Sou escritor há quase 20 anos, com três livros físicos publicados, não sou famoso, não publiquei por editoras tradicionais e digo de carteirinha que não dá para viver de literatura no Brasil. Quando digo viver é pagar todas as contas sem ficar com a corda no pescoço. Isso é fato. Quem consegue você conta nos dedos. Eu sempre tive que ter outra profissão para cobrir gastos e até pagar publicações que queria impressa. Fiz cursos de roteiro para tevê e cinema para não ter tanto bloqueio criativo, que só aparece mesmo na formulação da ideia, pois o restante você vai trabalhando na criação de escaletas até o final da história como os escritores de novelas fazem. Eu não gosto de adiantamento para um trabalho, porque a pressão ajuda na ansiedade e acaba "atrapalhando" na criação deixando-a mais pobre. Consigo escrever um livro em um ano ou no máximo em dois. Escrevo sem ter editora para publicar, porque amo o que faço e é automático. A ideia vem, faço a estrutura básica e começo a escrever. Contar uma história que emociona faz parte de mim. Adoro leitores, se eu não gostasse não colocaria histórias em plataformas gratuitas como Wattpad. O leitor é a alma do livro. Fiz muitos eventos literários para ter esse contato direto com eles. Quando alguém me encontra na rua e diz que amou o que escrevi, para mim é a glória total. Não há sentimento igual. Bem, este é o meu ponto de vista. Abraços.
Realmente é muito difícil, Edson. Contudo, o seu comentário é muito inspirador! Fico feliz quando vejo essa postura e essa busca e respeito pelos leitores. Um abraço
Caríssimo amigo, se fosse tão fácil assim, eu já estaria lá. Sempre envio originais para editoras mesmo depois de pesquisar muito, e a resposta continua negativa ou quando respondem! Abraços!
Sou professor de literatura e tenho amigos escritores. Já falei com eles bastante sobre o assunto do vídeo e, inclusive, com editores. No Brasil, há tempos, o que geralmente dá dinheiro no meio literário são duas situações: literatura infanto-juvenil e palestras. A infanto-juvenil tem o privilégio dos livros adotados nas escolas, particulares na maioria das vezes. Gostei muito da explanação de vocês. Vida longa ao canal. Um abraço
Em primeiro lugar, é preciso saber de quanto essa pessoa precisa pra viver, já que alguns precisam de muito, e outros conseguem sobreviver com bem menos. Depende muito de cada pessoa.
Bloqueio criativo de dez anos? Isso não é bloqueio, isso é falta de interesse em fazer o que tem que ser feito. Veja um filme, escute uma musica, vá meditar, dê uma corridinha. Todo escritor, quando não tem um insight do nada, tem que procurar uma forma de inspiração. E nós, como produtores artísticos, sabemos o que nos inspira. As vezes estou com preguiça de escrever, com medo de não ficar bom porque não estou inspirada, mas sento na frente do computador e coloco os dedos no teclado. É como se os personagens andassem sozinhos, simplesmente flui. Flui do domínio sobre o oficio. E isso se tem a partir de estudo, técnicas, competência, inspiração e respeito por aquilo que se está fazendo e para com as pessoas que estão lendo. Isso realmente não é desculpa. Tem que ter gás, correr atrás. Não somos seres divinos que devemos receber para ficar parado esperando a inspiração acontecer. Se não tratarmos como oficio, nunca será.
Před 6 lety+4
Lorena Saraiva Ai, como faz pra dar 10.000 corações? ❤️❤️❤️😍😍😍
Para vocês né? Indo ver o vídeo novo NOW! Amo o sininho que apita dizendo que tem novidade. Fico inspiradíssima depois de assistir qualquer um deles. HAHA Um beijo.
Prefiro lançar meus livros de modo artesanal, onde gasto menos e faço minha própria divulgação. Geralmente faço fanzines, divulgando meus textos. Se vai chegar a um grande ou pequeno público, que se dane. O importante é chegar, e alguém gostar e elogiar. Isso que é o mais legal.
Estou pronto para dificuldades do mercado literário porque eu sou professor da rede pública estadual do Rio de Janeiro. Sufoco? Passo por vários, desde os quase 5 anos sem aumento até a alunos traficantes armados no interior da escola. Adorei o vídeo.
Před 6 lety+3
Hail Thor Parabéns! É uma pena que o nosso Estado conceda tantos privilégios a todo tipo de classe, e que os professores continuem amargando essa situação. Toda a minha admiração a quem, apesar de todas as dificuldades, ainda dedica a sua vida ao ensino público!
Profissionalismo é tudo! Me considero escritora, e assim, fui "batizada" ainda muito menina por meu professor de Língua Portuguesa. Sempre escrevi e tudo foi ficando na gaveta. Vi e vejo dificuldades, sim, na questão financeira para editar. Houve um tempo que desisti. Família, filhos, enfim, haviam prioridades ... hoje, ainda acalento essa idéia, estou escrevendo um romance que iniciei há 28 anos... a própria história desta demora daria outra história, e, é o que já estou fazendo. E, mais outra e outra...rsrs... Penso em editar e vender? Claro que sim! Sou Design Instrucional e Pós Graduada em Gestão do EaD. Tenho um e-book (didático) editado neste assunto, penando um pouco para concretizar o impresso. Com muita propriedade vocês pontuaram as diversas razões da crise do mercado literário no Brasil. Nada para acrescentar, muito para fazer e transformar. Beijos. Obrigada.
Não que eu consiga viver de escrita, mas um profissional pouco profissional realmente não conseguirá viver do que quer. Na verdade mesmo lá fora existem diversos autores muito profissionais, para não dizer best-sellers, que trabalham além de escrever. Inclusive, a reclamação de que o autor só recebe 10% do preço de capa é totalmente não profissional! Se analisarmos que 50% do preço de capa vai para a livraria (e várias estão fechando), 10% para a distribuidora, 10% para o autor, sobram 30% para editora pagar a gráfica, o revisor, o diagramador, o capista, o transporte, os impostos... normalmente sobra para editora por volta de 10%, quando não menos.
De fato, Gian (você sempre faz comentários muito pertinentes =D). Faremos uma parte 2 para esse vídeo porque ainda temos outros aspectos para abordar sobre o tema. Eu tinha um comentário semelhante ao seu sobre a distribuição das porcentagens do valor de capa do livro - sempre citada de forma queixosa. A verdade é que vender livros, no Brasil, não é bom para ninguém. Como você disse... as livrarias, que ficam com metade do valor de capa, estão fechando. Para viver de literatura no nosso país você tem que se encontrar caminhos alternativos.
Inclusive, desculpe se eu antecipei a questão das porcentagens. Escrevi antes mesmo de ouvir que vocês farão um vídeo comentando a respeito. Como eu disse, fiz uma série de textos sobre o mercado, chamado Bastidores Literários, e o primeiro foi exatamente porque um escritor estava reclamando dos 10% de DA.
E tem o problema de caras que ficam boicotando escritores pelas mentiras alheias, não bastasse ficar selecionando "coxinha" ou "mortadela", e ainda acha que paga pouco pro autor...
Exatamente, um escritor profissional tem que conseguir escrever sobre qualquer coisa. Você é um produtor de literatura e tem que dominar as ferramentas. Caso contrario, muda o foco.
Eu me dou como exemplo. Não sou famosa, nem best seller aí de uma grande editora e vivo de literatura, inclusive, larguei minha profissão de fotógrafa, há 4 anos! E vivo muito bem, obrigada hehe. Publico a maioria dos meus livros pelo KDP da Amazon e me dá um retorno financeiro maravilhoso. Acho que o que esse autor fez, foi um desserviço! Não motiva em nada escritores que pensam em viver da escrita. É possível sim! Tem que saber o que deseja, ser famoso ou se sustentar e pagar contas? Dá pra fazer um sem o outro ;)
@@henriquenascimento7052 já dizia Mano Brown: Quem não é visto, não é lembrado. Faço um bom trabalho com divulgação. Comecei no KDP em 2014, em 2015 passei a viver só dos royalties. Hoje tenho uma assessoria que faz a divulgação pra mim, mas no começo era eu sozinha. E do ano passado pra cá, investi em estudo sobre produção de conteúdo e mkt digital. O bom relacionamento com os leitores é a chave principal, criar uma comunidade, fazer só propaganda não é tão eficaz.
Acredito, que se a proposta é viver de literatura, deve-se sim estabelecer uma rotina como a dos autores citados e, tentar implementar uma ideia de produção. Paulo Coelho por exemplo, propõe-se a escrever um livro a cada dois anos. Muitos não gostam dele, nem o consideram um escritor de verdade, mas, é um exemplo de sucesso a ser seguido, ou no minimo observado.
Maravilhosas. Acho que uma grande questão brasileira também é a torcida de nariz da "alta literatura" com a literatura de gênero. Eduardo Spohr, André Vianco e Raphael Montes são exemplos de escritores best sellers que simplesmente são esquecidos em toda roda sobre mercado literário justamente por, vejamos, pensarem em mercado e não em literatura. O escritor "profissional" brasileiro ainda pensa nas histórias de drama da meia idade ou na catástrofe de ser brasileiro. A gente sabe como é ser brasileiro, quem não sabe é a elite brasileira, que acaba sendo cliente desse tipo de conteúdo por uma curiosidade de um mundo que não lhes pertence e de um sofrimento que não lhes cabe. Esse realismo vende pra quem não tem a realidade descrita no livro. E a maioria do povo brasileiro já tem uma realidade crua, a gente precisa de mais literatura de entretenimento e de fácil absorção que tire o brasileiro médio da realidade. Acredito que é esse tipo de literatura que falta no mercado pra que ele de fato se torne mercado.
Sei que o que eu escrevo é com a minha "alma", elevo a minha paixão por contar histórias e também sei que estou na área de entretenimento. Meu livro é sim um produto como outro qualquer e quem os consumir deve ser tratado com o devido respeito. Claro, fica estranho em pensar leitores como clientes, mas não deixa de ser verdade. Escrevo pensando em uma futura carreira e como uma fonte de renda, claro. Viver com as coisas que eu escrevo? Na real? Não que eu seja pessimista e nem que eu não acredite no meu potencial. Sou realista. Sei que tem muito trabalho a ser feito, todos os dias. Não é só escrever um livro, o que já é muito trabalhoso. É conquistar leitores, é correr atrás de ser "visto" e lido. Eu já faço parte de uma empresa como escritor independente e meus "livros" são e-books e que são vendidos/baixados em site/aplicativos, como no Google Play Livros e Kobo. Sei da minha completa invisibilidade e do trabalho que terei neste mercado literário e editorial. Mas é assistindo a vídeos como esse que me faz ter mais motivação em continuar. Muito obrigado aí meninas do Carreira Literária. Vamos aos próximos vídeos! Abraços!
Aqui onde eu moro, litoral norte de SP, um "autor" independente, numa livraria onde a gente costuma se reunir, vivia metendo o pau no mercado editorial brasileiro, no que ele considera mau gosto, nos leitores e, principalmente, em autores tipo o Paulo Coelho. Uma vez eu não resisti e falei pra ele: "pelo menos o Paulo Coelho teve êxito comercial escrevendo... Você pode dizer o mesmo a seu respeito?" O "hômi" ficou nervoso "com eu" kk 😂
Eu me lançei a menos de um ano. Montei minha editora seguindo o conselho de Inoue. Acho que vou conseguir viver de literatura, desde que venda meu produto, seja compromissado como escritor e seja atencioso com meus leitores.
Cada escritor pode fazer ou não fazer o que quiser. Mas se me quisessem contratar para escrever um livro, isso ia depender de: 1) O Assunto. 2) A minha familiaridade com o assunto. 3) O público-leitor (o qual posso conhecer ou não). Penso que o profissionalismo do escritor inclui saber para que público ele está escrevendo. Naturalmente, uma obra "de encomenda" tem um quê de artificial, por isso mesmo dependerá de quem escreve estar ou não interessado/estimulado pelo tema ou proposta em questão.
Pois é, foi a primeira coisa que me passou na cabeça quando assisti alguns episódios e entendi a proposta. Achei interessante, mas, sei lá, equivocada e até sabia que não ia dar em muita coisa. Na verdade até fiquei impressionada e com certa inveja de pensar que essa estrutura de demanda seria efetiva nos resultados, quer dizer, "Nossa, esses escritores vão realmente tirar histórias do zero. É, eu não sou escritora...!". Eu não sei como funciona nos EUA, talvez lá tenha uma indústria editorial mil vzs mais madura, avançada e empresarial que a nossa onde isso daria certo. Acho que aqui ainda se tem muito essa visão de arte pela arte, não importa o dinheiro - mas que no fim faz falta e gera mágoa. Pq se vc ganhou muito dinheiro, é pq vendeu muito o que quer dizer que as pessoas gostaram. Só que a gnt sabe que um "best-seller" não é necessariamente um livro bom e profundo (cinquenta tons é best-seller e né...). E um pensamento meu ainda é o medo de o mercado moldar minhas histórias de forma que pareça mais um produto comercial que "minha arte". E eu nao falo de orientação editorial, que é necessário. É muito complicado vc conciliar sua arte com mercado. Não é impossível, mas as vzs parece desestimulante.
A questão do anti-mercado é interessante. É preciso trabalhar-se a ideia de que obter lucro com atividade artística não é algo negativo. Não é à toa que os booktubers vão continuar crescendo e aparecendo; a lacuna não é preenchida pelos grandes grupos de comunicação. Não sei se o Mutarelli foi um bom exemplo para se falar dessa questão. Ele vive em grande centro, às voltas com produtoras, gente interessada em pagar royalties para converter seus escritos em filmes e séries. Talvez fosse mais interessante falar do escritor comum, aquele sem acesso às bênçãos dos grandes jornais e da mesma projeção nas mídias. Esse papo de "bloqueio criativo" do Mutarelli é ridículo, um desrespeito com a editora que trabalha com ele. Ele acaba sendo mais um que usa a coisa pública como se fosse dele, privada. Eu poderia ter buscado editais para publicar meus livros, mas esse beija-mão é exatamente o que o escritor deve evitar, em minha opinião. É um mercado que a gente deve buscar, e não privilégios, esmola do estado. Livro é produto, e essa ideia tem que ser mais defendida. O véu de sacralidade tem que cair mesmo!
Pensamos muito parecido, Michel. Vamos fazer uma parte 2 para esse vídeo, trazendo exemplos de escritores sem essas redes de relacionamentos e fora do círculo de grandes editoras e conseguiram conquistar seu espaço de diferentes formas, porém com algo em comum - entregar um bom livro para um consumidor.
Perfeito comentário. Hoje arte no Brasil (principalmente cinema) ainda sobrevive enraizado no Estado. E a gente sabe do perigo disso e do uso como máquina política. Acho que um grande passo do Carreira Literária é o curso de Escritor Profissional, ajudando o escritor a achar seu público, a se divulgar, a buscar meios de publicação sem ficar se vitimizando. Enfim...
Quando você diz "o livro é um produto. [...] O véu da sacralidade tem que cair" eu fico muito triste. Sempre tive o livro como algo onírico, onde eu poderia fazer a história do jeito que eu quisesse. Mas essa é a realidade: tua história só vai chegar no máximo de pessoas possíveis (mesmo que na minha cabeça seja "chegar em pessoas como eu e que não sei onde estão"), só vai pagar as contas, se vender, se for divulgada, se as pessoas gostarem... E tudo isso é mercado! É aquela realidade fria e cortante, mas sem saída.
Trabalho 40h como professora, se apenas pagassem o meu salário e uma pousadinha numa cidade litorânea, eu já me daria por satisfeita e escreveria um livro em um mês, há ha ha. Me falta é tempo, já que preciso trabalhar, criar as filhas e ainda sou dorminhca( no minimo7h por noite)
Livros sob encomenda da o maior medo. Querendo ou não o processo de criar exige condições favoráveis para isso. Eu não conseguiria escrever tendo em mente q a qualquer momento eu seria despejada do meu apartamento por ex. ou outras questões pertinentes a questões financeiras daquelas q fazem qualquer um perder o prumo. Além disso, a preocupação em entregar uma obra sob encomenda tem tudo para fazer surgir o bloqueio criativo porque ja não é mais um processo criativo é uma encomenda com prazo.
Acredito q justamente por estarmos no Brasil onde a parcela de leitores é muito pequena, ou se vc nao tem outro respaldo financeiro, mesmo a familia, viver de literatura é inviável.
Oi, Deisemar! É justamente por isso que eu acho que o escritor brasileiro deve tomar parte da responsabilidade na luta pelo incentivo à leitura. Moramos em um país, que em pleno século 21, ainda possui um número assolador de analfabetos e analfabetos funcionais. A média da população que consegue ler... não tem o hábito. Ainda por cima a postura de parte dos letrados e do mercado é de que a leitura continue sendo algo para poucos.
Ah. Mário Vagas Llosa em, "Carta a um jovem escritor", fala muito da renúncia a inúmeras atividades de quem pretende se profissionalizar e da importância da disciplina e continuidade (em tempo praticamente integral) na atividade da escrita. Afinal que decidiu ser um escritor tem que encarar a atividade como um trabalho. E ele diz que aqueles que almejam ser tornar escritores profissionais ( e não eventuais), é impossível conquistar tal posição sendo escritor de "vez em quando'", eventual. Pode ser que ocorra a alguém uma inspiração grandiosa, um insght momentâneo, mas sem o trabalho, tal inspiração ficará apenas no plano abstrato.
Tô começando a escrever agora, de repente me veio um desejo de deixar uma herança para quem ficar quando eu deixar de existir, não planejo ficar rico, mas, ser admirado é algo que mexe comigo, pretendo ter um filho e este livro que escrevo é principalmente dedicado a ele ou ela ou eles, ainda não sei, sendo assim meu maior desejo é poder transmitir um valor ou um princípio algo que seja importante, que enriqueça internamente aquele que ler a obra. PS se eu ficar rico escrevendo livros talvez tenha problemas, eu não faço idéia de como gastar dinheiro em grandes quantidades, talvez eu compre um vídeo game. não,espera! Disney, eu iria a Disney!
Eu escrevo pra mim, nunca publiquei nada. É algo espontâneo e quando sento, apenas digito. As vezes, vindo do trabalho paro no acostamento para escrever. Gosto do que escrevo. Uso parte das histórias para lecionar exemplos a meus alunos, tanto pequenos quanto para os maiores. Não faço a mínima ideia de como proceder para publicar um livro. Gosto muito das suas explanações
Muito fácil julgar o cara... não que o que ele tenha feita, dar um soco no outro, seja certo. Mas pelo que sei a rixa entre eles é antiga e o colega provocou. Sinceramente, pelas entrevistas de escritores que já vi, não dá pra viver de literatura. A maioria dá aula, palestras e oficinas. Raimundo Carrero é outro exemplo disso.
Před 6 lety
Universo Particular Não julgamos ninguém. Só apresentamos a fala do próprio Mutarelli, que, aliás, está acessível a qualquer um.
Achei que o vídeo fica sempre tentando dar alfinetadas no Mutarelli. Ficaram o tempo todo falando do Mutarelli e esqueceram de citar exemplos de pessoas que vivem de literatura. Aliás, não precisa nem falar que a entrevista do Murarelli atrapalha quem trabalha com escrita criativa!!
(Universo Particular) Até que enfim alguém fazendo menção ao escritor pernambucano, Raimundo Carrero. Maravilhoso, o meu preferido! Aquele mundo ficcional e a estética, grandemente esplêndidos!
Rapahel Montes despontou vendendo bem todos os seus livros. Partiu até para outras áreas, como roteiros e televisão. Mas quero ver os outros exemplos, não conheço muitos.
Parto do princípio de que escrever é lutar. Para coadunar com Osman Lins que afirmou certa vez que se trata de uma guerra sem testemunhas - é isso que é, a criação de texto chamado literário. No entanto, a história não termina aí: há escritores que se forem tirados dos mundos deles, o livro não sai. Creio que era o caso do saudoso Gilvan Lemos. D'outro lado há escritores que ao chegarem ao término de um trabalho, produzem dez finais diferentes e, escolhem entre os dez, o menos interessante. Enfim, é preciso ir com possível calma e buscar equilíbrio; a folgueira das vaidades existe, mas também há acanhamento, timidez, medo, idiossincrasias. Nem tanto ao âmago; nem tanto ao mercado.
Eu sou daquelas pessoas (iniciantes, amadoras, imaturas, sem experiência de mercado) que fica receosa de o "mercado" molde o que eu quero fazer (artisticamente) para se tornar único e exclusivamente um produto e não algo some te vendável. Um dos meus sonhos é me tornar cineasta, mas, por pesquisar mais desse ramo, sei o quanto o dinheiro intervém na produção. Fazer filme é caro e TEM que dá dinheiro. Nessas horas a "Arte" fica de lado muitas vezes. Aí pensei de tentar publicar minhas histórias em forma de livro primeiro para tentar respeitar a história, a forma como me comunico. Pensava ser uma área em que teria mais "liberdade" (e não estou falando de o editor buscar amadurecer minha escrita, isso é necessário), mas pelo visto.... O mercado está em todo lugar. Não sou contra mercado, lucro, muito pelo contrário, tenho uma cabeça bem "financeira/capitalista", mas fico receosa e triste de pensar em cortar e não lapidar minhas histórias.
Existe a conhecida imagem do artista moderno (daquele velho período moderno, lembram-se?) que brasileiro gosta de viver seu dia a dia, pelas ruas e bares da cidade: do talento desprezado descoberto após a morte, de uma vida pobre e sofrida, do mártir. Vivemos nessa cultura da vitimização, dos coitados injustiçados que ninguém nunca deu nada do que merecem pelo seu esforçado e precioso e único trabalho especial, excepcional. Porém isso não acontece somente do lado dos artistas, mas também do mercado. As editoras sofrem, choram, indignam-se como mães com seus "filhinhos" malcriados. Falta maturidade, compromisso, responsabilidade: seriedade. Há muito, mas muito mais a ser analisado e discutido sobre os problemas mencionados no vídeo. Mas antes de tudo, escrito depois, obrigado, Carreira, pelo espaço e dedicação à literatura.
Eu estou aprendendo a escrever por encomenda (não literatura ainda). No início, escrevia peças minhas e tals. No últimos meses, escrevi duas peças por encomenda e estou partindo para o terceiro texto. Tem sido um exercício desafiador. Também ajudei na criação do piloto de uma série (independente). Vamos ver até onde vai. Rsrs
Tanto não dá para viver de literatura que vocês tão aí fazendo vídeos e montando cursos ou editando livros, se não, viveriam de sua escrita exclusivamente. Vejo vários escritores de sucesso partindo para iniciativas similares, o que prova que viver de royalties no Brasil é para poucos. Ainda assim, geralmente esses poucos têm outras fontes de renda.
Não tem como viver de literatura no Brasil. O brasileiro padrão não gosta de ler e não tem dinheiro para comprar livros. Ser escritor no Brasil é ter a obrigação de ter outra fonte de renda para pagar os boletos, pois com literatura não dá para pagar.
Před 5 lety
De fato, é muito difícil viver de literatura no Brasil, contudo, com o advento de plataformas como wattpad o número de leitores cresce exponencialmente...
Viver apenas de literatura hoje em dia no Brasil, realmente é difícil, porém generalizar não é funcional. Existem sim, grandes autores (as) vivendo de sua arte.
Před 6 lety+2
Ernanda de Almeida Com certeza! Também acreditamos nisso, Ernanda. Na verdade, acreditamos que tem como mais e mais gente poder viver de literatura se acabarmos com essa postura amadora e antiprofissional que, infelizmente, ainda é tão comum no mercado.
@ Os livros são uma forma única, de encontros. Seja com si, com o outro(a) com algo ou alguém, e a falta de responsabilidade com a mensagem passada por alguns, sem dúvidas é um fato triste. Nossa literatura existe/registe apesar de ser tão "sucateada" ainda, e é preciso realmente posicionamentos como desse canal, para alertar muita gente que literatura é nossa cultura, histórias e hora ou outra é nossas vidas retratadas/reveladas.
Excelente vídeo. O escritor deve ser proativo: foca em determinado gênero, elabora e revisa seus textos, divulga, vai atrás do público e cria conteúdos para ajudar o público a aprender. Todos aprendemos juntos.
Eu lembro desse projeto da Companhia e até achei bem legal, sinceramente. A ideia de enviar escritores a países diferentes é mesmo bacana. Agora, li o livro que se passava em Dublin (porque morava na cidade) e achei péssimo. Você não via a cidade como personagem, como acredito que era a intenção. Enfim, uma pena que não deu certo e tantos escritores não entregaram.
O segredo de escrever é pegando o método americano, os métodos americano é sempre leva os gêneros da história do livro, no pé da lê tetra. Exemplo; se for romance, romance. Se for drama, é drama. Se for suspense, suspense e assim por diante. No Brasil é bem diferente, o romance é mais pra drama do que pra romance. Isso geralmente é fato! Um exemplo disso é nas novelas.
É complicado , queria muito associar o amor a escrita e com isso o reconhecimento em dinheiro para para pagar minhas contas ,no entanto a realidade não é contraditória.
Profissionalismo define, mesmo em se tratando de fazer arte. Se um pintor decide que vai fazer uma exposição, ele precisa de produzir obras, onde, quando, investimento, tudo isso... o mecenato é um recurso para foco , penso eu, não para alheamento. Um mecenas liberta o artista criativo de algumas pressões mundanas como, por exemplo, ter dinheiro para as contas do viver. mas não deve escusar a falta de compromisso com a prática, a execução da obra. O escritor versa idéias diariamente na estrutura de um objetivo seja qual tipo de obra queira produzir para ser lida. Lida! Se não chegar a ninguém, um leitor, é diário! Não é ofício. Poderia ser produto de uma terapia ou passatempo, não poderia ser considerado produto de um profissional.
A real mesmo é que as editoras estão muito mais interessadas em publicar biografia de youtuber do que boas histórias escritas por pessoas desconhecidas. É mais fácil você bancar mesmo suas publicações e tentar vender alguma coisa. Difícil mesmo é quando você é uma pessoa completamente introvertida e sem amigos, você acaba escrevendo só para você mesmo. Esse sonho de ser escritor só me rendeu noites mal dormidas e cartelas de diazepam.
Mutarelli é um don quixote brasileiro, adoro seus livros...o trabalho dele é bem difícil pq ele busca uma coerência e honestidade do que ele pensa e do que ele é em toda suas obras e na sua vida. Ele se esforça bastante pra tentar mudar a maneira que as pessoas pensam através nao só dos seus livros, é uma filosofia de vida que ao meu ponto de vista é genial. Ele é o tipo de pessoa que se importa com o ser humano. É o tipo de pessoa q está em extinção.
Muito legal o vídeo mas... eu concordo com ele que não dá pra viver de escrita no Brasil. Acho que são poucos que conseguem e acabam mesmo assim tendo um faturamento maior com cursos ou aulas do que com a venda dos livros em si. Quanto a questão do bloqueio criativo, até entendo que isso pode acontecer por um período, mas 10 anos não rola. Se quer ter a liberdade de escrever quando quiser, continue independente ou faça um contrato baseado nos projetos entregues. Pegar o dinheiro para um projeto e não entregar é complicado. Pelo que vocês falaram, ele parece ser um cara difícil e bem temperamental, isso pode estar complicando a carreira dele mais do que os bloqueios criativos. Acho que deve ser mais difícil escrever na obrigação sobre algo que você não quer, mas não é impossível. Todo escritor acaba criando o seu método e isso ajudaria muito na hora de escrever algo encomendado.
Muito bom Flavia, Parabéns maravilhoso seu comentário o Escritor realmente tem uma grande responsabilidade, ele é formador de opinião ... Tem que ter muito cuidado com o que fala . A gente faz um trabalho sobre a importância da Leitura e ele joga para baixo com uma frase dessa. Foi uma falha um deslise... foi impensada, ou mal colocada... ou um erro de momento... Essas coisas acontecem mas tem que ser evitadas, um abraço
Engraçado que ele é falido mas está na faixa mais rica do imposto de renda, né? Se ele paga 27% do que recebe, ele paga o máximo e já tem uma renda muito maior do que a de grande parte dos brasileiros. Então toda a população que recebe um salário "normal" está falida e não consegue pagar as contas? Não acho que seja o caso
Esse vídeo é muito problemático! Acho que o tom foi sensacionalista quase de propósito. Concordo com muita coisa, mas as próprias expressões corporais deixam espaço pra uma leitura de desprezo. Complicado.
Eu escrevo porque amo! Me faz bem escrever. A única coisa que desejo, de verdade, é ser lido. Posso até continuar na minha atual profissão, sem problemas. Só gostaria de atingir mais pessoas com meus livros.
Excelente a exposição de vocês. O consumidor e o mercado são implacáveis com a falta de compromisso. Uma das grandes maravilhas do capitalismo é justamente essa possibilidade de que qualquer um, em qualquer lugar, possa ter uma ideia que gere valor para outras pessoas e, com isso, vir a ser remunerado. Tem um livro, do economista Tyler Cowen onde ele demonstra que a ideia de "alta cultura" e "baixa cultura" é relativa e que busca pelo lucro não deturpa a cultura, muito pelo contrário. Que jazz e Shakespeare já foram um dia considerados baixa cultura e depois viraram "cult". Países mais ricos e que valorizam o livre mercado produzem muito mais cultura do que países "socialistas". Conseguir viver de arte (ou literatura) sempre foi algo restrito para poucos, mas sempre que um país fica mais rico, mais pessoas conseguem viver de arte.
Oh senhor, quem dera eu fosse enviada para Milão, Roma pra escrever um livro, recebendo adiantado ainda! Eles ganharia dois livros kkkkkk eu entendo bloqueio criativo, inclusive tenho vários, mas aquilo foi um trabalho pago né...
Foi bom desmistificar a matéria. Fiquei bem reflexiva na época e desanimada. A visão de anti mercado é bem comum no Brasil, infelizmente. Vídeo bem esclarecedor.
Caramba, dá pra perceber a indignação com o vitimismo do autor citado, hehehe! Realmente, concordo quanto ao compromisso afirmado com a empresa que patrocina um projeto e depois posar como pobre coitado para justificar o não cumprimento da contraparte. Entretanto eu não concordo com a vulgarização da bela arte que é a Literatura. existem obras voltadas, unicamente para o comércio e populismo, e as obras autorais que não devem ser presumidas dentro de uma limitação temporal. Mas não cabe ao autor submeter seu editor a uma subserviência egocêntrica. Projetos pessoais, problemas pessoais. Contrato firmado, compromisso profissional. O escritor é um autor literário de obras literárias e devem ter seu tempo. Porém, sem sacrificar quem precisa de um produto para justificar sua existência. Ótimo vídeo.
Impossível! Escrever um livro em um mês? Realmente a editora quis extrair água de pedra. Já escrevo o meu (a sério) quatro anos. Espero que esteja ficando bom. Soltei alguns capítulos no Wattpad: www.wattpad.com/story/95570738-o-labirinto-de-notre-dame
Před 6 lety+1
Pitágoras Um mês foi o tempo da viagem, não o tempo dado para escrever o livro.
A meu ver ele é muito pessimista. Quando o livro é interessante, quando prende o leitor, por si só já compensa financeiramente. Mas, creio que por algum tempo. Necessário é manter a criatividade e os estudos para proceder a novos lançamentos. Eu pretendo viver de literatura. E tenho projetos de lançar fora do Brasil também.
Sou escritor, poeta e jornalusta. O primeiro livro foi editado em 1986. Não concordo com Lourenço Mutarelli. O autor deve criar estratégias para a venda de suas obras, saindo de sua zona de conforto. Visitar cescolas, participar de debates, feiras de livro e divulgar nas redes sociais.
E a academia presta para quê mesmo? Você não vê a academia fazer nada em prol dos novos escritores para pelo menos reforçar o nome daqueles que valem a pena serem lidos.
"Não tô nem aí pro leitor" é ruim, hein? Até compreendo o escritor não guiar sua escrita para "agradar o leitor" ou sucumbir perante as críticas dos leitores, mas dizer isso aí vai uma larga distância.
Rsrs eu tava pensando nisso um dia desses: se não tá escrevendo pra ninguém, só pra si, ta escrevendo pq, vai publicar pra que? Deixa em casa, onde só tu lê rsrs. É aquelo velho pensamento do "eu não me importo com o que os outros falam de mim (e por dentro se remoendo ou pq todo mundo fala, ou realmente ninguém se importa)" kkk
Mandem-me a Tóquio, que eu aprenderei japonês (fala e escrita), escreverei o livro nesta língua e na nossa, farei dieta só comendo peixes e salada, ficarei fininho de novo e voltarei para ser o Ministro da Cultura! Kkkkkk
Sinceramente, eu esperava mais conteúdo e mais relacionado ao título do vídeo.. Talvez possam dar umas dicas de como chegar ao sucesso, do quanto é preciso vender para estar confortável, etc . Outra coisa que acho estranho, é se queixarem permanentemente do Brasil não haver o hábito de leitura. O Brasil é um continente, tem mais de 200 milhões de habitantes...
Nesse caso específico da cia das letras, qual era o prazo para entrega do livro? Qual é o prazo normalmente dado ao escritor para a entrega de um livro encomendado?
Escritor clebe Junior Ferreira da Silva escritor independente e mesmo no Brasil e difícil viver de literatura seja flocore literatura cristã e literatura brasileira e muito difícil viver da literatura no Brasil Escritor clebe Junior Ferreira da Silva literatura brasileira cultura e paz que Deus abençoe amem
Só o Paulo Coelho consegue. Mas me parece que mais por suas letras do que pelos livros. Aposto que vocês mesmas investem em criação de curso e canal da web porque se dependesse do livro... Hum, difícil. Vejo vários escritores assim, partindo pro meio editorial pra ver se constrem uma carreira e outros dizendo que é impossível viver do livro em nosso país.
Pessoal aí tá dizendo que a falência das livrarias e editoras se dá em função da mudança do comportamento do leitor e o consumo de ebooks, todavia, SÓ NO BRASIL isto está ocorrendo. Não há crise no meio nos EUA, o que demonstra que a culpa não é do ebook, e sim do país e o descaso que se tem pela cultura nesse país, sobretudo a cultura nacional.
No Brasil tudo que se refere à cultura,educação, artes se não forem livros,obras elitizadas no sentido de ter a fórmula de sucesso mediada, pela mídia cinematográfica, caríssima que ganha muitissimo,são intelectuais nos caminhos das pedras somando conhecimentos
Não falando do autor em questão, mas em geral. Acredito sim em bloqueio criativo. Acontece. Existe altos e baixos na vida de uma pessoa que interfere na sua produção. É muito fácil julgar. Se julgar fosse uma profissão com certeza todo mundo estaria rico. (Principalmente atualmente onde a ignorância ta no auge) É complicado pra cada mente encarar alguns problemas. Ser escritor, querendo ou não é uma profissão solitária, e que exige muito do emocional.
Eu adorei a discussão, assim como adoro vocês. O que acho é que até pela pouca tradição do Brasil com a leitura e com o consumo de livros, a criação literária ainda parece ser fruto somente de inspiração e talento. Coisas que estariam sujeitas a bloqueios criativos como no caso do Lourenço Mutarelli. Existe sim, uma tradição de crítica literária no Brasil que associa a literatura de mercado, preocupada com as vendas, com literatura de baixa qualidade. Uma forma de arte que não merecia ser consumida. Daí provinha a lógica Tostines: vende muito é porque não é bom?; ou não é bom porque vende muito? Percebo que existe no Brasil uma noção de que o escritor, o sujeito que quer fazer literatura, tem que fazê-la como um hobby ou artesanato, sem preocupação com retorno financeiro. Se ele se preocupa em ganhar dinheiro com isso então a sua literatura não seria boa, não passaria pelo crivo do tempo. Mas concordo que para que nosso país tivesse um mercado literário consolidado, assim como o cinema brasileiro, é preciso pensar e agir de maneira diferente. Beijo grande para vocês.
Vídeo ótimo! OBRIGADA. Cada caso terrível de autor com complexo de divindade. Se eu for engenheira de carros, devo fazer um carro que só agrade a mim, ou que seja desejado por todos? A empresa me contrata pra eu entregar o carro, e eu embolso o recurso por 10 anos e ligo o f**-se... que porcaria de engenheira, hein!? Entao, Vale para todo profissional. Autor não é divindade, nem quando se considera artista, porque artista também não é!!
Carai que vídeo mitoso hahhaahhhh Primeiro a Flávia dá uma arregaçada no Lorenço, depois a história do cara saindo na porrada com o outro... hahahahhhahha muito foda...
Creio que esse escritor bloqueado, queira ficar milionário, e não simplesmente viver da escrita. Ele deve ser um perdulario. Se fosse um tantinho frugal, viveria de seus royalties, sem problemas. Talvez, se fosse mais criativo e menos bloqueado, venderia mais livros, como foi sugerido no vídeo.
Oi pessoal! Parabéns pela iniciativa! Vai acontecer aqui em Curitiba a I Bienal Literária Geek LGBTI+ e teremos, dentre outras atrações, podcasts literários. Seria bem legal ter vocês por aqui: bilgbti@gmail.com Abraços!!
Mano Brown , vocalista dos racionais, no roda viva > czcams.com/video/IaQWmNkqkSg/video.html Ele fala , quando é perguntando como escreve as letras, que ele escreve de manha, n a noite, e n quando vem expiração, por que antes de tudo é um trabalho, ele faz isso pra sobreviver, o trabalho dele é esse, e sem trabalho n entra dinheiro. Haruki Murakami no livro dele " romancista como vocação " n vou lembra nas exatas palavras, mais ele escreve todo dia das 1 a 6, mesmo que n seja da forma que ele queira, na revisão ele corrige, ( tb fala sobre fazer exercicios ja que essa profissão faz vc passa muito tempo sentado ) E por ultimo, Eu. eu sou porteiro de um Hospital, e escrevo no trabalho, de segunda a sexta, das 1 a 6 tb, to escrevendo, antes de tira ferias pensei " finalmente vou ter mais tempo pra escrever, com calma, sem as interrupções que tenho no trabalho " mais nas ferias eu n encostei se quer no meus rascunhos Resumo : O escritor tem que escrever, se possivel 6 dias da semana, e se possivel mais que 3 horas por dia, isso antes de tudo é uma fonte de dinheiro ( e do brasil ta mais pra torneira mal feichada ) ._. então n pode vacila
Vendo do ponto de vista educacional, as pessoas estão sem influencias literárias nos seus meios de convivência. Durante a escola, ninguém tem o incentivo certo e tratam a leitura como chata e obrigatória. Histórias em que os leitores não conseguem se identificar, os então leitores. Como um adolescente vai gostar de ler Memórias Póstumas? Ele, provavelmente, não vai ter metade da bagagem intelectual necessária para entender o livro. E digo analisando as aulas hoje e as que tive quando adolescente. Diferente de histórias mais envolventes, uma onda de leitores apareceu com o Percy Jackson, pessoas que nunca haviam terminado um livro na vida. Será que não é hora de pensarmos em estratégias para identificar os leitores com os livros? Tenho um pequeno projeto onde edito e lanço, de maneira acessível, livros de autores periféricos. Poetas, quadrinistas, estudiosos, ficcionistas e tudo mais. Para tentar dar mais voz ao povo e fomentar a leitura de seus iguais.
Engraçado falar sobre literatura brasileira se as citações são James Joyce etc...Talvez o problema do cenário literário brasileiro seja esse : a necessidade em investir massivamente no marketing para a venda do livro pois o brasileiro não consome a literatura que o mercado editorial oferece de forma espontânea e sim cultura POP, digo POP e não popular pois existe uma diferença entre os termos. Concordo com o Edson Gomes sobre o assunto, viver de literatura no Brasil é pra quem tem dinheiro ou alguém que banque a publicação. Se o brasileiro lesse poesia e ficção do mesmo jeito que assiste aos vídeos no youtube talvez estaríamos numa nação melhor com um público leitor REALMENTE EXPRESSIVO . O reflexo disso acredito ser o canal carreira literária ;)
Desculpa falar mas somos 200 milhoes, a tal literatura de "qualidade" so vende 2000? Q tal pensar q o publico tem um gosto e q ele merece ser considerado?
Não acho que a postura do Bernardo seja desonesta. Há uma editora que conhece seu estilo de trabalho e deseja publicar seus livros. Ninguém está sendo enganado. A crítica poderia servir ao Mutarelli pela não entrega do material, já que ele recebeu por isso. Penso que há mais dificuldades para se viver de escrita no Brasil sim; só Paulo Coelho vende milhões escrevendo ficção. Posso estar errado, mas a partir de 20 mil exemplares você é um best seller aqui no Brasil. Murakami se vender só isso no Japão estaria acabado. Mas essa é a realidade e é preciso lidar com ela se o autor quer viver de literatura. Daí cabe sim pensar mais no público, na hora da escrita e na hora da divulgação, no contato permanente que produz e fideliza o leitor. Concordo que exista no Brasil uma espécie de pólos opostos no fazer literário: ou se faz uma literatura comercial, escrevendo-se o que as pessoas querem ler, algo feito para agradar; ou se faz literatura conceitual, uma escrita voltada para a própria crítica literária, para o meio acadêmico e que se pensa artística, de modo que, quanto menos popular, mais bem avaliado será o autor. Precisamos retirar o elitismo e o exclusivismo do fazer literário, encontrando um meio termo entre algo popular e bem estruturado, que possa ser lido em mais de uma camada, por um leitor interessado numa trama sedutora e por outro que analise mais as relações entre forma e conteúdo. É o que tento (acho que por isso ainda não terminei meu livro, rs). Não é fácil, mas convenhamos que nada anda fácil no Brasil, nenhum trabalho. Um abraço!
![[BATE-PAPO] Por que importamos tantos best-sellers??](http://i.ytimg.com/vi/1xgJH2nPym8/mqdefault.jpg)
Sou escritor há quase 20 anos, com três livros físicos publicados, não sou famoso, não publiquei por editoras tradicionais e digo de carteirinha que não dá para viver de literatura no Brasil. Quando digo viver é pagar todas as contas sem ficar com a corda no pescoço. Isso é fato. Quem consegue você conta nos dedos. Eu sempre tive que ter outra profissão para cobrir gastos e até pagar publicações que queria impressa. Fiz cursos de roteiro para tevê e cinema para não ter tanto bloqueio criativo, que só aparece mesmo na formulação da ideia, pois o restante você vai trabalhando na criação de escaletas até o final da história como os escritores de novelas fazem. Eu não gosto de adiantamento para um trabalho, porque a pressão ajuda na ansiedade e acaba "atrapalhando" na criação deixando-a mais pobre. Consigo escrever um livro em um ano ou no máximo em dois. Escrevo sem ter editora para publicar, porque amo o que faço e é automático. A ideia vem, faço a estrutura básica e começo a escrever. Contar uma história que emociona faz parte de mim. Adoro leitores, se eu não gostasse não colocaria histórias em plataformas gratuitas como Wattpad. O leitor é a alma do livro. Fiz muitos eventos literários para ter esse contato direto com eles. Quando alguém me encontra na rua e diz que amou o que escrevi, para mim é a glória total. Não há sentimento igual. Bem, este é o meu ponto de vista. Abraços.
Realmente é muito difícil, Edson. Contudo, o seu comentário é muito inspirador! Fico feliz quando vejo essa postura e essa busca e respeito pelos leitores.
Um abraço
Para de pagar publicação e vai pra tradicional
Caríssimo amigo, se fosse tão fácil assim, eu já estaria lá. Sempre envio originais para editoras mesmo depois de pesquisar muito, e a resposta continua negativa ou quando respondem! Abraços!
Edson poderia me dar algumas dicas?
Existe uma questão não menos importante: talento.
Sou professor de literatura e tenho amigos escritores. Já falei com eles bastante sobre o assunto do vídeo e, inclusive, com editores. No Brasil, há tempos, o que geralmente dá dinheiro no meio literário são duas situações: literatura infanto-juvenil e palestras. A infanto-juvenil tem o privilégio dos livros adotados nas escolas, particulares na maioria das vezes.
Gostei muito da explanação de vocês. Vida longa ao canal.
Um abraço
Em primeiro lugar, é preciso saber de quanto essa pessoa precisa pra viver, já que alguns precisam de muito, e outros conseguem sobreviver com bem menos. Depende muito de cada pessoa.
Exato.
Bloqueio criativo de dez anos? Isso não é bloqueio, isso é falta de interesse em fazer o que tem que ser feito. Veja um filme, escute uma musica, vá meditar, dê uma corridinha. Todo escritor, quando não tem um insight do nada, tem que procurar uma forma de inspiração. E nós, como produtores artísticos, sabemos o que nos inspira. As vezes estou com preguiça de escrever, com medo de não ficar bom porque não estou inspirada, mas sento na frente do computador e coloco os dedos no teclado. É como se os personagens andassem sozinhos, simplesmente flui. Flui do domínio sobre o oficio. E isso se tem a partir de estudo, técnicas, competência, inspiração e respeito por aquilo que se está fazendo e para com as pessoas que estão lendo.
Isso realmente não é desculpa. Tem que ter gás, correr atrás. Não somos seres divinos que devemos receber para ficar parado esperando a inspiração acontecer. Se não tratarmos como oficio, nunca será.
Lorena Saraiva Ai, como faz pra dar 10.000 corações? ❤️❤️❤️😍😍😍
Para vocês né? Indo ver o vídeo novo NOW! Amo o sininho que apita dizendo que tem novidade. Fico inspiradíssima depois de assistir qualquer um deles. HAHA Um beijo.
Stephen King parou de escrever durante 11 anos por causa de um bloqueio.E olha quem ele é...
@@eduardofogaca1484 fonte: Vozes da minha cabeça.
Bloqueio criativo de dez anos 😂😂😂😂😂😂
Eu acho que depende muito de quanto uma pessoa precisa pra viver. Alguns conseguem viver com 2000 mil reais, outros não conseguem viver com 10.000.
Conheço uma família inteira que vive vom menos de R$ 900 reais
Eu passei duas semanas para escrever o meu livro, paguei para um profissional fazer uma revisão. Mas vou publicar na Amazon - AMEI O VÍDEO -
Boa noite! Quanto você pagou pra corrigir sei livro? Eu tô escrevendo meu 1 livro, que vai precisar de revisão.
Prefiro lançar meus livros de modo artesanal, onde gasto menos e faço minha própria divulgação. Geralmente faço fanzines, divulgando meus textos. Se vai chegar a um grande ou pequeno público, que se dane. O importante é chegar, e alguém gostar e elogiar. Isso que é o mais legal.
Faço o mesmo!
É isso, Carlos.
Me manda para Praga que entrego dois livros em dois meses. HAHAHAHAHA
Eu entrego quatro... rs
Eu também, entrego 3.
Estou pronto para dificuldades do mercado literário porque eu sou professor da rede pública estadual do Rio de Janeiro. Sufoco? Passo por vários, desde os quase 5 anos sem aumento até a alunos traficantes armados no interior da escola.
Adorei o vídeo.
Hail Thor Parabéns! É uma pena que o nosso Estado conceda tantos privilégios a todo tipo de classe, e que os professores continuem amargando essa situação. Toda a minha admiração a quem, apesar de todas as dificuldades, ainda dedica a sua vida ao ensino público!
Assistir os videos do carreira literária, inclusive, é uma forma de me inspirar quando estou com preguiça. Porque a palavra é preguiça. HAHAHA
Profissionalismo é tudo!
Me considero escritora, e assim, fui "batizada" ainda muito menina por meu professor de Língua Portuguesa. Sempre escrevi e tudo foi ficando na gaveta. Vi e vejo dificuldades, sim, na questão financeira para editar. Houve um tempo que desisti. Família, filhos, enfim, haviam prioridades ... hoje, ainda acalento essa idéia, estou escrevendo um romance que iniciei há 28 anos... a própria história desta demora daria outra história, e, é o que já estou fazendo. E, mais outra e outra...rsrs... Penso em editar e vender? Claro que sim!
Sou Design Instrucional e Pós Graduada em Gestão do EaD. Tenho um e-book (didático) editado neste assunto, penando um pouco para concretizar o impresso.
Com muita propriedade vocês pontuaram as diversas razões da crise do mercado literário no Brasil. Nada para acrescentar, muito para fazer e transformar. Beijos. Obrigada.
Que incrível Mari!
Não que eu consiga viver de escrita, mas um profissional pouco profissional realmente não conseguirá viver do que quer. Na verdade mesmo lá fora existem diversos autores muito profissionais, para não dizer best-sellers, que trabalham além de escrever.
Inclusive, a reclamação de que o autor só recebe 10% do preço de capa é totalmente não profissional! Se analisarmos que 50% do preço de capa vai para a livraria (e várias estão fechando), 10% para a distribuidora, 10% para o autor, sobram 30% para editora pagar a gráfica, o revisor, o diagramador, o capista, o transporte, os impostos... normalmente sobra para editora por volta de 10%, quando não menos.
De fato, Gian (você sempre faz comentários muito pertinentes =D). Faremos uma parte 2 para esse vídeo porque ainda temos outros aspectos para abordar sobre o tema. Eu tinha um comentário semelhante ao seu sobre a distribuição das porcentagens do valor de capa do livro - sempre citada de forma queixosa. A verdade é que vender livros, no Brasil, não é bom para ninguém. Como você disse... as livrarias, que ficam com metade do valor de capa, estão fechando. Para viver de literatura no nosso país você tem que se encontrar caminhos alternativos.
Inclusive, desculpe se eu antecipei a questão das porcentagens. Escrevi antes mesmo de ouvir que vocês farão um vídeo comentando a respeito. Como eu disse, fiz uma série de textos sobre o mercado, chamado Bastidores Literários, e o primeiro foi exatamente porque um escritor estava reclamando dos 10% de DA.
E tem o problema de caras que ficam boicotando escritores pelas mentiras alheias, não bastasse ficar selecionando "coxinha" ou "mortadela", e ainda acha que paga pouco pro autor...
É a alienação da aliteração
Mas o pior é quando o autor não recebe esses 10%, pois algumas editoras não são transparentes em relação às vendas.
Exatamente, um escritor profissional tem que conseguir escrever sobre qualquer coisa. Você é um produtor de literatura e tem que dominar as ferramentas. Caso contrario, muda o foco.
Eu me dou como exemplo. Não sou famosa, nem best seller aí de uma grande editora e vivo de literatura, inclusive, larguei minha profissão de fotógrafa, há 4 anos! E vivo muito bem, obrigada hehe. Publico a maioria dos meus livros pelo KDP da Amazon e me dá um retorno financeiro maravilhoso. Acho que o que esse autor fez, foi um desserviço! Não motiva em nada escritores que pensam em viver da escrita. É possível sim! Tem que saber o que deseja, ser famoso ou se sustentar e pagar contas? Dá pra fazer um sem o outro ;)
Sobre o q escreve? Pode mandar o link?
Você divulga ou só publicou e não fez nada?
@@henriquenascimento7052 já dizia Mano Brown: Quem não é visto, não é lembrado.
Faço um bom trabalho com divulgação. Comecei no KDP em 2014, em 2015 passei a viver só dos royalties.
Hoje tenho uma assessoria que faz a divulgação pra mim, mas no começo era eu sozinha. E do ano passado pra cá, investi em estudo sobre produção de conteúdo e mkt digital. O bom relacionamento com os leitores é a chave principal, criar uma comunidade, fazer só propaganda não é tão eficaz.
@@silverwolfsnow5573 escrevo Romance Contemporâneo. Vc pode me encontrar no IG @autora.evymaciel
@@EvyMaciel que legal, vou te add☺✌
Acredito, que se a proposta é viver de literatura, deve-se sim estabelecer uma rotina como a dos autores citados e, tentar implementar uma ideia de produção. Paulo Coelho por exemplo, propõe-se a escrever um livro a cada dois anos. Muitos não gostam dele, nem o consideram um escritor de verdade, mas, é um exemplo de sucesso a ser seguido, ou no minimo observado.
Maravilhosas. Acho que uma grande questão brasileira também é a torcida de nariz da "alta literatura" com a literatura de gênero. Eduardo Spohr, André Vianco e Raphael Montes são exemplos de escritores best sellers que simplesmente são esquecidos em toda roda sobre mercado literário justamente por, vejamos, pensarem em mercado e não em literatura. O escritor "profissional" brasileiro ainda pensa nas histórias de drama da meia idade ou na catástrofe de ser brasileiro. A gente sabe como é ser brasileiro, quem não sabe é a elite brasileira, que acaba sendo cliente desse tipo de conteúdo por uma curiosidade de um mundo que não lhes pertence e de um sofrimento que não lhes cabe. Esse realismo vende pra quem não tem a realidade descrita no livro. E a maioria do povo brasileiro já tem uma realidade crua, a gente precisa de mais literatura de entretenimento e de fácil absorção que tire o brasileiro médio da realidade. Acredito que é esse tipo de literatura que falta no mercado pra que ele de fato se torne mercado.
Sei que o que eu escrevo é com a minha "alma", elevo a minha paixão por contar histórias e também sei que estou na área de entretenimento. Meu livro é sim um produto como outro qualquer e quem os consumir deve ser tratado com o devido respeito. Claro, fica estranho em pensar leitores como clientes, mas não deixa de ser verdade. Escrevo pensando em uma futura carreira e como uma fonte de renda, claro. Viver com as coisas que eu escrevo? Na real? Não que eu seja pessimista e nem que eu não acredite no meu potencial. Sou realista. Sei que tem muito trabalho a ser feito, todos os dias. Não é só escrever um livro, o que já é muito trabalhoso. É conquistar leitores, é correr atrás de ser "visto" e lido. Eu já faço parte de uma empresa como escritor independente e meus "livros" são e-books e que são vendidos/baixados em site/aplicativos, como no Google Play Livros e Kobo. Sei da minha completa invisibilidade e do trabalho que terei neste mercado literário e editorial. Mas é assistindo a vídeos como esse que me faz ter mais motivação em continuar. Muito obrigado aí meninas do Carreira Literária. Vamos aos próximos vídeos! Abraços!
Aqui onde eu moro, litoral norte de SP, um "autor" independente, numa livraria onde a gente costuma se reunir, vivia metendo o pau no mercado editorial brasileiro, no que ele considera mau gosto, nos leitores e, principalmente, em autores tipo o Paulo Coelho. Uma vez eu não resisti e falei pra ele: "pelo menos o Paulo Coelho teve êxito comercial escrevendo... Você pode dizer o mesmo a seu respeito?" O "hômi" ficou nervoso "com eu" kk 😂
Eu me lançei a menos de um ano. Montei minha editora seguindo o conselho de Inoue. Acho que vou conseguir viver de literatura, desde que venda meu produto, seja compromissado como escritor e seja atencioso com meus leitores.
Cada escritor pode fazer ou não fazer o que quiser. Mas se me quisessem contratar para escrever um livro, isso ia depender de: 1) O Assunto. 2) A minha familiaridade com o assunto. 3) O público-leitor (o qual posso conhecer ou não). Penso que o profissionalismo do escritor inclui saber para que público ele está escrevendo. Naturalmente, uma obra "de encomenda" tem um quê de artificial, por isso mesmo dependerá de quem escreve estar ou não interessado/estimulado pelo tema ou proposta em questão.
Pois é, foi a primeira coisa que me passou na cabeça quando assisti alguns episódios e entendi a proposta. Achei interessante, mas, sei lá, equivocada e até sabia que não ia dar em muita coisa. Na verdade até fiquei impressionada e com certa inveja de pensar que essa estrutura de demanda seria efetiva nos resultados, quer dizer, "Nossa, esses escritores vão realmente tirar histórias do zero. É, eu não sou escritora...!".
Eu não sei como funciona nos EUA, talvez lá tenha uma indústria editorial mil vzs mais madura, avançada e empresarial que a nossa onde isso daria certo. Acho que aqui ainda se tem muito essa visão de arte pela arte, não importa o dinheiro - mas que no fim faz falta e gera mágoa. Pq se vc ganhou muito dinheiro, é pq vendeu muito o que quer dizer que as pessoas gostaram. Só que a gnt sabe que um "best-seller" não é necessariamente um livro bom e profundo (cinquenta tons é best-seller e né...).
E um pensamento meu ainda é o medo de o mercado moldar minhas histórias de forma que pareça mais um produto comercial que "minha arte". E eu nao falo de orientação editorial, que é necessário. É muito complicado vc conciliar sua arte com mercado.
Não é impossível, mas as vzs parece desestimulante.
A questão do anti-mercado é interessante. É preciso trabalhar-se a ideia de que obter lucro com atividade artística não é algo negativo. Não é à toa que os booktubers vão continuar crescendo e aparecendo; a lacuna não é preenchida pelos grandes grupos de comunicação. Não sei se o Mutarelli foi um bom exemplo para se falar dessa questão. Ele vive em grande centro, às voltas com produtoras, gente interessada em pagar royalties para converter seus escritos em filmes e séries. Talvez fosse mais interessante falar do escritor comum, aquele sem acesso às bênçãos dos grandes jornais e da mesma projeção nas mídias. Esse papo de "bloqueio criativo" do Mutarelli é ridículo, um desrespeito com a editora que trabalha com ele. Ele acaba sendo mais um que usa a coisa pública como se fosse dele, privada. Eu poderia ter buscado editais para publicar meus livros, mas esse beija-mão é exatamente o que o escritor deve evitar, em minha opinião. É um mercado que a gente deve buscar, e não privilégios, esmola do estado. Livro é produto, e essa ideia tem que ser mais defendida. O véu de sacralidade tem que cair mesmo!
Pensamos muito parecido, Michel. Vamos fazer uma parte 2 para esse vídeo, trazendo exemplos de escritores sem essas redes de relacionamentos e fora do círculo de grandes editoras e conseguiram conquistar seu espaço de diferentes formas, porém com algo em comum - entregar um bom livro para um consumidor.
Perfeito comentário. Hoje arte no Brasil (principalmente cinema) ainda sobrevive enraizado no Estado. E a gente sabe do perigo disso e do uso como máquina política. Acho que um grande passo do Carreira Literária é o curso de Escritor Profissional, ajudando o escritor a achar seu público, a se divulgar, a buscar meios de publicação sem ficar se vitimizando. Enfim...
Quando você diz "o livro é um produto. [...] O véu da sacralidade tem que cair" eu fico muito triste. Sempre tive o livro como algo onírico, onde eu poderia fazer a história do jeito que eu quisesse. Mas essa é a realidade: tua história só vai chegar no máximo de pessoas possíveis (mesmo que na minha cabeça seja "chegar em pessoas como eu e que não sei onde estão"), só vai pagar as contas, se vender, se for divulgada, se as pessoas gostarem... E tudo isso é mercado! É aquela realidade fria e cortante, mas sem saída.
Trabalho 40h como professora, se apenas pagassem o meu salário e uma pousadinha numa cidade litorânea, eu já me daria por satisfeita e escreveria um livro em um mês, há ha ha. Me falta é tempo, já que preciso trabalhar, criar as filhas e ainda sou dorminhca( no minimo7h por noite)
Livros sob encomenda da o maior medo. Querendo ou não o processo de criar exige condições favoráveis para isso. Eu não conseguiria escrever tendo em mente q a qualquer momento eu seria despejada do meu apartamento por ex. ou outras questões pertinentes a questões financeiras daquelas q fazem qualquer um perder o prumo. Além disso, a preocupação em entregar uma obra sob encomenda tem tudo para fazer surgir o bloqueio criativo porque ja não é mais um processo criativo é uma encomenda com prazo.
Acredito q justamente por estarmos no Brasil onde a parcela de leitores é muito pequena, ou se vc nao tem outro respaldo financeiro, mesmo a familia, viver de literatura é inviável.
Oi, Deisemar! É justamente por isso que eu acho que o escritor brasileiro deve tomar parte da responsabilidade na luta pelo incentivo à leitura. Moramos em um país, que em pleno século 21, ainda possui um número assolador de analfabetos e analfabetos funcionais. A média da população que consegue ler... não tem o hábito. Ainda por cima a postura de parte dos letrados e do mercado é de que a leitura continue sendo algo para poucos.
Ah. Mário Vagas Llosa em, "Carta a um jovem escritor", fala muito da renúncia a inúmeras atividades de quem pretende se profissionalizar e da importância da disciplina e continuidade (em tempo praticamente integral) na atividade da escrita. Afinal que decidiu ser um escritor tem que encarar a atividade como um trabalho. E ele diz que aqueles que almejam ser tornar escritores profissionais ( e não eventuais), é impossível conquistar tal posição sendo escritor de "vez em quando'", eventual. Pode ser que ocorra a alguém uma inspiração grandiosa, um insght momentâneo, mas sem o trabalho, tal inspiração ficará apenas no plano abstrato.
Tô começando a escrever agora, de repente me veio um desejo de deixar uma herança para quem ficar quando eu deixar de existir, não planejo ficar rico, mas, ser admirado é algo que mexe comigo, pretendo ter um filho e este livro que escrevo é principalmente dedicado a ele ou ela ou eles, ainda não sei, sendo assim meu maior desejo é poder transmitir um valor ou um princípio algo que seja importante, que enriqueça internamente aquele que ler a obra.
PS se eu ficar rico escrevendo livros talvez tenha problemas, eu não faço idéia de como gastar dinheiro em grandes quantidades, talvez eu compre um vídeo game. não,espera!
Disney, eu iria a Disney!
Que coisa mais linda de se ler gente
Eu escrevo pra mim, nunca publiquei nada. É algo espontâneo e quando sento, apenas digito. As vezes, vindo do trabalho paro no acostamento para escrever. Gosto do que escrevo. Uso parte das histórias para lecionar exemplos a meus alunos, tanto pequenos quanto para os maiores. Não faço a mínima ideia de como proceder para publicar um livro. Gosto muito das suas explanações
Veja os videos do canal, tem muitas dicas, hoje da para publicar e criar um nome na internet
Muito fácil julgar o cara... não que o que ele tenha feita, dar um soco no outro, seja certo. Mas pelo que sei a rixa entre eles é antiga e o colega provocou.
Sinceramente, pelas entrevistas de escritores que já vi, não dá pra viver de literatura. A maioria dá aula, palestras e oficinas. Raimundo Carrero é outro exemplo disso.
Universo Particular Não julgamos ninguém. Só apresentamos a fala do próprio Mutarelli, que, aliás, está acessível a qualquer um.
Achei que o vídeo fica sempre tentando dar alfinetadas no Mutarelli. Ficaram o tempo todo falando do Mutarelli e esqueceram de citar exemplos de pessoas que vivem de literatura. Aliás, não precisa nem falar que a entrevista do Murarelli atrapalha quem trabalha com escrita criativa!!
(Universo Particular) Até que enfim alguém fazendo menção ao escritor pernambucano, Raimundo Carrero. Maravilhoso, o meu preferido! Aquele mundo ficcional e a estética, grandemente esplêndidos!
Eu acho que ninguém faz nada bom sob pressão.
Poderiam dar um exemplo positivo, um escritor Brasileiro que vive de literatura.
Juliana Barbosa Com certeza, Juliana! Esse será o tema do vídeo que vai ao ar na semana que vem. ;)
Felizmente temos vários!
@ ufa! KKK
Rapahel Montes despontou vendendo bem todos os seus livros. Partiu até para outras áreas, como roteiros e televisão. Mas quero ver os outros exemplos, não conheço muitos.
Empreendedorismo para escritores!
Martha Medeiros
Parto do princípio de que escrever é lutar. Para coadunar com Osman Lins que afirmou certa vez que se trata de uma guerra sem testemunhas - é isso que é, a criação de texto chamado literário. No entanto, a história não termina aí: há escritores que se forem tirados dos mundos deles, o livro não sai. Creio que era o caso do saudoso Gilvan Lemos. D'outro lado há escritores que ao chegarem ao término de um trabalho, produzem dez finais diferentes e, escolhem entre os dez, o menos interessante. Enfim, é preciso ir com possível calma e buscar equilíbrio; a folgueira das vaidades existe, mas também há acanhamento, timidez, medo, idiossincrasias. Nem tanto ao âmago; nem tanto ao mercado.
Eu sou daquelas pessoas (iniciantes, amadoras, imaturas, sem experiência de mercado) que fica receosa de o "mercado" molde o que eu quero fazer (artisticamente) para se tornar único e exclusivamente um produto e não algo some te vendável.
Um dos meus sonhos é me tornar cineasta, mas, por pesquisar mais desse ramo, sei o quanto o dinheiro intervém na produção. Fazer filme é caro e TEM que dá dinheiro. Nessas horas a "Arte" fica de lado muitas vezes.
Aí pensei de tentar publicar minhas histórias em forma de livro primeiro para tentar respeitar a história, a forma como me comunico. Pensava ser uma área em que teria mais "liberdade" (e não estou falando de o editor buscar amadurecer minha escrita, isso é necessário), mas pelo visto.... O mercado está em todo lugar.
Não sou contra mercado, lucro, muito pelo contrário, tenho uma cabeça bem "financeira/capitalista", mas fico receosa e triste de pensar em cortar e não lapidar minhas histórias.
Existe a conhecida imagem do artista moderno (daquele velho período moderno, lembram-se?) que brasileiro gosta de viver seu dia a dia, pelas ruas e bares da cidade: do talento desprezado descoberto após a morte, de uma vida pobre e sofrida, do mártir. Vivemos nessa cultura da vitimização, dos coitados injustiçados que ninguém nunca deu nada do que merecem pelo seu esforçado e precioso e único trabalho especial, excepcional. Porém isso não acontece somente do lado dos artistas, mas também do mercado. As editoras sofrem, choram, indignam-se como mães com seus "filhinhos" malcriados. Falta maturidade, compromisso, responsabilidade: seriedade.
Há muito, mas muito mais a ser analisado e discutido sobre os problemas mencionados no vídeo.
Mas antes de tudo, escrito depois, obrigado, Carreira, pelo espaço e dedicação à literatura.
Eu estou aprendendo a escrever por encomenda (não literatura ainda). No início, escrevia peças minhas e tals. No últimos meses, escrevi duas peças por encomenda e estou partindo para o terceiro texto. Tem sido um exercício desafiador. Também ajudei na criação do piloto de uma série (independente). Vamos ver até onde vai. Rsrs
parabéns Aharon!
Tanto não dá para viver de literatura que vocês tão aí fazendo vídeos e montando cursos ou editando livros, se não, viveriam de sua escrita exclusivamente. Vejo vários escritores de sucesso partindo para iniciativas similares, o que prova que viver de royalties no Brasil é para poucos. Ainda assim, geralmente esses poucos têm outras fontes de renda.
Não tem como viver de literatura no Brasil. O brasileiro padrão não gosta de ler e não tem dinheiro para comprar livros. Ser escritor no Brasil é ter a obrigação de ter outra fonte de renda para pagar os boletos, pois com literatura não dá para pagar.
De fato, é muito difícil viver de literatura no Brasil, contudo, com o advento de plataformas como wattpad o número de leitores cresce exponencialmente...
Viver apenas de literatura hoje em dia no Brasil, realmente é difícil, porém generalizar não é funcional. Existem sim, grandes autores (as) vivendo de sua arte.
Ernanda de Almeida Com certeza! Também acreditamos nisso, Ernanda. Na verdade, acreditamos que tem como mais e mais gente poder viver de literatura se acabarmos com essa postura amadora e antiprofissional que, infelizmente, ainda é tão comum no mercado.
@ Os livros são uma forma única, de encontros. Seja com si, com o outro(a) com algo ou alguém, e a falta de responsabilidade com a mensagem passada por alguns, sem dúvidas é um fato triste. Nossa literatura existe/registe apesar de ser tão "sucateada" ainda, e é preciso realmente posicionamentos como desse canal, para alertar muita gente que literatura é nossa cultura, histórias e hora ou outra é nossas vidas retratadas/reveladas.
Engraçado é que algumas pessoas querem resultados diferentes, mas repetindo os mesmos atos.
Excelente vídeo. O escritor deve ser proativo: foca em determinado gênero, elabora e revisa seus textos, divulga, vai atrás do público e cria conteúdos para ajudar o público a aprender. Todos aprendemos juntos.
Eu lembro desse projeto da Companhia e até achei bem legal, sinceramente. A ideia de enviar escritores a países diferentes é mesmo bacana. Agora, li o livro que se passava em Dublin (porque morava na cidade) e achei péssimo. Você não via a cidade como personagem, como acredito que era a intenção. Enfim, uma pena que não deu certo e tantos escritores não entregaram.
Adorei. A rápida comparação entre contos, novelas e romances é clara e inspiradora. Assimilei os toques essenciais. Valeu!
O segredo de escrever é pegando o método americano, os métodos americano é sempre leva os gêneros da história do livro, no pé da lê tetra. Exemplo; se for romance, romance. Se for drama, é drama. Se for suspense, suspense e assim por diante. No Brasil é bem diferente, o romance é mais pra drama do que pra romance. Isso geralmente é fato! Um exemplo disso é nas novelas.
Parabéns pelo conteúdo do canal. Estou sempre por aqui, aprendendo com vocês.
É complicado , queria muito associar o amor a escrita e com isso o reconhecimento em dinheiro para para pagar minhas contas ,no entanto a realidade não é contraditória.
Olá Ricart. Fica o convite para você conhecer o Fantasticursos. Não vou postar mais informações aqui por respeito ao trabalho maravilhoso das meninas.
Numa entrevista
de 16 minutos
sobre poesia
não saiu um poema
esta FLÁVIA não passa pano pra ninguém. Tá CERTÍSSIMA!
Profissionalismo define, mesmo em se tratando de fazer arte. Se um pintor decide que vai fazer uma exposição, ele precisa de produzir obras, onde, quando, investimento, tudo isso... o mecenato é um recurso para foco , penso eu, não para alheamento. Um mecenas liberta o artista criativo de algumas pressões mundanas como, por exemplo, ter dinheiro para as contas do viver. mas não deve escusar a falta de compromisso com a prática, a execução da obra. O escritor versa idéias diariamente na estrutura de um objetivo seja qual tipo de obra queira produzir para ser lida. Lida! Se não chegar a ninguém, um leitor, é diário! Não é ofício. Poderia ser produto de uma terapia ou passatempo, não poderia ser considerado produto de um profissional.
A real mesmo é que as editoras estão muito mais interessadas em publicar biografia de youtuber do que boas histórias escritas por pessoas desconhecidas. É mais fácil você bancar mesmo suas publicações e tentar vender alguma coisa. Difícil mesmo é quando você é uma pessoa completamente introvertida e sem amigos, você acaba escrevendo só para você mesmo. Esse sonho de ser escritor só me rendeu noites mal dormidas e cartelas de diazepam.
Mutarelli é um don quixote brasileiro, adoro seus livros...o trabalho dele é bem difícil pq ele busca uma coerência e honestidade do que ele pensa e do que ele é em toda suas obras e na sua vida. Ele se esforça bastante pra tentar mudar a maneira que as pessoas pensam através nao só dos seus livros, é uma filosofia de vida que ao meu ponto de vista é genial. Ele é o tipo de pessoa que se importa com o ser humano. É o tipo de pessoa q está em extinção.
A dica é: se quiser sobreviver com literatura tem que fazer igual a Agatha Christie, mais de 60 livros publicados durante toda a vida.
Muito legal o vídeo mas... eu concordo com ele que não dá pra viver de escrita no Brasil. Acho que são poucos que conseguem e acabam mesmo assim tendo um faturamento maior com cursos ou aulas do que com a venda dos livros em si. Quanto a questão do bloqueio criativo, até entendo que isso pode acontecer por um período, mas 10 anos não rola. Se quer ter a liberdade de escrever quando quiser, continue independente ou faça um contrato baseado nos projetos entregues. Pegar o dinheiro para um projeto e não entregar é complicado. Pelo que vocês falaram, ele parece ser um cara difícil e bem temperamental, isso pode estar complicando a carreira dele mais do que os bloqueios criativos. Acho que deve ser mais difícil escrever na obrigação sobre algo que você não quer, mas não é impossível. Todo escritor acaba criando o seu método e isso ajudaria muito na hora de escrever algo encomendado.
Muito bom Flavia, Parabéns maravilhoso seu comentário o Escritor realmente tem uma grande responsabilidade, ele é formador de opinião ... Tem que ter muito cuidado com o que fala . A gente faz um trabalho sobre a importância da Leitura e ele joga para baixo com uma frase dessa. Foi uma falha um deslise... foi impensada, ou mal colocada... ou um erro de momento... Essas coisas acontecem mas tem que ser evitadas, um abraço
Engraçado que ele é falido mas está na faixa mais rica do imposto de renda, né? Se ele paga 27% do que recebe, ele paga o máximo e já tem uma renda muito maior do que a de grande parte dos brasileiros. Então toda a população que recebe um salário "normal" está falida e não consegue pagar as contas? Não acho que seja o caso
Muita fofoca, e pouco conteúdo de relevância literária. Bom video, para quem fica !
Esse vídeo é muito problemático! Acho que o tom foi sensacionalista quase de propósito. Concordo com muita coisa, mas as próprias expressões corporais deixam espaço pra uma leitura de desprezo. Complicado.
Eu escrevo porque amo! Me faz bem escrever. A única coisa que desejo, de verdade, é ser lido. Posso até continuar na minha atual profissão, sem problemas. Só gostaria de atingir mais pessoas com meus livros.
Excelente a exposição de vocês. O consumidor e o mercado são implacáveis com a falta de compromisso. Uma das grandes maravilhas do capitalismo é justamente essa possibilidade de que qualquer um, em qualquer lugar, possa ter uma ideia que gere valor para outras pessoas e, com isso, vir a ser remunerado. Tem um livro, do economista Tyler Cowen onde ele demonstra que a ideia de "alta cultura" e "baixa cultura" é relativa e que busca pelo lucro não deturpa a cultura, muito pelo contrário. Que jazz e Shakespeare já foram um dia considerados baixa cultura e depois viraram "cult". Países mais ricos e que valorizam o livre mercado produzem muito mais cultura do que países "socialistas". Conseguir viver de arte (ou literatura) sempre foi algo restrito para poucos, mas sempre que um país fica mais rico, mais pessoas conseguem viver de arte.
Oh senhor, quem dera eu fosse enviada para Milão, Roma pra escrever um livro, recebendo adiantado ainda! Eles ganharia dois livros kkkkkk eu entendo bloqueio criativo, inclusive tenho vários, mas aquilo foi um trabalho pago né...
Parabéns, garotas. Vocês colocaram as questões centrais, desse assunto delicado, com bastante pertinência.
Foi bom desmistificar a matéria. Fiquei bem reflexiva na época e desanimada. A visão de anti mercado é bem comum no Brasil, infelizmente. Vídeo bem esclarecedor.
Caramba, dá pra perceber a indignação com o vitimismo do autor citado, hehehe!
Realmente, concordo quanto ao compromisso afirmado com a empresa que patrocina um projeto e depois posar como pobre coitado para justificar o não cumprimento da contraparte.
Entretanto eu não concordo com a vulgarização da bela arte que é a Literatura. existem obras voltadas, unicamente para o comércio e populismo, e as obras autorais que não devem ser presumidas dentro de uma limitação temporal. Mas não cabe ao autor submeter seu editor a uma subserviência egocêntrica. Projetos pessoais, problemas pessoais. Contrato firmado, compromisso profissional.
O escritor é um autor literário de obras literárias e devem ter seu tempo. Porém, sem sacrificar quem precisa de um produto para justificar sua existência.
Ótimo vídeo.
Impossível! Escrever um livro em um mês? Realmente a editora quis extrair água de pedra. Já escrevo o meu (a sério) quatro anos. Espero que esteja ficando bom. Soltei alguns capítulos no Wattpad: www.wattpad.com/story/95570738-o-labirinto-de-notre-dame
Pitágoras Um mês foi o tempo da viagem, não o tempo dado para escrever o livro.
A meu ver ele é muito pessimista. Quando o livro é interessante, quando prende o leitor, por si só já compensa financeiramente. Mas, creio que por algum tempo. Necessário é manter a criatividade e os estudos para proceder a novos lançamentos. Eu pretendo viver de literatura. E tenho projetos de lançar fora do Brasil também.
Gostei dessas duas. Muito bem!
Sou escritor, poeta e jornalusta. O primeiro livro foi editado em 1986.
Não concordo com Lourenço Mutarelli. O autor deve criar estratégias para a venda de suas obras, saindo de sua zona de conforto. Visitar cescolas, participar de debates, feiras de livro e divulgar nas redes sociais.
E a academia presta para quê mesmo? Você não vê a academia fazer nada em prol dos novos escritores para pelo menos reforçar o nome daqueles que valem a pena serem lidos.
Livro técnico vende mais que ficção?
Manaaaa...Eu não sabia que existia escritor calaveira..
"Não tô nem aí pro leitor" é ruim, hein? Até compreendo o escritor não guiar sua escrita para "agradar o leitor" ou sucumbir perante as críticas dos leitores, mas dizer isso aí vai uma larga distância.
Rsrs eu tava pensando nisso um dia desses: se não tá escrevendo pra ninguém, só pra si, ta escrevendo pq, vai publicar pra que? Deixa em casa, onde só tu lê rsrs.
É aquelo velho pensamento do "eu não me importo com o que os outros falam de mim (e por dentro se remoendo ou pq todo mundo fala, ou realmente ninguém se importa)" kkk
Mandem-me a Tóquio, que eu aprenderei japonês (fala e escrita), escreverei o livro nesta língua e na nossa, farei dieta só comendo peixes e salada, ficarei fininho de novo e voltarei para ser o Ministro da Cultura! Kkkkkk
Sinceramente, eu esperava mais conteúdo e mais relacionado ao título do vídeo.. Talvez possam dar umas dicas de como chegar ao sucesso, do quanto é preciso vender para estar confortável, etc .
Outra coisa que acho estranho, é se queixarem permanentemente do Brasil não haver o hábito de leitura. O Brasil é um continente, tem mais de 200 milhões de habitantes...
Vídeo muito esclarecedor.
Nesse caso específico da cia das letras, qual era o prazo para entrega do livro? Qual é o prazo normalmente dado ao escritor para a entrega de um livro encomendado?
Manoo que blusa linda. Amo esse canal e adorei o video!❤
Escritor clebe Junior Ferreira da Silva escritor independente e mesmo no Brasil e difícil viver de literatura seja flocore literatura cristã e literatura brasileira e muito difícil viver da literatura no Brasil Escritor clebe Junior Ferreira da Silva literatura brasileira cultura e paz que Deus abençoe amem
Só o Paulo Coelho consegue. Mas me parece que mais por suas letras do que pelos livros. Aposto que vocês mesmas investem em criação de curso e canal da web porque se dependesse do livro... Hum, difícil. Vejo vários escritores assim, partindo pro meio editorial pra ver se constrem uma carreira e outros dizendo que é impossível viver do livro em nosso país.
Muito legal
Parabéns pelo vídeo!
No instante em que se aceita a tarefa de escrever um livro sob encomenda, você precisa ser o mais profissional possível.
Pessoal aí tá dizendo que a falência das livrarias e editoras se dá em função da mudança do comportamento do leitor e o consumo de ebooks, todavia, SÓ NO BRASIL isto está ocorrendo. Não há crise no meio nos EUA, o que demonstra que a culpa não é do ebook, e sim do país e o descaso que se tem pela cultura nesse país, sobretudo a cultura nacional.
No Brasil tudo que se refere à cultura,educação, artes se não forem livros,obras elitizadas no sentido de ter a fórmula de sucesso mediada, pela mídia cinematográfica, caríssima que ganha muitissimo,são intelectuais nos caminhos das pedras somando conhecimentos
nesse caso um escritor se considerar um amador e dessa forma arcas com as consequências
Não falando do autor em questão, mas em geral. Acredito sim em bloqueio criativo. Acontece. Existe altos e baixos na vida de uma pessoa que interfere na sua produção. É muito fácil julgar. Se julgar fosse uma profissão com certeza todo mundo estaria rico. (Principalmente atualmente onde a ignorância ta no auge) É complicado pra cada mente encarar alguns problemas. Ser escritor, querendo ou não é uma profissão solitária, e que exige muito do emocional.
Eu adorei a discussão, assim como adoro vocês. O que acho é que até pela pouca tradição do Brasil com a leitura e com o consumo de livros, a criação literária ainda parece ser fruto somente de inspiração e talento. Coisas que estariam sujeitas a bloqueios criativos como no caso do Lourenço Mutarelli. Existe sim, uma tradição de crítica literária no Brasil que associa a literatura de mercado, preocupada com as vendas, com literatura de baixa qualidade. Uma forma de arte que não merecia ser consumida. Daí provinha a lógica Tostines: vende muito é porque não é bom?; ou não é bom porque vende muito? Percebo que existe no Brasil uma noção de que o escritor, o sujeito que quer fazer literatura, tem que fazê-la como um hobby ou artesanato, sem preocupação com retorno financeiro. Se ele se preocupa em ganhar dinheiro com isso então a sua literatura não seria boa, não passaria pelo crivo do tempo. Mas concordo que para que nosso país tivesse um mercado literário consolidado, assim como o cinema brasileiro, é preciso pensar e agir de maneira diferente.
Beijo grande para vocês.
O canal sempre com assuntos bem relevantes, Parabéns.
Vídeo ótimo! OBRIGADA. Cada caso terrível de autor com complexo de divindade. Se eu for engenheira de carros, devo fazer um carro que só agrade a mim, ou que seja desejado por todos? A empresa me contrata pra eu entregar o carro, e eu embolso o recurso por 10 anos e ligo o f**-se... que porcaria de engenheira, hein!? Entao, Vale para todo profissional. Autor não é divindade, nem quando se considera artista, porque artista também não é!!
Suas orientações são preciosas e muito generosas. Obrigada!
Carai que vídeo mitoso hahhaahhhh Primeiro a Flávia dá uma arregaçada no Lorenço, depois a história do cara saindo na porrada com o outro... hahahahhhahha muito foda...
Creio que esse escritor bloqueado, queira ficar milionário, e não simplesmente viver da escrita. Ele deve ser um perdulario. Se fosse um tantinho frugal, viveria de seus royalties, sem problemas. Talvez, se fosse mais criativo e menos bloqueado, venderia mais livros, como foi sugerido no vídeo.
Vou voltar para minha terra!
Oi pessoal! Parabéns pela iniciativa! Vai acontecer aqui em Curitiba a I Bienal Literária Geek LGBTI+ e teremos, dentre outras atrações, podcasts literários. Seria bem legal ter vocês por aqui: bilgbti@gmail.com Abraços!!
Gostei muito do vídeo, gostaria mais de saber sobre o mercado literário !
Mano Brown , vocalista dos racionais, no roda viva > czcams.com/video/IaQWmNkqkSg/video.html
Ele fala , quando é perguntando como escreve as letras, que ele escreve de manha, n a noite, e n quando vem expiração, por que antes de tudo é um trabalho, ele faz isso pra sobreviver, o trabalho dele é esse, e sem trabalho n entra dinheiro. Haruki Murakami no livro dele " romancista como vocação " n vou lembra nas exatas palavras, mais ele escreve todo dia das 1 a 6, mesmo que n seja da forma que ele queira, na revisão ele corrige, ( tb fala sobre fazer exercicios ja que essa profissão faz vc passa muito tempo sentado ) E por ultimo, Eu. eu sou porteiro de um Hospital, e escrevo no trabalho, de segunda a sexta, das 1 a 6 tb, to escrevendo, antes de tira ferias pensei " finalmente vou ter mais tempo pra escrever, com calma, sem as interrupções que tenho no trabalho " mais nas ferias eu n encostei se quer no meus rascunhos
Resumo : O escritor tem que escrever, se possivel 6 dias da semana, e se possivel mais que 3 horas por dia, isso antes de tudo é uma fonte de dinheiro ( e do brasil ta mais pra torneira mal feichada ) ._. então n pode vacila
Eu concordo com tudo que vocês falaram.
Ué, o Paulo Coelho não é multimilionário?
Vendo do ponto de vista educacional, as pessoas estão sem influencias literárias nos seus meios de convivência. Durante a escola, ninguém tem o incentivo certo e tratam a leitura como chata e obrigatória. Histórias em que os leitores não conseguem se identificar, os então leitores. Como um adolescente vai gostar de ler Memórias Póstumas? Ele, provavelmente, não vai ter metade da bagagem intelectual necessária para entender o livro. E digo analisando as aulas hoje e as que tive quando adolescente. Diferente de histórias mais envolventes, uma onda de leitores apareceu com o Percy Jackson, pessoas que nunca haviam terminado um livro na vida.
Será que não é hora de pensarmos em estratégias para identificar os leitores com os livros? Tenho um pequeno projeto onde edito e lanço, de maneira acessível, livros de autores periféricos. Poetas, quadrinistas, estudiosos, ficcionistas e tudo mais. Para tentar dar mais voz ao povo e fomentar a leitura de seus iguais.
Engraçado falar sobre literatura brasileira se as citações são James Joyce etc...Talvez o problema do cenário literário brasileiro seja esse : a necessidade em investir massivamente no marketing para a venda do livro pois o brasileiro não consome a literatura que o mercado editorial oferece de forma espontânea e sim cultura POP, digo POP e não popular pois existe uma diferença entre os termos. Concordo com o Edson Gomes sobre o assunto, viver de literatura no Brasil é pra quem tem dinheiro ou alguém que banque a publicação. Se o brasileiro lesse poesia e ficção do mesmo jeito que assiste aos vídeos no youtube talvez estaríamos numa nação melhor com um público leitor REALMENTE EXPRESSIVO . O reflexo disso acredito ser o canal carreira literária ;)
Parabéns pelos vídeos. Excelentes.
Que blusa linda, Andressa. É viciada em harry potter tbm? *_*
Desculpa falar mas somos 200 milhoes, a tal literatura de "qualidade" so vende 2000? Q tal pensar q o publico tem um gosto e q ele merece ser considerado?
Não acho que a postura do Bernardo seja desonesta. Há uma editora que conhece seu estilo de trabalho e deseja publicar seus livros. Ninguém está sendo enganado. A crítica poderia servir ao Mutarelli pela não entrega do material, já que ele recebeu por isso.
Penso que há mais dificuldades para se viver de escrita no Brasil sim; só Paulo Coelho vende milhões escrevendo ficção. Posso estar errado, mas a partir de 20 mil exemplares você é um best seller aqui no Brasil. Murakami se vender só isso no Japão estaria acabado.
Mas essa é a realidade e é preciso lidar com ela se o autor quer viver de literatura. Daí cabe sim pensar mais no público, na hora da escrita e na hora da divulgação, no contato permanente que produz e fideliza o leitor.
Concordo que exista no Brasil uma espécie de pólos opostos no fazer literário: ou se faz uma literatura comercial, escrevendo-se o que as pessoas querem ler, algo feito para agradar; ou se faz literatura conceitual, uma escrita voltada para a própria crítica literária, para o meio acadêmico e que se pensa artística, de modo que, quanto menos popular, mais bem avaliado será o autor.
Precisamos retirar o elitismo e o exclusivismo do fazer literário, encontrando um meio termo entre algo popular e bem estruturado, que possa ser lido em mais de uma camada, por um leitor interessado numa trama sedutora e por outro que analise mais as relações entre forma e conteúdo.
É o que tento (acho que por isso ainda não terminei meu livro, rs).
Não é fácil, mas convenhamos que nada anda fácil no Brasil, nenhum trabalho.
Um abraço!