Epidemiologia | Testes de triagem (ou rastreio, ou screening)

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  • čas přidán 10. 09. 2024
  • Este vídeo trata sobre testes diagnósticos conhecidos como testes de triagem (também chamados de testes de rastreio ou testes de screening).
    Estes testes são geralmente de fácil aplicação prática, sendo de baixo custo, fácil manuseio e armazenagem e fornecendo o resultado rapidamente.
    A principal característica dos testes de triagem é sua elevada sensibilidade. Ou seja, estes testes são altamente capazes de detectar a presença de doença, de forma que dificilmente uma pessoa doente não terá resultado positivo no teste. Porém, devido à relação inversa geralmente observada entre sensibilidade e especificidade (esta relação é explicada na aula cujo link está abaixo), estes testes comumente apresentam baixa especificidade, de modo que um resultado positivo nem sempre é muito informativo (ou seja, o valor preditivo positivo geralmente não é muito alto), pois a probabilidade de resultados falso-positivos (em função da baixa especificidade) é considerável.
    Apesar destas limitações, os testes de triagem são capazes de excluir a presença de doença com bastante confiança - ou seja, quando o resultado de um teste de triagem é negativo, é muito provável que o paciente de fato não tenha a doença. Em outras palavras, o valor preditivo negativo de um teste de triagem geralmente é bastante alto. Esta propriedade é bastante intuitiva: como teste tem alta sensibilidade, ele é capaz de detectar qualquer “sinal” de doença (inclusive com alto risco de resultado falso-positivo). Portanto, se mesmo assim o teste der resultado negativo, é porque a probabilidade de que a doença esteja presente de fato é muito baixa - afinal, se houver doença, o teste muito provavelmente teria detectado.
    Uma importante aplicação dos testes de triagem é na situação em que a aplicação rotineira do método padrão-ouro é difícil (havendo, portanto, a necessidade de métodos alternativos de diagnóstico para uso rotineiro, podendo ser utilizado o padrão-ouro ocasionalmente para fins confirmatórios), e que o prejuízo relacionado a um resultado falso-negativo é maior do que o relacionado a um resultado falso-positivo. No vídeo, é apresentado um exemplo desta situação envolvendo presença do vírus HIV em bolsas de sangue. Outra situação seria quando a doença em questão é grave, mas há tratamento eficaz de baixo custo e com pouquíssimo risco de efeitos colaterais. Neste caso, deixar de detectar a doença (resultado falso-negativo) seria muito prejudicial, pois um indivíduo gravemente doente deixaria de receber um tratamento eficaz. Já o prejuízo de um resultado falso-positivo não seria tão grande, pois o tratamento é barato e seguro.
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