de avaliação do pós-graduando, temos o risco de ter nossa bolsa cortada! Isso é claramente um abuso! Imagine se algum funcionário em alguma empresa corresse o risco de perder o seu salário caso ele cometa algum erro? Isso não existe! E o que me deixa mais puto é que, se algum professor age com incompetência, o mesmo não recebe a mesma punição! Um caso que vivenciei recentemente foi de um professor que demorou 3 MESES para avaliar meu projeto de pós-graduação de 15 PÁGINAS para o meu ingresso no doutorado. Como estava no "limbo" entre mestrado e doutorado, estava sem bolsa e contando com o ingresso no doutorado para conseguir outra bolsa. Por causa disso, sem brincadeira, levei uns 6 meses ao todo para conseguir algum dinheiro. E o tal professor? Nenhuma punição, nenhum corte no salário, nenhuma advertência verbal, NADA! Além, obviamente, de todos os problemas associados diretamente à pós-graduação, sou obrigado a ouvir comentários/"piadas" LGBTfóbicas, gordofóbicas e racistas praticamente todos os dias no laboratório onde trabalho. Posso contar nos dedos das mãos a quantidade de dias onde não ouvi "piada de travec*". E essas "piadas" vem de todos os lados, desde os técnicos, alunos de graduação, alunos de pós-graduação até os professores. Todo esse cenário desencadeou uma depressão em mim, onde não consigo passar praticamente um dia sem cogitar a possibilidade de suicídio ou então abandonar essa porra toda e arrumar qualquer vaga de de emprego de nível médio. Embora eu tenha uma paixão muito grande por ciência, vejo que as universidades são ambientes extremamente nocivos e que fazer ciência nessas condições possui um custo psicológico muito alto.
Passa o tempo e nada muda, ontem mais um estudante tirou a própria vida dentro de uma Universidade Federal. Estou na metade da graduação em engenharia e até agora só o que a universidade me propiciou foi um sentimento profundo de ódio para com a instituição.
Tô com medo de ser o próximo a minha sanidade tá no fim, os professores dificultaram muito a minha vida eu não sei o q eu fiz só sei q eles não gostam de mim e agr eu tô com problemas sérios
Estou no último ano da graduação e meu problema é um pouco específico. Desde que entrei no curso o objetivo mais claro na minha cabeça era o de seguir carreira acadêmica. Fui de cara em tudo que aparecia: iniciação científica ao longo dos anos, apresentações em eventos, publicações, participações em outros programas como bolsista. Ao longo dos quatro anos me dediquei ao máximo em tudo mesmo, procurando me destacar por ser o aluno que esperavam que fosse. O objetivo era tão claro na minha cabeça que, em certo sentido, me adequei e cumpri muito bem todas as exigências. O problema é que agora, ao fim da graduação, estou pensando que minha vida se reduziu a isso. Ao longo do curso deixei de fazer muita coisa, de me relacionar com muita gente, pelo discurso que tomei como verdadeiro de que minha prioridade era outra. Pensava: para cumprir com excelência todas as exigências, e conseguir seguir na universidade, tenho que me manter focado. No fim das contas, não tenho vida fora da universidade, do acadêmico, do científico. Tenho boas bases teóricas, mas não sei como é viver na prática. Tenho um problema absurdo para conseguir socializar. E é completamente aterrador olhar para trás e só me ver dentro da universidade, tanto que não sei mais se é o que quero no futuro. E não tem sido fácil lidar com isso
@Skull Knight nossa, sua resposta me fez reler um comentário que fiz há 5 anos. A vida seguiu e ainda tô no mesmo barco, parece. Um pouco mais experiente, mas continuo na universidade... agora no doutorado.
@@marceloHUEHUE Por isso estou fazendo menos disciplinas e priorizando também a minha vida social e familiar, se não a gente pira. Não quero ter pressa pra terminar o curso, quero viver também.
Querido!! eu só te agradeço por esse video!! Como professor, eu acrescentaria um ponto importante na discussão: A naturalização desse sistema opressor TAMBÉM ACONTECE COM OS ALUNOS. Fui professor substituto de uma universidade pública de música e o que mais enxerguei foram alunos sofrendo sem saber que sofriam. Acredito que seja porque a universidade reproduz o sistema meritocrático e competitivo da sociedade que naturalizamos desde a infância. O problema não começa na universidade. Enfim, acho importante deixar claro que o oprimido nem sempre tem consciência de sua posição. Mesmo porque esses mesmos alunos vão se tornar os próximos professores e os poucos que têm essa consciência acabam se afastando do mundo acadêmico.
É um porre. Já fiz 97% de todas as minhas matérias, pq eu me esforçava muito pra pegar mais matérias. Imagina quem tem que trabalhar e estudar ao mesmo tempo e não pode fazer o que eu fazia? (Pegar mais matérias, ficando o dia inteiro na uni, pra adiantar o curso)??? Desumano!!!
É interessante o quanto esse vídeo é atual. Assistindo ele hoje e vendo que foi postado a 5 anos e sentir exatamente as mesmas coisas que as pessoas postaram nos comentários 5 anos atrás é muito louco. Continua sendo um problema hoje. Mas o que me deixa feliz é que estou aqui neste vídeo por indicação da professora de uma disciplina obrigatória para podermos discutir esse assunto hoje na aula...
Eu adoeci seriamente no Mestrado. Foi loucura. Tinha muita vontade de fazer Doutoramento, mas sei que não posso fazer hoje, porque minha saúde mental não tem aporte pra isso. Tenho 26 anos, trabalho numa faculdade particular, sou efetivo da UFPE, sinto-me bem encaminhado. Mas as pessoas sempre cobram: "Cadê o doutorado? Vai fazer doutorado não?" Isso frustra. Sinto-me menor do que os outros colegas que já estão concluindo o doutorado. Mas não suporto aquele ambiente lá: é muita falsidade, muita corrupção, muita gente subindo nas costas dos outros. Um ambiente que não me fez bem e não me vejo pronto pra enfrentar hoje. É muito sofrimento, gente! É uma sensação de baixa auto-estima enorme, porque não estou no doutorado. #NãoéNormal
Há 6 anos defendi o meu mestrado e ainda dói. Eu adoro estudar e ainda não consigo me dispor a entrar no doutorado. Desde a graduação eu quis estudar para entrar na carreira acadêmica e a pós graduação me tirou completamente esse desejo e olha que eu sou psicóloga. Dois colegas meus de graduação se mataram com um ano ou menos de formado, vários colegas meus desenvolveram problemas psiquiátricos como depressão, fobias, transtornos de humor Ser mulher querer estudar, mas para isso "optar por não ter vida" não é normal, especialmente num momento super delicado onde a sociedade e você mesma se cobra horrores em relação a maternidade e a entrada num mercado de trabalho extremamente machista. MUITO OBRIGADA POR ESSE VÍDEO!
Glagladelux Pq algumas pessoas conseguem com tanta facilidade e outras não? Tipo, eu desenvolvi um transtorno na época da graduação, mas ao mesmo tempo via alguns colegas indo de vento em polpa, e alguns dos mesmos entraram logo no mestrado e estão super de boa. Acho que a universidade não é justa com todos ou algumas pessoas simplesmente são mais frágeis, sei lá..
Lorena Teixeira, realmente, algumas pessoas são mais frágeis, e outras possuem mais privilégios, mas quem garante que todos esses seus colegas estão bem? Não dá para saber o que realmente se passa com cada pessoa. Eles podem aparentar estar bem, mas por dentro podem estar sofrendo muito...
Murilo, estou passando por uma das situações que você citou no video: não sentir-se pertencente aquele lugar - universidade. Sou negro, gay, e estudo em uma universidade elitista (sou bolsista pelo Prouni), em Goiânia, no curso de Direito, ou seja, estou cercado de fobias, e todos os dias, TO-DOS os dias, me sinto repelido deste ambiente, não somente pelos "rótulos" que carrego, mas também pela cobrança dos próprios professores, que exigem coisas que estão além do meu poder econômico e intelectual. Enfim, ás vezes sinto que estou roubando o lugar de alguém. E por isso admiro sua trajetória dentro deste mundo, já que temos alguns "rótulos" em comum, sei como é difícil. Mas, não podemos desistir, não é mesmo!?
Ricardo Renandrey Oi Ricardo, eu queria te dizer que talvez neste momento o mais importante seja vc ter o apoio da sua família, pois tive um colega que passou por algo parecido e por ter se desentendido com a família dele acabou sem apoio para continuar o curso. Infelizmente na universidade particular acredito que não tenha bolsa, mas tente aguentar que logo vc consegue um estágio, se Deus quiser
Ricardo Renandrey Ricardo Renandrey desejo a você toda força! que tudo fique bem! as vezes a gnt nao percebe a força que tem, mas pode ter ctz que vc tem muita e espero que consiga concluir a graduação se sentindo melhor. vc nao ta roubando espaço de ninguem, esse lugar é seu!
Cinco anos de graduação em Biblioteconomia na UFPE me "presenteou" com uma linda depressão. Foram os piores anos da minha vida. No primeiro período comecei a sofrer perseguição da coordenadora e vice, pq elas achavam que eu era "farinha do mesmo saco" por ter tinha amizade com algumas alunas consideradas "rebeldes" do curso. Ganhei a má fama, e em todas as disciplinas que paguei com essa professora, ela pegava no meu pé, tanto que sempre passei com média 7 como forma de "punição". No terceiro período, ela não queria deixar que eu fizesse a prova de segunda chamada, exigindo que eu levasse atestado pq cheguei atrasada no dia da prova. Só fiz a prova pq duas amigas foram questioná-la pq ela permitiu que outros alunos, que também chegaram atrasados fizessem a segunda chamada e eu não. No meu TCC senti o abuso de poder de uma professora que se preocupou em apontar erros da ABNT, mas não se deu ao trabalho de compreender do que se tratava o meu trabalho. Atualmente estou fazendo EAD em Letras na mesma instituição, e mesmo não tendo contato direto com os professores, percebo a discrepância na forma de tratamento: enquanto no presencial muitos sofrem abusos, no EAD sinto a indiferença e o desprezo de professores que muito mal interagem no AVA (jogando a sua funcionalidade de "educador" para os tutores), mas exigem e acham que não temos vida social, colocando as atividades sempre para serem entregues nos finais de semana ou feriados.
Dentre tantos na minha família eu fui o primeiro membro que definitivamente ingressou os seus estudos em uma universidade federal. Basicamente o primeiro a chegar ao ensino superior. Desde o começo sempre vi eminentemente as dificuldades que teria que enfrentar desde ao dia da inscrição no curso, na parte do incentivo da sua familia em permanecer e etc até o dia que eu supostamente concluiria a gradução de Engenheiro Biotecnológico pela UFOB. De início ao semestre letivo enfrentei um trote o qual os próprios alunos oprimiam os calouros dizendo que nenhum de nós passaríamos do primeiro semestre e certas matérias em que o grão de dificuldade não era compatível com o temendo no nosso esforço, logo após isso tive professores protagonizando cenas homofóbicas, machistas e misóginas em sala de aula, professores que realmente não sabiam lidar com a sua própria saúde mental e faziam questão de arrastar os que ainda tinha alguma em si para o buco enlameado. Me vi muitas vezes sozinho, sem amparo e frustrado comigo mesmo por estar realizando um sonho não só meu, mas como de muitos em um lugar onde a realidade era totalmente diferente da que eu imaginei. Creio que meus colegas de classe que também passaram pelos mesmos momentos se sentiram tão oprimidos quantos eu o que fez muitos desistirem, assim como eu. Um caso mais óbvio de fragilidade e decadência mental dentro da universidade e a de um colega de classe onde era perceptível o adoecimento dele frente a tantas atividades, matérias, livros, seminários, resenhas e etc, etc que tínhamos que ler e reler, estudar e reestudar as matérias caso contrário não passaríamos nas matérias, e ainda seriamos ridicularizados pelos próprios professores que tanto lhe exigiam durante o semestre tantas e tantas atividades. Hoje esse colega se encontra extremamente debilitado, depressivo, psicótico e tudo isso se passou de baixo dos narizes de professores, reitores inclusive de pessoas que estavam ali dentro da faculdade pra detectar, tratar e sanar esses problemas. Eu fui, somos e não podemos ser mais vítimas desse sistema caótico das universidades brasileiras. É triste, é chocante é preocupante esse cenário acontecer nas nossas proximidades. #IssoNaoéNormal
Sou um menino trans pré-T, to no primeiro ano e realmente, todo dia sinto como se fosse errado estar ali. Pouquíssimos colegas respeitam os pronomes masculinos e os professores passam leituras e trabalhos humanamente impossíveis (sério, calculamos e não tem como mesmo). Fico tentando me convencer da importância de ocupar esses espaços pra não acabar desistindo, é uma luta diária.
Eu mesma não sei quantas vezes já pensei em suicídio por me sentir um fracasso total. Sem perspectiva de futuro. Sinto que perdi seis anos da minha em um curso que não me fez crescer em nada e ainda me tirou o gosto pelo estudo. Eu não consigo me concentrar em uma coisa só pq penso nas outras obrigações. Querendo conseguir dar conta de tudo, não dou mais conta de nada. Tb tenho problemas familiares desde a infância e muitos acham que choro de barriga cheia, mas eu não sei como sair desse poço. Eu não sinto desejo nenhum de trabalhar na área, pq é um universo cheio de arrogância e eu não quero acreditar que todas as áreas são assim. Eu não consigo professor pra me orientar nos temas que penso pro TCC porque eles não querem mexer com questões sociais que envolvam política. A universidade é um faz de conta. Eu desenvolvia melhor meu intelecto sozinha e hj perdi essa capacidade. Eu só penso em como as cobranças vem cada vez mais fortes e dolorosas.
Impressionante a percepção timbrada de muita inteligência do que observo e procuro criticar. Essa exigência toda vai para além dos limites físicos e dos limites cognitivos dos alunos. Como professor, faço uma mea culpa pela qualidade das exigências ainda que procure democratizar as maneiras de entrega, mas esse vídeo alterou muitas coisas dentro de mim. Da cultura francesa que manchava o autoritarismo da Educação dos séculos passados e, realmente, a cultura acadêmica atual é asfixiante e corrosiva de caráter, demonstrando em si, que os projetos testados até hoje na pretensa criação de PHDeuses, falhou e muito!
Muito obrigado por esse vídeos. desde a minha primeira graduação eu tomo medicamento. Pensei em suicídio inúmeras vezes no auge da minha depressão. A faculdade nunca me ajudou, só pirou. Encontrei professores exatamente como os citados, alguns até piores. Minha luta para aceitar minha bissexualidade, para me impor na minha família preconceituosa, as matérias reprovadas e o sentimento de ser menor ou burro... e nunca foi me oferecido uma mão amiga pela minha universidade. Se não fossem as pessoas maravilhosas a minha volta, tenho certeza que teria acontecido o pior. Larguei a primeira graduação e tentei outras duas até me encontrar. Inclusive foi dois períodos em jornalismo que me tiraram do fundo do poço e me fizeram tentar entrar em Engenharia novamente. Hoje eu estou muito melhor, me aceito, sofro com as pressões mas depois de 8 anos vou me formar feliz e estou tentando largar os medicamentos. Esse assunto tem que ser falado mais e mais. As universidades precisam oferecer apoio aos alunos. EU vejo inúmeras pessoas passando pelo que eu passei, tento retribuir da forma que posso e mostrar para elas que é normal se sentir assim e que a culpa é do sistema educacional falido. E sempre uso meu exemplo. Que eu demorei para aceitar como um exemplo de sucesso, demorei para entender que eu precisava de passar pelo que passei para chegar onde estou. Foi muita terapia, que por sorte eu pude pagar, meus pais puderam na verdade. Mas é uma luta difícil. Desculpa o textão sempre assisto seus vídeos, mas dessa vez senti muita vontade de dar meu "testemunho" esse vídeo mexeu muito comigo. Grande beijo! Adoro você e o Muro Pequeno
Muito obrigada por esse vídeo! Sinto mtas vezes que meu lugar não é na universidade pública. Sou pobre e oriunda de escola pública, e muitas vezes me vejo incapacitada de estar aqui, por não ter tido as mesmas oportunidades dos meus colegas. Muitas vezes professores exigem coisas com equipamentos que simplesmente não tenho condições de ter, ou leituras em inglês, que como muitos sabem, é defasada ou as vezes nem visto na escola pública. Além disso tenho problemas pessoais que necessitam de tratamento psicológico, e apesar da unicamp fornecer esse serviço, a fila de espera é longa e a bolsa que ganho pela universidade eu destino para completar a renda família e o restante para poder viver aqui. Não sei se meu relato entra mto no seu questionamento, mas a universidade sim é difícil e tem que dar assistência para o público que nela frequenta. Por um espaço menos hostil e mais humano.
Realmente, essas faculs ditas públicas são facilitadoras apenas para quem já tem ou teve muitos privilégios. Escola pública não é moleza, falta tudo! Cheguei na faculdade sem saber fazer uma capa de trabalho! Não compreendia as atividades propostas em sala de primeira como o restante da sala e etc.
Sofri muito durante a minha faculdade, sou formada cinema (aparentemente um curso acolhedor). Entrei na graduação com 17 anos e sem nunca ter gravado um vídeo de mais de 5min pra um trabalho da escola. Entrei na faculdade achando que eu iria aprender tudo lá, mas na verdade eu já deveria saber antes. Minha ingenuidade fez eu me sentir burra perto de todos e, com o tempo, parei de fazer perguntas nas aulas e comecei a aceitar que eu nunca entenderia aquilo que os professores falavam. Aceitei tanto isso que comecei a fazer os trabalhos sem visar nenhum conhecimento, eu não tinha mais vontade de aprender e minha paixão pela área começou a se apagar. Cinema é uma área cheia de preconceitos e panelinhas, apesar dos estereótipos alternativos. Sofri preconceito por ser quem eu sou, pela maneira que eu lidava com as minhas relações AMOROSAS e até pelas minhas ideologias, coisas que não tinham nada a ver com o ambiente acadêmico. Ouvi boatos de professores e colegas falando coisas pejorativas a meu respeito. Senti cada vez mais vontade de desistir. Só não desisti pq eu acreditava que poderia fugir pra longe daquelas pessoas, depois de formada. A pressão não vem apenas d@s professores e do sistema, mas tbm d@s alun@s que há até dois meses tinham que pedir permissão pra ir no banheiro.
oi,seu comentário é antigo mas preciso perguntar pq to pensando em trancar meu curso de arquitetura para fazer cinema,queria saber se o curso é tão desgastante quanto arquitetura,na qual vc não tem tempo pra mais nada além da faculdade,tem que virar noites fazendo trabalhos,passar os fins de semana fazendo trabalhos... Não quero escolher errado novamente,por isso precisava da opinião de alguém que já fez esse curso...
Me identifiquei tanto. Pois estou passando por um grande conflito interno. Estou no terceiro ano da minha graduação e me sinto muito mal. Parece que não consigo acompanhar os meus colegas, não consigo desenvolver nada. As vezes até sei e tenho vontade de expor minha opinião na sala, mas acabado ficando com medo dos professores e não falo nada.
Desde que criei consciência do ambiente universitário decidi que não iria cursar nenhum curso hoje estou me especializando em inglês por meio de certificações e diplomas internacionais com isso, aos 17 anos estou empregada e conseguindo me aprimorar sem desejo algum de ir a faculdade
Que vídeo maravilhoso! Mas confesso que chorei bastante e fiquei aterrorizado com os depoimentos sobre pós graduação, estou com muito medo de ter que ir pra área acadêmica. É foda e difícil, e sei lá pra mim já deu, joguei esse semestre no lixo e a única vontade minha é de pegar o próximo ônibus pra casa. Todo fucking dia em algum momento eu me sinto um lixo e cansei de fingir que tá tudo bem, cansei chorar de manhã só por ter que ir pra alguma aula, cansei de ter que me afastar do pessoal do meu curso pq a conversa deles me deixa extremamente mal e chorando, cansei de me sentir deslocado. Eu só quero mais noites de sono direito, comer melhor, parar de ter crises todo dia, SAIR DESSE LUGAR (que por causa dessa merda de semestre tem mais um ano e a droga de 2020 não vai chegar nunca). Eu sei que eu não posso largar as coisas e que preciso reprimir tudo isso de alguma maneira mas tá difícil. Desde o quarto semestre tava dando certo, não sei pq agr nesse não tá funcionando mais. Nem sei pq estou escrevendo isso aqui, mas é que não tenho ninguém com quem compartilhar :'(
Gustavo Sousa Amigo, eu não sei que decisão vc vai tomar, se vai seguir com o curso ou parar, mas eu quero te avisar que tudo passa. Sim, passa. Um dia as montanhas vão virar pó e rodopiar ao sabor do vento. Um dia, o mar virou deserto e o deserto, floriu. Tenha certeza de que, independentemente da sua escolha e do que acontecer adiante na sua vida, tudo passa, inclusive o sofrimento. pt.m.wikipedia.org/wiki/Invictus_(poema)
Gustavo Sousa Quando comecei a ler o segundo parágrafo eu já comecei a chorar, ao terminar ele já estava aos prantos. Sua história é basicamente tudo o que eu sinto todos os dias, do momento que eu acordo até eu dormir. Eu estou cansada de acordar chorando lembrando que vou ter ir para aula mais tarde, meu único alívio é o momento que entro no ônibus no momento de voltar. Eu não estou me encaixando nem um pouco, estou me sentindo completamente perdida, mas eu não sei o que fazer. Não sei como chegar para minha família e dizer que preciso de ajuda, porque não estou aguentando mais ter que levantar todos os dias. Entendo como outras pessoas tem mais facilidade em levar as matérias e tudo mais, eu me sinto completamente inútil por não conseguir fazer o mínimo. Li muitos comentários durante todo o vídeo, mas nenhum me tocou dessa maneira, senti como se olhasse para um espelho, refletindo tudo o que está me acontecendo.
Victoria, eu passei exatamente a mesma coisa pela qual vc e o Gustavo estão passando. Chegou em um ponto em que eu sabia que se não fosse embora algo muito ruim ia acontecer, eu teria um colapso e faria alguma coisa muito grave. Eu não conseguia mais suportar um segundo sequer naquela atmosfera em que tudo gira em torno das atividades acadêmicas das quais eu já tinha tomado trauma. Faltando uma ou duas semanas pra terminar o semestre, eu desisti do curso. Obviamente, todo mundo veio pra cima de mim falando que era uma oportunidade única estar em uma universidade federal, que eu poderia ir levando até o fim do semestre pra só trancar o curso por um ano. Mas eu já tava "levando" essa situação fazia meses e já estava absolutamente quebrada por dentro. Agora vou enfrentar todo o processo do vestibular de novo para tentar entrar em outro curso, mas sei que, naquele momento, a melhor decisão que eu tomei foi sair do curso, pq a minha saúde mental é mais importante do que as expectativas que os outros colocam em mim. Lembre-se disso. Pedir ajuda é a melhor coisa que vc fará por você. Procure atendimento psicológico na sua faculdade e, se não encontrar, fale com sua família. Só fale isso que vc escreveu, seja honesta e explique o que está sentindo. Esperançosamente, eles vão compreender. Também é importante saber que o nosso caminho não é linear: às vezes a gente para, volta um pouco, retoma o caminho ou toma outra direção. E a gente tem que se dar o direito de fazer isso. Vc não precisa ficar aguentando essa situação e se desgastando emocional e psicologicamente por achar que vai decepcionar os outros ou que está fracassando se quiser trocar, trancar ou desistir do curso. Enfim, espero que você fique bem e que dê tudo certo
isso é muito sério! se for possível, não sei exatamente qual é a sua situação, mas veja se você pode pedir transferência para um lugar mais tranquilo. Não sei se você tem como falar com os seus pais, mas era bom você conversar com eles a respeito disso.
Na minha primeira semana na universidade, fui à uma palestra feminista sobre as dificuldades de mulheres de manterem nesse meio. Enfim, uma das moças, formada em história, contou que um professor perseguia ela de todas as formas possíveis, que chegou a passar um tema enorme de trabalho para apenas ela apresentar e, no dia da apresentação, quando ela conseguiu fazer o trabalho certinho, ele apenas disse: "nossa, nunca vi uma bunda e um cérebro tão grande em um mesmo lugar". Detalhe: ela é negra, a sexualização acontecia não só por parte do professor, mas dá turma inteira, que aplaudiram quando o babacão falou isso.
E as mães na Universidade, faço faculdade de nutrição, minha saúde mental não tenho tempo de pensar nela, mas ta uma merda não tenho tempo nem de tomar banho, quando eu digo não tenho eu não tenho mesmo, vivo me sentindo uma merda, incapaz, me sinto uma péssima mãe, uma péssima aluna, uma péssima dona de casa ( sou responsável por todas as tarefas em casa sozinha) tem horas que acho que vou explodir.
Eu saí de uma universidade pública sem conseguir me formar. Tenho 21 anos e me sinto um lixo por isso. Vim ver esse vídeo agora enquanto tava a beira de uma crise de ansiedade e de repente o que tu tá falando tá me fazendo pensar que talvez eu esteja bem melhor do que eu imaginava. Cara, obrigada por isso. Isso é extremamente importante de ser discutido. É cobrado de pessoas com 17 anos uma saúde mental forte o bastante pra sobreviver a universidade, uma saúde mental forte que nem mesmo um adulto na casa dos 30 tem. Em alguns momentos a universidade foi insuportável pra mim e todo dia eu me vejo pressionada (mais por mim mesma) a voltar pra lá pra conseguir ser aceita dentro de uma sociedade que já mostra nos campus que meu lugar não é nela. Eu não sei quanto tempo essa putaria vai durar, mas ter pessoas falando sobre isso já vai empoderar muita gente. Obrigada.
Finalizei a graduação em março desse ano e dou graças a Deus por ter acabado. A graduação não foi fácil desde o início para mim, a universidade que cursei além de ser pública também utilizava metodologia ativa (PBL) o que foi uma grande barreira a ser quebrada logo no início do curso. Mas o último ano de graduação foi surpreendentemente desgastante e frustante. Nunca pensei que poderia sofrer tanto fazendo algo que amava. Confesso que tive 'sorte' pois meu orientador sempre foi muito compreensivo, mas mesmo assim me sentia burra, incompetente, incapaz, insuficiente e dentre outros adjetivos negativos martelavam na minha cabeça a caminho da universidade. Não dormia direito, não me alimentava direito, não tinha tempo para curtir minha família, sair com meus amigos, passava mais tempo no laboratório do que na minha casa e quando chegava em casa fica todo tempo no computador escrevendo. Eu não vivi durante o último ciclo do curso. Dei meu melhor mas mesmo assim acho que não foi o suficiente, hoje estou formada, mas ainda tenho pesadelos, acordo assutada e angustiada, fico me culpando por não ter feito mais. Por isso afirmo que nada é mais precioso do que sua saúde mental, se cuide, se ame, você não é burrx, VOCÊ É MAIS QUE UM TITULO DE GRADUAÇÃO!
Uma coisa que muitas pessoas não têm é a coragem para desistir. Sim, coragem para desistir, adiar, parar. Porque isto se trata de uma maneira de dizer "não", o que por si só já é difícil.
Mas as vezes a pessoa está tão fragilizada que ela precisaria de um incentivo ou um estímulo para tbm poder lardar desse ambiente, por quê, veja só, as vezes a família te mantém ali, mesmo sabendo do teu sofrimento, as vezes precisamos de algo que talvez os possa fazer pular fora, sabe.
Estou há 4 meses fazendo mestrado em uma Universidade Federal... a cobrança é absurda... uma pressão surreal, mesmo em plena pandemia. Estou constantemente tendo crises de ansiedade. Desnecessário essa pressão que o sistema faz. É necessário rever esse processo de ensino! Também estou assim: exausta!
Eu sou bolsista 100% do PROUNI em uma faculdade privada em Medicina veterinária e cada dia na faculdade é um conteúdo diferente ( ou seja - tenho 1 dia para entender um assunto inteiro), entrei já no segundo semestre e fiz o meu ensino médio inteiro em uma escola pública na pandemia em EAD por uma plataforma do CZcams (com aulas gravadas). Tirei minhas 3 primeiras notas baixas na faculdade e se eu pegar DP perco a minha bolsa. Fui diagnosticada com TDAH, e ainda tenho que trabalhar pois meus pais não tem condições de manter minhas despesas (já que só tenho a bolsa de 100%, e além de fazer a faculdade moro em outra cidade longe dos meus pais e tenho que me manter). Minha família acredita muito em mim (sou a primeira pessoa a da família a conseguir entrar na faculdade), mas eu não me sinto bem, minhas notas me desanimam e eu já abri mão de muita coisa pela faculdade (noites sem dormir, fins de semana, feriados). Tenho medo de decepcionar a minha família e a mim mesma. É particular e sinceramente.... faculdade particular realmente não foi pensada para bolsistas e pessoas de baixa renda, ainda mais se você for uma pessoa negra e tiver que se manter.
Olá! E , que vídeo maravilhoso. Não estou na universidade, e preciso dizer que o ensino médio virou um campo de batalha, virou seleção natural, aqueles que aguentam a pressão, aqueles que aguentam deixar a si mesmo para estudar 10 15 horas são os "escolhidos" e "preparados" para o enem e para a universidade. Não só o desgaste na universidade, mas somos "treinados" para aguentar essas situações que só nos prejudicam. Porém o ponto de saturação chega seja na universidade ou como profissionais formados.
E, sim, mtas vezes os problemas vêm dos próprios (outros) alunos. Eu tenho uma amiga enfermeira que trabalhou na USP de São Paulo (onde eu estudei) em um projeto (da própria universidade) que cuidava do acompanhamento médico e psicológico de alunos com transtornos mentais. Em uma das ocupações da reitoria e de outros prédios que aconteceram em momentos de greve (não me lembro o ano, deve ter sido por volta de 2010), ocuparam tbm a sala desse projeto. Alguns dos ocupantes violaram os prontuários, leram as informações e usaram essas informações sigilosas publicamente para deslegitimar a fala daqueles alunos atendidos nas assembleias da greve (isso mesmo: "vc é louco, vc fez tal coisa, vc tem tal problema, vc não sabe o que está dizendo").
Thais dos Santos Domingues Pereira Que absurdo isso guria, não dá pra acreditar. Mas pensando nisso é válido lembrar que muitos centros acadêmicos não passam de panelinhas, pois ao invés de olhar o todo só estão lá para tirar vantagens pra seus membros e só aceitam a integração de quem eles querem, hj já não é mais um espaço para todos mesmo #IssoNãoéNormal
Thais dos Santos Domingues Pereira na vdd isso acontece muito,as pessoas adoram colocar a culpa na vítima e dizer,olha vc é o problema, não se inturma pq não quer,hj em dia temos muitas pessoas sem educação nenhuma que estão nas faculdades,eu tiro isso por experiência de onde estudo e estudei,numa turma de 40pessoas umas 5,7 pessoas sabem tratar os outros bem o resto só se importa se vc for rico ou morar num lugar bom.
Que coisa boa ver este tema aqui abordado com tamanha transparência! Sou psicóloga e atendo estudantes universitários num programa de acolhimento estudantil. Como o acolhimento e uma rede de apoio é fundamental. Sofrer caladamente é triste demais e é o que levam muitos jovens aos quadros com agravamento. É triste, mas diante dos exemplos citados, podemos afirmar que esta instituição está falida. É muita banalização do sofrimento psíquico mesmo...
Hoje eu sofri uma situação muitíssimo vexatória. Sou estudante de pós. Me identifiquei muito com a sua fala no momento em que você disse que precisamos parar de enxergar a universidade como um olhar mágico, lindo e encantado. É um ambiente extremamente tóxico! E sim, existem pessoas que, sabe lá Deus porquê, querem ser um karma na vida dos discentes. É inaceitável pensar que tudo isso se faz às custas de dinheiro público. E não interessam as escolhas de cada um. O ambiente universitário não tem que ser um ambiente adoecedor como vem sendo há muito tempo. Sou da PB.
😁ah! sou da PB tbm e meu caso foi exatamente como o seu, fui alvo de assédio moral por parte de uma acadêmica, duma Faculdade privada, já ouviu falar no grupo Três Marias? quais se estendem as instituições EESAP e Polígono??.. a tal Dra. me expôs dentro de sala de aula, me colocando em situação de constrangimento diante toda a turma do curso, utilizava de ironias e insinuações, além de um discurso passivo-agressivo, maior parte da aula passada eram carregadas de deboche e desdém. A pessoa dela, me fez depressiação e desclassificações contra mim. Reportei a reitoria da Faculdade e nada foi feito, vazaram as minhas denúncias que acabou com que, a hiena nas suas aulas, me desse patada atrás de patada, sendo que já não bastasse o ódio que ela desfilou sobre mim e isso fez com que, outros professores, preferencialmente, um muito amigo dela, em todas suas aulas me atacasse e olha! não tinha muito mais do que eu fazer, já tinha reclamado na ouvidoria, reclamei pelo e-mail oficial, fiz várias ligações na ouvidoria, dei queixa no Reclame Aqui e, a super proteção que eles dão pra abusadores. A hiena ainda tá lá, iria fazer reclamação no LinkedIn dela, porém, uma das fãs dela, "uma das alunas" deu Conselho pra que ela se retirasse dali. @Bráulio se é um conselho que eu dou hoje é, não vá nessas uniesquinas popularzinhas, é tudo marketing, muita pilantragem, outro é que, Diploma nenhum vale a tua saúde.
Estou no início da graduação e sinto me um lixo, incapaz de terminar. Estudo, e estudo e o resultado não vem. A cada dia acho q não me encaixo ali e a cada reprovação e nota baixa o sentimento só piora. #Nãoénormal
Deixa só eu comentar que às vezes não é nem só o sentimento de inferioridade. Eu e vários amigos já pensamos em pegar leve, fazer menos disciplinas para fazê-las bem (e atender aos nossos próprios padrões, que ninguém aqui quer se formar passando com 6 em tudo, nos cobramos sim!)... Mas aí não dá, né? Porque vai sobreviver como sem bolsa? Emprego de meio-período não paga aluguel em outra cidade (às vezes nem 40 horas paga, especialmente em cidade cara em que - adivinha! - é onde ficam os grandes centros de pesquisa). Um monte de gente na pós tem títulos que não são 'voltados para o mercado de trabalho', é cientista, bacharel... e quando você morre de estudar não só pra passar na disciplina mas pq se perder a maldita bolsa, não sabe o que vai fazer da vida? É TENSO.
Sou de São Paulo, não sou estudante de graduação, mas frequento a Universidade de São Paulo a muito tempo, e vejo muitos comentários sobre assedio, pressão psicologica, entre outras muitas coisas. Você falou o que muitos gostariam de falar. PARABÉNS PELA INICIATIVA. ABUSO DE PODER E PRESSÃO PSICOLOGICA CONSCIENTE
Estou no Mestrado na UNESP e sinceramente eu estava quase surtando, pois os meus orientadores são extremamente exigentes, viajei quase que escondido porque estava surtando. Se vocês acham que na graduação é difícil, vocês não viram os casos na Pós- Graduação no brasil, gente... Uma dica valiosíssima, tomem muito cuidado caso você pense em fazer pós nas universidades públicas, façam IC's nas suas universidades, tentem conhecer MESMO os seus futuros orientadores, pois é um casamento que não dá pra divorciar. Se vc esta surtando na graduação penso 3x antes de entrar na pós, pois pra foder com a sua saúde mental é logo ali. Ja recebi ameaças na pós, vi rixas entre professores, departamentos e coisas que nem posso comentar aqui, o corporativismo nas universidades é protege todos eles.
Muito obrigada, Murilo. Acabei de chorar no colo do namorado por estar insanamente culpada por não produzir suficiente para entrar no Mestrado, pra fazer o TCC, para trabalhar e estagiar. É difícil lidar todos os dias que como mulher, preta e futura engenheira eu terei que ainda dar mais um pouco para ser reconhecida. Obrigada por ecoar esse moto: "Não é normal" e por mencionar a doença (desenvolvi a gastrite nervosa ainda no 5o semestre) Eu me sinto contemplada por suas palavras. Isso é tudo que eu venho falando há dias: problemas nos critérios de produtividade CAPES, apreensão pelos baremas de seleção do Mestrado, meu profundo desgaste emocional após 5 anos de graduação, e imenso medo de não conseguir dar conta de tudo. Decidi procurar ajuda ontem Mais uma vez, obrigada por fazer esse vídeo difícil.
Jamille Brito ♡♡♡♡ Uma engenhareira e preta♡♡♡♡ Não sei o que tudo vc passou,pois por enquanto sou apenas caloura da UFRJ, Mas imagino que você já passou por muita coisa e es forte p caramba
Cara.. esse vídeo é de 4 anos atrás.. mas seu relato é muitooo ATUAL!!! Antes de concluir o mestrado eu já tentei a seleção para o doutorado e passei, porém fiquei como suplente. Agora com o mestrado concluído, pensei, repensei e decidi adiar essa etapa! Doutorado esse ano não... não tenho saúde mental para isso... ainda tenho muitas feridas abertas do mestrado, ir para o doutorado seria assinar meu atestado de loucura. Me identifiquei com sua fala.. a pressão é demais, é como se não existisse vida fora da Universidade.
E os professores que te culpam por estudar pra passar na matéria, sendo que foi isso que a gente aprendeu na escola durante anos, eu pelo menos aprendi assim. Precisava tirar nota pra não ficar de recuperação, era reconhecida ou classificada por nota. Aí chega na universidade, querem que você, DO NADA, mude tudo que aprendeu e faça do jeito que eles querem. Aí aparecem os alunos ansiosos, frustrados, deprimidos e se sentindo culpados.
Entrei na UFMG sonhando com mestrado, doutorado e em ser um pesquisador. Hoje, terminando a graduação tenho nojo do ambiente acadêmico e depois da formatura espero nunca mais voltar.
"Saúde Mental na Universidade" que tema necessário. Com 45 dias de aula eu nunca me senti tão burra, gente do céu!
Před 7 lety+9
Me abraça 💜 Eu to no quinto período da graduação em ciências sociais na UFF, to fazendo 5 matérias em horários horríveis e monitoria, o que talvez nem seria tão difícil se eu não morasse a 90 km da faculdade. Eu passo mais tempo em ônibus do que na sala de aula, bebo pouca água no dia pra não ter vontade de ir ao banheiro no meio da viagem, tem dia que saio de casa 10h da manhã e chego meia noite e meia, durmo de madrugada pra poder fazer as atividades, ler texto, fazer trabalho e mesmo assim nunca dá tempo de botar tudo em dia, tenho que lidar com professor que parece que tem preguiça de dar aula, às vezes os professores faltam sem avisar e eu vou pra faculdade à toa, tem dia que não consigo almoçar por causa da pressa pra sair de casa, às vezes deixo de jantar porque tenho que fazer trabalho e aquele é meu único tempo disponível, às vezes to tão cansada que não consigo nem ler os textos, porque simplesmente não assimilo nada. Fazer faculdade é ótimo, mas é horrível.
Sou moradora da moradia da UFMG, realmente tem sido semanas difíceis. Estamos tentando criar maneiras de promover mais momentos de convivência entre os moradores. São muitas as pessoas aqui, na moradia, que tomam anti depressivos e já tentaram suicídio. Muito obrigada por fazer esse vídeo. O assunto não pode ser esquecido! :'(
E quando já há considerável número de suicídio no próprio cursinho/ 3° ano do ensino médio? Muito dos #naoénormal citados, se encaixam também nesse ambiente. Não desmerecendo a temática da universidade, imagina! É só um argumento a mais para mostrar a precariedade do nosso sistema de educação.
Gabrielle Almeida Rocha Tavares A saúde mental do indivíduo já começa a cair na escola (pelo menos aquelas que focam em passar o máximo de alunos possíveis em medicina), a própria escola já começa a criar uma mentalidade de que você é suas falhas, que você tem que focar 100% do seu tempo pra estudo, que sua vida, felicidade e saúde vem depois dos estudos, que você não vale nada se você não tira uma nota boa. Uma garota(que é da escola melhor escola da cidade, portanto a mais rígida) se jogou de um predio(mas sobreviveu) pois não aguentou a pressão da escola, e o caso foi abafado (como muitos outros provavelmente), e inúmeros alunos dessa escola estão em psicologos por não aguentar a pressão da escola, mas ninguém fala sobre isso.
DieCutePie sim! Estou no meu segundo ano de cursinho e já acompanhei dois casos de suicídio e um caso de tentativa de suicídio. É um completo absurdo o nível de cobrança rotineiro.
Acho que ainda o pior além disso são alunos que infelizmente não veem essa problemática e se voltem contra pessoas que vão contra esse "respeito" hierárquico, além dos professores forçarem muita socialização entre os alunos fazendo grupos, ser uma pessoa além do que eles querem que você seja, ferra muito porque você com certeza irá ser queimado com os alunos e eles vão te excluir propositalmente só porque você não deita pra professores e vê o que eles fazem de errado que fere totalmente a sua individualidade.
Exatamente isso... Fiquei chocada, mas apesar de tudo consegui concluir e gostei muito do meu curso me abriu muitas oportunidades, me fez entender muitas coisas. Na universidade não existem amigos, os professores só sabem exigir e são os sabe tudo sempre só acham que a dedicação é para a matéria deles... Tive crises ansiosas... Mas no final valeu a pena
Vivi em um departamento machista e sempre comparava ir a universidade a igual a ir no matadouro. Todas as vezes volta para assistir aula eu matava minha alma. Hoje faz 11 anos que comecei a universidade e faz 3 anos que terminei, mas até hoje continuo com os mesmos pensamentos ansiosos e me achando sempre um lixo. A universidade foi um trauma em minha vida e eu espero do fundo do coração que consiga me curar.
Eu tô fazendo Tcc e estágio e já perdi 1 pessoa da família, meu cachorro, um professor é um colega de turma só esse ano um atrás do outro e minha cabeça está tão mexida que até surtei em casa. Eu busco ajuda psicológica e espiritual para me curar desse mal .. tive ataque de pânico por causa de preocupação com universidade (pressão), por não conseguir resolver meus problemas do estágio e brigas em casa.
Estou no meu último ano da minha graduação na UNIP. O curso (Arquitetura) é extremamente exaustivo. Certa vez a coordenadora do meu curso disse que não eram necessária 8 horas de sono porque, segundo ela, temos que entregar o trabalho em dia e que "estudante de arquitetura não dorme". E realmente, eu tinha tanto medo de reprovar que eu deixava de dormir e de me divertir, de sair etc só pra entregar os trabalhos no prazo. No meu primeiro ano, as notas eram sempre próximas da nota máxima. Hoje em dia, não consigo tirar mais do que a média (menos que 7). São tantos trabalhos que já teve vezes que fiquei, sei lá, 48 horas sem dormir e depois não conseguia levantar da cama de tão mal que fiquei. E ouvindo você dizer sobre sua gastrite nervosa, acredito que, no meu caso, os fortes espasmos que tenho, foram decorrentes dessa falta de saúde mental. Sempre que deixava de dormir pra terminar algum trabalho, esses espasmos apareciam. Não os tenho mais com tanta frequência porque hoje eu priorizo minha saúde e bem estar: durmo bem, e faço tudo no meu tempo, sem pressa. Depois de muito tempo que fui perceber que a universidade era, e ainda é, o que me causa tanto sofrimento. Não tenho mais vontade de sair de casa pra ir pra faculdade, desenvolvi uma série de medos que eu nunca tive. Realmente desgastante. A UNIP, pelo menos na qual eu estudo, não tem grupos de discussões, não tem atendimento psicológico, falta de respeito total quando o aluno precisa de ajuda da universidade, os pedidos dos alunos sequer são considerados. Extremamente classista. (Desculpem-me o desabafo, mas é que tava aqui, na garganta, e ainda tenho muito mais a dizer.) MURILO, OBRIGADO POR ESSE VÍDEO
Engraçado q quando eu comecei a faculdade pensava q por ser só adultos achava q os professores e alunos iriam ser mais empáticos mas me enganei kkkkkkkk perguntei pro professor uma vez quando eu era caloura quando valia a prova que ele iria passar e ele simplesmente me disse "não te interessa" em alto e em bom tom para todos da sala ouvir, e eu falei em um tom tão tranquilo com ele, e olha q se tratava de uma faculdade particular, q graças a Deus q eu n pago pra estudar naquele lugar com professores assim. Reclamei com ele e com a diretoria. Fazia a gente se sentir inferior, isso é terrível! Não deixem os professores pisarem em vcs se vcs estão no direito e podem mudar isso
Ver as pessoas tirando notas boas, fazendo projetos legais, estagiando em grandes empresas... E vc simplesmente não conseguir é muito triste. Não consigo ser boa em nada, vejo meus colegas conquistando coisas e eu nada! Os professores também não tão nem aí pra a gente, o salário deles esta caindo todo mês, independente do que façam e se vc reclamar vc é perseguido.
Esse vídeo me abraçou sou mulher negra e faço medicina um curso elitista e racista Q nos obriga a competir com nossos colegas e nos sentir inferiores diariamente por não dar conta dar inúmeras tarefas extras q temos q fazer
Hi! I've just came to know your channel. This video is very interesting, I had no idea about the behaviour of teachers in brazilian universities. I have mental issues since primary school i think, i remember being very anxious since then . The situation got worse in high school. At the moment it is taking longer for me to get a degree: while my friends are ending their phd or started working, i'm having my last year of master and i never feel extremely passionate or motivated. Where i study there are many profs doing whatever they want and being very rude but also some others which are good people. I have always thought that my problems are not related to others, but to me. Oh i'm italian btw. This was so interesting , bye!
Gente, deveria ser obrigatório td aluno na primeira semana de aula ouvir esse video! Ja tive tique nervoso no olho pq estava mt estressada c tanta disciplina q tinha pra cumprir. #nãoénormal
Estou formando agora em psicologia numa faculdade privada, tive muitos professores legais, mas desenvolvi ansiedade generalizada e surtei na hr da prova de estatística.
6 anos e meio depois, a coisa continua a mesma. Deixarei meu relato abaixo: Não aguento mais a faculdade, sinceramente, se eu pudesse largaria tudo. As aulas são uma merda, não utilizarei nada do que estou aprendendo na faculdade no mercado de trabalho, a faculdade só me trouxe problemas para a saude mental e fisica, não consigo me exercitar, não consigo ter alguma atividade extracurricular, pq moro a cerca de 25 KM da faculdade e isso torna-se mais dificil. Atualmente estou procurando emprego e to desmotivado pra krl, pq não consigo nada, desde janeiro (de 2023) procuro algo e não apareceu nada pra mim, to comecando a me sentir um lixo, a pressão pra arrumar um emprego aumenta cada vez mais à medida que vou me aproximando da minha formatura (dezembro de 2023), vou me formar em Computação sem ter um emprego, com a saúde fisica lascada e a mental pior ainda, não posso ver nada a respeito do TCC, que já começo a me tremer, ficar nervoso, a querer largar tudo. Fiz a primeira parte do TCC de um tema e a segunda parte (É dividido em TCC 1 e 2), pq no desespero, escolhi um tema aleatorio, na qual eu não tinha dominio nenhum pra falar sobre. Agora em agosto, decidi fazer outro tema, só que o prazo ta muito apertado, em setembro escrevi bastante coisa sobre ele, porém, tenho até a metade de novembro pra entregar, não sei se irei conseguir, eu sei que se eu não conseguir, minha familia vai ficar muito desapontada comigo. Ao mesmo tempo não to nem ligando se vou conseguir me formar ou não, já que não consigo a bosta de um emprego, mesmo eu estudando e me atualizando sobre as coisas, faço as entrevistas, provas práticas e dps disso, não mandam mais nada pra mim, olha que já atuei 10 meses como estagiário. Isso desmotiva demais, eu sei que a área está muito ruim, com pouca vaga pra muita gente, muitos requisitos, mas convenhamos, 10 meses e nada aparecer é algo triste, ainda mais que eu procuro me atualizar sempre e manter um portifólio bacana.
Além de toda a pressão de produção de conteúdo, prazos, falta de sensibilidade dos professores, um dos meus maiores problemas e sofrimento na universidade é a sensação de não pertencimento. Eu estudo na UFMG, mais precisamente, na fafich, que abriga os cursos de humanas. E recorrentemente me sinto excluída não só como um ser pensante, mas como um pessoa apta a socialização, imagino que pelo fato de me vestir de uma forma mais ''careta'' e ter uma aparência nada descolada ou por realmente não me enquadrar na linguagem que eles usam, na forma que interagem, me sinto extremamente deslocada e não pertencente. É um sentimento horrível que me faz querer fugir de qualquer pessoa de lá e sim, algumas vezes já pensei em suicídio.
Eu estou na faculdade e já falei para meus pais: "Uma graduação de Licenciatura de Inglês já tá ótimo, eu não vou perder minha saúde mental por conta de um diploma a mais, um só tá ótimo, mais vale um pássaro na mão do que dois voando"
Tranquei a faculdade de Administração e comecei Licenciatura também pq não quero mais esse ambiente tóxico nas empresas e ainda ter que aguentar a graduação estava acabando com a minha saúde mental. Sou formata em Recursos Humanos e acredito que a instituição que escolhemos conta muito, pq a primeira foi maravilhosa, mas quando decidi cursar a segunda em outra foi traumatizante, enfim larguei tudo e fui atrás do meu sonho desde de criança que sempre foi ser professora e comecei Licenciatura e só quero dar minhas aulas em paz, fui pro ramo empresarial pq meus pais sempre me pressionam que eu tinha que fazer algo que tivesse retorno e estabilidade e hoje coleciono traumas em ambiente de trabalho e com graduação, talvez se tivesse colocado meu sonho em primeiro lugar desde sempre estaria feliz e realizada, porém nunca é tarde, faço licenciatura a distância e meu Deus do céu tenho lugar de fala: MÓ PAZ!
@@micaeledias Os professores da minha faculdade até que são bem compreensivos, até ajudam quando tem que fazer estágio e passam alguns exemplos de planos de aula pra gente "treinar" só que a minha é particular, então a fatura é meio salgada, mas eles ajudam.
Murilo do céu, que vídeo! você arrasa sempre. Eu realizei um trabalho sobre o produtivismo acadêmico semestre passado e como estudante de graduação sem exatamente o que você está falando. E sim, precisamos falar sobre isso. Parabéns! 🖤
OBRIGADO POR ESSE VÍDEO!!! EU ESTOU ESCREVENDO MEU TCC E A PONTO DE TER UM SURTO. ME SINTO SUFOCADA, BURRA, ANGUSTIADA, SÃO TANTOS SENTIMENTOS QUE ME FAZEM QUERER DESISTIR, NÃO TENHO MAIS PISCOLÓGICO...SÓ VOU SEGUIR, POIS É RETA FINAL....
Tranquei a faculdade de Administração e comecei Licenciatura pq não quero mais esse ambiente tóxico nas empresas e ainda ter que aguentar a graduação estava acabando com a minha saúde mental. Sou formata em Recursos Humanos e acredito que a instituição que escolhemos conta muito, pq a primeira foi maravilhosa, mas quando decidi cursar a segunda em outra foi traumatizante, enfim larguei tudo e fui atrás do meu sonho desde de criança que sempre foi ser professora e comecei Licenciatura e só quero dar minhas aulas em paz, fui pro ramo empresarial pq meus pais sempre me pressionam que eu tinha que fazer algo que tivesse retorno e estabilidade e hoje coleciono traumas em ambiente de trabalho e com graduação, talvez se tivesse colocado meu sonho em primeiro lugar desde sempre estaria feliz e realizada, porém nunca é tarde, faço licenciatura a distância e meu Deus do céu tenho lugar de fala: MÓ PAZ
Tranquei uma tbm, nesse mesmo curso, Adm o ambiente é extremamente tóxico, de muita competição. Passei por um assédio moral pesado dentro de sala de aula por parte de uma acadêmica, daí aconteceram também várias e outras coisas que fizeram com que eu saísse e, por tal coisa, nem sei se tenho mais interesse em voltar a Faculdade.
esse vídeo diz tudo sobre questões de falta de respeito que existe dentro das universidades. e realmente não é normal que tenhamos que estar a beira de um colapso para sermos vistos como 'bons alunos' ou ' pessoas comprometidas ' a ponto de deixar de lado toda e qualquer parte da sua vida, seja ela de saúde , ou emocional, familiar e até mesmo profissional para que consiga concluir no mínimo a sua gradação , ja que esta é apenas o seu primeiro degrau na vida acadêmica. Eu ainda estou cursando minha primeira graduação e não é normal o quanto que engordei, por falta de tempo de fazer alimentações saudáveis nas horas certas, de ter que escolher um salgado para matar a fome e sair correndo pra sala de aula, ou até mesmo se sentir culpada por isso e ir pulando refeições importantes. voltar chorando da faculdade é outra questão que não e normal, mas virou cotidiano entre os corredores. até mesmo desenvolver doenças no corpo como gastrite, disfunções e descontrole hormonal para conseguir entregar de forma aceitável todos os trabalhos exigidos. #naoénormal nada disso em prol da luta por uma digna graduação.
A doideira e irresponsabilidade mental da Universidade Pública no Brasil começa desde o processo seletivo. Fraudulento e exaustivo. Além de estudar para fazer boa prova, tenho que ser mais eficiente ainda do que os que conseguem gabaritos vazados é coisa e tal. A educação tenta gerar um processo fabril de conhecimento e esquece que a base do saber é a comunicação. Eu, hoje, profissional na área de comunicação sei muito bem o quanto não existe HUMANISMO no diálogo entre docentes e alunos.
Eu (Maristela), quando me lembro da minha graduação, sempre me lembro de um sentimento muito forte de incapacidade. Um sempre me senti menor, menos capaz, menos inteligente. Deixei de tentar algumas oportunidades de iniciação científica por isso, os professores responsáveis sempre exigiam um nível máximo de perfeição que eu nunca nem sonhei em alcançar, olhava pra aquilo tudo e só pensava que não era pra mim. Me lembro de uma professora, no primeiro período, chamando os alunos de analfabetos funcionais, de uma professora que ao passar tantos exercícios acabou tendo que rever a própria lista de atividades, porque ela não tinha tempo de corrigir o volume de trabalhos que nos impunha. Perdi a conta de quantas vezes chorei, quantas vezes achei que não daria conta ou que aquele espaço não era pra mim, que eu não era boa o suficiente. Definitivamente, #NãoéNormal
Que bom vc aqui, adoro seu canal
Papo de Preta Engraçado vc dizer isso, pq tive que fazer meu TCC sozinha e a minha orientadora era doutora da universidade. Foi um ano tão cobrado que tive uma crise e a psiquiatra me disse que estava com TOC e depressão. Sei que ajudou muito ter feito com ela, pois foi um aprendizado ímpar, mas foi muito sofrido.. Sinceramente acho que até hj minhas crises de ansiedade vem daí
divassssssssssssss me persigam mesmo
Tô me sentindo exatamente assim.
a unica coisa boa da minha faculdade foram os poucos amigos que fiz. O resto foi um pesadelo, estou arrependida de nao ter abandonado ja no primeiro semestre, como eu queria ter feito.
Eu estou em prantos. Já estou no ultimo período da faculdade e ainda sinto vontade de largar e sair correndo. Eu nunca me senti tão medíocre e pequena nesse lugar. Já perdi a conta de quantas vezes tive que sair da sala pra ir chorar no banheiro. Faz tempo que não durmo um sono despreocupado, leve, sem acordar ansiosa pensando na quantidade de trabalhos que tenho pra entregar. Eu tenho ansiedade só de pensar que tenho que assistir 5 hrs de aula. Obrigada por esse vídeo
Também acontece isso comigo.. procure um profissional pra te ajudar
janine miranda va a um médico psiquiatra, não sofre assim não!
Eu me vi nesse comentário. Semana passada saí da sala para chorar e nunca me senti tão mal.
NOSSA...... SIM!!!!!! tô chorando só de lembrar de como vai ser quando eu voltar das férias, mesmo no último período. me vi toda nesse seu comentário, Janine
Me vi no seu comentário. Choro praticamente todos os dias, a crise começa no momento que entro no ônibus.
A existência desse menino é TÃO importante! Por favor, não pare! Não saia da internet!
Muitas das coisas que vc mencionou sobre como as pessoas julgam a questao da saude mental acontece em qualquer lugar, em qualquer epoca. Ha um ano fui xinagada pq pus no facebook que estava doente. Por isso fico muito feliz em ver as pessoas questionando isso e falando, pq precisamos falar.
Ja vi amigas sendo perseguidas por professores universitarios. Ja vi professores assediando alunas. Um deles foi tirado do cargo a pouco tempo da unb por isso.
Fazer universidade eh algo que amei. Mas foi exaustivo, minha familia nao entendia a demanda e os professores nao entendiam a pressao que sofria pra estar em casa e nao poder fazer pesquisas pq "nao pagam nada" (palavras da minha mae). E eu ficava no meio do tiroteiro tentando sair ilesa e entregar oa trabalhos em dia, produzir videos e editar.
Tive depressao no final da faculdade. Mas milagrosamente meus professores nessa epoca perceberam e me deixaram entregar trabalhos com atraso e ate refaze-los (pq alguns realmente estava horriveis). Mas sei como tive sorte de ter aqueles professores naquele semestre. Mas ao msm tempo que alguns me ajudavam. Ja vi um deles fazer uma colegar chorar na aula. Doeu ver ela sair aos prantos da sala desistindo do curso pelo professor.
E como disse tive sorte, fiz parte de uma universidade particular onde os professores tibham que tomar cuidado pois poderiam ser demitidos. Mas ouvia os relatos de amigos da publica reclamandl exatamente disso: diversos textos pra se ler m poucos dias e fazer relatorios e trabalhos como se so tivessem uma materia.
Precisamos sim falar de saude mental. Excesso de cobranca nos enlouquece, e nao eh facil lidar. E quando une estudos com com problemas familiares so piora. Parabens por falar
exatamente o que eu penso
E nesse ritmo nos tornamos jovens cada vez mais frustrados, ansiosos e depressivos. Crescemos achando que é normal se matar pra conseguir o "sucesso", por todos os lados a ordem é a mesma, o sacrifício é chave, com sacrifício se consegue tudo. Sabe o que não nós dizem? Que nem sempre é assim, que vai poder acontecer de vc se sacrificar MUITO, perder saúde, sono, amizades e lazer e ainda assim não dar em nada. Ninguém nós prepara pra isso... A vida não é meritocrática, no fim das contas o que vale é a vida que se viveu. Estou graduada há três anos, não fui atrás de pós-graduação, todas as minhas amigas estão se matando nas delas, mas sabe o que eu escolhi? Viver o pouco de tempo que me resta e o pouco de saúde que o trabalho não me toma. O mercado de trabalho é tão cruel quanto a universidade, amigos, se não pior... Então, a única coisa que eu possa dizer é, se priorize, faça sua parte até onde seu bom senso lhe permitir, escolha viver saudavelmente, pq mesmo que vc não durma, não coma, não tenha amigos, dê sua vida por todas as tarefas, ninguém vai chegar pra vc e dizer "Oh, meus parabéns!" na vida real o máximo que vc ouve é um "não fez mais que sua obrigação". Portanto, viva a sua vida em paz, no seu ritmo, pq no final, só isso vai valer a pena... Pq ser podre de rico e bem sucedido com o emocional em frangalhos não vai lhe adiantar de NADA.
Priscila Salgado Cara você disse tudo.
Me formei estou trabalhando.
Mas vou viver a minha vida, vou dedicar a minha profissão mas não vou me matar por isso.
A graduação me fez refletir sobre o que eu quero da minha vida...
Foi muita decepção com amigos e professores.
#boraserfeliz
Minha esperança é que saindo da faculdade minha vida melhore. Tenho a ideia na minha cabeça que entrar no mercado de trabalho é melhor do que vida acadêmica 😂 espero que eu esteja certo pq se for pior não sei oq faço kkkk. Estou pertinho de me formar e estou prestes a ter um colapso nervosa kkkk rir p n chorar (inclusive choro todos os dias, viro outra pessoa quando estou de férias). Isso que vc falou realmente é verdade. Não adianta nada ser pobre de rico e viver com cara fechada por aí.
Quero pregar deu comentário na minha testa p eu n esquecer!
Isso ai.Parabéns por ter saído da matrix e pelo comentário atingiu a maturidade.
Melhor comentário,me identifiquei muito com isso
Pior é quando há perseguição não só de professores, mas também entre alunos. Porque existe sim bullying nas universidades! :( #NãoÉNormal
Debora Yamamoto existe! E existe muito!
Jaqueline Ferreira infelizmente 😕
Debora Yamamoto e adulto tem que denunciar n se calar
Warley Torres Existe denúncia contra isso? Não sabia
Debora Yamamoto assedio moral e crime desde q tenha testemunha ou filmagem da indenização so procurar um advogado
na USP tem mts suicidios q continuam sendo abafados.
Só na medicina foram 4 tentativas esse ano.
O que me deixa triste é que as pessoas que mais precisam ver esse vídeo provavelmente não verão por não terem tempo devido ao abuso de atividades e horas que a academia e os professores (principalmente) fazem... :(
Exatamente.
Inclusive, abri o notebook pra ler um livro pra fazer uma resenha que tenho que entregar daqui a 5 dias. Estava tendo uma crise de desespero por pensar que além dessa resenha, tenho 3 pesquisas, 5 trabalhos, 3 provas e mais 2 resenhas tudo pra semana que vem. Enfim, resolvi não ler o livro agora e fui pesquisar sobre o assunto de depressão na faculdade pq acho que estou entrando em uma.
Achei esse vídeo e agora me sinto melhor lendo alguns comentários.
@@dudaguima6661
De fato é muito desgastante e altamente cheia de estresse a vida na pos-graduacao stricto sensu. Para mim foi muito dificil concluir a graduacao na modalidade presencial,senti o mesmo do que se relata aqui, porem apos terminar fiz outra graduacao e um curso lato sensu na modalidade EaD, e me sinto bem, consegui superar o estresse, a angustia e a ansiedade, retornei ao campus para tentar o ingresso na strico sensu presencial e desisti, pois recordei do que foi vivido durante a graduacao. Me matriculei num mestrado profissional EaD, que so e reconhecido e validado pelo setor privado, e nao me importo se ainda a esfera publica tem burocracia para reconhecer tal titulo. Hoje disponho de tempo suficiente para: Trabalhar, estudar, praticar esportes, e desfrutar de leituras prazerosas, tenho muitissimos livros em meu acervo, os quais leio com prazer e sem nenhuma pressa, grandes obras da Litertura, Filosofia, Teologia, Musica, Historia, autores que eu nao teria tempo de ler, caso estivesse focado na vida academica, vou iniciar os 4 tombos de Guerra e Paz de Leon Tolstoi, sem nenhuma pressa e nem sei quando hei de termina-la. Hoje reecontrei a paz em minha vida, faco caminhadas, medito, preparo meu café do final da tarde de forma suave, assisto TV, acompanho novela de epoca, futebol e deixo o tempo passar! Um forte abraço! Ana Guimarães.
Hoje meu pai veio me perguntar sobre as férias, eu disse que já estava em período de férias e que não via a hora desse semestre acabar, porque literalmente acabou comigo e ele teve a pachorra de me falar " Você tá fazendo faculdade se fosse fácil não teria graça". Graça não teve eu ter que fazer tratamento pra refluxo por causa de estresse, graça não teve os dias que eu não dormi, graça não teve os dias que eu me tremia porque o professor vivia falando "ninguém tira 10 na minha matéria", graça não teve os 20kg que eu engordei porque na hora do desespero eu só sabia comer e chorar, graça não teve todos os dias que eu me senti inútil e menos que meus colegas.
Estou desde janeiro de 2014 na faculdade e desde então tô ficando cada vez mais doente.
Sinceramente, eu não vejo graça nisso.
Falou tudo
VC faz faculdade em que lugar????
Já se formou?
Meu irmão sempre me disse: " A faculdade é selvagem."
E de fato é. Depois de um ensino médio sem saúde mental (desenvolvi depressão e ansiedade), ingressei na faculdade. O resto de saúde foi embora. Estou no terceiro período de Licenciatura em Física em uma universidade federal e decidi trancar. Chegou em um limite insuportável.
#NãoÉNormal
Romantizamos muito a vida na Universidade, realmente não é fácil principalmente quando está chegando no final
Eu queria tanto que esse vídeo fosse feito na época em que eu estava no mestrado, tenho certeza que ajudaria ainda mais a passar por esse processo. Me identifiquei muito quando tu disseste: "Você entra na pós-graduação e tem que ser o melhor, pois o nível de exigência é altíssimo". Eu ingressei no mestrado seis anos depois da minha especialização, ou seja, eu não tinha mais muita noção dessa vida. Me senti um peixe fora da água. Foi um processo muito tumultuado, pois o meu orientador não sabia nada da minha pesquisa, fiz o trabalho sozinha. Sem orientação, sem indicação de bibliografia. Detalhe: a minha instituição era em outra cidade, ou seja, eu viajava toda semana, 300km, para cumprir minhas horas, pois eu também era bolsista. Na metade do segundo ano procurei um analista, pois desenvolvi crises de ansiedade. Até hoje eu não consigo dormir na minha cama, pois na época do mestrado eu deitava e minha cabeça não parava de pensar. Faço análise até hoje, é doído, custa caro, mas é um investimento que não me arrependo. Queria muito fazer um doutorado, mas ainda não estou pronta para enfrentar todas essas angústias novamente. Sou professora há cinco anos e hoje, depois de concluir o mestrado, apesar das dificuldades, eu luto para um sistema institucional menos babaca e mais humano. A instituição que leciono é particular e, talvez, o nível exigências não seja tão exagerado quando numa universidade pública. Desculpa pelo desabafo, mas é que em todos esses anos nunca vi algo tão bem elaborado para explicar esse sentimento de quem "vive" pela universidade. Obrigada por esse vídeo
Me formei em Física na Universidade de Brasília e passei por tantas situações absurdas que não sei nem elencar as que mais me destruíram. Professores arrogantes, faltosos, desrespeitosos e com níveis nulos de empatia.
Mas, o meu apelo é que a comunidade acadêmica não sucumba e acabe se inserindo nessa dinâmica doentia. No meu instituto o problema transborda o corpo docente e se interioriza nas atitudes dos próprios estudantes que são competitivos e egoístas ao extremo.
Alunos que não compartilham suas anotações ou listas de exercício feitas e que buscam a perfeição em detrimento de qualquer senso de coletividade e amor próprio. Foram tantas as lágrimas que tive que secar de meus olhos e dos olhos de tantos colegas e amigos, sendo que muitos deles acabaram desistindo do curso pelo caminho.
E o pior de tudo é que o pensamento por de trás duma taxa de evasão que beira os OITENTA POR CENTO, é de que o curso é para poucos mesmo, para gênios sem alma que aceitaram vender todos os minutos da sua vida para aquele ambiente hostil e violento. #Nãoénormal
Que profundo 💔
Estou me identificando com tantos comentários
Tô na UnB agora (em Relações Internacionais) e tô me sentindo mal tbm, passando pela mesma coisa.
estou indo para a universidade de brasilia esse semestre cursar eng elétrica... me sinto aterrorizada com tudo isso que tenho visto e me dá vontade de desistir agora, só que foi tão difícil entrar, tive que sacrificar muita coisa pra saber que isso não vai ser nada perto da minha vida que vai ser destruída agora
@Skull Knight realmente uma taxa muito alta tbm vivi isso entraram 40, terminaram 5 e somente depois de no mínimo 7 anos de faculdade pra um curso de engenharia que leva 5 anos, ngm formou no prazo. Esses 80% desistentes poderiam ser pessoas produzindo e gerando valor pro nosso país, de forma direta (pesquisas e etc) ou indiretamente (contratados numa empresa e tirando a família da miséria e incentivando mais educação). Fui um dos formados e por conta de tudo que passei acabei servindo de exemplo negativo, todas as pessoas que me conhecem e que me admiravam e que sonhavam fazer faculdade e não estavam matriculadas passaram a desistir, tipo " tá doido olha como terminou fulano, levou 8 anos trancado e sem vida pra no final não arrumar nada no final e viver trancado novamente estudando pra concurso ou fazndo mestrado com salario mínimo, meu amigo entrega pizza tira mais que ele kkkk". Todos só sonham em ser militar e nem sabem o pq, eles só sabem que no final tu sai empregado ganhando mais de 8 mil, tá certo se for pra se ferrar se ferra com recompensa certa. Ou seja não só impediram 35 pessoas de formarem na minha geração como impediram pelo menos umas 10 adolescentes conectados a mim a desistirem de querer fazer uma graduação, principalmente se não passarem pra carreira militar.
@Skull Knight - Amigo! as universidades é infestada de gentalha desse tipo. Teve uma hiena evangélica que ministrava uma das cadeiras do meu curso que me escolheu de alvo para assediar e me constranger diante de toda turma. Era e um tal amigo viviam pegando no meu pé. Mas também abri a boca e coloquei ela no seu devido lugar. Porém, de vez enquanto sobe uma raiva.. pois professores assim, narcisos, são muito amados pela maioria e em situações como essas a gente acaba ficando sozinho.
Acabei de começar a minha graduação e nem sei o que é saúde mental, já tranquei 2 semestres por causa de uma depressão.Agora mesmo as 06:34 da manhã estou aqui lendo um livro para entender um só conceito. E sim é assédio todos os dias, muita coisa pra ler, pra escrever, e tenho que trabalhar pra me sustentar também... Foda, muitas vezes da vontade de desistir ... da vida.
Força, meu bem! Mandando boas energias daqui. Não deixa a faculdade te engolir, e não deixa de procurar por ajuda! Vai ficar tudo bem!
Nossa, eu super te entendo. Estou no final do 4° período e estou com depressão. Esse foi meu pior semestre e não consegui me dedicar a faculdade como eu queria. Ainda tem a culpa de que não me esforcei o suficiente, vista como acomodada e quem desiste fácil. Fora a questão de se sentir inferior a TODOS. Só não tranco pq não quero decepcionar minha família e ainda ter a esperança que isso tornará minha vida melhor. Força pra todos nós 😞
Tô na faculdade pq me exigem isso, eu me contento facilmente com um salário mínimo, não tenho sonhos, só vontade de viver em paz. Já chorei até em apresentações de trabalho naquele inferno, pq eu tenho glossofobia e todos tacam um grande foda-se para os nossos problemas, sejam eles quais forem. Desejo sorte para todos nós e um amanhã melhor onde possamos sorrir mais. Meu sonho é ter um fim de semana tranquilo onde eu posso fazer o que eu mais gosto: observar a natureza.
OBRIGADO POR ESSE VIDEO! Estou no começo da graduação, e ja perdi as contas de quantas vezes pensei em sair, pois minha saúde mental está no lixo e a faculdade não estava disponibilizando atendimento psicológico
Eu começei esse ano também. E só penso nisso, dia e noite!
Igor Reche O problema, é que na minha tem atendimento psicológico, mas que não tem retorno, não ajudam em nada.
Igor Reche na minha faculdade minha colega foi pedir ajuda pra psicologa, ela disse pra minha colega procurar uma psicologa no sus pq ela não podia fazer nada. E psicóloga se formou na mesma faculdade.
+Ivan Cândido Não desiste hehe to tentando o máximo que consigo também
+Emanoel Dias Exato, o que faz necessário pra quem não tem dinheiro, procurar o SUS, que nos ja sabemos como é
Fazia estágio às 13h e tinha uma disciplina que ia até 12h30, o que não era correto, pois o curso era das 8h às 12h. Fui pedir para a professora para sair meia hora antes, e tive o prazer de ouvir: "se vc sabia que a disciplina era até 12h30, pq se matriculou?" A disciplina era obrigatória e pré-requisito. Ela fazia questão de segurar para fazer a chamada quase no final da aula.
Nossa... eu tenho tantos casos para contar do que vivenciei... Não sei até hoje como consegui sobreviver aos cinco anos de graduação (pq tive a infelicidade de pegar greve e um período eu literalmente surtei, quase abandonando o curso).
Até hoje, eu me lembro de minha mãe chorando no sofá, ainda nova, por causa das situações que ela passava na universidade. Mesmo sendo esforçada, as vezes era tanto trabalho, além do trabalho que ela faziapara pagar e cuidar de mim, um professor chegou a REPROVAR minha mãe, a mulher que mais admiro, por que ela se RECUSOU a "ficar mais tarde" com ele. Ele a assediava, minha mãe não conseguia vestir suas roupsa normais, por que qualquer coisa que não fosse completamente escondido, era motivo de "piadinhas" com esse mesmo professor. Minha mãe abandonou a universidade. Só depois de 6 anos. Casada, e grávida do segundo filho, minha mãe voltou a estudar. E ainda assim, com 8 meses, de anel, outro professor, em outra cidade, tirou pontos de um trabalho, por que novamente, ela se recusou a "brincar" com ele, depois das aulas. Agora, como eu me sinto em relação ao meu futoro? Tenho medo. Medo por ser mulher, e angústia de pensar, que meu gênero, define meu desenvovilmento acadêmico. Precisamos falar sobre isso. #NãoÉNormal
interessante seu relato pq mostra que não atinge só os alunos e sim a toda uma cadeia, familiares, filhos e etc. Professores não estão entendendo que quando atinge uma pessoa na turma atinge todo mundo que está conectado a eles de forma indireta perderam dois universitários nesse processo e se foi faculdade publica ainda desperdiçaram o dinheiro investido nesses alunos no processo.
Meu desbafo/relato/depoimento
Eu JURO a você que quando eu vi o título do seu vídeo eu pensei: mimimi. Sim, eu pensava que as cobranças de faculdade eram normais e que essa correria que fode com nosso emocional era "normal". Mas ai eu sempre preciso me lembrar de que NORMAL é diferente de COMUM. É comum, e corriqueiro que isso ocorra, de fato.
Contudo chegou um momento no meio do seu vídeo que me fez lembrar do meu último ano de graduação, o glorioso ano do TCC (ou monografia, ou TG, oq preferirem). A minha turma inteira ficou num nível de estresse tão alto que vc não tem noção. Sério. A turma inteira. A culpa óbvia era da professora que ministrava as aulas e que a cada semana vinha exigindo uma produção que ninguém estava conseguindo acompanhar. Lembro claramente que a cadeira ocupava dois dias da semana, um era para você assessorar o seu trabalho a nível de organização, NBR, etc, e no outro você precisava semanalmente apresentar um seminário sobre temas de cadeiras antigas que vc pagou no início do curso.
A gente ria, brincando com isso: "Não entregamos o conteúdo dessa semana, ai semana que vem temos que adiantar e fazer mais conteúdo pra ver se bate as datas com o calendário da professora, e ainda tem mais um seminário, mas eu moro em outra cidade, trabalho de manhã e de tarde, preciso viajar uma hora e meia para ir ver aula, uma hora e meia para voltar para minha cidade, preciso faltar meu trabalho para assessorar meu TCC uma vez na semana..."
A situação chegou num nível em que mais uma vez fomos pra aula, entraram duas "professoras" diferentes, e fecharam e trancaram a porta com toda a turma dentro. Eram duas psicólogas. Sim estudei em uma IES particular. E vejo que essa situação foi definitivamente uma raridade. Foi feito literalmente uma terapia em grupo e lembro claramente de pessoas se tremendo enquanto desabafavam o quanto se sentiam incapaz de terminar aquele trabalho e concluir a graduação.
Enfim, claramente superamos né? Reprovei o TCC1, atrasei minha formação em um ano, mas acabei. E sabe oq me dava um pouco de "medo"? A posição de alguns professores frente a nossa realidade. "Minha gente, não é pra tudo isso também não..." / "O que eu podia fazer por vocês eu já fiz..." / "Se vcs estão assim com um TCC, imagina quando forem fazer um mestrado, desenvolver uma tese"
Pois é. Eu até desejo um dia fazer uma pós graduação stricto sensu. Mas infelizmente no meu estado a única IES que fornece na área que eu quero é federal. E a três horas de viagem da minha cidade e trabalho. Um dia farei. Temo muito a realidade que enfrentarei ali...
Hoje, vivendo minha vida "acomodada" de pessoa com 'apenas' graduação, vejo que #NãoÉNormal tudo que passei. Não é normal essa cultura do estudo e essa morte da pessoa em busca de 'conhecimento'.
rafael9692 isso de cobrar coisas absurdas, deixar os alunos desesperados e depois falar que "mas tbm não é pra isso tudo" é TÃO NORMAL, MAS TÃO NORMAL que eu só percebi o quanto isso é absurdo agora, depois de formada, só pq li seu comentário.
+ Rafael9692 vc estou/estuda o que ??
Eu me formei em Arquitetura e Urbanismo.
Conhecimento deveria ser uma busca livre e prazerosa, e não algo pressionado e forçado. Eu quero muito fazer facul e estou procurando alguma que exerça menos pressão e mais prazer em relação a busca de conhecimento.
Nossa, eu li teu depoimento imaginando exatamente o curso de arquitetura. Também me formei na área e não tenho um pingo de saudade da graduação.
Obrigada por esse video!
Bruna Herminio me formei em arquitetura na puc ano passado e sei exatamente do que vc está falando... lá a realidade também não é diferente e as pessoas que se destacam correspondem exatamente a esse mesmo perfil. O que resta pra quem não faz parte desse meio é abrir mão de tudo e viver em prol da faculdade. Foi isso que eu fiz, e sinceramente... foram os piores 5 anos da minha vida. Me matei e ainda assim não me sinto pronta, nem pro mercado de trabalho e nem para iniciar uma pós graduação. Sinto que todo esforço, desgaste físico e mental foram em vão. Me da vontade de chorar só de lembrar do meu último ano na universidade, porque o 9,8 que tirei no tcc não compensou e não refletiu nem 1/3 do sofrimento que foi conseguir me formar naquele lugar. Esse vídeo foi mais que necessário, foi URGENTE. Precisamos falar sobre isso AGORA.
Cecília Gobbi Bom saber que isso não acontece só comigo, nem só na UFRJ. Ruim não saber o q fazer a respeito.
Na UFPI é a mesma situação, hoje mesmo eu vou virar noite pra terminar projeto, mesmo já tendo virado na segunda e mal dormido de ontem pra hoje, mas ou é sacrificar o sono ou ficar sem nota. Infelizmente é algo muito comum que muitos alunos infelizmente já se acostumara.
Weslley Sampaio sou aluna da UFPI também é alarmante saber que o Piauí é um dos estados com maior índice de suicídios de estudantes universitários, a cultura de se despedaçar para cumprir com as obrigações da universidade só cresce :/
O problema também é que o brasileiro gosta de romantizar tudo. Virou necessário e bonito você ficar doente assim por causa de estudo, não são só professores, são alunos também que falam. E isso começa na escola. Não é apenas de universidade.
Porra, eu fico chocada com tanta inteligência! Sou sua fã, sério!!!
É fia ele tá fazendo doutorado ksksks o cara é foda!
Na UFPE há anos tem suicídios, TD mundo sabe!
Mas sempre é abafado.
Tem um prédio lá que é o "preferido" pra tal ação.
Mas n vejo ninguém tomar uma providência de fato.
Verdade! A unica providência foi colocar grade em tudo, ou seja, não estão nem ai para os motivos, só querem evitar que ocorra lá, mas se for em outro lugar pra eles acho que está tudo bem. Lastimável!
Cléa Nery Sim! e o pior é que o "argumento" é que divulgando os suicídios incentiva os alunos de se matarem. Essa situação da federal é lastimável.
Gustavo Ernandes Pois é. Eu não sei até quando acontecerá esse tipo de coisa e irão agir como se fosse algo normal.
Joseane Pereira Parece até piada uma coisa dessa!
Na UERJ também acontece a mesma coisa
A Universidade está a serviço do mercado e o mercado tem pressa, o mercado é desumanizador.
o que eu vejo em cursos de bacharelado, é que tem muito professor que não gosta de dar aulas e só ta la pela pesquisa, e eles falam que estão lá obrigados então os alunos que se virem pra aprender porquê eles ñ tem tempo pra ensinar. eu tive um professor q nem sabia em que período a disciplina dele estava, ele achava que era do 8o período mas era do 2o, então esperava que todo mundo ja tivesse noção avancada de linguagem de programação e levou um susto quando percebeu. detalhe, ele ja dava esta disciplina há anos
Também faço Bacharelado e tive a mesma percepção!
Cris Cris Pois eu acho que você esta muito enganada. A universidade está a serviço dela mesma. Ela constroe apenas pesquisadores que não sabem agir no mercado por não estarem capacitados. Os próprios professores muitas vezes nem tem experiência de mercado, sairam da universidade e foram absorvidos pela mesma. São burocratas, formadores de pesquisadores e perpetuadores do sistema.
Produtivismo puro. Conhecimento na linha de produção. Não acho outra explicação plausível pra tanta estupidez!
Pesquisa no Brasil é feita quase que inteiramente com dinheiro público, não, não é o mercado.
Meu professor da Faculdade passa seus vídeos na sala pra gente ; )
Espero que alguém denuncie isso. Se fosse eu denunciava seu professor por passar esse lixo
@@severodanilo
desumano
Em virtude desse sofrimento relatado acima e tambem em muitos comentário, decidi não prosseguir meus estudos na pos-graduação Stricto Sensu. Depois de passar por grandes dificuldades durante a graduação presencial, recorri ao estudo EaD, e me sinto bem, desfruto de tempo para conciliar afazeres e estudos, me dedico a atividade física, leituras prazerosas ( tenho um bom acervo de grandes obras), cultivo a minha eco-espiritualidade, faço caminhadas, enfim optei por alimentar a minha alma com paz e serenidade. Entre minha saúde/bem-estar e a pressão do mundo acadêmico, fiz a opção pelo primeiro e estou feliz! =)
Fez muito bem @Fernando Coutinho
Me identifiquei. Tive minha primeira crise depressiva logo no segundo semestre, o que me fez abandonar o curso. Quando melhorei, resolvi voltar, mas pouco tempo depois, tive uma segunda crise, que se estendeu por um longo tempo e me fez reprovar 2 vezes na mesma disciplina, o que atrasou ainda mais a conclusão do curso. Me formei mês passado, depois de 7 anos em um curso que deveria durar 4 e contabilizei um total de pelo menos 4 crises de depressão e ansiedade. Tudo isso mesmo com acompanhamento de psicóloga e psiquiatras durante a maior parte desse tempo. Enquanto todos enxergam minha conquista por ter o status de possuir ensino superior, eu só estou me importando com o fato de que é a primeira vez em anos que eu me sinto livre.
Rebeca Werner estou passando por isso nesse momento! Tenso!
Estou nessa mesma sensação! Livre!
Mesma situação, segundo período
Mana do céu, já fiz tanto barraco na minha graduação, que eu não sei como consegui terminar. Tinha um professor de estatística que gostava de gritar com os alunos. Ele levou uns gritos meu tão grande que se sentou. teve outro que veio defender jair bolsonaro na minha cara, foi babado, quebrei o pau tbm. Outra professora quis exagerar na cobrança de trabalho, tiramos ela da disciplina. Já depus contra professor, por faltas, em processo administrativo. Quando eu chegava na sala todo mundo já sabia " lá vem a bicha problematizadora". Eu era muito temido.
Andre Valloire legal. És minoria. :(
Andre Valloire Força!
Pra mim, pelo menos, era solitário ser a "temida"
Andre Valloire PISA MENOS ÍCONE
Gostei de vc bicha... Vamo fazer amizade kkkkkkkkk
Andre Valloire "Eu era muito temido" kkkkk gosto assim.
Parabéns pelo vídeo!!!!!
Chega de naturalizar e idolatrar o sofrimento dentro da academia!!!!
Sou psicóloga, atualmente mestranda na UFSC e estou pesquisando justamente sobre isso, nossa (academicos de Ensino Superior) saúde mental!!!!
Vamos conversar, vamos debater, vamos pesquisar, e vamos lutar para desconstruir esse sistema!
A depressão cortou minhas pernas e eu larguei o mestrado. Trabalhando, lidando com problema psiquico, vivendo em outro país totalmente só... tentei seis vezes. Maluco - seis vezes. Larguei seis vezes porque não tem condição. Espero poder voltar um dia.
O video mais necessário que eu assisti no último mês. Obrigada, obrigada e obrigada
Ainda não estou na Universidade, ainda não estou nem no ensino médio, mas já é muita cobrança. O Colégio caríssimo que meus pais se matam pra pagar, faz eu me matar para estudar e cumprir as metas. Quando alguém fala sobre isso, é como um elogio "Ah, você está reclamando pq? Ele te prepara pro seu futuro" É ne, o futuro tá ótimo😕
Iris Cerqueira Ouvi a mesma coisa durante meu ensino médio e te garanto, vai piorar exponencialmente. Eu achava que estudava muito até entrar na universidade.
Estou no último ano do Ensino Médio e já tive 5 crises de ansiedade desde quinta-feira pelo excesso de trabalho na escola e a pressão das pessoas ao meu redor para o ENEM no final do ano.
Me sinto cada vez mais incapaz e sem estima para nada.
Iris Cerqueira Minha irmã mais nova ta na mesma pressão. Por ela ser a única filha que ainda não se formou na escola, meus pais conseguem pagar pra ela um colégio de elite, mas lá a cobrança é gigante e ela odeia, só que tem isso né: a única da família que tem a oportunidade de estudar num colégio desse, um colégio super conceituado, que te forma pra tirar 900 no Enem, te forma pra ter um futuro brilhante e toda essa merda
Estudei em colégio particular e passei pelo mesmo na época da escola, e a cada ano piorava. Me lembro do meu nono ano e do primeiro ano do ensino médio, os professores comparavam a gente com a turma que tinha vindo antes da nossa e usava a alta taxa de reprovação e a proximidade do terceiro ano para fazerem cobranças e exigências humanamente impossíveis de serem cumpridas. No terceiro ano, metade dos meus professores davam aula na escola "rival" e eles sempre estavam comparando a nossa turma com a da outra escola, acabando com nossa vontade de estudar. Uma vez, a vice-diretoria entrou na sala, após o Enem, e perguntou como tínhamos nos saído, pedindo sugestões a respeito do que poderia ser melhorado na preparação para o Enem nos anos seguintes. Ficamos super felizes. Depois de toda a conversa, ela perguntou se sabíamos como os alunos das outras escolas tinham se saído, se dava pra garantir o primeiro lugar no Enem de novo. E isso não chega nem perto do que acontece na universidade.
eu estudo no IF e carga de trabalhos, provas, seminários, relatórios, listas é tão grande que ultimamente eu tenho entrado num estado de conformismo que me impede de estudar, eu sei que preciso cumprir metas mas fico estagnada achando que não vou conseguir pq tá além do que eu posso aguentar, é foda
entrei na faculdade com esta visão que era tudo muito lindo maravilhoso pessoas evoluídas, mas ao longo dos dias estou vendo que é totalmente diferente já pensei em desistir e ainda penso meu psicológico já está no nível máximo meu maior medo hoje e me tornar aquilo que eu não quero ser um dia uma pessoa violenta porque e isto que estou me tornando aos poucos
Infelizmente, cinco anos após o vídeo ser publicado, nada mudou. Estou no meu último ano de letras em uma Universidade Federal e a única coisa que sinto em relação a ela, é o quão ruim eu me sinto. A cada ano que passou eu me senti cada vez mais incompetente, medíocre, parecia que a cada ano que passava, ao invés de eu ter adquirido mais conhecimento, eu me sentia, e sinto, mais burra. Parece que nada do que fazemos está bom o suficiente. A única coisa que ansiamos é por férias, e nem assim nos livramos por completo, porque até mesmo nas férias, temos coisas da Universidade para fazer, isso não é normal. A única coisa que anseio nesses últimos meses é sair da Universidade, eu me sinto completamente fracassada em relação a minha formação, e sabe o que é pior? É que em muitas das vezes, por muitos motivos, colocamos a culpa toda em nós mesmo, como se não nos dedicássemos o suficiente, mas parando para analisar, pesquisar, ouvir mais sobre o assunto, percebemos que em grande parte o problema não está em nós. É frustrante chegar no último ano do curso achando que não somos nada, que não aprendemos nada, com a sensação de fracasso total. Há um mês e pouco, dois alunos de Letras se suicidaram e a única coisa que foi feita, foram homenagens aos alunos, o que é válido, claro, mas não é só isso, precisamos de apoio, precisamos conversar com a comunidade acadêmica sobre saúde mental, especialmente após o cenário pandemico e político que passamos. Enfim, isso foi mais um desabafo do que qualquer outra coisa. Espero que no futuro, tudo isso melhore.
infelizmente é assim mesmo. Pessoas humildes sofrem muito na universidade pois lá está cheio de pessoas soberbas e sem empatia! São alunos, professores, é terrível! Os professores cheios de soberba@@at59999
Faço letras na UNEB e estou preocupada com minha saúde mental
ainda não entrei na universidade e já tenho uma saúde mental meio danificada, fiquei com medo do que me espera lá na frente. :v
wujung vá a um psicólogo, pelo menos no inicio da faculdade pra vc ir aprendendo a lidar, depois vc vê se continua com o acompanhamento ou deixa qdo perceber que as coisas nao vao muito bem
wujung Sinceramente, isso acontece bem mais na pública. Não costuma acontecer na maioria dos cursos da particular. Se tiver condições financeiras faça a particular
wujung Se cuide e tenha medo mesmo, porque a realidade é realmente pesada pra quem está nesse meio.
Controle seus Pensamentos, Pense mais positivo, tire momentos para meditar, tire momentos para se divertir
Olha é pesado. Piorei muito das minhas crises de ansiedade
Murilo, muito obrigado pelo seu vídeo, do fundo do coração! Atualmente sou doutorando pela UFPR e estou passando mais ou menos pelos mesmos problemas que você citou no vídeo. É muito foda lidar com a forma como estamos "produzindo ciência" , onde o estudante parece que nunca é bom o suficiente: "se você publica um resumo em português, por que não publica ele em inglês?", "se vai fazer esse resumo em inglês, por que não faz logo um resumo expandido em inglês para outro evento?", "seu artigo não vai ter muita repercussão se você publicar ele numa revista nacional, se esforce e publique-o em inglês numa revista internacional conceituada", "publicar em inglês vai ser bom pra sua carreira", dentre tantos outros absurdos. Além desse produtivismo que nos é exigido, ainda somos praticamente obrigados a pagar (muitas vezes do nosso próprio bolso) inscrições e passagens para simpósios, congressos, cursos, etc. Já cansei de ouvir de professor: "Ué, mas você não ganha bolsa?".
Outra coisa que me choca e me assusta também é a "fragilidade" da nossa bolsa de mestrado/doutorado. Se não respeitamos algum prazo ou faltamos com algum requisito num seminário de pós-graduação, qualificação, ou qualquer outro evento de avaliação do pós-graduando, temos o risco de ter nossa bolsa cortada! Isso é claramente um abuso! Imagine se algum funcionário em alguma empresa corresse o risco de perder o seu salário caso ele cometa algum erro? Isso não existe! E o que me deixa mais puto é que, se algum professor age com incompetência, o mesmo não recebe a mesma punição! Um caso que vivenciei recentemente foi de um professor que demorou 3 MESES para avaliar meu projeto de pós-graduação de 15 PÁGINAS para o meu ingresso no doutorado. Como estava no "limbo" entre mestrado e doutorado, estava sem bolsa e contando com o ingresso no doutorado para conseguir outra bolsa. Por causa disso, sem brincadeira, levei uns 6 meses ao todo para conseguir algum dinheiro. E o tal professor? Nenhuma punição, nenhum corte no salário, nenhuma advertência verbal, NADA!
Além, obviamente, de todos os problemas associados diretamente à pós-graduação, sou obrigado a ouvir comentários/"piadas" LGBTfóbicas, gordofóbicas e racistas praticamente todos os dias no laboratório onde trabalho. Posso contar nos dedos das mãos a quantidade de dias onde não ouvi "piada de travec*". E essas "piadas" vem de todos os lados, desde os técnicos, alunos de graduação, alunos de pós-graduação até os professores.
Todo esse cenário desencadeou uma depressão em mim, onde não consigo passar praticamente um dia sem cogitar a possibilidade de suicídio ou então abandonar essa porra toda e arrumar qualquer vaga de de emprego de nível médio. Embora eu tenha uma paixão muito grande por ciência, vejo que as universidades são ambientes extremamente nocivos e que fazer ciência nessas condições possui um custo psicológico muito alto.
Allan Gomes força amigo!
clara costa obrigado querida! felizmente eu consegui romper esse ciclo saindo da universidade. hoje em dia estou bem melhor! ❤
Querido, como você está hoje? Eu espero que você esteja bem.
Passa o tempo e nada muda, ontem mais um estudante tirou a própria vida dentro de uma Universidade Federal. Estou na metade da graduação em engenharia e até agora só o que a universidade me propiciou foi um sentimento profundo de ódio para com a instituição.
Tô com medo de ser o próximo a minha sanidade tá no fim, os professores dificultaram muito a minha vida eu não sei o q eu fiz só sei q eles não gostam de mim e agr eu tô com problemas sérios
Estou no último ano da graduação e meu problema é um pouco específico. Desde que entrei no curso o objetivo mais claro na minha cabeça era o de seguir carreira acadêmica. Fui de cara em tudo que aparecia: iniciação científica ao longo dos anos, apresentações em eventos, publicações, participações em outros programas como bolsista. Ao longo dos quatro anos me dediquei ao máximo em tudo mesmo, procurando me destacar por ser o aluno que esperavam que fosse. O objetivo era tão claro na minha cabeça que, em certo sentido, me adequei e cumpri muito bem todas as exigências. O problema é que agora, ao fim da graduação, estou pensando que minha vida se reduziu a isso. Ao longo do curso deixei de fazer muita coisa, de me relacionar com muita gente, pelo discurso que tomei como verdadeiro de que minha prioridade era outra. Pensava: para cumprir com excelência todas as exigências, e conseguir seguir na universidade, tenho que me manter focado. No fim das contas, não tenho vida fora da universidade, do acadêmico, do científico. Tenho boas bases teóricas, mas não sei como é viver na prática. Tenho um problema absurdo para conseguir socializar. E é completamente aterrador olhar para trás e só me ver dentro da universidade, tanto que não sei mais se é o que quero no futuro. E não tem sido fácil lidar com isso
@Skull Knight nossa, sua resposta me fez reler um comentário que fiz há 5 anos. A vida seguiu e ainda tô no mesmo barco, parece. Um pouco mais experiente, mas continuo na universidade... agora no doutorado.
@@marceloHUEHUE Por isso estou fazendo menos disciplinas e priorizando também a minha vida social e familiar, se não a gente pira. Não quero ter pressa pra terminar o curso, quero viver também.
Querido!! eu só te agradeço por esse video!! Como professor, eu acrescentaria um ponto importante na discussão: A naturalização desse sistema opressor TAMBÉM ACONTECE COM OS ALUNOS. Fui professor substituto de uma universidade pública de música e o que mais enxerguei foram alunos sofrendo sem saber que sofriam. Acredito que seja porque a universidade reproduz o sistema meritocrático e competitivo da sociedade que naturalizamos desde a infância. O problema não começa na universidade. Enfim, acho importante deixar claro que o oprimido nem sempre tem consciência de sua posição. Mesmo porque esses mesmos alunos vão se tornar os próximos professores e os poucos que têm essa consciência acabam se afastando do mundo acadêmico.
Verdade, Professor.
E eu achando que a faculdade era um mar de rosas sem espinhos...
Anderson Alberto eu achava que era,desafiante mais legal,Que era cansativo só depois de muito tempo,Mas sou caloura e já sofro tanto
A faculdade tá mais pra um mar de espinhos sem rosa
É o contrário
É um porre. Já fiz 97% de todas as minhas matérias, pq eu me esforçava muito pra pegar mais matérias. Imagina quem tem que trabalhar e estudar ao mesmo tempo e não pode fazer o que eu fazia? (Pegar mais matérias, ficando o dia inteiro na uni, pra adiantar o curso)??? Desumano!!!
Ta mais pra um mar de espinhos
É interessante o quanto esse vídeo é atual. Assistindo ele hoje e vendo que foi postado a 5 anos e sentir exatamente as mesmas coisas que as pessoas postaram nos comentários 5 anos atrás é muito louco. Continua sendo um problema hoje. Mas o que me deixa feliz é que estou aqui neste vídeo por indicação da professora de uma disciplina obrigatória para podermos discutir esse assunto hoje na aula...
Eu adoeci seriamente no Mestrado. Foi loucura. Tinha muita vontade de fazer Doutoramento, mas sei que não posso fazer hoje, porque minha saúde mental não tem aporte pra isso. Tenho 26 anos, trabalho numa faculdade particular, sou efetivo da UFPE, sinto-me bem encaminhado. Mas as pessoas sempre cobram: "Cadê o doutorado? Vai fazer doutorado não?" Isso frustra. Sinto-me menor do que os outros colegas que já estão concluindo o doutorado. Mas não suporto aquele ambiente lá: é muita falsidade, muita corrupção, muita gente subindo nas costas dos outros. Um ambiente que não me fez bem e não me vejo pronto pra enfrentar hoje. É muito sofrimento, gente! É uma sensação de baixa auto-estima enorme, porque não estou no doutorado. #NãoéNormal
Se você tem baixa autoestima por não estar fazendo doutorado, imagine pessoas como eu, que ainda não entraram nem em uma graduação.. 😂
Continue com sua saúde mental. Não faça nada para agradar ninguém.
Há 6 anos defendi o meu mestrado e ainda dói. Eu adoro estudar e ainda não consigo me dispor a entrar no doutorado. Desde a graduação eu quis estudar para entrar na carreira acadêmica e a pós graduação me tirou completamente esse desejo e olha que eu sou psicóloga. Dois colegas meus de graduação se mataram com um ano ou menos de formado, vários colegas meus desenvolveram problemas psiquiátricos como depressão, fobias, transtornos de humor Ser mulher querer estudar, mas para isso "optar por não ter vida" não é normal, especialmente num momento super delicado onde a sociedade e você mesma se cobra horrores em relação a maternidade e a entrada num mercado de trabalho extremamente machista. MUITO OBRIGADA POR ESSE VÍDEO!
Glagladelux Pq algumas pessoas conseguem com tanta facilidade e outras não? Tipo, eu desenvolvi um transtorno na época da graduação, mas ao mesmo tempo via alguns colegas indo de vento em polpa, e alguns dos mesmos entraram logo no mestrado e estão super de boa. Acho que a universidade não é justa com todos ou algumas pessoas simplesmente são mais frágeis, sei lá..
Lorena Teixeira, realmente, algumas pessoas são mais frágeis, e outras possuem mais privilégios, mas quem garante que todos esses seus colegas estão bem? Não dá para saber o que realmente se passa com cada pessoa. Eles podem aparentar estar bem, mas por dentro podem estar sofrendo muito...
Murilo, estou passando por uma das situações que você citou no video: não sentir-se pertencente aquele lugar - universidade. Sou negro, gay, e estudo em uma universidade elitista (sou bolsista pelo Prouni), em Goiânia, no curso de Direito, ou seja, estou cercado de fobias, e todos os dias, TO-DOS os dias, me sinto repelido deste ambiente, não somente pelos "rótulos" que carrego, mas também pela cobrança dos próprios professores, que exigem coisas que estão além do meu poder econômico e intelectual. Enfim, ás vezes sinto que estou roubando o lugar de alguém. E por isso admiro sua trajetória dentro deste mundo, já que temos alguns "rótulos" em comum, sei como é difícil. Mas, não podemos desistir, não é mesmo!?
Ricardo Renandrey Oi Ricardo, eu queria te dizer que talvez neste momento o mais importante seja vc ter o apoio da sua família, pois tive um colega que passou por algo parecido e por ter se desentendido com a família dele acabou sem apoio para continuar o curso. Infelizmente na universidade particular acredito que não tenha bolsa, mas tente aguentar que logo vc consegue um estágio, se Deus quiser
Lorena Teixeira , obrigado pelas palavras. Graças a Deus eu tenho o apoio da minha família.
Ricardo Renandrey Ricardo Renandrey desejo a você toda força! que tudo fique bem! as vezes a gnt nao percebe a força que tem, mas pode ter ctz que vc tem muita e espero que consiga concluir a graduação se sentindo melhor. vc nao ta roubando espaço de ninguem, esse lugar é seu!
Larissa Veloso , muito orbigado. É ótimo ver que existem pessoas como você, que têm empatia pelo próximo. Mais uma vez, obrigado :)
Cinco anos de graduação em Biblioteconomia na UFPE me "presenteou" com uma linda depressão. Foram os piores anos da minha vida. No primeiro período comecei a sofrer perseguição da coordenadora e vice, pq elas achavam que eu era "farinha do mesmo saco" por ter tinha amizade com algumas alunas consideradas "rebeldes" do curso. Ganhei a má fama, e em todas as disciplinas que paguei com essa professora, ela pegava no meu pé, tanto que sempre passei com média 7 como forma de "punição". No terceiro período, ela não queria deixar que eu fizesse a prova de segunda chamada, exigindo que eu levasse atestado pq cheguei atrasada no dia da prova. Só fiz a prova pq duas amigas foram questioná-la pq ela permitiu que outros alunos, que também chegaram atrasados fizessem a segunda chamada e eu não.
No meu TCC senti o abuso de poder de uma professora que se preocupou em apontar erros da ABNT, mas não se deu ao trabalho de compreender do que se tratava o meu trabalho.
Atualmente estou fazendo EAD em Letras na mesma instituição, e mesmo não tendo contato direto com os professores, percebo a discrepância na forma de tratamento: enquanto no presencial muitos sofrem abusos, no EAD sinto a indiferença e o desprezo de professores que muito mal interagem no AVA (jogando a sua funcionalidade de "educador" para os tutores), mas exigem e acham que não temos vida social, colocando as atividades sempre para serem entregues nos finais de semana ou feriados.
Dentre tantos na minha família eu fui o primeiro membro que definitivamente ingressou os seus estudos em uma universidade federal. Basicamente o primeiro a chegar ao ensino superior. Desde o começo sempre vi eminentemente as dificuldades que teria que enfrentar desde ao dia da inscrição no curso, na parte do incentivo da sua familia em permanecer e etc até o dia que eu supostamente concluiria a gradução de Engenheiro Biotecnológico pela UFOB. De início ao semestre letivo enfrentei um trote o qual os próprios alunos oprimiam os calouros dizendo que nenhum de nós passaríamos do primeiro semestre e certas matérias em que o grão de dificuldade não era compatível com o temendo no nosso esforço, logo após isso tive professores protagonizando cenas homofóbicas, machistas e misóginas em sala de aula, professores que realmente não sabiam lidar com a sua própria saúde mental e faziam questão de arrastar os que ainda tinha alguma em si para o buco enlameado. Me vi muitas vezes sozinho, sem amparo e frustrado comigo mesmo por estar realizando um sonho não só meu, mas como de muitos em um lugar onde a realidade era totalmente diferente da que eu imaginei. Creio que meus colegas de classe que também passaram pelos mesmos momentos se sentiram tão oprimidos quantos eu o que fez muitos desistirem, assim como eu. Um caso mais óbvio de fragilidade e decadência mental dentro da universidade e a de um colega de classe onde era perceptível o adoecimento dele frente a tantas atividades, matérias, livros, seminários, resenhas e etc, etc que tínhamos que ler e reler, estudar e reestudar as matérias caso contrário não passaríamos nas matérias, e ainda seriamos ridicularizados pelos próprios professores que tanto lhe exigiam durante o semestre tantas e tantas atividades. Hoje esse colega se encontra extremamente debilitado, depressivo, psicótico e tudo isso se passou de baixo dos narizes de professores, reitores inclusive de pessoas que estavam ali dentro da faculdade pra detectar, tratar e sanar esses problemas. Eu fui, somos e não podemos ser mais vítimas desse sistema caótico das universidades brasileiras.
É triste, é chocante é preocupante esse cenário acontecer nas nossas proximidades. #IssoNaoéNormal
Sou um menino trans pré-T, to no primeiro ano e realmente, todo dia sinto como se fosse errado estar ali. Pouquíssimos colegas respeitam os pronomes masculinos e os professores passam leituras e trabalhos humanamente impossíveis (sério, calculamos e não tem como mesmo). Fico tentando me convencer da importância de ocupar esses espaços pra não acabar desistindo, é uma luta diária.
Eu mesma não sei quantas vezes já pensei em suicídio por me sentir um fracasso total. Sem perspectiva de futuro. Sinto que perdi seis anos da minha em um curso que não me fez crescer em nada e ainda me tirou o gosto pelo estudo. Eu não consigo me concentrar em uma coisa só pq penso nas outras obrigações. Querendo conseguir dar conta de tudo, não dou mais conta de nada. Tb tenho problemas familiares desde a infância e muitos acham que choro de barriga cheia, mas eu não sei como sair desse poço. Eu não sinto desejo nenhum de trabalhar na área, pq é um universo cheio de arrogância e eu não quero acreditar que todas as áreas são assim. Eu não consigo professor pra me orientar nos temas que penso pro TCC porque eles não querem mexer com questões sociais que envolvam política. A universidade é um faz de conta. Eu desenvolvia melhor meu intelecto sozinha e hj perdi essa capacidade. Eu só penso em como as cobranças vem cada vez mais fortes e dolorosas.
Impressionante a percepção timbrada de muita inteligência do que observo e procuro criticar. Essa exigência toda vai para além dos limites físicos e dos limites cognitivos dos alunos. Como professor, faço uma mea culpa pela qualidade das exigências ainda que procure democratizar as maneiras de entrega, mas esse vídeo alterou muitas coisas dentro de mim. Da cultura francesa que manchava o autoritarismo da Educação dos séculos passados e, realmente, a cultura acadêmica atual é asfixiante e corrosiva de caráter, demonstrando em si, que os projetos testados até hoje na pretensa criação de PHDeuses, falhou e muito!
Muito obrigado por esse vídeos. desde a minha primeira graduação eu tomo medicamento. Pensei em suicídio inúmeras vezes no auge da minha depressão. A faculdade nunca me ajudou, só pirou. Encontrei professores exatamente como os citados, alguns até piores. Minha luta para aceitar minha bissexualidade, para me impor na minha família preconceituosa, as matérias reprovadas e o sentimento de ser menor ou burro... e nunca foi me oferecido uma mão amiga pela minha universidade. Se não fossem as pessoas maravilhosas a minha volta, tenho certeza que teria acontecido o pior. Larguei a primeira graduação e tentei outras duas até me encontrar. Inclusive foi dois períodos em jornalismo que me tiraram do fundo do poço e me fizeram tentar entrar em Engenharia novamente. Hoje eu estou muito melhor, me aceito, sofro com as pressões mas depois de 8 anos vou me formar feliz e estou tentando largar os medicamentos.
Esse assunto tem que ser falado mais e mais. As universidades precisam oferecer apoio aos alunos. EU vejo inúmeras pessoas passando pelo que eu passei, tento retribuir da forma que posso e mostrar para elas que é normal se sentir assim e que a culpa é do sistema educacional falido. E sempre uso meu exemplo. Que eu demorei para aceitar como um exemplo de sucesso, demorei para entender que eu precisava de passar pelo que passei para chegar onde estou. Foi muita terapia, que por sorte eu pude pagar, meus pais puderam na verdade. Mas é uma luta difícil.
Desculpa o textão sempre assisto seus vídeos, mas dessa vez senti muita vontade de dar meu "testemunho" esse vídeo mexeu muito comigo.
Grande beijo! Adoro você e o Muro Pequeno
Muito obrigada por esse vídeo! Sinto mtas vezes que meu lugar não é na universidade pública. Sou pobre e oriunda de escola pública, e muitas vezes me vejo incapacitada de estar aqui, por não ter tido as mesmas oportunidades dos meus colegas. Muitas vezes professores exigem coisas com equipamentos que simplesmente não tenho condições de ter, ou leituras em inglês, que como muitos sabem, é defasada ou as vezes nem visto na escola pública.
Além disso tenho problemas pessoais que necessitam de tratamento psicológico, e apesar da unicamp fornecer esse serviço, a fila de espera é longa e a bolsa que ganho pela universidade eu destino para completar a renda família e o restante para poder viver aqui.
Não sei se meu relato entra mto no seu questionamento, mas a universidade sim é difícil e tem que dar assistência para o público que nela frequenta. Por um espaço menos hostil e mais humano.
Caroline Costa por curiosidade, que tipo de equipamento é cobrado? Tipo, tecnológico?
Realmente, essas faculs ditas públicas são facilitadoras apenas para quem já tem ou teve muitos privilégios. Escola pública não é moleza, falta tudo! Cheguei na faculdade sem saber fazer uma capa de trabalho! Não compreendia as atividades propostas em sala de primeira como o restante da sala e etc.
Sofri muito durante a minha faculdade, sou formada cinema (aparentemente um curso acolhedor). Entrei na graduação com 17 anos e sem nunca ter gravado um vídeo de mais de 5min pra um trabalho da escola. Entrei na faculdade achando que eu iria aprender tudo lá, mas na verdade eu já deveria saber antes. Minha ingenuidade fez eu me sentir burra perto de todos e, com o tempo, parei de fazer perguntas nas aulas e comecei a aceitar que eu nunca entenderia aquilo que os professores falavam. Aceitei tanto isso que comecei a fazer os trabalhos sem visar nenhum conhecimento, eu não tinha mais vontade de aprender e minha paixão pela área começou a se apagar. Cinema é uma área cheia de preconceitos e panelinhas, apesar dos estereótipos alternativos. Sofri preconceito por ser quem eu sou, pela maneira que eu lidava com as minhas relações AMOROSAS e até pelas minhas ideologias, coisas que não tinham nada a ver com o ambiente acadêmico. Ouvi boatos de professores e colegas falando coisas pejorativas a meu respeito. Senti cada vez mais vontade de desistir. Só não desisti pq eu acreditava que poderia fugir pra longe daquelas pessoas, depois de formada. A pressão não vem apenas d@s professores e do sistema, mas tbm d@s alun@s que há até dois meses tinham que pedir permissão pra ir no banheiro.
oi,seu comentário é antigo mas preciso perguntar pq to pensando em trancar meu curso de arquitetura para fazer cinema,queria saber se o curso é tão desgastante quanto arquitetura,na qual vc não tem tempo pra mais nada além da faculdade,tem que virar noites fazendo trabalhos,passar os fins de semana fazendo trabalhos...
Não quero escolher errado novamente,por isso precisava da opinião de alguém que já fez esse curso...
@@sophiae.6684 Sim, é tbm barra pesada. Acho que dificilmente uma Faculdade não seja.
Me identifiquei tanto. Pois estou passando por um grande conflito interno. Estou no terceiro ano da minha graduação e me sinto muito mal. Parece que não consigo acompanhar os meus colegas, não consigo desenvolver nada. As vezes até sei e tenho vontade de expor minha opinião na sala, mas acabado ficando com medo dos professores e não falo nada.
Desde que criei consciência do ambiente universitário decidi que não iria cursar nenhum curso
hoje estou me especializando em inglês por meio de certificações e diplomas internacionais
com isso, aos 17 anos estou empregada e conseguindo me aprimorar
sem desejo algum de ir a faculdade
Que vídeo maravilhoso! Mas confesso que chorei bastante e fiquei aterrorizado com os depoimentos sobre pós graduação, estou com muito medo de ter que ir pra área acadêmica.
É foda e difícil, e sei lá pra mim já deu, joguei esse semestre no lixo e a única vontade minha é de pegar o próximo ônibus pra casa. Todo fucking dia em algum momento eu me sinto um lixo e cansei de fingir que tá tudo bem, cansei chorar de manhã só por ter que ir pra alguma aula, cansei de ter que me afastar do pessoal do meu curso pq a conversa deles me deixa extremamente mal e chorando, cansei de me sentir deslocado. Eu só quero mais noites de sono direito, comer melhor, parar de ter crises todo dia, SAIR DESSE LUGAR (que por causa dessa merda de semestre tem mais um ano e a droga de 2020 não vai chegar nunca). Eu sei que eu não posso largar as coisas e que preciso reprimir tudo isso de alguma maneira mas tá difícil. Desde o quarto semestre tava dando certo, não sei pq agr nesse não tá funcionando mais. Nem sei pq estou escrevendo isso aqui, mas é que não tenho ninguém com quem compartilhar :'(
:/ Amigo, gostaria de te abraçar, porém a única coisa que posso fazer é te pedir que sejas forte...
Gustavo Sousa Amigo, eu não sei que decisão vc vai tomar, se vai seguir com o curso ou parar, mas eu quero te avisar que tudo passa. Sim, passa. Um dia as montanhas vão virar pó e rodopiar ao sabor do vento. Um dia, o mar virou deserto e o deserto, floriu. Tenha certeza de que, independentemente da sua escolha e do que acontecer adiante na sua vida, tudo passa, inclusive o sofrimento.
pt.m.wikipedia.org/wiki/Invictus_(poema)
Gustavo Sousa Quando comecei a ler o segundo parágrafo eu já comecei a chorar, ao terminar ele já estava aos prantos. Sua história é basicamente tudo o que eu sinto todos os dias, do momento que eu acordo até eu dormir. Eu estou cansada de acordar chorando lembrando que vou ter ir para aula mais tarde, meu único alívio é o momento que entro no ônibus no momento de voltar. Eu não estou me encaixando nem um pouco, estou me sentindo completamente perdida, mas eu não sei o que fazer. Não sei como chegar para minha família e dizer que preciso de ajuda, porque não estou aguentando mais ter que levantar todos os dias. Entendo como outras pessoas tem mais facilidade em levar as matérias e tudo mais, eu me sinto completamente inútil por não conseguir fazer o mínimo. Li muitos comentários durante todo o vídeo, mas nenhum me tocou dessa maneira, senti como se olhasse para um espelho, refletindo tudo o que está me acontecendo.
Victoria, eu passei exatamente a mesma coisa pela qual vc e o Gustavo estão passando. Chegou em um ponto em que eu sabia que se não fosse embora algo muito ruim ia acontecer, eu teria um colapso e faria alguma coisa muito grave. Eu não conseguia mais suportar um segundo sequer naquela atmosfera em que tudo gira em torno das atividades acadêmicas das quais eu já tinha tomado trauma. Faltando uma ou duas semanas pra terminar o semestre, eu desisti do curso. Obviamente, todo mundo veio pra cima de mim falando que era uma oportunidade única estar em uma universidade federal, que eu poderia ir levando até o fim do semestre pra só trancar o curso por um ano. Mas eu já tava "levando" essa situação fazia meses e já estava absolutamente quebrada por dentro.
Agora vou enfrentar todo o processo do vestibular de novo para tentar entrar em outro curso, mas sei que, naquele momento, a melhor decisão que eu tomei foi sair do curso, pq a minha saúde mental é mais importante do que as expectativas que os outros colocam em mim. Lembre-se disso.
Pedir ajuda é a melhor coisa que vc fará por você. Procure atendimento psicológico na sua faculdade e, se não encontrar, fale com sua família. Só fale isso que vc escreveu, seja honesta e explique o que está sentindo. Esperançosamente, eles vão compreender. Também é importante saber que o nosso caminho não é linear: às vezes a gente para, volta um pouco, retoma o caminho ou toma outra direção. E a gente tem que se dar o direito de fazer isso. Vc não precisa ficar aguentando essa situação e se desgastando emocional e psicologicamente por achar que vai decepcionar os outros ou que está fracassando se quiser trocar, trancar ou desistir do curso. Enfim, espero que você fique bem e que dê tudo certo
isso é muito sério! se for possível, não sei exatamente qual é a sua situação, mas veja se você pode pedir transferência para um lugar mais tranquilo. Não sei se você tem como falar com os seus pais, mas era bom você conversar com eles a respeito disso.
Na minha primeira semana na universidade, fui à uma palestra feminista sobre as dificuldades de mulheres de manterem nesse meio. Enfim, uma das moças, formada em história, contou que um professor perseguia ela de todas as formas possíveis, que chegou a passar um tema enorme de trabalho para apenas ela apresentar e, no dia da apresentação, quando ela conseguiu fazer o trabalho certinho, ele apenas disse: "nossa, nunca vi uma bunda e um cérebro tão grande em um mesmo lugar". Detalhe: ela é negra, a sexualização acontecia não só por parte do professor, mas dá turma inteira, que aplaudiram quando o babacão falou isso.
Melyssa Kharen Que absurdo!
Melyssa Kharen que nojo. Ele é um babaca escroto, e não um professor!!!
Melyssa Kharen nossa q triste ;(
Triste saber que uma pessoa foi ridicularizada dessa forma. Lamentável que tenhamos que passar por cenas como essa na universidade.
Melyssa Kharen isso me deixa indignada :((((
E as mães na Universidade, faço faculdade de nutrição, minha saúde mental não tenho tempo de pensar nela, mas ta uma merda não tenho tempo nem de tomar banho, quando eu digo não tenho eu não tenho mesmo, vivo me sentindo uma merda, incapaz, me sinto uma péssima mãe, uma péssima aluna, uma péssima dona de casa ( sou responsável por todas as tarefas em casa sozinha) tem horas que acho que vou explodir.
Victoria Lima muita força pra seguir!!!
Eu saí de uma universidade pública sem conseguir me formar. Tenho 21 anos e me sinto um lixo por isso. Vim ver esse vídeo agora enquanto tava a beira de uma crise de ansiedade e de repente o que tu tá falando tá me fazendo pensar que talvez eu esteja bem melhor do que eu imaginava. Cara, obrigada por isso. Isso é extremamente importante de ser discutido. É cobrado de pessoas com 17 anos uma saúde mental forte o bastante pra sobreviver a universidade, uma saúde mental forte que nem mesmo um adulto na casa dos 30 tem. Em alguns momentos a universidade foi insuportável pra mim e todo dia eu me vejo pressionada (mais por mim mesma) a voltar pra lá pra conseguir ser aceita dentro de uma sociedade que já mostra nos campus que meu lugar não é nela. Eu não sei quanto tempo essa putaria vai durar, mas ter pessoas falando sobre isso já vai empoderar muita gente. Obrigada.
Finalizei a graduação em março desse ano e dou graças a Deus por ter acabado. A graduação não foi fácil desde o início para mim, a universidade que cursei além de ser pública também utilizava metodologia ativa (PBL) o que foi uma grande barreira a ser quebrada logo no início do curso. Mas o último ano de graduação foi surpreendentemente desgastante e frustante. Nunca pensei que poderia sofrer tanto fazendo algo que amava. Confesso que tive 'sorte' pois meu orientador sempre foi muito compreensivo, mas mesmo assim me sentia burra, incompetente, incapaz, insuficiente e dentre outros adjetivos negativos martelavam na minha cabeça a caminho da universidade. Não dormia direito, não me alimentava direito, não tinha tempo para curtir minha família, sair com meus amigos, passava mais tempo no laboratório do que na minha casa e quando chegava em casa fica todo tempo no computador escrevendo.
Eu não vivi durante o último ciclo do curso. Dei meu melhor mas mesmo assim acho que não foi o suficiente, hoje estou formada, mas ainda tenho pesadelos, acordo assutada e angustiada, fico me culpando por não ter feito mais.
Por isso afirmo que nada é mais precioso do que sua saúde mental, se cuide, se ame, você não é burrx, VOCÊ É MAIS QUE UM TITULO DE GRADUAÇÃO!
O que seria PBL?
Uma coisa que muitas pessoas não têm é a coragem para desistir. Sim, coragem para desistir, adiar, parar. Porque isto se trata de uma maneira de dizer "não", o que por si só já é difícil.
Verdade, amigo.
Mas as vezes a pessoa está tão fragilizada que ela precisaria de um incentivo ou um estímulo para tbm poder lardar desse ambiente, por quê, veja só, as vezes a família te mantém ali, mesmo sabendo do teu sofrimento, as vezes precisamos de algo que talvez os possa fazer pular fora, sabe.
Estou há 4 meses fazendo mestrado em uma Universidade Federal... a cobrança é absurda... uma pressão surreal, mesmo em plena pandemia. Estou constantemente tendo crises de ansiedade. Desnecessário essa pressão que o sistema faz. É necessário rever esse processo de ensino! Também estou assim: exausta!
Eu sou bolsista 100% do PROUNI em uma faculdade privada em Medicina veterinária e cada dia na faculdade é um conteúdo diferente ( ou seja - tenho 1 dia para entender um assunto inteiro), entrei já no segundo semestre e fiz o meu ensino médio inteiro em uma escola pública na pandemia em EAD por uma plataforma do CZcams (com aulas gravadas).
Tirei minhas 3 primeiras notas baixas na faculdade e se eu pegar DP perco a minha bolsa. Fui diagnosticada com TDAH, e ainda tenho que trabalhar pois meus pais não tem condições de manter minhas despesas (já que só tenho a bolsa de 100%, e além de fazer a faculdade moro em outra cidade longe dos meus pais e tenho que me manter). Minha família acredita muito em mim (sou a primeira pessoa a da família a conseguir entrar na faculdade), mas eu não me sinto bem, minhas notas me desanimam e eu já abri mão de muita coisa pela faculdade (noites sem dormir, fins de semana, feriados).
Tenho medo de decepcionar a minha família e a mim mesma.
É particular e sinceramente.... faculdade particular realmente não foi pensada para bolsistas e pessoas de baixa renda, ainda mais se você for uma pessoa negra e tiver que se manter.
Universidade pública muito menos, mas lá você pode pegar menos cadeiras, caso você opte por trocar
Olá! E , que vídeo maravilhoso. Não estou na universidade, e preciso dizer que o ensino médio virou um campo de batalha, virou seleção natural, aqueles que aguentam a pressão, aqueles que aguentam deixar a si mesmo para estudar 10 15 horas são os "escolhidos" e "preparados" para o enem e para a universidade. Não só o desgaste na universidade, mas somos "treinados" para aguentar essas situações que só nos prejudicam. Porém o ponto de saturação chega seja na universidade ou como profissionais formados.
E, sim, mtas vezes os problemas vêm dos próprios (outros) alunos. Eu tenho uma amiga enfermeira que trabalhou na USP de São Paulo (onde eu estudei) em um projeto (da própria universidade) que cuidava do acompanhamento médico e psicológico de alunos com transtornos mentais. Em uma das ocupações da reitoria e de outros prédios que aconteceram em momentos de greve (não me lembro o ano, deve ter sido por volta de 2010), ocuparam tbm a sala desse projeto. Alguns dos ocupantes violaram os prontuários, leram as informações e usaram essas informações sigilosas publicamente para deslegitimar a fala daqueles alunos atendidos nas assembleias da greve (isso mesmo: "vc é louco, vc fez tal coisa, vc tem tal problema, vc não sabe o que está dizendo").
Thais dos Santos Domingues Pereira Que absurdo isso guria, não dá pra acreditar. Mas pensando nisso é válido lembrar que muitos centros acadêmicos não passam de panelinhas, pois ao invés de olhar o todo só estão lá para tirar vantagens pra seus membros e só aceitam a integração de quem eles querem, hj já não é mais um espaço para todos mesmo #IssoNãoéNormal
Thais dos Santos Domingues Pereira socorro que horror
É um crime não é?
Thais dos Santos Domingues Pereira na vdd isso acontece muito,as pessoas adoram colocar a culpa na vítima e dizer,olha vc é o problema, não se inturma pq não quer,hj em dia temos muitas pessoas sem educação nenhuma que estão nas faculdades,eu tiro isso por experiência de onde estudo e estudei,numa turma de 40pessoas umas 5,7 pessoas sabem tratar os outros bem o resto só se importa se vc for rico ou morar num lugar bom.
Que coisa boa ver este tema aqui abordado com tamanha transparência! Sou psicóloga e atendo estudantes universitários num programa de acolhimento estudantil. Como o acolhimento e uma rede de apoio é fundamental. Sofrer caladamente é triste demais e é o que levam muitos jovens aos quadros com agravamento. É triste, mas diante dos exemplos citados, podemos afirmar que esta instituição está falida. É muita banalização do sofrimento psíquico mesmo...
Hoje eu sofri uma situação muitíssimo vexatória. Sou estudante de pós. Me identifiquei muito com a sua fala no momento em que você disse que precisamos parar de enxergar a universidade como um olhar mágico, lindo e encantado. É um ambiente extremamente tóxico! E sim, existem pessoas que, sabe lá Deus porquê, querem ser um karma na vida dos discentes. É inaceitável pensar que tudo isso se faz às custas de dinheiro público. E não interessam as escolhas de cada um. O ambiente universitário não tem que ser um ambiente adoecedor como vem sendo há muito tempo. Sou da PB.
😁ah! sou da PB tbm e meu caso foi exatamente como o seu, fui alvo de assédio moral por parte de uma acadêmica, duma Faculdade privada, já ouviu falar no grupo Três Marias? quais se estendem as instituições EESAP e Polígono??.. a tal Dra. me expôs dentro de sala de aula, me colocando em situação de constrangimento diante toda a turma do curso, utilizava de ironias e insinuações, além de um discurso passivo-agressivo, maior parte da aula passada eram carregadas de deboche e desdém. A pessoa dela, me fez depressiação e desclassificações contra mim. Reportei a reitoria da Faculdade e nada foi feito, vazaram as minhas denúncias que acabou com que, a hiena nas suas aulas, me desse patada atrás de patada, sendo que já não bastasse o ódio que ela desfilou sobre mim e isso fez com que, outros professores, preferencialmente, um muito amigo dela, em todas suas aulas me atacasse e olha! não tinha muito mais do que eu fazer, já tinha reclamado na ouvidoria, reclamei pelo e-mail oficial, fiz várias ligações na ouvidoria, dei queixa no Reclame Aqui e, a super proteção que eles dão pra abusadores. A hiena ainda tá lá, iria fazer reclamação no LinkedIn dela, porém, uma das fãs dela, "uma das alunas" deu Conselho pra que ela se retirasse dali. @Bráulio se é um conselho que eu dou hoje é, não vá nessas uniesquinas popularzinhas, é tudo marketing, muita pilantragem, outro é que, Diploma nenhum vale a tua saúde.
Estou no início da graduação e sinto me um lixo, incapaz de terminar. Estudo, e estudo e o resultado não vem. A cada dia acho q não me encaixo ali e a cada reprovação e nota baixa o sentimento só piora. #Nãoénormal
Deixa só eu comentar que às vezes não é nem só o sentimento de inferioridade. Eu e vários amigos já pensamos em pegar leve, fazer menos disciplinas para fazê-las bem (e atender aos nossos próprios padrões, que ninguém aqui quer se formar passando com 6 em tudo, nos cobramos sim!)...
Mas aí não dá, né? Porque vai sobreviver como sem bolsa? Emprego de meio-período não paga aluguel em outra cidade (às vezes nem 40 horas paga, especialmente em cidade cara em que - adivinha! - é onde ficam os grandes centros de pesquisa). Um monte de gente na pós tem títulos que não são 'voltados para o mercado de trabalho', é cientista, bacharel... e quando você morre de estudar não só pra passar na disciplina mas pq se perder a maldita bolsa, não sabe o que vai fazer da vida? É TENSO.
Sou de São Paulo, não sou estudante de graduação, mas frequento a Universidade de São Paulo a muito tempo, e vejo muitos comentários sobre assedio, pressão psicologica, entre outras muitas coisas. Você falou o que muitos gostariam de falar. PARABÉNS PELA INICIATIVA. ABUSO DE PODER E PRESSÃO PSICOLOGICA CONSCIENTE
Estou no Mestrado na UNESP e sinceramente eu estava quase surtando, pois os meus orientadores são extremamente exigentes, viajei quase que escondido porque estava surtando. Se vocês acham que na graduação é difícil, vocês não viram os casos na Pós- Graduação no brasil, gente... Uma dica valiosíssima, tomem muito cuidado caso você pense em fazer pós nas universidades públicas, façam IC's nas suas universidades, tentem conhecer MESMO os seus futuros orientadores, pois é um casamento que não dá pra divorciar. Se vc esta surtando na graduação penso 3x antes de entrar na pós, pois pra foder com a sua saúde mental é logo ali. Ja recebi ameaças na pós, vi rixas entre professores, departamentos e coisas que nem posso comentar aqui, o corporativismo nas universidades é protege todos eles.
PRECISAVA desse vídeo. Muito obrigado! (atual mestrando surtando com tudo).
Muito obrigada, Murilo. Acabei de chorar no colo do namorado por estar insanamente culpada por não produzir suficiente para entrar no Mestrado, pra fazer o TCC, para trabalhar e estagiar. É difícil lidar todos os dias que como mulher, preta e futura engenheira eu terei que ainda dar mais um pouco para ser reconhecida. Obrigada por ecoar esse moto: "Não é normal" e por mencionar a doença (desenvolvi a gastrite nervosa ainda no 5o semestre)
Eu me sinto contemplada por suas palavras. Isso é tudo que eu venho falando há dias: problemas nos critérios de produtividade CAPES, apreensão pelos baremas de seleção do Mestrado, meu profundo desgaste emocional após 5 anos de graduação, e imenso medo de não conseguir dar conta de tudo. Decidi procurar ajuda ontem
Mais uma vez, obrigada por fazer esse vídeo difícil.
Jamille Brito ♡♡♡♡ Uma engenhareira e preta♡♡♡♡
Não sei o que tudo vc passou,pois por enquanto sou apenas caloura da UFRJ, Mas imagino que você já passou por muita coisa e es forte p caramba
Cara.. esse vídeo é de 4 anos atrás.. mas seu relato é muitooo ATUAL!!! Antes de concluir o mestrado eu já tentei a seleção para o doutorado e passei, porém fiquei como suplente. Agora com o mestrado concluído, pensei, repensei e decidi adiar essa etapa! Doutorado esse ano não... não tenho saúde mental para isso... ainda tenho muitas feridas abertas do mestrado, ir para o doutorado seria assinar meu atestado de loucura.
Me identifiquei com sua fala.. a pressão é demais, é como se não existisse vida fora da Universidade.
E os professores que te culpam por estudar pra passar na matéria, sendo que foi isso que a gente aprendeu na escola durante anos, eu pelo menos aprendi assim. Precisava tirar nota pra não ficar de recuperação, era reconhecida ou classificada por nota. Aí chega na universidade, querem que você, DO NADA, mude tudo que aprendeu e faça do jeito que eles querem. Aí aparecem os alunos ansiosos, frustrados, deprimidos e se sentindo culpados.
Entrei na UFMG sonhando com mestrado, doutorado e em ser um pesquisador. Hoje, terminando a graduação tenho nojo do ambiente acadêmico e depois da formatura espero nunca mais voltar.
Desistiu mesmo ?
@@lucineanogueira3756 sim! Entrei pro mundo corporativo depois de formado e não me arrependo.
"Saúde Mental na Universidade" que tema necessário.
Com 45 dias de aula eu nunca me senti tão burra, gente do céu!
Me abraça 💜 Eu to no quinto período da graduação em ciências sociais na UFF, to fazendo 5 matérias em horários horríveis e monitoria, o que talvez nem seria tão difícil se eu não morasse a 90 km da faculdade. Eu passo mais tempo em ônibus do que na sala de aula, bebo pouca água no dia pra não ter vontade de ir ao banheiro no meio da viagem, tem dia que saio de casa 10h da manhã e chego meia noite e meia, durmo de madrugada pra poder fazer as atividades, ler texto, fazer trabalho e mesmo assim nunca dá tempo de botar tudo em dia, tenho que lidar com professor que parece que tem preguiça de dar aula, às vezes os professores faltam sem avisar e eu vou pra faculdade à toa, tem dia que não consigo almoçar por causa da pressa pra sair de casa, às vezes deixo de jantar porque tenho que fazer trabalho e aquele é meu único tempo disponível, às vezes to tão cansada que não consigo nem ler os textos, porque simplesmente não assimilo nada. Fazer faculdade é ótimo, mas é horrível.
Sou moradora da moradia da UFMG, realmente tem sido semanas difíceis. Estamos tentando criar maneiras de promover mais momentos de convivência entre os moradores. São muitas as pessoas aqui, na moradia, que tomam anti depressivos e já tentaram suicídio. Muito obrigada por fazer esse vídeo. O assunto não pode ser esquecido! :'(
E quando já há considerável número de suicídio no próprio cursinho/ 3° ano do ensino médio? Muito dos #naoénormal citados, se encaixam também nesse ambiente.
Não desmerecendo a temática da universidade, imagina! É só um argumento a mais para mostrar a precariedade do nosso sistema de educação.
Gabrielle Almeida Rocha Tavares A saúde mental do indivíduo já começa a cair na escola (pelo menos aquelas que focam em passar o máximo de alunos possíveis em medicina), a própria escola já começa a criar uma mentalidade de que você é suas falhas, que você tem que focar 100% do seu tempo pra estudo, que sua vida, felicidade e saúde vem depois dos estudos, que você não vale nada se você não tira uma nota boa. Uma garota(que é da escola melhor escola da cidade, portanto a mais rígida) se jogou de um predio(mas sobreviveu) pois não aguentou a pressão da escola, e o caso foi abafado (como muitos outros provavelmente), e inúmeros alunos dessa escola estão em psicologos por não aguentar a pressão da escola, mas ninguém fala sobre isso.
DieCutePie sim! Estou no meu segundo ano de cursinho e já acompanhei dois casos de suicídio e um caso de tentativa de suicídio. É um completo absurdo o nível de cobrança rotineiro.
Acho que ainda o pior além disso são alunos que infelizmente não veem essa problemática e se voltem contra pessoas que vão contra esse "respeito" hierárquico, além dos professores forçarem muita socialização entre os alunos fazendo grupos, ser uma pessoa além do que eles querem que você seja, ferra muito porque você com certeza irá ser queimado com os alunos e eles vão te excluir propositalmente só porque você não deita pra professores e vê o que eles fazem de errado que fere totalmente a sua individualidade.
Exatamente isso... Fiquei chocada, mas apesar de tudo consegui concluir e gostei muito do meu curso me abriu muitas oportunidades, me fez entender muitas coisas. Na universidade não existem amigos, os professores só sabem exigir e são os sabe tudo sempre só acham que a dedicação é para a matéria deles... Tive crises ansiosas... Mas no final valeu a pena
Vivi em um departamento machista e sempre comparava ir a universidade a igual a ir no matadouro. Todas as vezes volta para assistir aula eu matava minha alma. Hoje faz 11 anos que comecei a universidade e faz 3 anos que terminei, mas até hoje continuo com os mesmos pensamentos ansiosos e me achando sempre um lixo. A universidade foi um trauma em minha vida e eu espero do fundo do coração que consiga me curar.
Graduação + mestrado = 7 anos
E 4 anos que terminei ***
Você disse tudo, ir à escola, à Faculdade é equivalente à ir ao próprio matadouro.
Eu tô fazendo Tcc e estágio e já perdi 1 pessoa da família, meu cachorro, um professor é um colega de turma só esse ano um atrás do outro e minha cabeça está tão mexida que até surtei em casa. Eu busco ajuda psicológica e espiritual para me curar desse mal .. tive ataque de pânico por causa de preocupação com universidade (pressão), por não conseguir resolver meus problemas do estágio e brigas em casa.
Estou no meu último ano da minha graduação na UNIP. O curso (Arquitetura) é extremamente exaustivo. Certa vez a coordenadora do meu curso disse que não eram necessária 8 horas de sono porque, segundo ela, temos que entregar o trabalho em dia e que "estudante de arquitetura não dorme". E realmente, eu tinha tanto medo de reprovar que eu deixava de dormir e de me divertir, de sair etc só pra entregar os trabalhos no prazo. No meu primeiro ano, as notas eram sempre próximas da nota máxima. Hoje em dia, não consigo tirar mais do que a média (menos que 7). São tantos trabalhos que já teve vezes que fiquei, sei lá, 48 horas sem dormir e depois não conseguia levantar da cama de tão mal que fiquei. E ouvindo você dizer sobre sua gastrite nervosa, acredito que, no meu caso, os fortes espasmos que tenho, foram decorrentes dessa falta de saúde mental. Sempre que deixava de dormir pra terminar algum trabalho, esses espasmos apareciam. Não os tenho mais com tanta frequência porque hoje eu priorizo minha saúde e bem estar: durmo bem, e faço tudo no meu tempo, sem pressa. Depois de muito tempo que fui perceber que a universidade era, e ainda é, o que me causa tanto sofrimento. Não tenho mais vontade de sair de casa pra ir pra faculdade, desenvolvi uma série de medos que eu nunca tive. Realmente desgastante.
A UNIP, pelo menos na qual eu estudo, não tem grupos de discussões, não tem atendimento psicológico, falta de respeito total quando o aluno precisa de ajuda da universidade, os pedidos dos alunos sequer são considerados. Extremamente classista. (Desculpem-me o desabafo, mas é que tava aqui, na garganta, e ainda tenho muito mais a dizer.)
MURILO, OBRIGADO POR ESSE VÍDEO
Engraçado q quando eu comecei a faculdade pensava q por ser só adultos achava q os professores e alunos iriam ser mais empáticos mas me enganei kkkkkkkk perguntei pro professor uma vez quando eu era caloura quando valia a prova que ele iria passar e ele simplesmente me disse "não te interessa" em alto e em bom tom para todos da sala ouvir, e eu falei em um tom tão tranquilo com ele, e olha q se tratava de uma faculdade particular, q graças a Deus q eu n pago pra estudar naquele lugar com professores assim. Reclamei com ele e com a diretoria. Fazia a gente se sentir inferior, isso é terrível! Não deixem os professores pisarem em vcs se vcs estão no direito e podem mudar isso
Ver as pessoas tirando notas boas, fazendo projetos legais, estagiando em grandes empresas... E vc simplesmente não conseguir é muito triste. Não consigo ser boa em nada, vejo meus colegas conquistando coisas e eu nada! Os professores também não tão nem aí pra a gente, o salário deles esta caindo todo mês, independente do que façam e se vc reclamar vc é perseguido.
Esse vídeo me abraçou sou mulher negra e faço medicina um curso elitista e racista
Q nos obriga a competir com nossos colegas e nos sentir inferiores diariamente por não dar conta dar inúmeras tarefas extras q temos q fazer
Hi! I've just came to know your channel. This video is very interesting, I had no idea about the behaviour of teachers in brazilian universities. I have mental issues since primary school i think, i remember being very anxious since then . The situation got worse in high school. At the moment it is taking longer for me to get a degree: while my friends are ending their phd or started working, i'm having my last year of master and i never feel extremely passionate or motivated. Where i study there are many profs doing whatever they want and being very rude but also some others which are good people. I have always thought that my problems are not related to others, but to me. Oh i'm italian btw. This was so interesting , bye!
Tô amando os vídeos do canal, eu adoro assistir conteúdo de qualidade! Parabéns e que continuem as reflexões e debates! 🙌
Gente, deveria ser obrigatório td aluno na primeira semana de aula ouvir esse video! Ja tive tique nervoso no olho pq estava mt estressada c tanta disciplina q tinha pra cumprir. #nãoénormal
Estou formando agora em psicologia numa faculdade privada, tive muitos professores legais, mas desenvolvi ansiedade generalizada e surtei na hr da prova de estatística.
6 anos e meio depois, a coisa continua a mesma. Deixarei meu relato abaixo:
Não aguento mais a faculdade, sinceramente, se eu pudesse largaria tudo. As aulas são uma merda, não utilizarei nada do que estou aprendendo na faculdade no mercado de trabalho, a faculdade só me trouxe problemas para a saude mental e fisica, não consigo me exercitar, não consigo ter alguma atividade extracurricular, pq moro a cerca de 25 KM da faculdade e isso torna-se mais dificil. Atualmente estou procurando emprego e to desmotivado pra krl, pq não consigo nada, desde janeiro (de 2023) procuro algo e não apareceu nada pra mim, to comecando a me sentir um lixo, a pressão pra arrumar um emprego aumenta cada vez mais à medida que vou me aproximando da minha formatura (dezembro de 2023), vou me formar em Computação sem ter um emprego, com a saúde fisica lascada e a mental pior ainda, não posso ver nada a respeito do TCC, que já começo a me tremer, ficar nervoso, a querer largar tudo. Fiz a primeira parte do TCC de um tema e a segunda parte (É dividido em TCC 1 e 2), pq no desespero, escolhi um tema aleatorio, na qual eu não tinha dominio nenhum pra falar sobre. Agora em agosto, decidi fazer outro tema, só que o prazo ta muito apertado, em setembro escrevi bastante coisa sobre ele, porém, tenho até a metade de novembro pra entregar, não sei se irei conseguir, eu sei que se eu não conseguir, minha familia vai ficar muito desapontada comigo. Ao mesmo tempo não to nem ligando se vou conseguir me formar ou não, já que não consigo a bosta de um emprego, mesmo eu estudando e me atualizando sobre as coisas, faço as entrevistas, provas práticas e dps disso, não mandam mais nada pra mim, olha que já atuei 10 meses como estagiário. Isso desmotiva demais, eu sei que a área está muito ruim, com pouca vaga pra muita gente, muitos requisitos, mas convenhamos, 10 meses e nada aparecer é algo triste, ainda mais que eu procuro me atualizar sempre e manter um portifólio bacana.
Além de toda a pressão de produção de conteúdo, prazos, falta de sensibilidade dos professores, um dos meus maiores problemas e sofrimento na universidade é a sensação de não pertencimento. Eu estudo na UFMG, mais precisamente, na fafich, que abriga os cursos de humanas. E recorrentemente me sinto excluída não só como um ser pensante, mas como um pessoa apta a socialização, imagino que pelo fato de me vestir de uma forma mais ''careta'' e ter uma aparência nada descolada ou por realmente não me enquadrar na linguagem que eles usam, na forma que interagem, me sinto extremamente deslocada e não pertencente. É um sentimento horrível que me faz querer fugir de qualquer pessoa de lá e sim, algumas vezes já pensei em suicídio.
Eu estou na faculdade e já falei para meus pais: "Uma graduação de Licenciatura de Inglês já tá ótimo, eu não vou perder minha saúde mental por conta de um diploma a mais, um só tá ótimo, mais vale um pássaro na mão do que dois voando"
Tô cursando odontologia integral, saúde mental 0
Tranquei a faculdade de Administração e comecei Licenciatura também pq não quero mais esse ambiente tóxico nas empresas e ainda ter que aguentar a graduação estava acabando com a minha saúde mental. Sou formata em Recursos Humanos e acredito que a instituição que escolhemos conta muito, pq a primeira foi maravilhosa, mas quando decidi cursar a segunda em outra foi traumatizante, enfim larguei tudo e fui atrás do meu sonho desde de criança que sempre foi ser professora e comecei Licenciatura e só quero dar minhas aulas em paz, fui pro ramo empresarial pq meus pais sempre me pressionam que eu tinha que fazer algo que tivesse retorno e estabilidade e hoje coleciono traumas em ambiente de trabalho e com graduação, talvez se tivesse colocado meu sonho em primeiro lugar desde sempre estaria feliz e realizada, porém nunca é tarde, faço licenciatura a distância e meu Deus do céu tenho lugar de fala: MÓ PAZ!
@@micaeledias Os professores da minha faculdade até que são bem compreensivos, até ajudam quando tem que fazer estágio e passam alguns exemplos de planos de aula pra gente "treinar" só que a minha é particular, então a fatura é meio salgada, mas eles ajudam.
@@micaeledias Os meus pais me deixaram escolher a faculdade que eu queria fazer, não se sentiram decepcionados quando minha escolha foi Licenciatura.
@@lunablanc7868Você tem bons pais, valorize eles, e seja um bom filho, e não deixe ninguém desmerecer você, continue fazendo o seu melhor
Tenho 20 anos e chorei de estresse na faculdade. Pressao psicologica de colegas que te acoam em plena sala. #NAOÉNORMAL
A vida acadêmica é sádica! naõ tem outra palavra para definir esse professores: são sádicos!
Por favor, nunca tira esse vídeo do ar. Eu ainda vou esfregar ele na cara de todos os meus professores.
Sem falar das pessoas tóxicas na turma...
Ah sim! verdade.
Murilo do céu, que vídeo! você arrasa sempre. Eu realizei um trabalho sobre o produtivismo acadêmico semestre passado e como estudante de graduação sem exatamente o que você está falando. E sim, precisamos falar sobre isso. Parabéns! 🖤
DANIEL SOUSA tem texto sobre o trabalho? Se tiver me manda por favorzinhoo a gente precisa falar sobre isso nas UFs
DANIEL SOUSA libera o trabalho pra gente Ver :3
Eu tenho algumas referências muito boas, mandem o e-mail de vocês que encaminho!
mairlacg@hotmail.com obrigada ❤
DANIEL SOUSA wemersonchgarcia@gmail.com
OBRIGADO POR ESSE VÍDEO!!! EU ESTOU ESCREVENDO MEU TCC E A PONTO DE TER UM SURTO. ME SINTO SUFOCADA, BURRA, ANGUSTIADA, SÃO TANTOS SENTIMENTOS QUE ME FAZEM QUERER DESISTIR, NÃO TENHO MAIS PISCOLÓGICO...SÓ VOU SEGUIR, POIS É RETA FINAL....
Tranquei a faculdade de Administração e comecei Licenciatura pq não quero mais esse ambiente tóxico nas empresas e ainda ter que aguentar a graduação estava acabando com a minha saúde mental. Sou formata em Recursos Humanos e acredito que a instituição que escolhemos conta muito, pq a primeira foi maravilhosa, mas quando decidi cursar a segunda em outra foi traumatizante, enfim larguei tudo e fui atrás do meu sonho desde de criança que sempre foi ser professora e comecei Licenciatura e só quero dar minhas aulas em paz, fui pro ramo empresarial pq meus pais sempre me pressionam que eu tinha que fazer algo que tivesse retorno e estabilidade e hoje coleciono traumas em ambiente de trabalho e com graduação, talvez se tivesse colocado meu sonho em primeiro lugar desde sempre estaria feliz e realizada, porém nunca é tarde, faço licenciatura a distância e meu Deus do céu tenho lugar de fala: MÓ PAZ
Tranquei uma tbm, nesse mesmo curso, Adm o ambiente é extremamente tóxico, de muita competição. Passei por um assédio moral pesado dentro de sala de aula por parte de uma acadêmica, daí aconteceram também várias e outras coisas que fizeram com que eu saísse e, por tal coisa, nem sei se tenho mais interesse em voltar a Faculdade.
esse vídeo diz tudo sobre questões de falta de respeito que existe dentro das universidades. e realmente não é normal que tenhamos que estar a beira de um colapso para sermos vistos como 'bons alunos' ou ' pessoas comprometidas ' a ponto de deixar de lado toda e qualquer parte da sua vida, seja ela de saúde , ou emocional, familiar e até mesmo profissional para que consiga concluir no mínimo a sua gradação , ja que esta é apenas o seu primeiro degrau na vida acadêmica. Eu ainda estou cursando minha primeira graduação e não é normal o quanto que engordei, por falta de tempo de fazer alimentações saudáveis nas horas certas, de ter que escolher um salgado para matar a fome e sair correndo pra sala de aula, ou até mesmo se sentir culpada por isso e ir pulando refeições importantes. voltar chorando da faculdade é outra questão que não e normal, mas virou cotidiano entre os corredores. até mesmo desenvolver doenças no corpo como gastrite, disfunções e descontrole hormonal para conseguir entregar de forma aceitável todos os trabalhos exigidos. #naoénormal nada disso em prol da luta por uma digna graduação.
A doideira e irresponsabilidade mental da Universidade Pública no Brasil começa desde o processo seletivo. Fraudulento e exaustivo. Além de estudar para fazer boa prova, tenho que ser mais eficiente ainda do que os que conseguem gabaritos vazados é coisa e tal. A educação tenta gerar um processo fabril de conhecimento e esquece que a base do saber é a comunicação. Eu, hoje, profissional na área de comunicação sei muito bem o quanto não existe HUMANISMO no diálogo entre docentes e alunos.