Meu Atikum, Marcos Alexandre dos S. Albuquerque, 2005

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  • čas přidán 6. 09. 2024
  • Edição: Glauco Fernandes Machado
    Pesquisa: Rodrigo Grunewald, Estêvão Palitot e Marcos Albuquerque

    "Meu Atikum" é um vídeo etnográfico que conta a história da organização dos índios Atikum (sertão de Pernambuco) contra a invasão, por criadores de gado, de suas terras mais produtivas, a Serra do Umã. Na década de 1940 após inúmeras investidas de latifundiários apoiados pela prefeitura da cidade de Floresta, os caboclos da Serra do Umã, através de alguns de seus moradores refugiados na Serra Negra (área indígena Kambiwá), tomam conhecimento dos direitos sobre o território tradicional que o Estado brasileiro concede às populações indígenas. Para tanto o órgão governamental exige a apresentação do ritual do Toré, como símbolo que legitima a distintividade étnica do indígena do Nordeste do Brasil. Deste modo os caboclos da Serra do Umã convidam alguns índios Tuxá para ensinarem o Toré (dança e música) e as práticas religiosas que formam seu conteúdo simbólico. Através de entrevistas o vídeo resgata, pela memória de alguns Atikum, a história da emergência da identidade indígena da comunidade da Serra da Umã e a produção de seu etnônimo. O vídeo também localiza elementos da cultura ritual Atikum tendo na realização do toré, no preparo da jurema e no espaço sagrado da Pedra do Gentio seus principais componentes. Tais elementos rituais são contrastados com a produção de uma fronteira entre os Atikum e a população local, chamada genericamente de "brancos". Um tema que recobre o filme como um todo é a crítica nativa ao chamado "descobrimento" do Brasil, e a argumentação em torno da descendência dos Atikum como herdeiros dos "índios bravios", a população indígena ancestral que habitava o território brasileiro até o contato com o europeu há 500 anos.

    Prêmios:
    Xanduca de Angico (Abordagem Etnográfica), AVAL (Antropologia Visual em Alagoas) no I Encontro de Antropologia Visual em Alagoas, 2006.

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