Aqui a tradução do Pessoa. Só tô postando porque gosto de ler enquanto ouço e aqui ficaria mais fácil. "Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste, Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais, E já quase adormecia, ouvi o que parecia O som de algúem que batia levemente a meus umbrais. "Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais. É só isto, e nada mais." Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro, E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais. Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais - Essa cujo nome sabem as hostes celestiais, Mas sem nome aqui jamais! Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais! Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo, "É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais; Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais. É só isto, e nada mais". E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante, "Senhor", eu disse, "ou senhora, decerto me desculpais; Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo, Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais, Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais. Noite, noite e nada mais. A treva enorme fitando, fiquei perdido receando, Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais. Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita, E a única palavra dita foi um nome cheio de ais - Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais. Isso só e nada mais. Para dentro então volvendo, toda a alma em mim ardendo, Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais. "Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela. Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais." Meu coração se distraía pesquisando estes sinais. "É o vento, e nada mais." Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça, Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais. Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento, Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais, Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais, Foi, pousou, e nada mais. E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura Com o solene decoro de seus ares rituais. "Tens o aspecto tosquiado", disse eu, "mas de nobre e ousado, Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais! Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais." Disse o corvo, "Nunca mais". Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro, Inda que pouco sentido tivessem palavras tais. Mas deve ser concedido que ninguém terá havido Que uma ave tenha tido pousada nos meus umbrais, Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais, Com o nome "Nunca mais". Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto, Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais. Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento Perdido, murmurei lento, "Amigo, sonhos - mortais Todos - todos já se foram. Amanhã também te vais". Disse o corvo, "Nunca mais". A alma súbito movida por frase tão bem cabida, "Por certo", disse eu, "são estas vozes usuais, Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais, E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais Era este "Nunca mais". Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura, Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais; E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira Que qu'ria esta ave agoureia dos maus tempos ancestrais, Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais, Com aquele "Nunca mais". Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo À ave que na minha alma cravava os olhos fatais, Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando No veludo onde a luz punha vagas sobras desiguais, Naquele veludo onde ela, entre as sobras desiguais, Reclinar-se-á nunca mais! Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais. "Maldito!", a mim disse, "deu-te Deus, por anjos concedeu-te O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais, O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!" Disse o corvo, "Nunca mais". "Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta! Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais, A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo, A esta casa de ância e medo, dize a esta alma a quem atrais Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais! Disse o corvo, "Nunca mais". "Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta! Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais. Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais, Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!" Disse o corvo, "Nunca mais". "Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!", eu disse. "Parte! Torna á noite e à tempestade! Torna às trevas infernais! Não deixes pena que ateste a mentira que disseste! Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais! Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!" Disse o corvo, "Nunca mais". E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais. Seu olhar tem a medonha cor [dor] de um demônio que sonha, E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais, Libertar-se-á... nunca mais!"
Bruno Xavier No final ele diz “Seu olhar tem a medonha Dor de um demônio” não Cor (pelo menos foi só isso que eu consegui identificar! Eu só avisei caso vc queira consertar ou Slá)
@@hyun-na4657 Obrigado pela observação. Creio que foi um "desvio" do narrador, pois a tradução do pessoa usa "cor" para o "seeming" em inglês, pra dar a ideia de "aspecto". Vou deixar o termo do narrador junto com a tradução.
Pelo o que eu entendi nesse poema, o cara perdeu sua amada, aí esse corvo não é real, apenas uma representação mental da culpa e da tristeza dele, que vai crescendo e vai deixando ele mais louco, no final o luto dele (o corvo) continua assombrando sua vida, ele não iria conseguir sair do luto, nunca mais Bom gente foi isso que eu entendi, se eu interpretei errado me expliquem ok?
Por certo não é apenas uma visita tardia e nada mais, mas a voz da consciência que assola a vida de um homem abatido por dores, erros, perdas, tormentas e a perca da inocência que a vida subitamente lhe tomou, agora tem total consciência que esta alegria e inocência uma vez perdida: NUNCA MAIS.
Perto de "Edgar Allan poe" somos apenas crianças brincando com rabiscos tentando criar uma Monalisa... "Como pleitear a dor de perde a sua amada "através de um diálogo com uma "ave" (morte)" ,,uma genialidade incontestável...
perfeito! tão amargo e tão sutil, a magua densa e o clamor por misericordia mergulhados em lamentos eternos de pura dor e sofrimento pela morte de sua amada tão sublime e taõ lindo e a traduçao com essa voz ficou ecelente
Me lembra dos meus catorze anos quando eu vi essa poesia pela primeira vez... Acho que foi a primeira vez que eu senti algo tão profundo provindo de uma poesia... Obrigado por despertar tal medo, desespero e tristeza que eu tive quando topei com Poe pela primeira vez...
Ahhh. Muitos suspiros. Interpretação incrível. Tristeza de quem perde um amor e não tem como recuperá-lo. Loucura. Morte e vida, morte em vida. A luz lança a tristonha sombra no chão.
Só digo uma coisa: Coloquem uma boa música pra ouvir isso! Eu recomendo "Game of Thrones: Season 6 OST - Light of the Seven (EP 10 Trial scene)" Vão por mim!!!
Estou eu aqui, estudando esse lindo poema, e confesso, muitos foram os vídeos assistidos, até chegar a este e quando menos percebi uma lágrima correu dos meus olhos, quão forte e intensa essa narração. Gratidão!
Eu estou gravando minha interpretação deste POEma e vim observar as inflexões desde narrador. Vai mudar muito da minha interpretação. Obrigado por isso
De meus sonhos nada mais me resta , senao o espirito que em outra vida .tera quem sabe a sorte querida , que nao teve em vida este corpo amorfo , nao sonhar pois viverei eternamente morto. Sempre fui vidrado no Allan Poe e meus poemas tem grande influencia de seu trabalho , espero que gostem dessa segunda parte de meus sonhos.
Experimentei nessa declamação junto a symphonia de Apocalyptica uma harmonia sem igual. Grato pelo serviço prestado a humanidade em interpretar um clássico em arte e bom tom de quem soube fazer uma das melhores traduções.
A última estrofe é: E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais. Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha, E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais, E a minh'alma dessa sombra que no chão há mais e mais, Libertar-se-á… nunca mais!
@@luiza_rx , é cor. No original em inglês, se bem me lembro, é algo como “seu olhar se assemelha ao de um demônio que sonha”. O “medonha cor” é um recurso que Fernando Pessoa usou para rimar com “sonha” e preservar o ritmo do poema primordial.
Já perdi as contas de quantas vezes estive aqui para ouvir essa interpretação maravilhosa ❤
A melhor narração em português! Nada forçada, nada teatral nem exagerada.
Repito o comentário do doulas e como quem tem sede, pergunto, cadê mais postagens, sua apresentação ficou boa, quero mais!
@@silash.4370 Nunca mais.
Se passaram 4 anos e essa ainda continua sendo a melhor
Melhor versão em português.Nada forçada, nada teatral,nem exagerada.
Aqui a tradução do Pessoa. Só tô postando porque gosto de ler enquanto ouço e aqui ficaria mais fácil.
"Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de algúem que batia levemente a meus umbrais.
"Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais.
É só isto, e nada mais."
Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
Mas sem nome aqui jamais!
Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo,
"É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
É só isto, e nada mais".
E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
"Senhor", eu disse, "ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.
Noite, noite e nada mais.
A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.
Isso só e nada mais.
Para dentro então volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
"Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais."
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.
"É o vento, e nada mais."
Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,
Foi, pousou, e nada mais.
E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
"Tens o aspecto tosquiado", disse eu, "mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais."
Disse o corvo, "Nunca mais".
Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos meus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,
Com o nome "Nunca mais".
Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento, "Amigo, sonhos - mortais
Todos - todos já se foram. Amanhã também te vais".
Disse o corvo, "Nunca mais".
A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
"Por certo", disse eu, "são estas vozes usuais,
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais
Era este "Nunca mais".
Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu'ria esta ave agoureia dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,
Com aquele "Nunca mais".
Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sobras desiguais,
Naquele veludo onde ela, entre as sobras desiguais,
Reclinar-se-á nunca mais!
Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
"Maldito!", a mim disse, "deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".
"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais,
A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo,
A esta casa de ância e medo, dize a esta alma a quem atrais
Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais!
Disse o corvo, "Nunca mais".
"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais.
Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".
"Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!", eu disse. "Parte!
Torna á noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!
Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".
E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha cor [dor] de um demônio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,
Libertar-se-á... nunca mais!"
Bruno Xavier
No final ele diz “Seu olhar tem a medonha Dor de um demônio” não Cor (pelo menos foi só isso que eu consegui identificar! Eu só avisei caso vc queira consertar ou Slá)
que lindooooooooooooooooo!!!! Obrigada!!!!
@@hyun-na4657 Obrigado pela observação. Creio que foi um "desvio" do narrador, pois a tradução do pessoa usa "cor" para o "seeming" em inglês, pra dar a ideia de "aspecto". Vou deixar o termo do narrador junto com a tradução.
Belissima iniciativa.
Pra mim é bem melhor que a tradução do Machado de Assis.
Sensacional! Não pude evitar uma lágrima furtiva. A dor de um homem assombrado pela morte da amada.
Você devia ler a história de vida dele .. aí vc choraria mesmo . Até parece que ele tinha uma penitência a pagar para sofrer tanto como sofreu
@@MRDARCKsimplle desculpem-me a palavra, mas pense em uma pessoa fodida. Tudo dava errado, me espanta ele não ter terminado como Nietzsche.
caralho sad pelo edgar
"Nunca mais" :'(
Pelo o que eu entendi nesse poema, o cara perdeu sua amada, aí esse corvo não é real, apenas uma representação mental da culpa e da tristeza dele, que vai crescendo e vai deixando ele mais louco, no final o luto dele (o corvo) continua assombrando sua vida, ele não iria conseguir sair do luto, nunca mais
Bom gente foi isso que eu entendi, se eu interpretei errado me expliquem ok?
Por certo não é apenas uma visita tardia e nada mais, mas a voz da consciência que assola a vida de um homem abatido por dores, erros, perdas, tormentas e a perca da inocência que a vida subitamente lhe tomou, agora tem total consciência que esta alegria e inocência uma vez perdida: NUNCA MAIS.
Melhor interpretação que ja vi...
Narração digna da grandeza do poema. 😢❤️🔥
Isso foi a coisa mais fantástica que eu ouvi em muito tempo
Ouvir esse poema e só suspirar, falar nada mais...
Não me canso de voltar aqui. Melhor tradução e narração 🖤
sinceramente... todos os dias eu leio e ouco esse poema...serio lkk
Que voz!!!! Poema grandioso e belíssima interpretação!! 👏👏👏
Estou aqui pela musica do belchior,velha roupa colorida,ele cita esse poema,música boa é assim...
Que voz talentosa, que imersivo
Esse poema é a retratação clara de alguem com crise de panico.
Magnifico poema.Edgar Allan Poe .
Que ser carregado de trevas como os olhos da sua amada. Berenice.
E o nosso Augusto dos Anjos , o nosso Allan Poe.
Som Absoluto neste a amada tem o nome de Leonore
Perto de "Edgar Allan poe" somos apenas crianças brincando com rabiscos tentando criar uma Monalisa...
"Como pleitear a dor de perde a sua amada "através de um diálogo com uma "ave" (morte)" ,,uma genialidade incontestável...
Será?
Eterno Allan Poe❤
Excelente áudio. Se não for o melhor, é um dos melhores. Obrigada pelo video!
Creio que, dificilmente, haverá um melhor que este. Maravilha de Interpretação! Amei❤
perfeito!
tão amargo e tão sutil, a magua densa e o clamor por misericordia mergulhados em lamentos eternos de pura dor e sofrimento pela morte de sua amada
tão sublime e taõ lindo
e a traduçao com essa voz ficou ecelente
Perfeição é pouco pra este poema.!!
Um poema espetacular,uma dicção incrível,e um vídeo melancólico mais perspicaz
Me lembra dos meus catorze anos quando eu vi essa poesia pela primeira vez...
Acho que foi a primeira vez que eu senti algo tão profundo provindo de uma poesia...
Obrigado por despertar tal medo, desespero e tristeza que eu tive quando topei com Poe pela primeira vez...
Magnífica interpretação!
A melhor interpretação que já ouvi. 👍
Perfeito. O poeta exprime uma dor orrpilante e nos faz refletir sobre o sentido da vida. Amei♥
Estou apaixonada por essa voz 😍
Dá pra ele, então..
Certamente, a melhor leitura em português! Meus parabéns!
Sua interpretação me tirou lágrimas. A tradução de Pessoa é maravilhosa. Parabéns!!!
Lindo clássico da literatura mundial.
Linda narração!!! Dramatica e inquietante. Parabéns!
Ahhh. Muitos suspiros. Interpretação incrível.
Tristeza de quem perde um amor e não tem como recuperá-lo. Loucura. Morte e vida, morte em vida.
A luz lança a tristonha sombra no chão.
Nossa... Maravilhoso...gratidão...
⚖⚖⚖Nunca Mais💔💔💔
Cara que talento
admirável interpretação, meus parabéns!
Só digo uma coisa: Coloquem uma boa música pra ouvir isso! Eu recomendo "Game of Thrones: Season 6 OST - Light of the Seven (EP 10 Trial scene)" Vão por mim!!!
Casou perfeitamente. Muito obrigado. :)
open.spotify.com/track/6iLzFJhs4ATwJn7P1utZIJ?si=oPKsgrB6QkOQDNQs5V-jcg
A música poluiu o poema, nada mlhr que o silêncio pra deixar as palavras do Edgar pesar no peito
Melhor interpretação 🖤
Estou eu aqui, estudando esse lindo poema, e confesso, muitos foram os vídeos assistidos, até chegar a este e quando menos percebi uma lágrima correu dos meus olhos, quão forte e intensa essa narração. Gratidão!
Cara,que maravilha! aque NARRAÇÃO perfeita! Tristemente poético!
que belissimoooooooooo!!!!!! Lindo poema sobre a morte e muito bem recitado! Adorei!!!!
Mais um ano e aqui estou eu ouvindo novamente, esse é o meu ritual anual
Eu estou gravando minha interpretação deste POEma e vim observar as inflexões desde narrador. Vai mudar muito da minha interpretação. Obrigado por isso
🕷 meu poeta preferido 🕸
✌
3
Gostei muito. Parabens
Clássico mundial.
Bela interpretação! Me vejo na dentro da sala, e "vejo" tudo o que acontece, conforme vou escutando. Parabéns
De meus sonhos nada mais me resta , senao o espirito que em outra vida .tera quem sabe a sorte querida , que nao teve em vida este corpo amorfo , nao sonhar pois viverei eternamente morto.
Sempre fui vidrado no Allan Poe e meus poemas tem grande influencia de seu trabalho , espero que gostem dessa segunda parte de meus sonhos.
amei
Põe-se inigualávelmente diante de seus poemas , o Poe!!!!
Põe-se inigualávelmente diante de seus poemas , o Poe!!!!
Adoro esse poema, adoro Edgar Allan Poe!
Eu tô chorando...
É o fresco, é??
De arrepiar! muito bom
Deixa-me dizer o quão lindo é este poema que em sua voz me tirou lágrimas. Muito obrigada!
Muito obrigada, Amo Edgar Allan Poe ! ❤
Perfeito. Só botar "Moonlight Sonata", de Beethoven, pra tocar de fundo e sentir a angústia corroer a alma.
Melhor tradução, mais de 5 anos que eu escolhi amar a tradução de Fernando pessoa.
maravilhoso
Bela voz, ótima dicção! Parabéns :-)
Parabéns muito bom ❤
Experimentei nessa declamação junto a symphonia de Apocalyptica uma harmonia sem igual.
Grato pelo serviço prestado a humanidade em interpretar um clássico em arte e bom tom de quem soube fazer uma das melhores traduções.
Maravilhoso! Gostei muito! Excelente interpretação!
Perdi o fôlego.... Que voz.... Que poema
...... ♥♥♥♥♥
Poe, é uns dos meus poetas preferidos e o meu conto é bem esse ( O corvo ) Amo as obras de Edgar Allan Poe ♡
Quanta angústia nesse coração, quanta saudades e solidão.
Estou pesquisando sobre algumas narrações, e essa sem dúvida foi a que melhor encontrei!! Muito bem feito!!
Excelente tradução de Fernando Pessoa. Excelente interpretação do artista Carlos Fernando, emprestando emoção extra ao ao belo e dorido poema de Poe.
Fernando Pessoa grande poeta, grandes interpretam grandes... porque morrem tão cedo, 47 anos...
Melhor tradução a de Milton Amado, põe essa no bolso....
Narre mais coisas!!!
Muito bom, o melhor que achei... Por favor narre outros poemas deste autor ❤
Puxa , bravíssimo!!!
Essa voz faz-me chorar.
Narração Maravilhosamente perfeita
Maravilhoso! Lendo eh lindo, mas ouvir foi maravilhoso !!! Obrigada!
impossível parar de gostar deste poema.
como amo esta voz e poe ❤
Lindo mesmo me lembro da época da escola ........ Saudades
Gratidão!
Melhor interpretação do CZcams!
Ótima interpretação
A última estrofe é:
E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,
E a minh'alma dessa sombra que no chão há mais e mais,
Libertar-se-á… nunca mais!
É COR ou DOR? Eu ouço dor. 😮
@@luiza_rx , é cor. No original em inglês, se bem me lembro, é algo como “seu olhar se assemelha ao de um demônio que sonha”. O “medonha cor” é um recurso que Fernando Pessoa usou para rimar com “sonha” e preservar o ritmo do poema primordial.
@@WBoves Entendi!! Muitíssimo obrigada! 👏🏻👏🏻👏🏻
Linda interpretação! Poesia densa, pesada, porém sublime. Chego a sentir as garras dele no ombro...
Primoroso!
Excelente narração
Parabéns! Linda interpretação e declamação perfeita.
Otima interpretação
MEUS PARABÉNS!!!! SEM PALAVRAS
que interpretação magnífica
Show 👏 Viciei em ouvir isso, fantástico essa narração e a do Christopher Lee são as que mais amei até agora kkk
Lindissmo.
Coisa linda!
Fabuloso!
Melhor interpretação de um poema. Na verdade, a única que me agradou, de qualquer poema que seja. De resto, prefiro mesmo minha voz interna.
"Seu olhar tem a medonha dor de um demônio que sonha"
Impressionante como uma arte tão bela se cabe em qualquer tradução.
Assustador até, como se fosse uma profecia q todos devessem ouvir.
Muito bom amigo
bela tradução e bela interpretação!
Mitou!
Obrigada pela excelente declamação. 👏👏
Parabéns 🎉🎉🎉🎉
Edgar Allan Poe 👏👏👏👏👏
magnífico
Excelente interpretação!
Excelente!
💕
Perfeito