As consequências do racismo para o Brasil, por Lilia Schwarcz e Heloisa Starling
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- čas přidán 12. 01. 2017
- No terceiro vídeo da série sobre os "Temas Fundamentais do Brasil", a professora de Antropologia da USP e colunista do Nexo, Lilia Schwarcz, e a professora de História da UFMG, Heloisa Starling, falam sobre o caráter estrutural do racismo na sociedade brasileira.
ESTAVA ERRADO: A trilha sonora utilizada foi obtida no site freemusicarchive.org, e não fma.org, como citado erroneamente nos créditos deste vídeo.
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Maravilhosas Heloisa Starling e Lilia Schwarcz, uma conversa que ficaria horas a ouvir.
Queria mais assunto. E uma mulher negra junto.
O melhor combate ao racismo é a educação. Vamos da estudo, conhecimento e tidos serão livres.
Engraçado que as pessoas racista são os mais estudadas.
Tema delicado e extremamente necessário. Para o crescimento e reconhecimento pessoal, nada como uma boa intimidade afetuosa com a beleza da cor negra. E será só um começo.
Professora, mas o que vai nos fazer substituir essas narrativas simplificadas se os livros didáticos, os filmes, novelas e etc. estão recheados delas? Talvez o ambiente acadêmico possa oferecer outras narrativas mais verossímeis, mas elas não são acessíveis...
Douglas Silveira você tem toda razão....são acessíveis para pouquíssimos privilegiados!
Você deve estar se referindo ao Monteiro Lobato?...
Isso é o racismo estrutural, o próprio país não aceita ser racista, não aceita a história real acontecida então ele escolhe o que de fato será passado. Isto deveria estar inserido mais profundamente nas próprias diretrizes de ensino da educação
No Google acadêmico você encontra diversos artigos e teses gratuitamente
Queria mais assunto e uma mulher negra junto (2).
Com todo respeito as pesquisadoras, a relevância de suas pesquisas etc, mas a ausência de pessoas negras na discussão do racismo é uma forma de racismo também! Outra coisa que eu gostaria, muito humildemente, de sugerir é não utilizem a palavra escravo para falar das pessoas que foram escravizadas. A palavra escravo confina as pessoas negras naquela condição. E somos e sempre fomos muita mais que o racismo e a escravidão.
A Lília Schwartz é maravilhosa, a outra professora não conhecia, mas gostei muito!
Realmente e preciso debater esse tema com mais sujeitos que foram antagonistas da ação.
eu amo ouvir a professora Lilia. perfeita!
Não é possivel ser o outro, mas podemos produzir um conhecimento sobre a diferença!
essas duas são foda. comprei um livro delas
Piorou a falta de escuta em 2019. Os cristãos não respeitam o dito de Jesus "Quem tem ouvidos que ESCUTE".
Só tem 10m msm??? Vcs juntam duas feras e fazem um vídeo de 10m plmds, aumenta isso.
Cadê as negras e negros para falarem sobre isso? Falhou bastante...
Não falhou não. Claro que negros falando do assunto é importante, mas igualmente importante é termos brancos nos ajudando na luta contra o racismo com conhecimentos sobre o assunto e com compromisso. Precisamos dos brancos nos ajudando nessa luta contra o racismo.
@@Dingobel02 Sim, até por quê, não basta apenas ter os negros falando sobre o racismo. Temos que ter também os intelectuais brancos abordando o assunto, e indicando que o problema não é só dos negros. O racismo diz respeito aos brancos também, pois precisa ser desconstruído também na cabeça deles. Somente entrando no interior deles, é que teremos como destruir as bases que reproduzem o racismo no pais. Vide a diferença entre as sociedades brancas [ ou majoritariamente brancas], em que houve a escravidão, e onde não houve a escravidão. Para dar um exemplo "próximo a nós", qual é o racismo existente em diversas regiões dos Estados Unidos e do Canadá.
Mulheres ímpares!
Por que não tem uma negra falando sobre isso? Não que ambas presentes não saibam sobre o tema, sabem até demais, mas precisamos de vários pontos de vista, não só do "intelectual" pra legitimar a realidade por meio de sua suposta superioridade, precisamos, inclusive, de quem já viveu na própria pele.
Fernando, o canal não convidou duas brancas para falar de racismo, as duas brancas usaram o espaço delas no canal para falar de racismo. Ter convidado um intelectual negro para compor a conversa, teria sido legal, mas qualquer um pode falar sobre racismo, esse não é um assunto só de nós negros, todos precisam estar envolvidos. Em um debate público sobre o assunto, não se faz necessário a presença de um negro como forma de afirmação de um discurso, só é necessário que esse seja feito a partir de um lugar de fala correto.
Concordo que precisamos de vários pontos de vista, mas tem MUITAS, mas MUITAS, negras falando sobre isso (só pra dar alguns pouquíssimos e recentes exemplos, veja a revista abpn e procure por youtubers negras, blog Geledes...). E há muitos anos. Negras e negros "intelectuais" e não. Não sermos escutadas é um dos principais problemas, seguido da falta de posicionamento de não negrxs/ brancxs que escutam, mas fingem que não (ou exigem que falemos em outras linguagens, por que só legitimam o que querem, como no comentário de Guilherme Z, logo abaixo). Que bom que a branquitude está começando a reconhecer-se enquanto tal.
@@larigarcia2586 Verdade Lari Garcia.
A Lilia Schwarcz é uma das pessoas mais habilitadas para falar sobre racismo no Brasil, e este é o motivo de ter sido escolhida.
Os anos de estudos e trabalhos publicados por ela a fazem mais preparada para falar sobre isto do que a maioria dos negros que estão estudando este assunto hoje em dia (e dos brancos também).
Não adianta indicar blogueira que apareceu uma vez no "Encontro" por que neste caso a natureza do vídeo iria ser totalmente diferente.
A lilia e a Heloisa escreveram um livro chamado Brasil, uma biografia, sugiro a leitura. As duas são grandes pesquisadoras, portanto estão totalmente habilitadas para o assunto. Sem falar que a lilia escreve no nexo. Nós historiadores temos total autoridade pra falar sobre o tema. O debate se esvazia quando se coloca apenas blogueiras e youtubers. Além disso, esse tipo de discurso é mais uma forma de esvaziamento do conceito de lugar de fala, muito comum nas redes. Sugiro outra leitura, Djamila Ribeiro, o que é lugar de fala.
Eu tive a infelicidade de assistir duas cenas racistas na minha vida e constatei como o Brasil é racista.
duas cenas numa vida toda não pode caracterizar um país racista. isso é ridículo. se o brasil é racista, então não vai ser essa sua evidência anedótica que vai provar isso.
Eu sou pardo e tive a felicidade viver duas situações sem racismo na vida.
@@clayton1975mg O que é ser pardo???
Chamemos as coisas pelos próprios nomes.
A linguagem do racismo no Brasil ainda não acabou. E como o Brasil não escuta porque encontra-se à mercê das outras linguagens, vivemos sempre em alerta para poder de um certa maneira tentar acabar com o discurso da dialética raial implantada pela sociedade em geral como espetaculoso caminhar de ideias..
Na minha opinião o Brasil nem era para ter rasismos. Um país que, ninguém tem uma raça definida. A questão do racismo no Brasil deveria ser mais severa. Aqui não deveria ter racismo em hipótese nenhuma. O Brasil só vai parar com essa palhaçada quando todos nós negros unirmos na política na televisão em todos os lugares em peso , é criar leis severas. Lei para quem pratica o racismo, ser preso e não somente pagar uma fiança. Mas essa é a cara do Brasil onde o dinheiro fala mais alto o dinheiro que cala a boca de muita coisa errada. Como diz o ditado o que começa errado termina errado. Essa é a cara do nosso Brasil. Um país sem lei e sem justiça.
Só queria alguém negro aí
Por que não tem um negro ali pra conversar?
Simplesmente por que não querem dar voz ao negro.
E por que precisa ter um negro? Ah! Já sei. É o chatissimo "lugar de fala"...
Qual a escuta que podemos fazer da voz que vem do povo pelo resultado das urnas?
Não vamos tratar como vítimas 6:02, SÉRIO???
Digam-me que percebi errado.
Nenhum preto saiu da África 🌍 para o Brasil 🇧🇷 de livre e espontânea vontade.
Foram levados a força 💪 sim, e nesse ponto foram vítimas sim.
Agora mesmo há uma disparidade de oportunidades por causa da cor da pele e isso não tem nada a ver com capacidade intelectual, e muitos negros têm capacidade de desempenhar uma determinada tarefa, se calhar, melhor que um outro indivíduo de outra cor recital, mas ao negro lhe é proibido sistematicamente de sequer, tentar ou demonstrar as suas habilidades.
Esse é que é o pior racismo.
O RACISMO INSTITUCIONAL
Pelo o que entendi a Diáspora Africana não pode ser restrita à imagem da vítima. Sem dúvida a Economia Escravista produziu traumas que são secularizados, mas se ficarmos na imagem estanque das milhões pessoas que foram escravizadas no "Mercado da Carne" do Valongo, iremos ocultar toda herança dos povos da África, todos saberes técnicos, científicos, artísticos, culturais e , sobretudo, a produção de formas de resistência e negociação dos afro descentes.
Acho que elas quiseram se referir à inferiorização do ser ao tratá-lo apenas como vítima, ter pena dele, ver como fraco, como se nunca tivesse tido força. Seu argumento é bastante válido, porém, talvez haja uma divergência na interpretação. De qualquer forma, é como eu vejo.
@@luiza3289 Eu não vejo nenhum negro como fraco. Muito pelo contrário. De-lhe oportunidade apenas. Ele vai demonstrar o quanto vale. É não venham pagar a metade do salário que um banco recebe trabalhando na mesma posição. Porque isso já é parte do racismo institucional marcado.
Sabes, há coisas que só não vê quem não quer.
Queria prestar atenção, mas espaço de fala existe sim, e não da pra ver duas mulheres BRANCAS falando sobre algo que elas não sentiram na pele.
Até dá, mas a gente precisa fazer o exercício de considerar que elas estão tentando desconstruir, e ao mesmo tempo estabelecer debates em que elas estejam também se desconstruindo, dentro de um espaço historicamente branco e que valoriza e reconhece as vozes de outros brancos como legítimas, e dentro de um lugar de fala privilegiado... Precismos e negros estejam ada vez mais neste lugares e sejam ouvidos falando por si mesmos e isso começou a acontecer paulatinamente e a exigencia pública da ocupação deste espaços é pertinente e relevante, portanto o seu incômodo, ao ver que brancos são mais ouvidos quando falam das questões da negritudo e do racismo, também precisa sim ser expressado, contudo sem invalidadar a necessidade de que este brancos também precismo continuar a participar do debate sobre o tema...
vcs está confundindo lugar de fala com direito a fala. se elas são cientistas sociais, é direito delas falar sobre todos os fatores e eventos sociais.
Hahhahahahahhhahaha professora de antropologia e de história não pode falar de racismo pqp
@@marceloscarcella9056 , perfeito. Essas nomenclaturas são totalmente totalitárias.
São maravilhosas!
Mas tá cadê alguém negro que vive isso na pele todos os dias ?
Brancos sempre querendo tomar o nosso lugar de fala
Rosa Luxemburgo > Hanna Arendt
Vários povos foram escravizados, a escravidão negra deve ter sido a pior,mas a guerra é contra os mais pobres não contra cor, é o que parece ,clássismo.
O problema é que a população negra também é a população mais pobre, existe uma correlação entre ser negro e ser pobre, herança de um abandono histórico sofrido pela população negra neste país.
Open Borders For Israel!!
O que eu quero saber é o seguinte:
(i) As empresas deixam de contratar um negro capaz para contratar um branco incapaz?
(ii) A polícia mata sistematicamente mais negro que branco, levando em consideração o local de atuação. Quero dizer, em uma abordagem na favela, um morador negro tem maior probabilidade de ser assassinado que o morador branco?
(iii) Existem barreiras jurídicas/formais ao negro?
(iv) Mulheres negras são mais vulneráveis a abusos sexuais e/ou morais, controlando pelos outros fatores?
Essa conversa mole dos cientistas sociais me irrita profundamente. Todas as perguntas que levantei são profundamente relevantes e se respondidas de forma positiva significa que o negro sofre preconceito. Mas quase não tem estudo bem feito sobre esses temas, utilizando técnicas estatísticas sofisticadas para lidar com os dados.
Dizer que o Brasil é racista porque a Globo mostra negro faxinando e branco na elite é um discurso muito bobinho. Primeiro porque essa é a realidade, então não é necessariamente racismo, mas um retrato factual. Segundo que mesmo que isso seja fruto de um racismo inconsciente, esse racismo inconsciente só tem relevância séria se ele bloqueia de alguma forma a ascensão social do negro, algo mais relacionado à minha pergunta (i).
Então eu quero saber se existe de fato um problema racial sério no país. Todos sabemos que existe um problema de exclusão dos pobres, que não recebem serviços adequados. Mas se ninguém me mostrar artigos científicos bem feitos que demonstrem o racismo eu vou achar que é mimimi mesmo.
É simples, entra nos dados do mapa de violência que saiu na ultima semana; também recomendo uma analise no censo demográfico, do ibge.
Acho que você deveria ler mais e prestar mais atenção nesse e em outros vídeos. O racismo está aí , escancarado em nossas faces e não está apenas na Globo, ela está em todos os lugares.
retrato factual de realidade racista SEM CRITICA ou com naturalização da realidade como se empregado negro fosse grato e abençoado de servir such a nice white person é racismo sim. Analise cultural tb é ciencia e fica essa dica pra vc deixar seu preconceito bobinho de lado e enxergar a realidade complexa como ela é
Concordo contigo. É foda ir contra o mimimi e o senso comum, daqui a pouco vamos ter que explicar que a grama é verde...
Prefiro me calar para que meu silêncio seja ouvido!
"Duas coisas indicam fraqueza: calar-se quando é preciso falar, e falar quando é preciso calar-se!" Autor desconhecido