Como Copenhaguen está Transformando Inundações em Oportunidades
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- čas přidán 11. 05. 2024
- Nos últimos anos, a cidade de Copenhagen enfrentou "chuvas" anormais que o sistema de águas pluviais convencional não conseguiu lidar.
As notícias de todo o mundo estão cheias de histórias semelhantes - e está piorando.
Nos últimos séculos - o foco do projeto urbano foi na criação de "cidades máquinas". Aquelas que poderiam ser construídas rapidamente e eram eficientes para moradia, indústria e economia. O que ajudou a aumentar o PIB e os padrões de vida, mas muitas cidades - especialmente aquelas que retificaram rios ou construíram sobre planícies de inundação - acabaram interferindo no fluxo da água.
Em palavras simples: concreto e asfalto substituíram solo, grama e planícies de inundação e isso quebrou parte do ciclo, do fluxo da água. Então, quando chove, a água não tem para onde ir - ela se acumula e causa uma inundação.
Então uma "Cidade Esponja" tenta integrar prédios, espaços verdes e estradas de volta a este ciclo. Imagine se eles pudessem absorver, armazenar e liberar água da chuva assim como acontece na natureza?
Diante desses desafios, cidades como Copenhague estão adotando uma abordagem inovadora para lidar com as inundações: transformá-las em cidades-esponja.
Copenhague está liderando várias cidades ao redor do mundo que estão sendo redesenhadas à medida que as mudanças climáticas tornam as chuvas menos previsíveis e mais intensas." Alguns planos são corajosos e ousados - como projetar parquinhos para alagar.
"Esses projetos incluem a construção de parques, telhados verdes e sistemas de drenagem inteligentes, que ajudam a absorver e armazenar a água da chuva."
Jan Rasmussen, o chefe do plano de "gestão de cloudburst" da cidade - conta que o dia em que a cidade ficou inundada foi um verdadeiro despertar para todos: "Os políticos decidiram na época que realmente há uma necessidade de retirar a água da cidade muito rapidamente. Eles pediram um plano - como fazer isso de maneira inteligente. Poderíamos expandir o sistema de esgoto, ou poderíamos fazer de forma mais inteligente talvez. Poderíamos lidar com a chuva na superfície - e ao mesmo tempo lidar com a sinergia com o desejo de uma cidade mais verde, uma cidade mais biodiversa com mais locais de encontro na cidade?"
Então, a equipe de Jan trabalhou para transformar a cidade um componente verde do plano de gestão de cloudburst - controle de inundação invisível à primeira vista. "A cidade não deve parecer um lago, mas uma cidade verde que terá outros benefícios além de tornar a cidade à prova de chuva."
Esses pequenos lagos conectados estão sendo construídos por toda a cidade para conter o excesso de água da chuva. Mas não são apenas lagos - alguns projetos são menores, mas ainda retêm água - como telhados verdes.
Menos perceptíveis são as entradas de túneis, que se parecem com ralos comuns, mas maiores e em áreas com maior risco - tudo baseado em um mapa que a equipe de Jan elaborou de como a cidade provavelmente irá inundar em um evento similar cloudburst.
Como exatamente eles pretendem mover toda essa água de inundação para um local seguro? Grande parte dos cerca de dois bilhões de euros deste projeto do departamento de água está indo 20 metros abaixo da terra - para a espinha dorsal do projeto - o túnel. "Com esse tipo de área urbana densa, você não pode resolver o problema apenas com soluções verdes."
Além das soluções verdes, a infraestrutura cinza desempenha um papel crucial. Túneis subterrâneos são construídos para transportar a água da chuva para longe das áreas urbanas, evitando inundações.
Então você tem que combinar a infraestrutura verde e cinza. Quanto mais verde você faz, menor é a infraestrutura cinza.
O modelo de cidade-esponja está sendo adotado em todo o mundo, desde Pequim até Mumbai. As lições aprendidas com esses projetos podem ajudar outras cidades a se prepararem para as mudanças climáticas.
Muitas cidades estão no processo de medir sua própria 'esponjosidade'. Nem toda cidade tem tanto espaço livre ou está próxima ao litoral. Algumas são muito mais densas e ainda estão em desenvolvimento.
Então, seu investimento é comparado com seu risco de perda. E é o tamanho do investimento que está sendo feito.
Isso pode soar como pragmatismo resignado, mas Copenhague está implementando seu plano de gestão de Cloudburst há mais de 10 anos. Outras cidades estão sem dúvida observando muito de perto, calculando o custo de investir agora para reduzir a perda e os danos que as mudanças climáticas provavelmente trarão ao redor do mundo.
Isso se chama PREVENÇÃO.
www.klimatilpasning.dk/media/...
climate-adapt.eea.europa.eu/e...
landezine.com/copenhagen-stra...
www.dw.com/en/copenhagen-how-...
Excelente palestra. Conhecimento e conteúdo oportuno, útil e necessário. Ótima didática. Parabéns.
Destaque:
Meu pesar e solidariedade ao querido povo gaúcho.
Sra. Colusso
...força e continue sempre.
Tenho dito.
❤❤❤
Muito obrigada pelo estímulo e ajuda de todos! Precisamos desta solidariedade.
Que vídeo bem feito! Parabéns e obrigado!
Contribuindo um pouquinho, em Curitiba - PR tem o Parque Barigui que tem essa função de alagar para ajudar a evitar enchentes, quando não há chuvas o parque tem uma grande área verde, pista de ciclismo e academia ao ar livre. Além do parque Barigui existem outros parques como este na cidade. Apesar de nosso políticos fazerem pouco para evitar desastres naturais, temos algum poucos exemplos como o de Curitiba.
Ótimo esse exemplo, obrigada por compartilhar.
Ôpa, Olá! Eu gostaria de um conselho, para realizar peaquisas sobre conteúdos de grande relevância para as pessoas, as cidades, animais e ambiente, por onde você começa a pesquisar? As vezes me sinto perdida quando quero me aprofundar em algo por conta de não saber por onde começar, sou uma estudante de arquitetura e urbanismo e tenho interesse por entender e ser competente para o desenvolvimento e progresso social e ambiental
Dê uma olhada na geologia/hidrologia do RS, verá que o problema é anterior ao planejamento urbano(sou arquiteto/engenheiro e sei a importância disso, ademais é algo demasiado caro para Brasil, infelizmente), precisamos criar uma solução própria a longo prazo, coisa que nós, brazucas, temos horror em fazer. Com nossa classe politica altamente ignorante, analfabeta funcional e corrupta, nenhum dinheiro do mundo resolve o Brasil. Temos que nos reinventar. Agora é contenção de danos, solucionar o problema demandará anos de projeto.
Concordo. Sou Engenheiro e Advogado. Tem muita coisa p'ra mudar neste nosso querido Brasil.
Minha solidariedade.
Tenho dito.
😊😊😊
@@antonioguimaraes8523acho que para melhorar nossa política precisamos ter mais engenheiros nos cargos políticos, se o engenheiro também tiver formação jurídica, melhor ainda.
Mesmo os americanos estão reclamando que o problema da classe política deles é ter sua maioria formada por pessoas da área de advocacia e ciências sociais, enquanto a maior parte da classe política na China é formada por engenheiros.
Diz muito sobre o quão a China consegue se mover de forma prática e rápida, ao passo que no ocidente tudo demora eras para acontecer.
Se isso afeta os EUA, que dirá o Brasil.
Tokyo, foi a primeira cidade a fazer esse tipo de infraestrutura de tunel ou outro nome que se queira dar.
Exato, estou preparando um material sobre Tokyo também. Obrigada por contribuir.
Ótimo exemplo... temos muito o que aprender ! Mas também é preciso frear essa sanha maldita do agronegócio tóxico e de outros extrativistas de baixíssimo valor agregado, que não sossegarão enquanto houver uma única árvore de pé. A savanização da Amazônia já é uma realidade. Ao meu ver, só estamos vivendo um triste destino colonial.
@@camileandrade8433 Num país em franca desindustrialização há décadas só sobra o extrativismo e serviços, oras bolas. rs Até o garimpo vem crescendo absurdamente. Quase 70% do nosso alimento vem da agricultura familiar, mas nosso agro é ogro, e serve apenas para fornecer commodities sem nenhum valor agregado, além das imensas isenções de impostos e subsídios, desmata e ainda importa absolutamente TUDO, de maquinários á sementes e até o agrotóxico que respiramos, bebemos e comemos, TUDO vem de fora, não produzimos absolutamente nada. Fornecemos minério bruto, madeira e todo tipo de produto apenas extraído, e não produzido. A Vale, por exemplo, figura entre as maiores mineradoras do planeta... e exporta apenas minério bruto. É isso que eu chamo de país extrativista. E a ligação da Amazônia com as mudanças climáticas é meio óbvia, não ?! Só não entendi a parte do "desmerecer pequenos". Agora, vendo que vc reformulou sua questão, imagino que estivesse pensando que eu estava falando de pequenos e anônimos coletores da floresta. rs Enfim, é isso. E, relaxa... eu não levei à mal, compreendo a função catártica que as redes cumprem nesses tempos tão sofridos. Obrigado pela prosa. Boa sorte !