Li Frankenstein em 2019, numa época que resolvi ler vários clássicos de terror. Não se tornou meu favorito (eu amo Drácula!), mas foi o que mais me surpreendeu, com certeza. Não senti que se trata de um livro puramente de terror, a sensação é que mistura alguns gêneros. É o mais profundo dessa leva de livros clássicos de terror, ao meu ver, e eu fiquei até mais interessada em entender quem foi Mary Shelley e por que ela escreveu esse livro do que pelo próprio livro em si. Por isso, esse ano li uma biografia dela (e da mãe dela, Mary Wollstonecraft, que também foi uma escritora excepcional, por mais que não seja tão reconhecida quanto a filha) publicada pela Darkside, chamada Mulheres Extraordinárias: As Criadoras e A Criatura, de Charlotte Gordon, e confesso que foi uma leitura tão boa e marcante que fiquei com muita vonta de reler Frankenstein à luz das novas informações que eu tive sobre a vida e forma de pensar da autora.
Concordo com suas críticas Paloma, o livro realmente deixa essa sensação em alguns momentos de "mto raso", fica como um buraco na narrativa incomodando o leitor. Adorei o vídeo 😘💖
Seus vídeos são sempre muito bem vindos, eu como seguidor assíduo, valorizo muito cada uma de suas postagens aqui ou no insta pelo tempo que dispensa pra nós e pela paixão como transmite suas opiniões, sejam positivas ou negativas, mas sempre com muito carinho. Curto ou longo seus vídeos enriquecem e agradam diversos tipos de leitores e não apenas um tipo. Agradeço pelo conteúdo que você nos oferece e espero que venham mais e mais vídeos e sempre estarei aqui assistindo, curtindo e comentando. Uma excelente semana pra você e para o digníssimo. 🙏
Finalmente voltando a assistir os vídeos do meu canal favorito! Você fez falta nesses meus meses de estudos pro vestibular, Paloma hahahaha ♥️ Fiquei curiosa pra ler “Frankenstein” ainda mais por saber que a história que conhecemos popularmente é diferente da original. Adorei o vídeo :)
Oi, Isa!!! Você estava sumida, mesmo, mas por um motivo muito nobre, então tá "perdoada" ahahah espero que tenha dado tudo certo com o vestibular e sigo na torcida =)
Olá. Paloma. Tudo bem? Gostei muito de seus comentários. Abaixo, vou dar minha opinião somente sobre os pontos do romance que você achou negativos. Vamos lá: Sobre suas leituras do livro, eu concordo. A respeito da lacuna sobre a criação do monstro acho que isso está relacionado ao contexto. A autora menciona na introdução alguns experimentos científicos de sua época, principalmente o galvanismo que consiste na possibilidade de reanimar cadáveres com choques elétricos, que vem a ser a provável origem da criatura. Interessante notar que segundo estudiosos é essa lacuna que fez com o livro ganhasse uma conotação mítica. Veja que a narrativa mítica surge justamente da tentativa de explicar um fato. No livro, sendo o monstro produto de um experimento científico com contornos sobrenaturais, embora não explicado com detalhes, reforça esse aspecto mítico da obra. Além disso, estabelece uma relação de proximidade com o mito de Prometeu ( o monstro é criado a partir de uma faísca de eletricidade que remonta ao "fogo dos deuses"). Ou seja, há nisso uma conotação simbólica, que também vem a ser uma característica do movimento romântico. Sobre a criatura falar com erudição, esse aspecto causa bastante surpresa quando você lê o livro, assim como estabelece uma diferença fundamental como ela parece na obra e retratada em filmes, com exceção da adaptação de Kenneth Branagh, considerada a mais fiel ao romance, que vale a pena ver. Parece a primeira vista um artifício forçado, mas se analisarmos dentro do contexto romântico, que foi bem enfatizado em seu vídeo, é coerente. Veja é que por meio do discurso do monstro com conotações filosóficas é demonstrada sua revolta contra seu criador. Lembre-se que a revolta e rebeldia são as principais características, principalmente do romantismo inglês na época em que "Frankenstein" foi publicado pela primeira vez e também destacam-se em outra importante obra romântica: "O Morro dos Ventos Uivantes" que também tem pontos de aproximação com o livro de Mary Shelley com relação a ambientação soturna e na caracterização do protagonista, Heathcliff que em alguns aspectos assemelha-se ao mostro de Frankenstein.
Terminei de ler esse mês também. Indico o filme Mary Shelley na Netflix que é muito bom. E por ele dá pra saber a inspiração da Mary para escrever a história.
Eu amo essa história! Victor é a personificação da arrogância humana. Para mim, de alguma maneira, Frankenstein é o monstro, embora não seja a criatura, pq o que ele fez foi de alguma forma monstruosa. Não pela forma sombria que Victor constituiu a criatura, mas por ter criado algo ao qual não conseguiu se responsabilizar, ele abandonou aquele ser, alguém que jamais conseguiria se inserir na espécie ao qual foi forjada. A necessidade de pertencimento é inerente a nossa espécie e a criatura ansiava por isso. obs. Achei uma pena vc ter colocado no vídeo que Frankenstein era o criador, acho que é a maior surpresa do livro.
Também considero Frankenstein (o cientista, rs) o verdadeiro monstro. Soberbo, irresponsável, egoísta… aff. E julguei não haver problema em falar que Victor é o Frankenstein porque qualquer um que pesquisar um pouquinho sobre o livro já fica sabendo disso - eu mesma já fui ler sabendo e acho que não afetou em nada minha experiência de leitura 🙂
Amei! Vi duas vezes! Já tinha começado a ler, mas não tive paciência com as cartas. Vou retomar, pois a leitura considerando o contexto histórico, fica muito mais interessante! Amei🌸💖🥰
Sobre a temporada de Mary shelley, Percy shelley, seu amigo Lord Byron, e o médico John Polidori ( autor do conto precursor "O Vampiro") na Vila Diodatti em 1816, existe um filme muito bom à respeito : Gothic. filme de 1986, dirigido por Ken Russell. Recomendo. O livro sobre esse episódio de 1816, escrito por Anne Edwards, é difícil de encontrar. Uma pena.
Sua resenha tirou toda a minha dúvida sobre o livro.. acabei de ler e fiquei cheio de hiatos .. pensei li errado .. vou ter que ler de novo kkkk mas vendo seu vídeo.. percebi que o que eu procurava realmente não tem kkkk principalmente de como ele fez a criatura viver kkkkk obrigado
Eu não encaro esse livro como de terror.Se a intenção da autora era causar medo ela falhou terrivelmente comigo rss. Achei o livro muito filosófico e associei muitas ideias ao que fazem hoje os geneticistas. O Victor é a personificação da arrogância e da inconsequência.
Também não me causou muito terror, não, mas fiquei pensando em relação à época que foi escrito - naquela época, acho que pode ter causado mais o efeito desejado, sim.
Entendo os pontos que você não gosta, mas sobre essa obra sempre gosto de lembrar do contexto em que ela foi concebida, séc 19, é a primeira obra de uma jovem mulher entre os seus17 e 19 anos e entre outras digamos "desvantagens" que ela tinha na época, imagino se ela tivesse o mesmo acesso que as mulheres de hoje tem ao conhecimento, se limitada pelo seu período daquela sociedade ela fez Frankenstein, imagina o que ela poderia fazer hoje.
Vou ler na edição da Darkside que traz, além de todos esses anexos literários, algumas ilustrações. Acho que a estética do livro (neste caso da Darkside) também contribui para criar a sensação de terror no livro. Mais um vídeo excelente Paloma!
Vídeo maravilhoso! Mas, na minha opinião, o Frankenstein é mesmo o monstro do livro ( acho que para a autora tb, meio que um spoiler do livro). E a criatura é fruto de suas atitudes! Criei empatia pela criatura, sem achar certo os seus atos! O final mostra um pouco a "alma" da mesma! Pra mim, uma das melhores leituras de 2020.
É um dos meus clássicos favoritos. Não é só um livro de terror, tem um teor filosófico muito grande, tem algo de ficção científica também. Concordo com você sobre o Victor: ele é insuportável.
Oi. Sobre as explicações que faltam, no filme de 1994 temos teorias muito legais. Se vc não assistiu fica a dica. É com Robert de Niro como o monstro e Kenneth Branagh como Victor, além disso ainda aparecem Helena B Carter e Ian Holm! Please, tira um tempinho p assistir, até p podermos comentar 😉 Sobre o livro, já li umas três vezes, cada vez que sai uma edição mais bonita🤭🤭🤭
Acho esse livro incrível, pela profundidade e o tanto de temáticas que é discutida de forma muito inteligente e instigante! Pra mim, a Mary Shelley é um dos grandes gênios que tivemos até hoje, como alguém na idade dela era tão culta e pensava coisas tão profundas? Sempre fico admirada quando penso nisso! Deu pra perceber que sou pouco fã né 😂😂😂 Acho que é um livro que dá pra se interpretar de várias formas e rende muita discussão (mais uma prova do quão rico é esse livro) e sugiro que veja o vídeo da Natasha do canal “Redemunhando”, que é muito interessante! Aquele livro pra se ler várias vezes, se der e tiver vontade tente reler daqui uns anos e talvez ele cresça pra vc, como já vi muita gente comentar que foi o caso…
Aii, cheguei atrasilda, mas cheguei hahahaha. Adorei o vídeo, Paloma!! Uma vez assisti a uma aula onde o prof propunha a interpretação do fogo como sendo a própria inteligência, e que Zeus temeria, então, que dotados desse recurso, os humanos poderiam se revoltar contra eles e/ou contestá-los. Pensar no fogo como sendo a inteligência propriamente dita mudou minha forma de interpretar o subtítulo do texto. Só fiquei intrigada com o fogo sendo o começo e o fim de tudo. Seria o fogo fim de tudo o caminho pra onde a inteligência guiada pelo egoísmo nos leva? Beijos, boa semana! 💕
Ótima resenha, Paloma! Li Frankenstein na edição da Penguin com tradução de Christian Schwartz e compartilho de sua impressão que Mary Shelley escrevia maravilhosamente. As descrições conseguem criar aquela atmosfera lúgubre em torno da leitura a tal ponto que chegaram efetivamente a me assustar em alguns trechos da narrativa. Creio ser esse o maior trunfo da obra, a despeito dos pontos fracos que você pontuou e com os quais concordo. Um abraço!
Acabei de ler essa obra, concordo 100% com sua análise, acredito que se ela aprofundasse na questão de como a criatura foi feita, seria uma das melhores partes.
Me cortou o coração de ver o tanto que a criatura queria ser aceita e amada, afinal, muitos de nós procuramos isso também. Mas enfim, tenho uma dica pra quem quiser aprofundar um pouquinho mais nesse mundo, tem o filme Frankenstein de 1932, que não é tão bom quanto o livro óbvio, mas que eu achei bom pra visualizarmos os personagens e tal. E tem também um bem recente, de 2018 chamado Mary Shelley que retrata a vida da autora nos anos que antecedem até o momento que ela escreve o livro. Sofreu um bocado essa mulher ne?!? Muito bom, recomendo
Com os seus 18/19 anos, Mary Shelley, há um pouco mais de 200 anos escreveu Frankenstein. Pois é. Pergunto aos amigos: o que vocês faziam quando tinham essa idade? kkkkk Tem falhas certamente. Mas a verdade é que quem lê esta obra nem sequer se apercebe dessas possíveis falhas técnicas; é imediatamente envolvido na história, não quer parar a sua leitura, fica cativo do romance. O romance fala de solidão, abandono, rejeição, medo do desconhecido e aborda questões religiosas e filosóficas com grande profundidade. Se há alguma obra que podemos ler e reler e continuar a descobrir sempre coisas novas, momentos de deleite e de reflexão, é esta, sem dúvida.
Ótima resenha, gostei do livro mas não amei. O filme Mary Shelley me fez gostar mais do livro porque mostra mais como foi que ela se inspirou pra escrever.
Uma coisa que nunca entendi: {SPOILER} pelo que me lembro da leitura, dos filmes que assisti e pelo que você falou, apesar da Mary Shelley não descrever a criação do "monstro", pela descrição dele concluímos que é feito de pedaços de vários cadáveres costurados. Mas por que o Victor dificultou as coisas fazendo isso, "montando" um homem para depois revivê-lo, quando poderia ter feito essa reanimação em um único cadáver, já prontinho, mesmo que em estado de conservação não muito bom? E realmente a "autoeducação" da criatura ficou meio difícil de engolir, embora em um dos trocentos filmes que fizeram, não lembro qual, resolveram isso falando, em algum momento, da inteligência agudíssima dele e do bom tempo que levou para ele aprender a falar, se educar e adquirir cultura, sozinho. Você fez um ótimo vídeo, Paloma, explicando bem a obra, apontando as várias possibilidades de leituras e sendo, como sempre, muito clara. E peço desculpas pelo comentário enorme! 🙈
Na minha edição explica que Mary Shelley havia escrito uma parte com vários aspectos científicos estudados na época explicando a formação e 'ativação' da criatura, mas a própria autora fez três mudanças até a edição definitiva tirando essas partes. Isso me leva a crer que ela não se importava com esses aspectos pragmáticos, focando mais nas reflexões que o livro suscita. E o fato de ele ter sido forjado e ser maior que um humano comum nós remete a ideia de que seu cérebro era maior, tipo um super dotado, pq a criatura realmente é mto inteligente. Mas esse aspecto parece não ser relevante para o que o livro foca e entrega, ele poderia ter convido durante alguns anos com o Sr cego e adquirido mto conhecimento e isso sanaria essa demanda, mas eu acho que a criatura era realmente superior, tanto no aspecto físico qto mental remetendo a ideia do perigo da criatura superar o criador, sair do controle e se mostrar uma ameaça, como de alguma forma acabou sendo.
O Vitor constrói a criatura ao invés de reanimar um corpo porque ele queria criar a criatura. Tanto que é muito recorrente no livro a discussão sobre o Victor ter imitado Deus ao criar vida. Mas, sendo um relez humano sua criação sai do controle porque ele não é deus pra ter um poder de criação tão sublime.
A meu ver o Victor não criou um ser, o que ele conseguiu foi dar vida à pedaços de cadáveres costurados de modo a formar um novo corpo, pedaços esses "já criados", seja por Deus, pela natureza, o que for. Quem cria, o faz a partir do nada.
Frankenstein foi o primeiro livro que li depois de muito tempo sem conseguir ler nada devido a minha ansiedade. Me senti orgulhosa, principalmente depois de ter abandonado o insuportável A paixão segundo G.H"... Gostei muito do livro, é uma leitura muito gostosa, mesmo sendo um clássico. Sobre os pontos que você falou: a criatura se torna tão eloquente devido os livros de que ela teve acesso, caso fossem outros, o resultado seria diferente. Sobre não ter tanta explicação ou descrição de como a criatura foi criada, a meu ver, é uma das coisas boas dele, assim podemos ter várias interpretações sobre o mesmo ponto. Essa característica também impede que o livro seja um porre descrevendo horas a fio como é o ambiente, roupas, pensamentos dos personagens etc, muitos romances clássicos são chatos por causa do excessivo detalhamento de tudo ao redor. Madame Bovary é um exemplo disso. Terminei aquele livro na força do ódio rs. Frankenstein é muito "suave" por isso, gostei muito dele. Se pudesse, daria um exemplar dele aos meus amigos rsrsrs Gosto muito da discussão sobre responsabilidade em criar algo. O Victor decide por si só fazer uma criatura com pedaços de mortos, e quando vê o resultado decide virar as costas e ir embora. Quando li, uma amiga e eu discutimos muito sobre qual dos dois é ruim, Victor é um irresponsável egoísta, mesmo assim, a criatura não é boazinha como pintam. Obs: como já falaram abaixo, a meu ver, você poderia ter deixado de lado falar sobre o nome do criador e criatura, isso acaba "estragando" a surpresa. Quando li, não sabia desse spoiler, sem dúvida foi um ponto que me supreendeu demais.
Oi, Raiane! Também acho que a criatura não é boazinha como pintam, não. Fiquei comovida com o fato de ela ter deixado claro que gostaria de ter laços com outros indivíduos e até mesmo de ser reconhecida como um, mas de forma alguma penso que isso justifica tudo o que ele faz a partir daí. E eu entendi que a autora explica a eloquência dele através dos livros, mas achei que fica realmente muito forçado. Não consegui comprar essa ideia, ainda mais que ele ficou tão eloquente então pouco tempo. E entendo seu ponto sobre ter falado do nome, mas qualquer sinopse diz que o nome do cientista é Victor Frankenstein e realmente acho que isso não impacta a experiência de leitura. Mas isso é minha opinião, claro =)
Acredito que o que a autora quis dar relevância foi o efeito da existência da criatura, e não a sua criação em si. Acho que nossa imaginação foi o suficiente para completar a obra.
Ótima resenha. Concordo muito. Eu ainda estou lendo, mas durante a leitura eu pensei: poxa, ela podia ter narrado melhor isso e seria um baita livro de terrror. A parte mais interessante que era a montagem de membros para fazer o monstro, passou batido. Parece que a autora tinha mais interesse na vertente psicológica da obra. Quanto à eloquência da criatura, ainda não cheguei lá, mas com certeza eu pensaria que é fruto de um cérebro muito capacitado escolhido pelo Victor rsss. Ou seja, meu pacto com o autor não precisa nem furar dedo, é cuspe na mão mesmo. Eu só quero uma narrativa criativa e envolvente, e isso o livro peca em vários momentos. Ela escreve muito bem, mas falta elementos narrativos importantes ali. O que está mais me chamando a atenção é a parte psicológica das personagens e quantos paralelos é possível fazer com o comportamento humano. Aliás, me lembra em vários momentos o Médico e o Monstro. Não seria a criatura um "descolamento" do psicológico do Victor também?
Před 2 lety
Não esperei esse vídeo o fim de semana todo não né?! 😂 Eu amei o vídeo Pa. E por acaso eu li o livro essa semana e as minhas conclusões foram as mesmas que as suas. Eu li na edição baratinha da Principis.
Li esse livro ano passado e, não sei se eu fui com muita sede ao pote, mas não gosteeei muito não 😰 Victor Frankenstein quer ser o cara criando uma nova vida, mas na percepção dele achou que falhou e abandonou a criatura. É uma história assustadora mas também muito triste 🙁 Adorei o seu vídeo e compartilho de muitas das suas ideias sobre o livro
Ora ora, vejam só, o "monstro" criado pelo imaginário popular e alimentado com maestria pelo cinema, ficou muito mais poderoso que a criatura original. Preferimos o terror e horror às mensagens de Mary Shelley no livro, que talvez nos ajudassem a sermos criaturas humanas melhores. Bom domingo, Paloma!!! Foi uma surpresa para mim o livro do vídeo de hoje, muito bom como sempre!!!
Vejo muita gente dizer que Victor é soberbo, arrogante, mas eu considero apenas que ele seja um homem obcecado. Seja lá qualquer ser-humano, a partir do momento que se propõe a fazer algo e se torna viciado naquilo, realmente obcecado, precisando daquilo pra viver, se tornará como ele. Edit: O monstro aprender a ser um ser um "erudito" vem justamente dos livros que leu na cabana; e parte da falta de explicações vem, provavelmente, do fato de ser um narrador-personagem. Narrador personagem oculta coisas, diz meias verdades e não é sempre confiável. Edit 2: Não haveria de jeito algum como o terror ser algo a mais neste livro, não havia base, nenhum outro grande escritor de terror havia vivido ainda.
Sim! Entendi que ela justificou a eloquência da criatura com os livros que ele leu mas, como comento no vídeo, achei a explicação fraca e não me convenceu. E discordo no fato de que não poderia ter tido mais terror. Acho que realmente teria mais pitadas de terror se ela tivesse aproveitado melhor o fato de o Victor se utilizar de cadáveres para sua criação.
Victor Frankenstein era tão desprezível e soberbo que não parou para pensar que poderia ter criado uma esposa sem útero, assim não teria perigo de procriação da espécie. Ou melhor, ele já tinha o conhecimento de dar vida aos mortos, mas sua sede de vingança o cegou da capacidade de poder ressuscitar as vítimas do monstro.
Adoro muito esse livro, mas concordo nas falhas que você ressaltou. Acho que o Vitor ser insuportável foi intencional, ele é a personificação da arrogância humana, o verdadeiro monstro da história pra mim. Amo defender personagens odiados, mas esse não me desce! 🤣🤣🤣
Triste saber que a edição da Penguim tem textos de apoio bons, eu tenho a edição da Martim Claret que vem junto Drácula e Médico e o Monstro mas não tem texto de apoio :c. Eu li esse livro esse ano e gostei bastante, a única coisa que me revoltou foi a idade que a autora escreveu ele kkkkkk não é justo
Cresceu ainda mais depois que li “Mulheres Extraordinárias” a biografia da Mary e da Mary mãe dela. A Mell literature-se tem uma resenha ótima desse livro e de bônus a edição é linda!
@@PalomaLima dá um desconto pra Mary 😂 Uma mulher escrevendo esse tipo de história com 19 anos em 1800! (Você acabou de falar isso no final do vídeo 😂) Triste, mas a realidade da época que até desacreditou a autoria.
Quando cê fala “já vou separar pra ler ano que vem” eu penso: “você tem certeza disso? Já é o 80o livro que você fala isso”
Před 2 lety+3
Victor Frankenstein é um dos personagens mais detestáveis da literatura. Fico imaginando aquele cara mimado e reclamão que vive saindo fora das responsabilidades. O único Victor que eu gosto é o de Penny Dreadful. Mas, assim como vc... isso não é demérito algum. Inclusive adoro. hahaha
Você esteve falando sobre os Contos de TOLSTOI. Gostaria que me falasse qual a melhor tradução, se é possível e onde posso encontrar. E quanto ao comentário que fiz falando do tempo dos seus vídeos, quero lhe dizer que entendi você.
As traduções do Rubens Figueiredo são primorosas. A coletânea de contos do Tolstói publicada pela Cia das Letras em dois volumes tem tradução feita por ele… pra mim é a melhor tradução de todas!
@@priscilafrate9546Eu havia enviado uma mensagem para você para saber sobre a tradução , mas havia apagado. É que fiquei com um pouco de VERGONHA, já que a Paloma HAVIA ME INDICADO o livro e mesmo assim me respondeu. AGRADEÇO VOCÊ PELA GENTILEZA E ATENÇÃO COMIGO. Um Abraço.
Então essa é a edição de 1831, certo? Não a de 1818. Esse livro não seria publicado do jeito que é nos tempos atuais. Eu já não gostei foi da criatura e seu constante vitimismo. É um livro envolvente, mas não é de perto um livro que gosto muito. Ah, eu indico vc ler a biografia de Charlotte Gordon que escreveu sobre Mary Shelley e sua mãe.
Eu interpretei a eloquência e a inteligência da criatura como sendo proveniente do cérebro que ele possuía, de algum pobre cadáver vilipendiado. Também achei o Victor chato. Chato, soberbo e covarde. 😒
Li Frankenstein em 2019, numa época que resolvi ler vários clássicos de terror. Não se tornou meu favorito (eu amo Drácula!), mas foi o que mais me surpreendeu, com certeza. Não senti que se trata de um livro puramente de terror, a sensação é que mistura alguns gêneros. É o mais profundo dessa leva de livros clássicos de terror, ao meu ver, e eu fiquei até mais interessada em entender quem foi Mary Shelley e por que ela escreveu esse livro do que pelo próprio livro em si. Por isso, esse ano li uma biografia dela (e da mãe dela, Mary Wollstonecraft, que também foi uma escritora excepcional, por mais que não seja tão reconhecida quanto a filha) publicada pela Darkside, chamada Mulheres Extraordinárias: As Criadoras e A Criatura, de Charlotte Gordon, e confesso que foi uma leitura tão boa e marcante que fiquei com muita vonta de reler Frankenstein à luz das novas informações que eu tive sobre a vida e forma de pensar da autora.
Muita gente está indicando essa biografia! Já quero 😃
Li o livro em outubro do ano passado. Vai além de uma história de " terror", faz reflexões sobre o comportamento humano.
Li "Frankenstein" no ano passado e amei! Fugiu totalmente do que eu esperava. E me rendeu até alguns pesadelos 😅
Um dos meus clássicos favoritos ❤️
Concordo com suas críticas Paloma, o livro realmente deixa essa sensação em alguns momentos de "mto raso", fica como um buraco na narrativa incomodando o leitor. Adorei o vídeo 😘💖
Já li e amei a história, assim como Drácula.❤
Seus vídeos são sempre muito bem vindos, eu como seguidor assíduo, valorizo muito cada uma de suas postagens aqui ou no insta pelo tempo que dispensa pra nós e pela paixão como transmite suas opiniões, sejam positivas ou negativas, mas sempre com muito carinho. Curto ou longo seus vídeos enriquecem e agradam diversos tipos de leitores e não apenas um tipo. Agradeço pelo conteúdo que você nos oferece e espero que venham mais e mais vídeos e sempre estarei aqui assistindo, curtindo e comentando.
Uma excelente semana pra você e para o digníssimo. 🙏
Welinton, muito obrigada pelo comentário tão querido, mesmo! 💜 é uma excelente semana a você também!
Finalmente voltando a assistir os vídeos do meu canal favorito! Você fez falta nesses meus meses de estudos pro vestibular, Paloma hahahaha ♥️
Fiquei curiosa pra ler “Frankenstein” ainda mais por saber que a história que conhecemos popularmente é diferente da original.
Adorei o vídeo :)
Oi, Isa!!! Você estava sumida, mesmo, mas por um motivo muito nobre, então tá "perdoada" ahahah espero que tenha dado tudo certo com o vestibular e sigo na torcida =)
Olá. Paloma. Tudo bem? Gostei muito de seus comentários. Abaixo, vou dar minha opinião somente sobre os pontos do romance que você achou negativos. Vamos lá:
Sobre suas leituras do livro, eu concordo. A respeito da lacuna sobre a criação do monstro acho que isso está relacionado ao contexto. A autora menciona na introdução alguns experimentos científicos de sua época, principalmente o galvanismo que consiste na possibilidade de reanimar cadáveres com choques elétricos, que vem a ser a provável origem da criatura. Interessante notar que segundo estudiosos é essa lacuna que fez com o livro ganhasse uma conotação mítica. Veja que a narrativa mítica surge justamente da tentativa de explicar um fato. No livro, sendo o monstro produto de um experimento científico com contornos sobrenaturais, embora não explicado com detalhes, reforça esse aspecto mítico da obra. Além disso, estabelece uma relação de proximidade com o mito de Prometeu ( o monstro é criado a partir de uma faísca de eletricidade que remonta ao "fogo dos deuses"). Ou seja, há nisso uma conotação simbólica, que também vem a ser uma característica do movimento romântico.
Sobre a criatura falar com erudição, esse aspecto causa bastante surpresa quando você lê o livro, assim como estabelece uma diferença fundamental como ela parece na obra e retratada em filmes, com exceção da adaptação de Kenneth Branagh, considerada a mais fiel ao romance, que vale a pena ver.
Parece a primeira vista um artifício forçado, mas se analisarmos dentro do contexto romântico, que foi bem enfatizado em seu vídeo, é coerente. Veja é que por meio do discurso do monstro com conotações filosóficas é demonstrada sua revolta contra seu criador. Lembre-se que a revolta e rebeldia são as principais características, principalmente do romantismo inglês na época em que "Frankenstein" foi publicado pela primeira vez e também destacam-se em outra importante obra romântica: "O Morro dos Ventos Uivantes" que também tem pontos de aproximação com o livro de Mary Shelley com relação a ambientação soturna e na caracterização do protagonista, Heathcliff que em alguns aspectos assemelha-se ao mostro de Frankenstein.
Terminei de ler esse mês também. Indico o filme Mary Shelley na Netflix que é muito bom. E por ele dá pra saber a inspiração da Mary para escrever a história.
Não li o livro ainda, mas reforço a indicação do filme sugerido nesse comentário. Muito bom mesmo.
Tenho esse livro na estante, vou aproveitar a curiosidade que fiquei depois desse vídeo e começar a ler pra já.
Uhuuul! Depois me conta!
Eu amo essa história! Victor é a personificação da arrogância humana. Para mim, de alguma maneira, Frankenstein é o monstro, embora não seja a criatura, pq o que ele fez foi de alguma forma monstruosa. Não pela forma sombria que Victor constituiu a criatura, mas por ter criado algo ao qual não conseguiu se responsabilizar, ele abandonou aquele ser, alguém que jamais conseguiria se inserir na espécie ao qual foi forjada. A necessidade de pertencimento é inerente a nossa espécie e a criatura ansiava por isso.
obs. Achei uma pena vc ter colocado no vídeo que Frankenstein era o criador, acho que é a maior surpresa do livro.
Também considero Frankenstein (o cientista, rs) o verdadeiro monstro. Soberbo, irresponsável, egoísta… aff.
E julguei não haver problema em falar que Victor é o Frankenstein porque qualquer um que pesquisar um pouquinho sobre o livro já fica sabendo disso - eu mesma já fui ler sabendo e acho que não afetou em nada minha experiência de leitura 🙂
Amei! Vi duas vezes! Já tinha começado a ler, mas não tive paciência com as cartas. Vou retomar, pois a leitura considerando o contexto histórico, fica muito mais interessante! Amei🌸💖🥰
Sobre a temporada de Mary shelley, Percy shelley, seu amigo Lord Byron, e o médico John Polidori ( autor do conto precursor "O Vampiro") na Vila Diodatti em 1816, existe um filme muito bom à respeito : Gothic. filme de 1986, dirigido por Ken Russell. Recomendo. O livro sobre esse episódio de 1816, escrito por Anne Edwards, é difícil de encontrar. Uma pena.
Ainda não li Frankenstein, mas pretendo ler ainda esse ano.
Boa noite Paloma. Tenho esse livro e vou coloca-lo na lista de leitura. Obrigada!👋👋👋👋👋👋👋❤️
Sua resenha tirou toda a minha dúvida sobre o livro.. acabei de ler e fiquei cheio de hiatos .. pensei li errado .. vou ter que ler de novo kkkk mas vendo seu vídeo.. percebi que o que eu procurava realmente não tem kkkk principalmente de como ele fez a criatura viver kkkkk obrigado
Eu não encaro esse livro como de terror.Se a intenção da autora era causar medo ela falhou terrivelmente comigo rss. Achei o livro muito filosófico e associei muitas ideias ao que fazem hoje os geneticistas. O Victor é a personificação da arrogância e da inconsequência.
Também não me causou muito terror, não, mas fiquei pensando em relação à época que foi escrito - naquela época, acho que pode ter causado mais o efeito desejado, sim.
Entendo os pontos que você não gosta, mas sobre essa obra sempre gosto de lembrar do contexto em que ela foi concebida, séc 19, é a primeira obra de uma jovem mulher entre os seus17 e 19 anos e entre outras digamos "desvantagens" que ela tinha na época, imagino se ela tivesse o mesmo acesso que as mulheres de hoje tem ao conhecimento, se limitada pelo seu período daquela sociedade ela fez Frankenstein, imagina o que ela poderia fazer hoje.
Um dos melhores livros que já li!
Resenha ótima!
Acabei de ler ele inteiro hoje, e que livro sensacional, eu simplesmente amei tudo nele, me prendeu do início até o fim.
Vou ler na edição da Darkside que traz, além de todos esses anexos literários, algumas ilustrações. Acho que a estética do livro (neste caso da Darkside) também contribui para criar a sensação de terror no livro. Mais um vídeo excelente Paloma!
Vídeo maravilhoso! Mas, na minha opinião, o Frankenstein é mesmo o monstro do livro ( acho que para a autora tb, meio que um spoiler do livro). E a criatura é fruto de suas atitudes! Criei empatia pela criatura, sem achar certo os seus atos! O final mostra um pouco a "alma" da mesma! Pra mim, uma das melhores leituras de 2020.
É um dos meus clássicos favoritos. Não é só um livro de terror, tem um teor filosófico muito grande, tem algo de ficção científica também. Concordo com você sobre o Victor: ele é insuportável.
Oi. Sobre as explicações que faltam, no filme de 1994 temos teorias muito legais. Se vc não assistiu fica a dica. É com Robert de Niro como o monstro e Kenneth Branagh como Victor, além disso ainda aparecem Helena B Carter e Ian Holm! Please, tira um tempinho p assistir, até p podermos comentar 😉 Sobre o livro, já li umas três vezes, cada vez que sai uma edição mais bonita🤭🤭🤭
Muitíssimo obrigada pela indicação, Evana! Vou procurar por ele nos streamings que assino 😃
O filme Frankenstein de Mary Shelley (1994) está na Netflix
Acho esse livro incrível, pela profundidade e o tanto de temáticas que é discutida de forma muito inteligente e instigante! Pra mim, a Mary Shelley é um dos grandes gênios que tivemos até hoje, como alguém na idade dela era tão culta e pensava coisas tão profundas? Sempre fico admirada quando penso nisso! Deu pra perceber que sou pouco fã né 😂😂😂
Acho que é um livro que dá pra se interpretar de várias formas e rende muita discussão (mais uma prova do quão rico é esse livro) e sugiro que veja o vídeo da Natasha do canal “Redemunhando”, que é muito interessante!
Aquele livro pra se ler várias vezes, se der e tiver vontade tente reler daqui uns anos e talvez ele cresça pra vc, como já vi muita gente comentar que foi o caso…
Aii, cheguei atrasilda, mas cheguei hahahaha. Adorei o vídeo, Paloma!!
Uma vez assisti a uma aula onde o prof propunha a interpretação do fogo como sendo a própria inteligência, e que Zeus temeria, então, que dotados desse recurso, os humanos poderiam se revoltar contra eles e/ou contestá-los. Pensar no fogo como sendo a inteligência propriamente dita mudou minha forma de interpretar o subtítulo do texto.
Só fiquei intrigada com o fogo sendo o começo e o fim de tudo. Seria o fogo fim de tudo o caminho pra onde a inteligência guiada pelo egoísmo nos leva?
Beijos, boa semana! 💕
Amo tanto esse livro. 🖤
Ótima resenha, Paloma! Li Frankenstein na edição da Penguin com tradução de Christian Schwartz e compartilho de sua impressão que Mary Shelley escrevia maravilhosamente. As descrições conseguem criar aquela atmosfera lúgubre em torno da leitura a tal ponto que chegaram efetivamente a me assustar em alguns trechos da narrativa. Creio ser esse o maior trunfo da obra, a despeito dos pontos fracos que você pontuou e com os quais concordo. Um abraço!
Acabei de ler essa obra, concordo 100% com sua análise, acredito que se ela aprofundasse na questão de como a criatura foi feita, seria uma das melhores partes.
já estava aguardando esse vídeo, obrigado pelo vídeo paloma
Eu Adoro ver seus Vídeos sempre legais e bacana demais que Deus e Jesus lhe Abençoe Beijos no Coração ttenho esse LIvro Maravilhos Clássico
Me cortou o coração de ver o tanto que a criatura queria ser aceita e amada, afinal, muitos de nós procuramos isso também. Mas enfim, tenho uma dica pra quem quiser aprofundar um pouquinho mais nesse mundo, tem o filme Frankenstein de 1932, que não é tão bom quanto o livro óbvio, mas que eu achei bom pra visualizarmos os personagens e tal. E tem também um bem recente, de 2018 chamado Mary Shelley que retrata a vida da autora nos anos que antecedem até o momento que ela escreve o livro. Sofreu um bocado essa mulher ne?!? Muito bom, recomendo
Com os seus 18/19 anos, Mary Shelley, há um pouco mais de 200 anos escreveu Frankenstein. Pois é. Pergunto aos amigos: o que vocês faziam quando tinham essa idade? kkkkk
Tem falhas certamente. Mas a verdade é que quem lê
esta obra nem sequer se apercebe dessas possíveis falhas técnicas; é imediatamente envolvido na história, não quer parar a sua leitura, fica cativo do romance.
O romance fala de solidão, abandono, rejeição, medo do desconhecido e aborda questões religiosas e filosóficas com grande profundidade.
Se há alguma obra que podemos ler e reler e continuar a descobrir sempre coisas
novas, momentos de deleite e de reflexão, é esta, sem dúvida.
Ótimo vídeo, Paloma! Ruy Castro é maravilhoso para escrever biografia. =)
Muito obrigada, Luciana! E já ouvi muitos elogios às biografias que ele escreveu. Doida para ler uma!
Tem um canal chamado Fantasticursos que complementam bastante a leitura.
A-m-e-i 💓 esse livro. A edição da Penguin é maravilhosa!
Ótima resenha, gostei do livro mas não amei. O filme Mary Shelley me fez gostar mais do livro porque mostra mais como foi que ela se inspirou pra escrever.
“Gostei mas não amei” define perfeitamente minha relação com o livro!
Uma coisa que nunca entendi: {SPOILER} pelo que me lembro da leitura, dos filmes que assisti e pelo que você falou, apesar da Mary Shelley não descrever a criação do "monstro", pela descrição dele concluímos que é feito de pedaços de vários cadáveres costurados. Mas por que o Victor dificultou as coisas fazendo isso, "montando" um homem para depois revivê-lo, quando poderia ter feito essa reanimação em um único cadáver, já prontinho, mesmo que em estado de conservação não muito bom?
E realmente a "autoeducação" da criatura ficou meio difícil de engolir, embora em um dos trocentos filmes que fizeram, não lembro qual, resolveram isso falando, em algum momento, da inteligência agudíssima dele e do bom tempo que levou para ele aprender a falar, se educar e adquirir cultura, sozinho.
Você fez um ótimo vídeo, Paloma, explicando bem a obra, apontando as várias possibilidades de leituras e sendo, como sempre, muito clara. E peço desculpas pelo comentário enorme! 🙈
Eu acho que talvez pelo fato de que ele não queria simplesmente reanimar um corpo, e sim criar alguma coisa dele por completo.
Na minha edição explica que Mary Shelley havia escrito uma parte com vários aspectos científicos estudados na época explicando a formação e 'ativação' da criatura, mas a própria autora fez três mudanças até a edição definitiva tirando essas partes. Isso me leva a crer que ela não se importava com esses aspectos pragmáticos, focando mais nas reflexões que o livro suscita. E o fato de ele ter sido forjado e ser maior que um humano comum nós remete a ideia de que seu cérebro era maior, tipo um super dotado, pq a criatura realmente é mto inteligente. Mas esse aspecto parece não ser relevante para o que o livro foca e entrega, ele poderia ter convido durante alguns anos com o Sr cego e adquirido mto conhecimento e isso sanaria essa demanda, mas eu acho que a criatura era realmente superior, tanto no aspecto físico qto mental remetendo a ideia do perigo da criatura superar o criador, sair do controle e se mostrar uma ameaça, como de alguma forma acabou sendo.
O Vitor constrói a criatura ao invés de reanimar um corpo porque ele queria criar a criatura. Tanto que é muito recorrente no livro a discussão sobre o Victor ter imitado Deus ao criar vida. Mas, sendo um relez humano sua criação sai do controle porque ele não é deus pra ter um poder de criação tão sublime.
A meu ver o Victor não criou um ser, o que ele conseguiu foi dar vida à pedaços de cadáveres costurados de modo a formar um novo corpo, pedaços esses "já criados", seja por Deus, pela natureza, o que for. Quem cria, o faz a partir do nada.
Frankenstein foi o primeiro livro que li depois de muito tempo sem conseguir ler nada devido a minha ansiedade. Me senti orgulhosa, principalmente depois de ter abandonado o insuportável A paixão segundo G.H"... Gostei muito do livro, é uma leitura muito gostosa, mesmo sendo um clássico.
Sobre os pontos que você falou: a criatura se torna tão eloquente devido os livros de que ela teve acesso, caso fossem outros, o resultado seria diferente.
Sobre não ter tanta explicação ou descrição de como a criatura foi criada, a meu ver, é uma das coisas boas dele, assim podemos ter várias interpretações sobre o mesmo ponto. Essa característica também impede que o livro seja um porre descrevendo horas a fio como é o ambiente, roupas, pensamentos dos personagens etc, muitos romances clássicos são chatos por causa do excessivo detalhamento de tudo ao redor. Madame Bovary é um exemplo disso. Terminei aquele livro na força do ódio rs.
Frankenstein é muito "suave" por isso, gostei muito dele. Se pudesse, daria um exemplar dele aos meus amigos rsrsrs
Gosto muito da discussão sobre responsabilidade em criar algo. O Victor decide por si só fazer uma criatura com pedaços de mortos, e quando vê o resultado decide virar as costas e ir embora. Quando li, uma amiga e eu discutimos muito sobre qual dos dois é ruim, Victor é um irresponsável egoísta, mesmo assim, a criatura não é boazinha como pintam.
Obs: como já falaram abaixo, a meu ver, você poderia ter deixado de lado falar sobre o nome do criador e criatura, isso acaba "estragando" a surpresa. Quando li, não sabia desse spoiler, sem dúvida foi um ponto que me supreendeu demais.
Oi, Raiane!
Também acho que a criatura não é boazinha como pintam, não. Fiquei comovida com o fato de ela ter deixado claro que gostaria de ter laços com outros indivíduos e até mesmo de ser reconhecida como um, mas de forma alguma penso que isso justifica tudo o que ele faz a partir daí.
E eu entendi que a autora explica a eloquência dele através dos livros, mas achei que fica realmente muito forçado. Não consegui comprar essa ideia, ainda mais que ele ficou tão eloquente então pouco tempo.
E entendo seu ponto sobre ter falado do nome, mas qualquer sinopse diz que o nome do cientista é Victor Frankenstein e realmente acho que isso não impacta a experiência de leitura. Mas isso é minha opinião, claro =)
Acredito que o que a autora quis dar relevância foi o efeito da existência da criatura, e não a sua criação em si. Acho que nossa imaginação foi o suficiente para completar a obra.
Ótima resenha. Concordo muito. Eu ainda estou lendo, mas durante a leitura eu pensei: poxa, ela podia ter narrado melhor isso e seria um baita livro de terrror. A parte mais interessante que era a montagem de membros para fazer o monstro, passou batido. Parece que a autora tinha mais interesse na vertente psicológica da obra. Quanto à eloquência da criatura, ainda não cheguei lá, mas com certeza eu pensaria que é fruto de um cérebro muito capacitado escolhido pelo Victor rsss. Ou seja, meu pacto com o autor não precisa nem furar dedo, é cuspe na mão mesmo. Eu só quero uma narrativa criativa e envolvente, e isso o livro peca em vários momentos. Ela escreve muito bem, mas falta elementos narrativos importantes ali. O que está mais me chamando a atenção é a parte psicológica das personagens e quantos paralelos é possível fazer com o comportamento humano. Aliás, me lembra em vários momentos o Médico e o Monstro. Não seria a criatura um "descolamento" do psicológico do Victor também?
Não esperei esse vídeo o fim de semana todo não né?! 😂
Eu amei o vídeo Pa. E por acaso eu li o livro essa semana e as minhas conclusões foram as mesmas que as suas.
Eu li na edição baratinha da Principis.
😂😂😂 espero que tenha valido a espera!
Li esse livro ano passado e, não sei se eu fui com muita sede ao pote, mas não gosteeei muito não 😰 Victor Frankenstein quer ser o cara criando uma nova vida, mas na percepção dele achou que falhou e abandonou a criatura. É uma história assustadora mas também muito triste 🙁 Adorei o seu vídeo e compartilho de muitas das suas ideias sobre o livro
Pretende ler o mangá recentemente lançado no Brasil do Frankenstein pelo autor Junji Ito?
Ora ora, vejam só, o "monstro" criado pelo imaginário popular e alimentado com maestria pelo cinema, ficou muito mais poderoso que a criatura original. Preferimos o terror e horror às mensagens de Mary Shelley no livro, que talvez nos ajudassem a sermos criaturas humanas melhores.
Bom domingo, Paloma!!! Foi uma surpresa para mim o livro do vídeo de hoje, muito bom como sempre!!!
Vejo muita gente dizer que Victor é soberbo, arrogante, mas eu considero apenas que ele seja um homem obcecado. Seja lá qualquer ser-humano, a partir do momento que se propõe a fazer algo e se torna viciado naquilo, realmente obcecado, precisando daquilo pra viver, se tornará como ele.
Edit: O monstro aprender a ser um ser um "erudito" vem justamente dos livros que leu na cabana; e parte da falta de explicações vem, provavelmente, do fato de ser um narrador-personagem. Narrador personagem oculta coisas, diz meias verdades e não é sempre confiável.
Edit 2: Não haveria de jeito algum como o terror ser algo a mais neste livro, não havia base, nenhum outro grande escritor de terror havia vivido ainda.
Sim, a criatura ser erudita se deve aos livros que ela leu. Se tivesse lido outros o resultado era diferente.
Sim! Entendi que ela justificou a eloquência da criatura com os livros que ele leu mas, como comento no vídeo, achei a explicação fraca e não me convenceu.
E discordo no fato de que não poderia ter tido mais terror. Acho que realmente teria mais pitadas de terror se ela tivesse aproveitado melhor o fato de o Victor se utilizar de cadáveres para sua criação.
Victor Frankenstein era tão desprezível e soberbo que não parou para pensar que poderia ter criado uma esposa sem útero, assim não teria perigo de procriação da espécie. Ou melhor, ele já tinha o conhecimento de dar vida aos mortos, mas sua sede de vingança o cegou da capacidade de poder ressuscitar as vítimas do monstro.
👏👏👏👏👏
Adoro muito esse livro, mas concordo nas falhas que você ressaltou.
Acho que o Vitor ser insuportável foi intencional, ele é a personificação da arrogância humana, o verdadeiro monstro da história pra mim. Amo defender personagens odiados, mas esse não me desce! 🤣🤣🤣
Esse aí acho que não tem quem defenda, olha 🥲
Triste saber que a edição da Penguim tem textos de apoio bons, eu tenho a edição da Martim Claret que vem junto Drácula e Médico e o Monstro mas não tem texto de apoio :c. Eu li esse livro esse ano e gostei bastante, a única coisa que me revoltou foi a idade que a autora escreveu ele kkkkkk não é justo
Preferia não ter sabido com quantos anos ela escreveu 😂 inevitável a comparação, né? 🥲
DNA maravilhoso ❣️
Ótima resenha
Muito obrigada, Jo!
❤
🧟♂️💜 um dos meus favoritos
Cresceu ainda mais depois que li “Mulheres Extraordinárias” a biografia da Mary e da Mary mãe dela. A Mell literature-se tem uma resenha ótima desse livro e de bônus a edição é linda!
Vi esse vídeo da Mell e o livro parece ser ótimo, mesmo!
@@PalomaLima dá um desconto pra Mary 😂 Uma mulher escrevendo esse tipo de história com 19 anos em 1800! (Você acabou de falar isso no final do vídeo 😂) Triste, mas a realidade da época que até desacreditou a autoria.
Quando cê fala “já vou separar pra ler ano que vem” eu penso: “você tem certeza disso? Já é o 80o livro que você fala isso”
Victor Frankenstein é um dos personagens mais detestáveis da literatura. Fico imaginando aquele cara mimado e reclamão que vive saindo fora das responsabilidades. O único Victor que eu gosto é o de Penny Dreadful. Mas, assim como vc... isso não é demérito algum. Inclusive adoro. hahaha
Fantasmagoria do Carroll?
@@raianecristina4015 Não. É uma compilação de histórias orais em língua alemã compiladas por Jean Baptiste Benoit.
Bom dia, Paloma! ❤
Bom dia, Suani!
@@PalomaLima 😍
Você esteve falando sobre os Contos de TOLSTOI. Gostaria que me falasse qual a melhor tradução, se é possível e onde posso encontrar. E quanto ao comentário que fiz falando do tempo dos seus vídeos, quero lhe dizer que entendi você.
Recomendo fortemente as traduções do Rubens Figueiredo! Você pode encontrar a edição neste link: amzn.to/3EwmnVl
As traduções do Rubens Figueiredo são primorosas. A coletânea de contos do Tolstói publicada pela Cia das Letras em dois volumes tem tradução feita por ele… pra mim é a melhor tradução de todas!
João, essa tradução que eu te falei é a mesma do link! Pode comprar sem medo
@@priscilafrate9546Eu havia enviado uma mensagem para você para saber sobre a tradução , mas havia apagado. É que fiquei com um pouco de VERGONHA, já que a Paloma HAVIA ME INDICADO o livro e mesmo assim me respondeu. AGRADEÇO VOCÊ PELA GENTILEZA E ATENÇÃO COMIGO. Um Abraço.
@@joaodonirrai2912 imagina! Bom feriado!!
*PALOMA QUE TAL FALAR DO LIVRO O VOYEUR DO GAY TALESSE ? ESSE GERALD FOSS APRONTA !!*
✔💖✍...
Achei a criatura muito emotiva! Tão egoísta qto o Vítor. Dois chatos 😅😅
Então essa é a edição de 1831, certo? Não a de 1818. Esse livro não seria publicado do jeito que é nos tempos atuais. Eu já não gostei foi da criatura e seu constante vitimismo. É um livro envolvente, mas não é de perto um livro que gosto muito.
Ah, eu indico vc ler a biografia de Charlotte Gordon que escreveu sobre Mary Shelley e sua mãe.
Eu interpretei a eloquência e a inteligência da criatura como sendo proveniente do cérebro que ele possuía, de algum pobre cadáver vilipendiado.
Também achei o Victor chato. Chato, soberbo e covarde. 😒
Pois é, também acho que foi isso! Mas queria muito que tivesse sido explicado no livro.
❤️