Parabéns ao jornalista Herlander Napoleão pelo retorno e ao interessante diálogo com a Dra Luiza Moniz. A Dra Luiza foi extremamente assertiva, e muito contribuiu com seus conhecimentos e sabedoria. Em relação ao colonialismo afirma: "ainda bem que nos tornamos independentes", seria bom que assim fosse, "independentes", mas a realidade é que Angola (só falamos de Angola) não se tornou, e não é de facto um país independente, é um país neo-colonizado, o que dificulta a "independência total", pois o povo não enxerga quem verdadeiramente comanda o país. Em relação às cidades, o povo autóctone ( com raras exceções) não vivia nas cidades, as cidades tornaram-se guetos de portugueses e seus descendentes. Havia alguns descendentes (eu era um desses) que viviam nos bairros em meio aos autóctones. O meu convívio direto com os "autóctones" foi extremamente benéfico, além de enriquecimento cultural com a introdução e prática de valores saudáveis também fiz belas amizades. Quanto ao "povo" da cidade sempre existiu uma espécie de exclusão disfarçada em relação a mim, pois havia um "norma" não oficia,l de lugar de brancos era na cidade. O convívio do "povo" da cidade com os autóctones era restrito em geral às salas de aula e aos seus empregados. Em relação aos estudantes, o requisito para ingressar na escola era saber falar português, após o aprendizado da língua portuguesa as portas estavam abertas a todos e todas. Assim como eu assimilei a cultura nativa, muitos assimilaram a cultura europeia, sem que necessariamente fosse algo desfavorável.
Parabéns ao jornalista Herlander Napoleão pelo retorno e ao interessante diálogo com a Dra Luiza Moniz.
A Dra Luiza foi extremamente assertiva, e muito contribuiu com seus conhecimentos e sabedoria.
Em relação ao colonialismo afirma: "ainda bem que nos tornamos independentes", seria bom que assim fosse, "independentes", mas a realidade é que Angola (só falamos de Angola) não se tornou, e não é de facto um país independente, é um país neo-colonizado, o que dificulta a "independência total", pois o povo não enxerga quem verdadeiramente comanda o país.
Em relação às cidades, o povo autóctone ( com raras exceções) não vivia nas cidades, as cidades tornaram-se guetos de portugueses e seus descendentes. Havia alguns descendentes (eu era um desses) que viviam nos bairros em meio aos autóctones.
O meu convívio direto com os "autóctones" foi extremamente benéfico, além de enriquecimento cultural com a introdução e prática de valores saudáveis também fiz belas amizades. Quanto ao "povo" da cidade sempre existiu uma espécie de exclusão disfarçada em relação a mim, pois havia um "norma" não oficia,l de lugar de brancos era na cidade.
O convívio do "povo" da cidade com os autóctones era restrito em geral às salas de aula e aos seus empregados.
Em relação aos estudantes, o requisito para ingressar na escola era saber falar português, após o aprendizado da língua portuguesa as portas estavam abertas a todos e todas. Assim como eu assimilei a cultura nativa, muitos assimilaram a cultura europeia, sem que necessariamente fosse algo desfavorável.
Grande Mulher esta kota. Sinceramente é um grande analgésico ouvi-la!
Muito inteligente, esta senhora parabens.
Sempre um REGALO ouvir esta grande intelectual da nossa Angola! Well done HP pela conversa!
Grande entrevista, parabéns!
Grande entrevista, valeu Herlander 🙏👏🙌
Entrevista elequente. Radiografia dos regimes...
Está de parabéns, comadre Luiz
Quiz tratá-la por comadre Luzia
Grande mulher!!!
Salute tia Luzia Muniz.
Só o entorno...