PRIMEIRO 1º RESORT 6 ESTRELAS DO BRASIL EM RUÍNAS - ITACARÉ - BAHIA

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  • čas přidán 30. 11. 2023
  • Incrustado no alto de um morro em Itacaré (BA), entre coqueirais e espécies nativas da Mata Atlântica, o luxuoso Warapuru Resort foi tomado por uma fauna peculiar.
    Estima-se que mais de R$ 180 milhões foram gastos nas instalações: recepção, beach club, 40 bangalôs, além de 17 casas particulares e uma cinematográfica estrada sobre a copa das árvores.
    Todo esse patrimônio se deteriora, inacabado, enquanto aguarda o desfecho de uma intrincada trama envolvendo falta de dinheiro, problemas judiciais, falência da incorporadora e desentendimento entre credores.
    O português João Vaz Guedes, cuja família fundou a construtora Somague, responsável por obras de infraestrutura em Portugal, idealizou o Warapuru.
    Descrito como "visionário" e "megalomaníaco", Vaz Guedes encomendou o projeto ao escritório londrino de arquitetura e design Anouska Hempel - responsável por hotéis boutique em Londres e Amsterdã.
    "Quando me pediu para assumir esse projeto, João me levou até o local e disse: Fique aí por um momento, Anouska, e me diga o que fazer", contou Anouska Hempel em entrevista ao Jornal O Estado de S.
    Um dos pontos mais criticados por pessoas próximas a Vaz Guedes, que não quiseram se identificar, é justamente a contratação do escritório de Anouska Hempel.
    É lembrado como uma pessoa "arrogante", "intratável" e "incompetente" - para ficar nos adjetivos mais leves.
    Assim que o projeto foi lançado, em 2004, com abertura prevista para 2007, a revista do The New York Times descreveu o Warapuru como "o refúgio mais exclusivo do Brasil" e a prestigiada revista Wallpaper o chamou de "esconderijo ao estilo James Bond".
    Os problemas do Warapuru Resort começaram quando um decreto estadual liberou a obra como sendo de "interesse público".
    A lei exige o EIA-Rima para empreendimentos com ou mais de 50 hectares.
    Pouco depois, a obra foi retomada, mas com um grande ônus financeiro, até parar definitivamente em meados de 2008 por falta de dinheiro.
    O investidor americano Mark Bakar, da Makai Ventures, não tem dúvida de que, se for concluído, o Warapuru estará entre os maiores projetos hoteleiros do mundo.
    Ex-acionista da luxuosa rede Aman Resorts, grupo hoteleiro presente em 15 países, a primeira vez que ele ouviu falar do Warapuru foi em 2004, quando passava férias em Búzios.
    Em 2007, João Vaz Guedes foi procurá-lo nos Estados Unidos em busca de investidores.
    Em maio de 2011, a Caciel Indústria e Comércio, fornecedora de serviços de marcenaria, pediu a falência da incorporadora Harmattan, de Vaz Guedes, por uma dívida de R$ 1,09 milhão.
    Após mais de cinco anos de negociações, eles fizeram uma proposta de compra com a condicionante de iniciar os pagamentos assim que a renovação da licença ambiental fosse concedida.
    Segundo Ribeiro, um orçamento indicou que seriam necessários outros R$ 100 milhões para terminar o hotel.
    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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