A novilíngua está entre nós
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- čas přidán 16. 02. 2024
- Em 1948, George Orwell escreveu o romance distópico “1984”, no qual ele descreve um império futuro dominado por um regime ultra-autoritário, em que não há liberdade de pensamento e de expressão e todos são vigiados o tempo todo. Mas o aspecto mais interessante desse regime é a existência da Novilíngua, uma linguagem na qual só é possível pensar e dizer o que interessa ao regime. Este vídeo procura mostrar que, de certa forma, iniciativas semelhantes à implantação de uma novilíngua já estão em curso, implementadas pela ideologia que atualmente domina nossas universidades, nosso meio intelectual e até mesmo o Poder Público.
Lançamento do livro: UMA BREVE HISTÓRIA DAS PALAVRAS - DA PRÉ-HISTÓRIA À ERA DIGITAL
Todas as grandes línguas da atualidade, nas quais se registram, veiculam e preservam, dentre outros, os discursos da literatura, das ciências, do direito, da religião e das comunicações de massa, iniciaram sua trajetória como toscas manifestações da oralidade popular que, para atingir o status de línguas de civilização, precisaram apoiar-se no modelo de línguas que já tinham essa condição, isto é, já eram dotadas de um extenso e abrangente vocabulário, capaz de expressar não somente conceitos corriqueiros do dia a dia, mas sobretudo as complexas nuances do conhecimento especializado e do pensamento abstrato. As línguas que mais frequentemente têm servido de modelo aos modernos idiomas cultos são as línguas de cultura da Antiguidade, as chamadas línguas clássicas (o antigo grego e o latim para o Ocidente, o árabe do Alcorão para o mundo islâmico, o sânscrito para as línguas da Índia, e assim por diante). O que temos aqui não é apenas um levantamento dos modos pelos quais as línguas podem criar palavras ou modificar as já existentes, tanto na sua forma como no seu conteúdo, porém mais do que tudo uma reflexão sobre as visões de mundo que orientam o léxico, vale dizer, as intenções, preferências, escolhas individuais e coerções sociais de quem, na maioria dos casos anonimamente, cunha um novo termo, o chamado neologismo. Mais ainda, este livro é uma tentativa de divulgação ao público leigo das conclusões de uma pesquisa sobre a história e a etimologia das palavras de algumas das línguas mais importantes do mundo atual, dentre as quais a nossa, e sobre como é possível perceber a visão de mundo subjacente ao léxico dessas línguas com base em metodologia científica.
O livro já está à venda nas principais livrarias e também no site da Editora Almedina: www.almedina.com.br/produto/uma-breve-historia-das-palavras-11996.
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Excelente aula, obrigada professor!!! quanto mais palavras eu sei, melhor eu penso...
Nem comecei mas já estou adorando.
Parabéns por essa excelente exposição!
Finalmente vi alguém, além de mim, perceber e falar sobre isso. Pronome neutro é noviligua, "despiora", etc... E muitos já vivem em duplipensamento, essa modinha hoje, de relativismo, "a verdade é relativa" e blá blá blá, esse é o caminho para o duplipensamento. Se esse vídeo viralizar (coisa que não vai acontecer 🤷), se tornaria inimigo do regime socialista em ascensão no Brasil. Muito obrigado por esse vídeo. Muito obrigado mesmo. Já percebi isso faz tempo, converso com amigos sobre isso, mas ninguém percebe ou entende do que estou falando. Já cheguei a pensar que estava ficando louco 😅. "Será que só eu tô vendo isso? Né possível 😵💫🫨". 😅. O bagulho tá doido. Muito obrigado 🫂. Rs
Excelente!
Excelente, Aldo! O nome disso é honestidade intelectual. Precisamos que seu texto atinja um grande público. 👍
Obrigado
Obrigado, Prof. Aldo. Espero que esse vídeo alcance a muitos, pois é uma reflexão bastante necessária nesses tempos.
Muito bom saber que existem pessoas tão competentes com liberdade de pensamento e honestidade intelectual. Excelente explanação, professor Aldo!
Lúcido, inteligente, maravilhoso. Parabéns!!!!!!!
Vídeo mais que necessário ❤
Eu vi esse termo novilíngua nesse livro 1984 super recomendo muito bom , parabéns pelo seu ótimo trabalho Aldo 👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾
Parabéns, professor. Conteúdo de qualidade. Acompanho o diário de um linguista e acompanhava seus textos na extinta revista Língua, não lembro se era Língua ou Língua Portuguesa. Era ótima, me ajudava muito nas minhas aulas, pena que foi interrompida. Aliás, até as revistas e jornais não chegam mais à escola.
Que vídeo maravilhoso, professor! Parabéns!
Muito bom! Parabéns!
"Novilíngua" é um fenômeno natural da linguagem (não somente a verbal), que surge como indício de que um grupo social está em processo de tomada do Poder. Não é invenção de Orwell, que apenas cunhou o termo ou, do ponto de vista literário, deu-lhe ênfase artística - hipérbole.
Toda vez que se sente algo estranho na linguagem - como a tentativa de molda-la, redimensionando-a -, aí está em pleno vigor o fenômeno da novilíngua. O que acontece hoje, e que presenciamos com muita evidência, resulta do alçamento da Esquerda ao Poder, tal como, mutatis mutandis, deve ter ocorrido nas invasões romanas, por exemplo, na Europa Antiga.
Eu diria mais: a novilíngua está presente, por exemplo, na Escola, quando o aluno vai pra lá com a finalidade de ser advertido pelo professor a respeito da linguagem de que o aluno é usuário: "Não é pêxe, é peixe!"... Algo que nos faz lembrar como o Appendix Probi não é apenas Appendix Probi, mas a própria realidade da linguagem em uso no meio sociocultural.
Caramba, que "pedrada", Professor. Colocou álcool e querosene na ferida de muita gente, depois acendeu o fogo.
Parabéns pelo vídeo! E como é bom ter contato com pessoas que possuem sensatez e independência de pensamento. Obrigado por esse tesouro.
Embora eu não goste que misturem política e religião com outros assuntos porque isso além de errado vai dar problema. E uma pequena correção implícita aí: aqui já existe a extrema direita porém nunca existiu e nem existe uma extrema esquerda. Também tem que tomar cuidado com certos assuntos, porque o que falam geralmente não são verdadeiros ou são pela metade. É sempre bom procurar mais para se informar. Exemplo: o termo do politicamente correto, onde foi aos poucos descaracterizado da sua função original.
Extrema-esquerda não existe? Na verdade, ela foi a primeira a surgir e foi o que financiou tudo aquilo que viria a se tornar a extrema-direita que, em comparação com a extrema-esquerda, que está vigente desde antes da Revolução Russa de 1917, é um fenômeno relativamente novo e cujos adeptos são, majoritariamente, relacionados ao N@zi-F@sc¡smo, ou seja, ligados às atrocidades desses regimes totalitários que entraram na história, com total justiça, como um mal a ser erradicado. Por outro lado, o Comunismo, o pai de todo e qualquer totalitarismo do mundo atual, não tem a mesma reputação, embora tenha sido o motor de tudo isso e tenha m@t@do mais inocentes do que qualquer outro regime na história, pois o movimento propagandista comunista do pós Segunda Guerra, usado em prol do regime, pregava as suas ideias como o que levaria à "paz mundial" enquanto ocultavam as atrocidades que eles cometiam (e ainda cometem) ao ponto de estudantes alienados com 0 senso crítico ou conhecimento histórico de universidades federais brasileiras e simpatizantes da Esquerda do País declararem-se orgulhosamente como comunistas e dizerem que não há radicalismo de Esquerda no Brasil. E, ironicamente, quem é contra esses ideais é taxado justamente de "fascista", sendo que o próprio Mussolini pertencia a movimentos comunistas na Itália e deles tirou maior parte de sua inspiração e tornou-se aquilo que o Comunismo melhor faz ascender: ditadores!
E é assombroso o número de trabalhos acadêmicos sobre o pensamento marxista nas universidades brasileiras que defendem e fomentam o radicalismo desse regime como se fosse o axioma da própria realidade a ser defendido e disseminado.
Se PSOL, PSTU, PCO e a ala mais radical do PT não são extrema esquerda, então eu não sei o que é.
@@planetalingua8435 São alas radicais, porém oficialmente não são de extrema esquerda. Aliás, para ser de extrema esquerda tem muitos critérios, como por exemplo: o fim de todas as classes sociais, fim dos lucros, proibição de qualquer investimento estrangeiro no país, isolamento de influências dos outros países no seu território, e por aí vai. Só o PSTU e PCO chega perto por causa de um critério, fim das classes sociais. Mas do restante são rechaçadas. Precisa pesquisar melhor isso assim os assuntos ficam melhor fluído.
@@planetalingua8435Para ser de extrema esquerda é preciso de muitos critérios e pensamentos. Entre eles: o fim total de classes sociais, a proibição de lucros, a proibição de investimento estrangeiros no país, o isolamento de interferências estrangeira, e por aí vai. E te todos os partidos que vc citou, só o PSTU e PCO tem em comum apenas uma linha que é o fim das classes sociais, do resto eles rechaçam. Eu sei que cada um tem o direito de ter uma ideologia e posição política, mas isso não pode interferir em fatos e dados concretos que queira transmitir sob o risco de tornar desacreditado e virar motivo de piada.
Para encerrar, o conteúdo é bom e a intenção do canal é diferenciado, além de uma boa cultura e ensino. Mas é sempre bom tomar cuidado tanto das fontes que consulta como o seu próprio convicções para não manchar o conteúdo, porque se isso acontecer pode perder todo o conteúdo que fez e o que vier a fazer.
@@kaine8132 Boas colocações. Esse video mostra ironicamente como uma argumentação verdadeira pode ser habilmente distorcida para atacar uma corrente política. Uma camada mais profunda de prática da novilingua.
O erro desse vídeo é que identitarismo não é nem nunca foi "extrema esquerda". Identitarismo, revisionismo linguístico, linguagem neutra, e tudo que é aqui criticado, tudo isso é pauta imposta pela agenda do partido democrata estadunidense e pelo imperialismo dos EUA, que impõe sua "democracia" de 2 partidos (um de direita e outro de extrema direita) às nações vassalas e atrasadas como o Brasil. Essa "esquerda" identitária nada tem de "extrema". É na verdade uma quinta coluna da direita pró-EUA dentro da esquerda. Extrema esquerda é poder para a classe trabalhadora explorada contra a burguesia exploradora. Luta de classes. Simples assim. Nada de luta de gênero, sexualidade, minorias A, B ou C. Somente explorados contra exploradores. Colonizados contra colonizadores. Fora isso, concordo com quase tudo que o prof. diz.