O poder oculto da música (David Tame) - Capítulo 2

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No vídeo, apresento o Capítulo 2 do livro "O poder oculto da música", cuja autoria é do escritor britânico David Tame (1953-). O Capítulo 2 é intitulado "O Século XX: A 'Nova Música'" (pp. 76-145).
Entre as páginas 76 e 77, o autor apresenta princípios nos quais, segundo ele, a música antiga se escorava:
"1. a crença religiosa não provém da superstição, mas de alguma forma de Verdade mais Alta que jaz no cerne de todas as coisas, e na qual se encontra a origem de todas as grandes religiões do mundo;
2. a moral e o desejo pessoal de aprimorar a qualidade do nosso caráter não são ilógicos nem sem sentido, mas o caminho mais seguro para chegar à realização pessoal e para o maior benefício de todas as pessoas."
David Tame escreve que os compositores de um tempo muito remoto se baseavam nesses dois pressupostos para produzir suas obras. Os antigos músicos chineses, por exemplo, exerciam sua arte em concordância com aqueles dois princípios, consoante ao que está escrito no capítulo primeiro intitulado "A Sabedoria Antiga: A Música na China" (pp. 34-75). Segundo a explicação de David Tame no capítulo segundo, o ideal musical cultivado pelos compositores do passado, que antecederam à geração de músicos do século XX, estava relacionado à elevação espiritual, ao aprimoramento do ser humano, a trazer benefícios físicos, mentais e espirituais ao homem, a nação, ao reino. A música deles mirava o Alto, era uma forma de conectar o ser humano à divindade ou uma maneira de lapidá-lo, aprimorá-lo (TAME, 1984, p. 85); ao passo que, compositores do século XX queriam, deliberadamente, fazer surgir uma "nova música", uma música que não tivesse ideais nem regras, onde tudo fosse permitido (TAME, 1984, p. 76). Classificados pelo autor como "compositores 'vale tudo'" (TAME, 1984, p. 76), para eles, o anseio de elevar espiritualmente as pessoas através da música era coisa dos antigos, uma idéia ultrapassada, um mito ou superstição.
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