Taty, mais uma vez, você e o seu jeito de sacar as coisas fizeram meus olhos brilharem. Que honra ter meu livro resenhado por você, e que felicidade saber que você gostou! Mais que isso, que interessante todo este arco de questionamentos sobre acesso, moral e controvérsia da nossa literatura. Amei MUITO este vídeo! Sou seu fã! 💓
o que eu tenho visto que tá sendo um problema de verdade com o booktok é que tá rolando uma tendência lá de nichar demais os livros (tipo separar em enemies to lovers, friends to lovers, slow burn, etc), e os autores que tão escrevendo agora se prendem demais a isso, fazem uma história péssima e totalmente de fórmula, sem aprofundamento nenhum, só pra caber nessas caixinhas que o booktok criou
Pessoas que passaram a se orientar sobre livros a partir dos canais de literatura, com muita propriedade, confiam de fato, nas indicações, o que é muito bom. Mas expandir esse universo, frequentando bibliotecas e saraus também e ainda é ferramenta muito positiva para a comunidade literária.
Eu acho que a ignorância me salvou muito, porque pelo fato de eu não ter uma família e amigos leitores eu sempre li um pouco de tudo.... Acho que ver a literatura como aliada do meu tempo e ler conforme as minhas demandas, especialmente, os meus humores,isso deixa a leitura mais leve e sem a necessidade desse ego de que apenas os livros que sao considerados de gente, inteligente, fará vc crescer intelectualmente, etc são os que devem ser lidos. As vezes, vc só quer uma coisa leve pra relaxar. Enfim, "deixa as pessoas!" E menos julgamentos e mais livros 😊
Sinto que muitos desses livros são muito comerciais, feitos para rápido consumo (como as musicas e os filmes também) e que não são muito lembrados depois, por terem uma história mais simples e pouco significativa no longo prazo. São muitos livros parecidos, diferentes dos livros clássicos, que em geral, passam uma mensagem atemporal, que tratam de grandes questões da humanidade. É a impressão que eu tenho, posso estar parecendo a chata dos clássicos e de fato posso ser essa pessoa kkkkkkk
@@mrlatelynão é questão de ser clássico ou não. É sobre conteúdo e profundidade. Existem sim livros rasos. E tá tudo bem em gostar deles; ler deve ser um prazer, afinal. Mas também não é errado apontar que tal livro é raso ou critica-lo. O problema é não respeitar a opinião dos outros e ainda ofender os leitores pelas suas preferências😊
Você tem toda razão, exatamente isso que aconteceu com a música, uma produção padrão para vender e, chegou-se ao extremo da plataforma que mais disponibiliza músicas, essa mesma, ser descoberta contratando compositores profissionais, para criarem musicas para "artistas fictícios", tudo pelo lucro. Também a literatura sofre desse processo de padronização, as pessoas então consomem mais como produto, do que arte e linguagem.
Olá Taty! Sou bibliotecária e concordo em vários pontos com você. A minha área de estudo a biblioteconomia tem cinco leis que foram desenvolvidas por um grande bibliotecário indiano chamado Ranghanatann e uma dessas leis diz:" Para cada leitor o seu livro". É exatamente o que eu aplico na minha prática. Posso fazer resenha, indicar mas quem decide o que vai ler é o leitor . Todos passamos por diferentes processos, o que realmente vale a pena é criar e difundir o hábito da leitura, o resto é só blá blá blá. Valeu pelo vídeo!!! 📖😘
Eu acredito sim que existe diferença entre os livros. Há livros mais complexos, mais completos; há livros que exigem uma bagagem e um conhecimento do leitor. Não dá pra dizer que não existe diferença entre “em busca do tempo perdido” e “como eu era antes de você”, sei lá. Agora, reconhecer isso não deve nos fazer prisioneiros de uma “classificação” ou outra, como você disse, tampouco passar a vida sem almejar os desafios que alguns livros tem a oferecer
muito obrigado por ter ligado o ventilador Tati ksksksks brincadeiras à parte, eu fiquei tão passado com essa fala do Felipe... E justamente agora que eu acabei de começar esse livro. Biblioteca da meia noite é uma leitura tão provocante para mim no sentido da reflexão sobre nos prendermos mais ao caminho do que ao "lugar ideal" que a gente fica mentalizando (lugar esse que é quase sempre diferente e sua espera só traz ansiedade mesmo). Dá pra ver que é uma discussão muito vazia, realmente, essa coisa de rankear e pior do que isso, invalidar a autoajuda.
Eu sempre li muito e meus pais me incentivaram a isso. Depois de terminar "Criança 44', comecei a ler "Biblioteca da meia-noite" por causa de um determinado momento que estou passando na minha vida. Ainda não terminei, mas estou gostando da mensagem do livro. Não acho que existam livros ruins, quando era adolescente, li revistas do tipo Capricho e isso me manteve ativa na leitura, aos 20 anos li "Crime e castigo"... Eu gosto de ler vários estilos e não tenho prec0nceit0s. Entretanto, por causa do Tico e teco e de outras plataformas, a literatura virou "modinha", inclusive tenho conhecidas que repostam esse tipo de conteúdo mas não lêem, não escrevem direito, não falam direito... Isso não adianta nada! Alguns livros parecem fast foods comerciais. As pessoas precisam fazer suas descobertas literárias sozinhas e não apenas ficar seguindo influencers.
Ai, vamos lá. Acho que a literatura é única em casa pessoa. Também acho que durante o tempo a gente vai percebendo alguns livros com melhor construção, desenvolvimento, outros com uma gramática interessante (não necessariamente rebuscada), mas no final das contas "Gosto ..., cada um tem o seu né". Lembro até hoje de quando fui ler A morte de Ivan Ilicth do Tostói, pensei que ia ser revolucionário e não foi, apesar de reconhecer toda uma destreza na forma como ele conta e desenvolve a história no final não foi pra mim. Enfim, sempre deixo as pessoas tirarem as próprias conclusões, mas falo o que eu senti quando tava lendo.
Sei que este vídeo já tem um tempo, mas só assisti hoje e veio em um momento muito oportuno. Recentemente terminei meu primeiro livro do ano e fiquei em busca do próximo, neste processo encontrei muitos livros clássico que queria muito ler, mas fiquei com medo de achar muito difícil para mim que estou iniciando uma rotina de leitura este ano. Nossa este vídeo me bateu agora. Arrasou demais 👏🏻
engraçado que ele se diz aficionado em literatura e não há muito tempo falava mal de Moby Dick, que é um clássico. Vai entender. Fora isso, como sempre seus videos são incríveis Taty, um abraço.
Eu acho que isso de inverter frase é algo muito nordestino também, eu não falo de forma chique, mas eu inverto muito a ordem das frases. Até fico me policiando quando escrevo.
Eu acho muito bom ter uma "auto ajuda disfarçada de fantasia" justamente pq muitas pessoas precisam disso mesmo sem saber e têm esse preconceito com autoajuda, eu acho irônico que ele xingou tanto a biblioteca da meia noite enquanto ele amou os dois morrem no final sendo que pra mim é outro livro disfarçado pq ele me fez pensar e repensar em muitos fatos da minha vida, e é muito bom quando uma literatura te afeta nesse nível, adoro biblioteca da meia noite e essa situação toda foi desnecessária demais....
Que vídeo incrível! Concordo muito, mas aprender isso foi um processo pra mim. Eu já fui uma pessoa que categorizava a literatura. Porém, vindo de família nordestina e tendo morado no norte, sul e sudeste, não sinto estranhamento com a forma de falar/escrever dos diferentes "Brasis". Louca pra ler o livro do Patrick.
Quanta coisa para comentar! Valia um post no blog referenciando o vídeo, mas o tempo tá meio complicado esses dias, vamos ver como vai ficar o comentário e se dá para copiar direto pro post. Primeiro o fácil: Não consigo associar Felipe Neto a "alta literatura" e quase bateu curiosidade de saber o que ele considera literatura para aficionado por literatura. Seria Machado de Assis? Shakespeare? Só até o sécul XIX? Não é falácia ad hominem, é que nunca o vi falar de literatura (se bem que não o acompanho). Li Biblioteca da Meia Noite e achei bobo, achei que quase todas as vidas que ela vive são a mesma coisa, uma busca por fama, por sentido fora dela, e tem muitas buscas vãs no caminho para achar sentido para a vida, né? Podia ser um conto. Mas... E daí se podia ser mais profundo? Às vezes as pessoas só precisam se identificar e o final não é ruim. Inclusive, nesses tempos de coachs quânticos, tem um bocado de gente repetindo a mesma história vã de busca de sentido em frivolidades. E a "literatura" dele é normal, gente! Nem tem frases do tipo "Ele estava preocupado e queria falar sobre" ;-P Dois livros foram primordiais para mudar minha vida: Demian do Hesse e Senhor dos Anéis. Apesar do Hesse ter merecido um Nobel a "literatura" de Demian é bem coloquial e de forma nenhuma cairia em "alta literatura". E nem preciso comentar Tolkien, né? Eu gosto de "alta literatura" que entendo como uma escrita que surpreende pelo estilo, pela estrutura. A história e até o livro pode ser uma grande bosta, mas a forma nos surpreende, nos tira da zona de conforto, nos faz ligar neurônios que não costumam conversar uns com os outros. Mas isso é bem sutil, né? Tô lendo pela primeira vez A Montanha Mágica (filho da ditadura, né? 56 anos e tem um bando de livro importante que não li) e tem um pouco de "alta literatura", mas também é uma obra de outro tempo. Gosto de citar Shakespeare, que hoje parece essa tal literatura alta aí, mas em sua época estava mais para um... só para irritar os puristas... Stephen King ;-) Mas na real eu costumo comprar com Tolkien mesmo pelo impacto que teve na cultura popular. Na real real mesmo tô escrevendo pacas para ver se o algoritmo acha que tem que mostrar esse vídeo para mais gente hehehehe! Ah! O importante é que as pessoas leiam, acabar com esse senso comum de que só gente inteligente lê. Acho que tá valendo até ler livro que traz ideias tortas, afinal não são tantos e as pessoas vão acabar lendo muito livro bom! Com histórias que abrem nossos horizontes etc.
pior que nem Machado de Assis, né? pq ele sempre critica todo autor ferozmente haha mas, concordo em vários pontos do seu comentário, inclusive amo o Herman Hesse e é tão nonsense que às vezes até acho que se enquadraria em "alta literatura" pra alguns críticos ??? hahaha
Graças a Deus existem pessoas como você que nos faz lembrar que a literatura não cabe nessas caixinhas ❤ Eu li biblioteca da meia noite e não considero o MELHOR livro que li, na verdade me senti assistindo um filme de sessão da tarde, mas cumpre o que se propôs!
Oiii... boa tarde. Você é uma inspiração. Muito obrigada pelo vídeo. Num mundo VICIADO em celular, ver a menininha caminhando e lendo foi simplesmente SENSACIONAL.❤
Acredito que seja tudo por engajamento. O que precisa é ter alguém falando. Eu indico livros no meu perfil, mas só o que eu realmente leio e gosto e de fato, não engaja tanto, mas é o que faz sentido pra mim.
Taty, acho que sua reflexão sobre essa questão da moralização da literatura foi muito pertinente e interessante, mas se você me permite, colocar a fala de nordestinos como mais difícil, ainda que você diga isso no sentido de ser um modo mais "chique" de se falar, acaba, mais uma vez, de mais um jeito, colocando a fala do povo nordestino no lugar do "exótico", o que não é muito legal. Eu entendo que você não esteja acostumada com esses falares, pelo fato de ser de São Paulo e ter mais contato com pessoas do eixo Sudeste, e que, por isso, outros sotaques podem soar mais estranhos, o que absolutamente NÃO é culpa sua, mas de um mídia que sempre colocou os sotaques nordestinos na margem, de forma esquisita e estereotipada. Sei que sua intenção de forma nenhuma foi diminuir os falares nordestinos, mas acho que cabe aqui essa reflexão acerca desse assunto.
você tem toda razão!! espero que ninguém tenha se sentido ofendido com isso, só foi uma reflexão de como, justamente, não estamos acostumados e temos essa tendência de colocar nesse lugar do exotismo, né, o que é terrível!
Taty, que máximo esse vídeo! Começa com essa bobagem que o Felipe Netto falou, e chegou nesse livro do Patrick que eu já quero ler! E eu ainda quero ler A Biblioteca... também. Você falou bem! 😊
Perfeita colocação. O mesmo indivíduo até ontem estava dizendo que leitores não devem iniciar por Machado de Assis, querendo tirar Machado de Assis das Escolas, mas por livros que gerem mais atração. No mais, se auto ajuda for o fim do mundo, ir ao psicólogo também deve ser.
O que o Felipe fez foi um desserviço, fiquei totalmente constrangida com o pronunciamento dele sobre o livro. Me pareceu que ele quis se sentir superior, atacando algo que me parece que até ele se arrependeu de ter atacado, 0 necessidade, ele não está em posição nenhuma de criticar um livro dessa forma, por mais que ele já é antigo nesse negócio dele falar de livros no Instagram, o que ele fez não se faz, e se ele fosse um defensor e estimulador da leitura como ele se auto intitulou, ele não teria feito isso.
Não tenho nada contra autoajuda, mas isso não literatura. Nunca será. Contudo, não é errado alguém ler esse tipo de livro. Porém, minha gente, é sério que alguém quer saber de uma "grandiosa opinião" do Felipe Neto? Por favor! Além disso, nós lemos o que gostamos, não é? Ninguém tem que ser obrigado a nada. E isso não nos dá motivos para dizer "olha aqui, não leia esse livro, tá? Joga ele fora.". A internet está cada vez mais cansativa. P.s.: e não, eu não estou criticando a moça do vídeo, nem jogando hater porque discordo dela em dizer que autoajuda é literatura. Já que tem que explicar tudo né
Acho que muito do que envolve não se ler tanto no Brasil, passa primeiro por dentro da escola o contato inicial com a literatura já ser de cara os clássicos, quando esse contato inicial poderia ser feito mais cedo e de uma forma mais livre, porque já cria uma ideia de "não vou conseguir", que aconteceu comigo, inclusive. Mas ela passa mesmo também por certos leitores como o citado que não vale a pena dizer o nome que se acha superior por ser leitor, e se acha superior a outros leitores por ler apenas certo tipo de livro e sempre com esse discurso de "você gosta disso porque você é burro e não gosto daquilo porque você leu errado e não entendeu". Acho que um não leitor diante desses discursos ele teme duas coisas: se tornar essa pessoa ou nunca ser capaz de compreender essa "alta literatura" e incorporar a ideia de que ele vale menos e terá se esforçado a toa. E quem perde é a gente como sociedade como todo, porque muitos dos benefícios obtidos com a leitura, cientificamente provados, independem do tipo de livro que você tá lendo
Você tocou num ponto muito importante!! Não ler por colocar a literatura num patamar acima, eu sempre gostei de fantasia e romance, é a minha zona de conforto o que acabava lendo muito “farrofada” e com preconceito e medo de ler os tais clássicos, e só em 2023 que me permiti a tentar ler os clássicos que eu julgava ser muito difíceis, não que seja 100% fácil de ler, mas se habituar e tentar foi essencial!!! Parabéns por falar isso, porque assim como eu várias pessoas deixaram de ler algo!
Olá tudo bom gente tá rendendo tudo isso é inacreditável quando li a Biblioteca da Meia Noite do Matt Haig e ok, assisti uma duas resenhas e ok também, misericórdia. Tik Tok me dá tique nervoso desperta gatilhos. Bah, muito bom te ouvir abraço livro pra todos!!!!!!📚📚📚📚💞💞💞💞✊✊✊
Se ele não gostou, sem problemas. Agora dizer que eu sou burro só porque eu gostei? E isso vindo de youtuber que ensina as crianças a jogar Minecraft? Cujo Irmão tem a função de destruir a cognição do meu filho?
Felipe Neto, se não me engano, até então não tinha Machado de Assis em sua prateleira, porque era "livro difícil" de ler, deve agora possuir toda a coleção, viciou, ótimo vício inclusive. Mas, considero que mesmo ele falando de forma questionável, as falas dele prestam um serviço positivo à literatura, por provocarem debates. Quanto ao caminho gramatical escolhido pela pessoa que escreve, para mim, deve-se associar sempre ao universo pretendido expor. Carolina Maria de Jesus, mesmo com as limitações de sua realidade, foi além, simplesmente entregando elevado lirismo ao que pareceria impossível, falar sobre sua vida e de seu universo em uma realidade muito adversa. Guimarães Rosa, muito bem formado e atuando na diplomacia, conhecendo e falando vários idiomas, mergulhou no universo dos sertões e grotões das Minas Gerais, com total prooriedade. Tenho para mim e aqui, sim uma observação crítica ao Patrick Torres, a forma como falamos, no caso de criadores de literatura, não deve se sobrepor à forma como narraremos os textos, para isso imagino, absorvemos conhecimento; para inclusive, desconstruí-lo, assim como fez Guimarães. De minha parte leio e muito, pois "diga-me o que tu lê e, descobrirei quem és".
O Felipe Neto de certa forma se estabeleceu como youtuber disseminando dizeres extremistas, recalcitrantes e difamadores para diminuir qualquer "sensação" do momento... é de sua índole, e pelo visto não amadureceu muito com o tempo, os alvos somente são outros. Concordo plenamente com a ideia que a literatura é algo terreno, e essas pessoas que cercam a mesma sob a égide da "alta cultura" faz um desserviço na introdução de novos leitores, que se encontram em contextos diferentes, seja época, cultura ou classe socioeconômica.
Comer rezar e amar é um dos meus livros do coração! Vou até ver essa resenha 😂 A gente faz isso mesmo!!! Eu me justifiquei outro dia por gostar dessa autora 🫣
Cara, eu creio que o Felipe consiga estar certo e errado ao mesmo tempo. Comecemos pelo erro: De fato, ninguém merece ser agredido por seus gostos pessoais (literários ou não). Todo mundo é livre (ou deveria ser) para gostar do que gosta. Assim como ninguém tem o direito de agredir ninguém por causa de seus gostos. Agora, convenhamos, esse papo de "não devemos criticar o que as pessoas estão lendo num país que quase ninguém lê", é problemático em vários sentidos. Primeiro, porque esse discurso é responsável por fazer a manutenção e fomentação de uma péssima literatura que é produzida pela indústria cultural de massas. E, aqui, podemos nos questionar: até que ponto as pessoas realmente gostam do que estão lendo? Qual o poder da propaganda nisso? Enfim, em segundo lugar, porque esse papo não deixa de ser uma romantização da leitura, como se o simples ato de ler significasse algo a ser posto num pedestal. Definitivamente, não. Leitura também pode ser alienação. O fato de uma pessoas ler muitos livros, não necessariamente mudará algo de substancial na vida dela. Veja, uma literatura tecnicamente empobrecida, linear, maniqueísta, que não apresente nada (nem sequer uma palavra) de novo para o leitor, não afetará o mesmo, apenas o deixará na sua zona de conforto, e, muitas vezes, dependendo do conteúdo do texto, alienado. Em terceiro lugar, esse discurso esconde que há, sim, uma diferença entre literaturas. Assim como há uma diferença entre um filme da Sessão da Tarde e um da MUBI, ou um filme do Adam Sandler e outro do Aronofsky. Da mesmíssima maneira, há uma diferença astronômica entre Matt Haig e Dostoiévski, queiramos ou não. É uma diferença técnica, conceitual, referencial etc. Em terceiro lugar, não necessariamente essa literatura "Adam Sandler" conduzirá o leitor a uma literatura "Dostoiévski". No geral, as pessoas passam o resto da vida lendo o primeiro tipo. Há problema nisso? Não, pois cada um é livre pra gostar do que quiser gostar. Mas devemos ter em mente que a leitura, per se, não significa grande coisa, e que o crítico tem o dever de criticar o que as pessoas estão lendo, isso faz parte de um papel social, de diagnóstico social, inclusive.
De uma COISA eu sei, tem muita gente fazendo e propagando livros ruins pra faturar nos seus links da Amazon. Agora, eu fico me perguntando; Pq ainda eu fico me importando com um meio intelectual da qual ele me afasta? Bj Taty
Gostei do vídeo, muita coisa faz sentido, mal sei quem é Felipe Neto. Com relação a Biblioteca da Meia Noite achei o livro pífio inclusive fiz análise na Amazon, mas gosto é gosto temos que respeitar. Abraço a todos!
não acredito que você tava em bauru e eu nem fiquei sabendo! tá vendo pq é difícil deixar um pouco de lado as redes sociais? a saúde mental agradece mas a que custo? kkkk já vou olhar as próximas datas
Me pegou no pulo porque eu faço isso constantemente de colocar livros nessas categorias meio moralistas ao mesmo tempo que quero que a literatura pare de ser considerada como a mais intelectual das práticas. Minha relação com o booktok é bem conturbada porque eu não gosto dessa cultura de 'bookstan' (inclusive odeio essa palavra). Acho que lá inclusive também faz isso de espalhar muito a literatura na mesma medida que cria esses termos que fazem diferenciação entre nós e eles (leitores e os supostos não-leitores). Esse debate dá muito pano pra manga kkkkk
Acho que tudo o que é "modinha" acaba tendo um status de "academicismo intelectual", se você não curte isso ou que não se importe, tá errado, tem que consumir aquilo etc. Me cansa demais esse tipo de coisa.
O Felipe Neto é muito prepotente. Nao dá para confiar muito nas opinioes dele porque muitas vezes tem um fundo de vontade de engajar e gerar burburinho 🙄
acho q a critica do Felipe Neto é meio fraca e parte de um pilar frágil do argumento da "boa literatura", mas ao mesmo tempo acredito que vale enxergar que é valido apontar quando se acha um livro que nao agrada à uma certo tipo de leitura. Acho que para a leitura de auto-ajuda, faz sentido entender os valores para esse tipo de estilo(?). Mas ao mesmo tempo, é muito valido apontar e falar "eu acho esse livro fraco por isso, por aquilo e aqquilo", apontando, como vc muito bem fez, a critica a partir da obra em sua natureza estilistica, narrativa, estética, etc...
Nada a ver com o tema, mas tenho que comentar: eu também gesticulo pra caramba quando eu falo. Cada frase tem um gesto ou mais de um. E problema nenhum nisso. "Por que gosto, porque me sai assim." Depois vem baba ovo de italiano falar a balela que "o povo italiano é o que mais gesticula ao falar". Na boa, fede a racismo de tão falso. Eu detesto o termo "complexo de vira-lata" porque hoje usam pra tudo. Mas sendo o povo brasileiro um povo que tanto gesticula ao falar, é muito viralatismo achar que italiano gesticula mais. Mito puro e uma galera tola só vai na onda sem olhar pro espelho. 🤦♂️
@@Valerumlivro 🤣🤣🤣 Supertranquilo. E o meu comentário foi mais intenso do que o necessário. Parece que gesticular ajuda na articulação das ideias, é libertador.
Sempre tenho a impressão que no nicho booktuber, os homens e principalmente os brancos e classe média, tanto média, média kkk quanto média alta opinam de forma completamente pessoal, sem muita argumentação assim com base em algo teórico.. E se sentem completamente livres pra fazer isso sem pensar muito nas consequências do que diz. E por uma questão de poder em relação a ter esse lugar preservado. E uma autoconfiança superestimada. Desde então não consigo consumir conteúdos de homens falando sobre literatura. Óbvio que não são todos, mas, nesse estilo de discurso do Felipe são MUITOS e os comentários não agregam em nada e soam até agressivos. Pq são contra ou quem lê, contra o autor e enfim. Acho de péssimo gosto e como vc bem disse, coloca a experiência de ler um livro como superior ou inferior sendo que, cada livro proporciona uma experiência única e diferente e conta também com a disposição do leitor em estar aberto a isso. Amo seu conteúdo. Quero já ler o livro do Patrick
Me incomodo muito com o discurso do Felipe Neto, mas já me incomodei com você também, quando falou sobre as pessoas que lêem e que leram o livro "A garota do lago" e gostaram do livro. É interressante como você pode mudar de lado, quando o discurso "intelectual inalcançável" não é o seu.
entendo sua colocação, mas te convido a assistir novamente ao vídeo em que eu falo do livro "a garota do lago", a começar que a PRIMEIRA coisa que eu falo é: Não vou dizer pra vocês não lerem este livro, apenas explicar os motivos de eu não ter gostado. Depois que explico ter achado o livro sexista; sem pé nem cabeça; NÃO TER UM LAGO (sendo que o livro chama A GAROTA DO LAGO); óbvio, etc. E aí é uma resenha... opinativa. Não que nem o Felipe disse: Que quem gostou do livro é burro e que devemos parar de seguir todos que indicam essa obra, etc. Aqui pra você dar uma olhada: czcams.com/video/cAh09tLr2pI/video.html&t
Nossa! A postura elitista disfarçada de "reconheço que sou uma pessoa branca sudestina, mas mesmo assim vou falar um punhado de coisas que só reforçam o que supostamente combato" me mata. Qual a dificuldade de você, sudestina, entender que o Brasil, e a língua brasileira, é diversa em suas formas de expressão oral e artística? Espanta-me uma pessoa formada em Letras levantar questões que sequer deveriam aparecer como "pontos de reflexões". Sabe qual o tipo de pessoa que faz estas reflexões que você levantou? Alguns sudestinos que só miram nas diferenças linguísticas regionais do alto de sua pretensa expressão linguística "massiva e corrente". Repito: ALGUNS. Por que nem todo sudestino tem esta pompa de letrada desconstruída que precisa urgentemente rever muitos conceitos que viu na faculdade de Letras, ou que simplesmente parou de fazer reflexões realmente importantes. Tati, seu argumento de que pq vc é branca e sudestina e seu ouvido só está acostumada a ouvir gente branca e sudestina não te dá passe-livre pra falar tanto preconceito mascarado de análise consciente e intelectual. Cansado de ver gente supostamente intelectual se referir à linguagem do nordeste como "diferente", pq é isso que vc acentua entrelinhas, consciente ou inconscientemente, neste vídeo-desserviço. Mas seria diferente para quem? Porque isso depende do ponto de vista. Ou você não parou para pensar no quanto sua forma oral linguística também nos soa diferente? Pare, por favor, de fazer disso uma ressalva. É, como você mesmo disse, um problema SEU, que as figuras de linguagem do autor ou o modo como ele fala (e que reverbera em tantos falares nordestinos) te soem estranhas. É incompetência sua mesmo. Isso diz mais de você e de seus preconceitos disfarçados de reflexão. A linguagem do autor não deveria ter sido levantada dessa maneira. Que bom que ele usa formas linguísticas ainda refletindo uma cultura de escrita pouco usual para você! Quando você passa boa parte de seu vídeo simplesmente para associar a linguagem nordestina com as formas rebuscadas do autor e ainda por cima, em algum ponto, faz dessa associação uma ressalva, você só está reforçando estereótipos sobre o falar e escrever do Nordeste, você só está reforçando as diferenças entre falares e dizeres entre sudestinos e nordestinos. Enfim, você acaba de fazer um igual dessserviço, igual ao influenciador que você critica. A diferença é que você, supostamente, dados seus anos de dedicação à literatura e à sua formação acadêmica, deveria ter um pouco mais de consciência linguística, revendo o que fala e como fala, pois, de modo condescendente, elitista e apressado, você fez reflexões que soam mais como incompetência de ir além da superfície.
Ricardo, você viu o vídeo? É justamente isso que eu critico em mim e eu amei o livro. Inclusive o autor está aqui nos comentários agradecendo por isso. Não entendi suas colocações como se eu tivesse falado mal, sendo que meu ponto foi justamente que as palavras me soaram diferentes e que eu logo entendi o motivo e fiz um vídeo para que outras pessoas não caiam nessa mesma cilada. Enfim, te convido a assistir de novo! beijos
Taty, mais uma vez, você e o seu jeito de sacar as coisas fizeram meus olhos brilharem. Que honra ter meu livro resenhado por você, e que felicidade saber que você gostou! Mais que isso, que interessante todo este arco de questionamentos sobre acesso, moral e controvérsia da nossa literatura. Amei MUITO este vídeo! Sou seu fã! 💓
o que eu tenho visto que tá sendo um problema de verdade com o booktok é que tá rolando uma tendência lá de nichar demais os livros (tipo separar em enemies to lovers, friends to lovers, slow burn, etc), e os autores que tão escrevendo agora se prendem demais a isso, fazem uma história péssima e totalmente de fórmula, sem aprofundamento nenhum, só pra caber nessas caixinhas que o booktok criou
nossa, sim
@@carinhodosolNão exagere, você recupera sim!😊
Pessoas que passaram a se orientar sobre livros a partir dos canais de literatura, com muita propriedade, confiam de fato, nas indicações, o que é muito bom. Mas expandir esse universo, frequentando bibliotecas e saraus também e ainda é ferramenta muito positiva para a comunidade literária.
Esse ttk é uma praga
Eu acho que a ignorância me salvou muito, porque pelo fato de eu não ter uma família e amigos leitores eu sempre li um pouco de tudo.... Acho que ver a literatura como aliada do meu tempo e ler conforme as minhas demandas, especialmente, os meus humores,isso deixa a leitura mais leve e sem a necessidade desse ego de que apenas os livros que sao considerados de gente, inteligente, fará vc crescer intelectualmente, etc são os que devem ser lidos. As vezes, vc só quer uma coisa leve pra relaxar. Enfim, "deixa as pessoas!"
E menos julgamentos e mais livros 😊
boaaa
Sinto que muitos desses livros são muito comerciais, feitos para rápido consumo (como as musicas e os filmes também) e que não são muito lembrados depois, por terem uma história mais simples e pouco significativa no longo prazo. São muitos livros parecidos, diferentes dos livros clássicos, que em geral, passam uma mensagem atemporal, que tratam de grandes questões da humanidade. É a impressão que eu tenho, posso estar parecendo a chata dos clássicos e de fato posso ser essa pessoa kkkkkkk
Nem todo livro precisa ser um classico. Até pq se todos fossem, nao haveria nada de especial neles
@@mrlatelynão é questão de ser clássico ou não. É sobre conteúdo e profundidade. Existem sim livros rasos. E tá tudo bem em gostar deles; ler deve ser um prazer, afinal. Mas também não é errado apontar que tal livro é raso ou critica-lo. O problema é não respeitar a opinião dos outros e ainda ofender os leitores pelas suas preferências😊
Você tem toda razão, exatamente isso que aconteceu com a música, uma produção padrão para vender e, chegou-se ao extremo da plataforma que mais disponibiliza músicas, essa mesma, ser descoberta contratando compositores profissionais, para criarem musicas para "artistas fictícios", tudo pelo lucro. Também a literatura sofre desse processo de padronização, as pessoas então consomem mais como produto, do que arte e linguagem.
Olá Taty! Sou bibliotecária e concordo em vários pontos com você. A minha área de estudo a biblioteconomia tem cinco leis que foram desenvolvidas por um grande bibliotecário indiano chamado Ranghanatann e uma dessas leis diz:" Para cada leitor o seu livro".
É exatamente o que eu aplico na minha prática. Posso fazer resenha, indicar mas quem decide o que vai ler é o leitor . Todos passamos por diferentes processos, o que realmente vale a pena é criar e difundir o hábito da leitura, o resto é só blá blá blá. Valeu pelo vídeo!!! 📖😘
Eu acredito sim que existe diferença entre os livros. Há livros mais complexos, mais completos; há livros que exigem uma bagagem e um conhecimento do leitor. Não dá pra dizer que não existe diferença entre “em busca do tempo perdido” e “como eu era antes de você”, sei lá. Agora, reconhecer isso não deve nos fazer prisioneiros de uma “classificação” ou outra, como você disse, tampouco passar a vida sem almejar os desafios que alguns livros tem a oferecer
muito obrigado por ter ligado o ventilador Tati ksksksks brincadeiras à parte, eu fiquei tão passado com essa fala do Felipe... E justamente agora que eu acabei de começar esse livro.
Biblioteca da meia noite é uma leitura tão provocante para mim no sentido da reflexão sobre nos prendermos mais ao caminho do que ao "lugar ideal" que a gente fica mentalizando (lugar esse que é quase sempre diferente e sua espera só traz ansiedade mesmo). Dá pra ver que é uma discussão muito vazia, realmente, essa coisa de rankear e pior do que isso, invalidar a autoajuda.
pois é, pior que eu também gostei do biblioteca kkkkkk
Eu sempre li muito e meus pais me incentivaram a isso. Depois de terminar "Criança 44', comecei a ler "Biblioteca da meia-noite" por causa de um determinado momento que estou passando na minha vida. Ainda não terminei, mas estou gostando da mensagem do livro. Não acho que existam livros ruins, quando era adolescente, li revistas do tipo Capricho e isso me manteve ativa na leitura, aos 20 anos li "Crime e castigo"... Eu gosto de ler vários estilos e não tenho prec0nceit0s. Entretanto, por causa do Tico e teco e de outras plataformas, a literatura virou "modinha", inclusive tenho conhecidas que repostam esse tipo de conteúdo mas não lêem, não escrevem direito, não falam direito... Isso não adianta nada! Alguns livros parecem fast foods comerciais. As pessoas precisam fazer suas descobertas literárias sozinhas e não apenas ficar seguindo influencers.
Ai, vamos lá. Acho que a literatura é única em casa pessoa. Também acho que durante o tempo a gente vai percebendo alguns livros com melhor construção, desenvolvimento, outros com uma gramática interessante (não necessariamente rebuscada), mas no final das contas "Gosto ..., cada um tem o seu né". Lembro até hoje de quando fui ler A morte de Ivan Ilicth do Tostói, pensei que ia ser revolucionário e não foi, apesar de reconhecer toda uma destreza na forma como ele conta e desenvolve a história no final não foi pra mim. Enfim, sempre deixo as pessoas tirarem as próprias conclusões, mas falo o que eu senti quando tava lendo.
Sei que este vídeo já tem um tempo, mas só assisti hoje e veio em um momento muito oportuno. Recentemente terminei meu primeiro livro do ano e fiquei em busca do próximo, neste processo encontrei muitos livros clássico que queria muito ler, mas fiquei com medo de achar muito difícil para mim que estou iniciando uma rotina de leitura este ano. Nossa este vídeo me bateu agora. Arrasou demais 👏🏻
engraçado que ele se diz aficionado em literatura e não há muito tempo falava mal de Moby Dick, que é um clássico. Vai entender. Fora isso, como sempre seus videos são incríveis Taty, um abraço.
Se não me engano ele reclamou do racismo que tem em Moby Dick
Criticou também os clássicos de Machado.
@@jujubi-cf3ei Sim, mas no contexto da época era comum.
Eu acho que isso de inverter frase é algo muito nordestino também, eu não falo de forma chique, mas eu inverto muito a ordem das frases. Até fico me policiando quando escrevo.
pois é!!!
Eu acho muito bom ter uma "auto ajuda disfarçada de fantasia" justamente pq muitas pessoas precisam disso mesmo sem saber e têm esse preconceito com autoajuda, eu acho irônico que ele xingou tanto a biblioteca da meia noite enquanto ele amou os dois morrem no final sendo que pra mim é outro livro disfarçado pq ele me fez pensar e repensar em muitos fatos da minha vida, e é muito bom quando uma literatura te afeta nesse nível, adoro biblioteca da meia noite e essa situação toda foi desnecessária demais....
Que vídeo incrível! Concordo muito, mas aprender isso foi um processo pra mim. Eu já fui uma pessoa que categorizava a literatura. Porém, vindo de família nordestina e tendo morado no norte, sul e sudeste, não sinto estranhamento com a forma de falar/escrever dos diferentes "Brasis". Louca pra ler o livro do Patrick.
quando ler me conta! ❤
Quanta coisa para comentar! Valia um post no blog referenciando o vídeo, mas o tempo tá meio complicado esses dias, vamos ver como vai ficar o comentário e se dá para copiar direto pro post.
Primeiro o fácil: Não consigo associar Felipe Neto a "alta literatura" e quase bateu curiosidade de saber o que ele considera literatura para aficionado por literatura. Seria Machado de Assis? Shakespeare? Só até o sécul XIX? Não é falácia ad hominem, é que nunca o vi falar de literatura (se bem que não o acompanho).
Li Biblioteca da Meia Noite e achei bobo, achei que quase todas as vidas que ela vive são a mesma coisa, uma busca por fama, por sentido fora dela, e tem muitas buscas vãs no caminho para achar sentido para a vida, né? Podia ser um conto. Mas... E daí se podia ser mais profundo? Às vezes as pessoas só precisam se identificar e o final não é ruim. Inclusive, nesses tempos de coachs quânticos, tem um bocado de gente repetindo a mesma história vã de busca de sentido em frivolidades. E a "literatura" dele é normal, gente! Nem tem frases do tipo "Ele estava preocupado e queria falar sobre" ;-P
Dois livros foram primordiais para mudar minha vida: Demian do Hesse e Senhor dos Anéis. Apesar do Hesse ter merecido um Nobel a "literatura" de Demian é bem coloquial e de forma nenhuma cairia em "alta literatura". E nem preciso comentar Tolkien, né?
Eu gosto de "alta literatura" que entendo como uma escrita que surpreende pelo estilo, pela estrutura. A história e até o livro pode ser uma grande bosta, mas a forma nos surpreende, nos tira da zona de conforto, nos faz ligar neurônios que não costumam conversar uns com os outros. Mas isso é bem sutil, né? Tô lendo pela primeira vez A Montanha Mágica (filho da ditadura, né? 56 anos e tem um bando de livro importante que não li) e tem um pouco de "alta literatura", mas também é uma obra de outro tempo. Gosto de citar Shakespeare, que hoje parece essa tal literatura alta aí, mas em sua época estava mais para um... só para irritar os puristas... Stephen King ;-) Mas na real eu costumo comprar com Tolkien mesmo pelo impacto que teve na cultura popular.
Na real real mesmo tô escrevendo pacas para ver se o algoritmo acha que tem que mostrar esse vídeo para mais gente hehehehe!
Ah! O importante é que as pessoas leiam, acabar com esse senso comum de que só gente inteligente lê. Acho que tá valendo até ler livro que traz ideias tortas, afinal não são tantos e as pessoas vão acabar lendo muito livro bom! Com histórias que abrem nossos horizontes etc.
pior que nem Machado de Assis, né? pq ele sempre critica todo autor ferozmente haha mas, concordo em vários pontos do seu comentário, inclusive amo o Herman Hesse e é tão nonsense que às vezes até acho que se enquadraria em "alta literatura" pra alguns críticos ??? hahaha
Adorei suas reflexões, Taty! E já quero ler o livro do Patrick! ❤
Graças a Deus existem pessoas como você que nos faz lembrar que a literatura não cabe nessas caixinhas ❤ Eu li biblioteca da meia noite e não considero o MELHOR livro que li, na verdade me senti assistindo um filme de sessão da tarde, mas cumpre o que se propôs!
Bom... ele ficou famoso falando que Crepúsculo "Não faz sentido". Pelo visto ele não aprendeu nada nesses anos todos.
verdade hahahahahahaha
Oiii... boa tarde. Você é uma inspiração. Muito obrigada pelo vídeo. Num mundo VICIADO em celular, ver a menininha caminhando e lendo foi simplesmente SENSACIONAL.❤
adorei ouvir você falando desse livro, despertou o meu interesse nele, obrigada
Taty como sempre sendo essa pessoa incrivelmente NECESSÁRIA ❤
❤
Taty não sei mais como te enaltecer, já nao tenho palavras, que vídeo maravilhoso! Adotar-me-ia?
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHHA adotá-lo-ei!
Acredito que seja tudo por engajamento. O que precisa é ter alguém falando. Eu indico livros no meu perfil, mas só o que eu realmente leio e gosto e de fato, não engaja tanto, mas é o que faz sentido pra mim.
caraca, como eu não te conhecia??? muito bom esse vídeo
Taty, acho que sua reflexão sobre essa questão da moralização da literatura foi muito pertinente e interessante, mas se você me permite, colocar a fala de nordestinos como mais difícil, ainda que você diga isso no sentido de ser um modo mais "chique" de se falar, acaba, mais uma vez, de mais um jeito, colocando a fala do povo nordestino no lugar do "exótico", o que não é muito legal. Eu entendo que você não esteja acostumada com esses falares, pelo fato de ser de São Paulo e ter mais contato com pessoas do eixo Sudeste, e que, por isso, outros sotaques podem soar mais estranhos, o que absolutamente NÃO é culpa sua, mas de um mídia que sempre colocou os sotaques nordestinos na margem, de forma esquisita e estereotipada. Sei que sua intenção de forma nenhuma foi diminuir os falares nordestinos, mas acho que cabe aqui essa reflexão acerca desse assunto.
você tem toda razão!! espero que ninguém tenha se sentido ofendido com isso, só foi uma reflexão de como, justamente, não estamos acostumados e temos essa tendência de colocar nesse lugar do exotismo, né, o que é terrível!
Taty, que máximo esse vídeo! Começa com essa bobagem que o Felipe Netto falou, e chegou nesse livro do Patrick que eu já quero ler! E eu ainda quero ler A Biblioteca... também. Você falou bem! 😊
Perfeita colocação. O mesmo indivíduo até ontem estava dizendo que leitores não devem iniciar por Machado de Assis, querendo tirar Machado de Assis das Escolas, mas por livros que gerem mais atração.
No mais, se auto ajuda for o fim do mundo, ir ao psicólogo também deve ser.
O que o Felipe fez foi um desserviço, fiquei totalmente constrangida com o pronunciamento dele sobre o livro. Me pareceu que ele quis se sentir superior, atacando algo que me parece que até ele se arrependeu de ter atacado, 0 necessidade, ele não está em posição nenhuma de criticar um livro dessa forma, por mais que ele já é antigo nesse negócio dele falar de livros no Instagram, o que ele fez não se faz, e se ele fosse um defensor e estimulador da leitura como ele se auto intitulou, ele não teria feito isso.
Não tenho nada contra autoajuda, mas isso não literatura. Nunca será. Contudo, não é errado alguém ler esse tipo de livro. Porém, minha gente, é sério que alguém quer saber de uma "grandiosa opinião" do Felipe Neto? Por favor! Além disso, nós lemos o que gostamos, não é? Ninguém tem que ser obrigado a nada. E isso não nos dá motivos para dizer "olha aqui, não leia esse livro, tá? Joga ele fora.". A internet está cada vez mais cansativa. P.s.: e não, eu não estou criticando a moça do vídeo, nem jogando hater porque discordo dela em dizer que autoajuda é literatura. Já que tem que explicar tudo né
Ah tudo bem, entendo total sua linha de raciocínio. E concordamos com uma parada que é: Ninguém tem que julgar a leitura de ninguém! hehe
@@Valerumlivro sim. E peço desculpas se pareci rude. 👀 não foi minha intenção!
Concordo que auto ajuda não é literatura, literatura tem a ver com criatividade e veia artística.
O marketing do Felipe Neto é sempre assim
e funciona, né? kkkkkk
Acho que muito do que envolve não se ler tanto no Brasil, passa primeiro por dentro da escola o contato inicial com a literatura já ser de cara os clássicos, quando esse contato inicial poderia ser feito mais cedo e de uma forma mais livre, porque já cria uma ideia de "não vou conseguir", que aconteceu comigo, inclusive. Mas ela passa mesmo também por certos leitores como o citado que não vale a pena dizer o nome que se acha superior por ser leitor, e se acha superior a outros leitores por ler apenas certo tipo de livro e sempre com esse discurso de "você gosta disso porque você é burro e não gosto daquilo porque você leu errado e não entendeu". Acho que um não leitor diante desses discursos ele teme duas coisas: se tornar essa pessoa ou nunca ser capaz de compreender essa "alta literatura" e incorporar a ideia de que ele vale menos e terá se esforçado a toa. E quem perde é a gente como sociedade como todo, porque muitos dos benefícios obtidos com a leitura, cientificamente provados, independem do tipo de livro que você tá lendo
É no SESC!!! ❤🎉❤🎉
Desde a época do fotolog as pessoas amam cagar regra sobre oq os outro lêem. Acho uó.
EXATO!!!!!
Você tocou num ponto muito importante!! Não ler por colocar a literatura num patamar acima, eu sempre gostei de fantasia e romance, é a minha zona de conforto o que acabava lendo muito “farrofada” e com preconceito e medo de ler os tais clássicos, e só em 2023 que me permiti a tentar ler os clássicos que eu julgava ser muito difíceis, não que seja 100% fácil de ler, mas se habituar e tentar foi essencial!!!
Parabéns por falar isso, porque assim como eu várias pessoas deixaram de ler algo!
Olá tudo bom gente tá rendendo tudo isso é inacreditável quando li a Biblioteca da Meia Noite do Matt Haig e ok, assisti uma duas resenhas e ok também, misericórdia. Tik Tok me dá tique nervoso desperta gatilhos. Bah, muito bom te ouvir abraço livro pra todos!!!!!!📚📚📚📚💞💞💞💞✊✊✊
Já quero ler esse patrick
Como assim vc veio pra Bauru?!!! ❤❤❤ Vc tá fazendo um clube de leitura gratuito aqui!!! A inscrição ainda tá aberta?!
é só chegar! próxima data é 19!! pra ver todas as datas, me segue lá no instagram, ó: instagram.com/tatianyleite
Se ele não gostou, sem problemas. Agora dizer que eu sou burro só porque eu gostei?
E isso vindo de youtuber que ensina as crianças a jogar Minecraft? Cujo Irmão tem a função de destruir a cognição do meu filho?
Amei o vídeo e o livro do Patrick já foi pra minha lista♡♡♡
Felipe Neto, se não me engano, até então não tinha Machado de Assis em sua prateleira, porque era "livro difícil" de ler, deve agora possuir toda a coleção, viciou, ótimo vício inclusive. Mas, considero que mesmo ele falando de forma questionável, as falas dele prestam um serviço positivo à literatura, por provocarem debates. Quanto ao caminho gramatical escolhido pela pessoa que escreve, para mim, deve-se associar sempre ao universo pretendido expor. Carolina Maria de Jesus, mesmo com as limitações de sua realidade, foi além, simplesmente entregando elevado lirismo ao que pareceria impossível, falar sobre sua vida e de seu universo em uma realidade muito adversa. Guimarães Rosa, muito bem formado e atuando na diplomacia, conhecendo e falando vários idiomas, mergulhou no universo dos sertões e grotões das Minas Gerais, com total prooriedade. Tenho para mim e aqui, sim uma observação crítica ao Patrick Torres, a forma como falamos, no caso de criadores de literatura, não deve se sobrepor à forma como narraremos os textos, para isso imagino, absorvemos conhecimento; para inclusive, desconstruí-lo, assim como fez Guimarães. De minha parte leio e muito, pois "diga-me o que tu lê e, descobrirei quem és".
Ao meu ver é um questão de ego super inflado do Felipe Neto e se sente melhor que tudo ou qualquer coisa. Infelizmente
Se Felipe Neto não gostou, então deve ser bom!
O Felipe Neto de certa forma se estabeleceu como youtuber disseminando dizeres extremistas, recalcitrantes e difamadores para diminuir qualquer "sensação" do momento... é de sua índole, e pelo visto não amadureceu muito com o tempo, os alvos somente são outros. Concordo plenamente com a ideia que a literatura é algo terreno, e essas pessoas que cercam a mesma sob a égide da "alta cultura" faz um desserviço na introdução de novos leitores, que se encontram em contextos diferentes, seja época, cultura ou classe socioeconômica.
Comer rezar e amar é um dos meus livros do coração! Vou até ver essa resenha 😂
A gente faz isso mesmo!!! Eu me justifiquei outro dia por gostar dessa autora 🫣
é isso!!!
Cara, eu creio que o Felipe consiga estar certo e errado ao mesmo tempo.
Comecemos pelo erro: De fato, ninguém merece ser agredido por seus gostos pessoais (literários ou não). Todo mundo é livre (ou deveria ser) para gostar do que gosta. Assim como ninguém tem o direito de agredir ninguém por causa de seus gostos.
Agora, convenhamos, esse papo de "não devemos criticar o que as pessoas estão lendo num país que quase ninguém lê", é problemático em vários sentidos. Primeiro, porque esse discurso é responsável por fazer a manutenção e fomentação de uma péssima literatura que é produzida pela indústria cultural de massas. E, aqui, podemos nos questionar: até que ponto as pessoas realmente gostam do que estão lendo? Qual o poder da propaganda nisso? Enfim, em segundo lugar, porque esse papo não deixa de ser uma romantização da leitura, como se o simples ato de ler significasse algo a ser posto num pedestal. Definitivamente, não. Leitura também pode ser alienação. O fato de uma pessoas ler muitos livros, não necessariamente mudará algo de substancial na vida dela. Veja, uma literatura tecnicamente empobrecida, linear, maniqueísta, que não apresente nada (nem sequer uma palavra) de novo para o leitor, não afetará o mesmo, apenas o deixará na sua zona de conforto, e, muitas vezes, dependendo do conteúdo do texto, alienado. Em terceiro lugar, esse discurso esconde que há, sim, uma diferença entre literaturas. Assim como há uma diferença entre um filme da Sessão da Tarde e um da MUBI, ou um filme do Adam Sandler e outro do Aronofsky. Da mesmíssima maneira, há uma diferença astronômica entre Matt Haig e Dostoiévski, queiramos ou não. É uma diferença técnica, conceitual, referencial etc. Em terceiro lugar, não necessariamente essa literatura "Adam Sandler" conduzirá o leitor a uma literatura "Dostoiévski". No geral, as pessoas passam o resto da vida lendo o primeiro tipo. Há problema nisso? Não, pois cada um é livre pra gostar do que quiser gostar. Mas devemos ter em mente que a leitura, per se, não significa grande coisa, e que o crítico tem o dever de criticar o que as pessoas estão lendo, isso faz parte de um papel social, de diagnóstico social, inclusive.
Gostei da sua ponderação.
obrigada!!
Eu ameeeei esse livro!
De uma COISA eu sei, tem muita gente fazendo e propagando livros ruins pra faturar nos seus links da Amazon. Agora, eu fico me perguntando; Pq ainda eu fico me importando com um meio intelectual da qual ele me afasta? Bj Taty
Muito válido o seu posicionamento. Não fico nada surpreso, isso vindo do Felipe Neto
Que vídeo interessante.
amei a reflexão taty, nem sinto que tenho algo pra falar pq vc falou tudo
Gostei do vídeo, muita coisa faz sentido, mal sei quem é Felipe Neto. Com relação a Biblioteca da Meia Noite achei o livro pífio inclusive fiz análise na Amazon, mas gosto é gosto temos que respeitar.
Abraço a todos!
Veja a TAG da Biblioteca da Meia noite que as Primas bolaram! Mais uma oportunidade para falar de livros, e claro da polêmica! 🙂
não acredito que você tava em bauru e eu nem fiquei sabendo! tá vendo pq é difícil deixar um pouco de lado as redes sociais? a saúde mental agradece mas a que custo? kkkk já vou olhar as próximas datas
ahhh sim! o clube continua até o ano que vem, o próximo é 19/10!
Felipe Neto reproduz um discurso que é infelizmente hegemônico.
Me pegou no pulo porque eu faço isso constantemente de colocar livros nessas categorias meio moralistas ao mesmo tempo que quero que a literatura pare de ser considerada como a mais intelectual das práticas.
Minha relação com o booktok é bem conturbada porque eu não gosto dessa cultura de 'bookstan' (inclusive odeio essa palavra). Acho que lá inclusive também faz isso de espalhar muito a literatura na mesma medida que cria esses termos que fazem diferenciação entre nós e eles (leitores e os supostos não-leitores).
Esse debate dá muito pano pra manga kkkkk
meu deus, soy viciada em aposto kkkk minha editora fica louca
hahahahahahahahhaha PARE IMEDIATAMENTE
mds concordo totalmente com você
Acho que tudo o que é "modinha" acaba tendo um status de "academicismo intelectual", se você não curte isso ou que não se importe, tá errado, tem que consumir aquilo etc. Me cansa demais esse tipo de coisa.
Fãs de Elizabeth Gilbert 🙋🏻♀️
uni-vos! kkkkk
Não tenham vergonha 😂❤
(Saiu um livro novo, viu?)
não :O qual??
@@Valerumlivro the snow forest. Ela já está divulgando a pré-venda, mas na verdade só lança no início do ano que vem (nos EUA).
Obaaaaaa🙃🤩
O Felipe Neto é muito prepotente. Nao dá para confiar muito nas opinioes dele porque muitas vezes tem um fundo de vontade de engajar e gerar burburinho 🙄
Quanta presunção esse comentário do Felipe Neto, aff. Tati, você está maravilhosa como sempre!
obrigada, Jessica!!
Sensacional! Acertou na mosca
muito obrigada, marco!
Ai ai, que delícia de vídeo. Assino embaixo, de caneta. ;)
adorável
acho q a critica do Felipe Neto é meio fraca e parte de um pilar frágil do argumento da "boa literatura", mas ao mesmo tempo acredito que vale enxergar que é valido apontar quando se acha um livro que nao agrada à uma certo tipo de leitura. Acho que para a leitura de auto-ajuda, faz sentido entender os valores para esse tipo de estilo(?). Mas ao mesmo tempo, é muito valido apontar e falar "eu acho esse livro fraco por isso, por aquilo e aqquilo", apontando, como vc muito bem fez, a critica a partir da obra em sua natureza estilistica, narrativa, estética, etc...
exatamente!!!! o problema não foi ele não gostar, mas ele chamar quem gostou de burro, etc.
Nada a ver com o tema, mas tenho que comentar: eu também gesticulo pra caramba quando eu falo. Cada frase tem um gesto ou mais de um. E problema nenhum nisso. "Por que gosto, porque me sai assim."
Depois vem baba ovo de italiano falar a balela que "o povo italiano é o que mais gesticula ao falar". Na boa, fede a racismo de tão falso.
Eu detesto o termo "complexo de vira-lata" porque hoje usam pra tudo. Mas sendo o povo brasileiro um povo que tanto gesticula ao falar, é muito viralatismo achar que italiano gesticula mais. Mito puro e uma galera tola só vai na onda sem olhar pro espelho. 🤦♂️
nossa, eu gesticulo demais, socorro haha
@@Valerumlivro 🤣🤣🤣 Supertranquilo. E o meu comentário foi mais intenso do que o necessário.
Parece que gesticular ajuda na articulação das ideias, é libertador.
Patacoada foi tudo kkkk
kkkkkkkk entrega a idade 🫣
LITERATURA RUSSA FANTÁSTICA QUEM CONHECE SABE 🇷🇺
Quem é Felipe Neto? 😂😂😂
taty, que coisa linda essa tatuagem que vai até o ombro
obrigada!!!
Sempre tenho a impressão que no nicho booktuber, os homens e principalmente os brancos e classe média, tanto média, média kkk quanto média alta opinam de forma completamente pessoal, sem muita argumentação assim com base em algo teórico.. E se sentem completamente livres pra fazer isso sem pensar muito nas consequências do que diz.
E por uma questão de poder em relação a ter esse lugar preservado. E uma autoconfiança superestimada.
Desde então não consigo consumir conteúdos de homens falando sobre literatura.
Óbvio que não são todos, mas, nesse estilo de discurso do Felipe são MUITOS e os comentários não agregam em nada e soam até agressivos.
Pq são contra ou quem lê, contra o autor e enfim.
Acho de péssimo gosto e como vc bem disse, coloca a experiência de ler um livro como superior ou inferior sendo que, cada livro proporciona uma experiência única e diferente e conta também com a disposição do leitor em estar aberto a isso.
Amo seu conteúdo.
Quero já ler o livro do Patrick
💜💜🖤🖤
🧡🧡🧡
Me incomodo muito com o discurso do Felipe Neto, mas já me incomodei com você também, quando falou sobre as pessoas que lêem e que leram o livro "A garota do lago" e gostaram do livro. É interressante como você pode mudar de lado, quando o discurso "intelectual inalcançável" não é o seu.
entendo sua colocação, mas te convido a assistir novamente ao vídeo em que eu falo do livro "a garota do lago", a começar que a PRIMEIRA coisa que eu falo é: Não vou dizer pra vocês não lerem este livro, apenas explicar os motivos de eu não ter gostado.
Depois que explico ter achado o livro sexista; sem pé nem cabeça; NÃO TER UM LAGO (sendo que o livro chama A GAROTA DO LAGO); óbvio, etc. E aí é uma resenha... opinativa. Não que nem o Felipe disse: Que quem gostou do livro é burro e que devemos parar de seguir todos que indicam essa obra, etc.
Aqui pra você dar uma olhada: czcams.com/video/cAh09tLr2pI/video.html&t
Nossa! A postura elitista disfarçada de "reconheço que sou uma pessoa branca sudestina, mas mesmo assim vou falar um punhado de coisas que só reforçam o que supostamente combato" me mata. Qual a dificuldade de você, sudestina, entender que o Brasil, e a língua brasileira, é diversa em suas formas de expressão oral e artística? Espanta-me uma pessoa formada em Letras levantar questões que sequer deveriam aparecer como "pontos de reflexões". Sabe qual o tipo de pessoa que faz estas reflexões que você levantou? Alguns sudestinos que só miram nas diferenças linguísticas regionais do alto de sua pretensa expressão linguística "massiva e corrente". Repito: ALGUNS. Por que nem todo sudestino tem esta pompa de letrada desconstruída que precisa urgentemente rever muitos conceitos que viu na faculdade de Letras, ou que simplesmente parou de fazer reflexões realmente importantes. Tati, seu argumento de que pq vc é branca e sudestina e seu ouvido só está acostumada a ouvir gente branca e sudestina não te dá passe-livre pra falar tanto preconceito mascarado de análise consciente e intelectual. Cansado de ver gente supostamente intelectual se referir à linguagem do nordeste como "diferente", pq é isso que vc acentua entrelinhas, consciente ou inconscientemente, neste vídeo-desserviço. Mas seria diferente para quem? Porque isso depende do ponto de vista. Ou você não parou para pensar no quanto sua forma oral linguística também nos soa diferente? Pare, por favor, de fazer disso uma ressalva. É, como você mesmo disse, um problema SEU, que as figuras de linguagem do autor ou o modo como ele fala (e que reverbera em tantos falares nordestinos) te soem estranhas. É incompetência sua mesmo. Isso diz mais de você e de seus preconceitos disfarçados de reflexão. A linguagem do autor não deveria ter sido levantada dessa maneira. Que bom que ele usa formas linguísticas ainda refletindo uma cultura de escrita pouco usual para você! Quando você passa boa parte de seu vídeo simplesmente para associar a linguagem nordestina com as formas rebuscadas do autor e ainda por cima, em algum ponto, faz dessa associação uma ressalva, você só está reforçando estereótipos sobre o falar e escrever do Nordeste, você só está reforçando as diferenças entre falares e dizeres entre sudestinos e nordestinos. Enfim, você acaba de fazer um igual dessserviço, igual ao influenciador que você critica. A diferença é que você, supostamente, dados seus anos de dedicação à literatura e à sua formação acadêmica, deveria ter um pouco mais de consciência linguística, revendo o que fala e como fala, pois, de modo condescendente, elitista e apressado, você fez reflexões que soam mais como incompetência de ir além da superfície.
Ricardo, você viu o vídeo? É justamente isso que eu critico em mim e eu amei o livro. Inclusive o autor está aqui nos comentários agradecendo por isso. Não entendi suas colocações como se eu tivesse falado mal, sendo que meu ponto foi justamente que as palavras me soaram diferentes e que eu logo entendi o motivo e fiz um vídeo para que outras pessoas não caiam nessa mesma cilada. Enfim, te convido a assistir de novo! beijos
Se vc está de um lado, eu estou com você! 💜