Videoaula 03 - Postura fenomenológica e psicologia baseada em evidências

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    Um abraço,
    Gabi

Komentáře • 134

  • @victornascimento8190
    @victornascimento8190 Před 3 lety +78

    Quando levanta-se a discussão da PBE (Psicologia baseada em evidências), o foco não é a neutralidade da prática mas sim a evidência cientifica que respalda a prática. Ela busca identificar a melhor evidência de tratamento existente no momento, respeitando a cultura e às preferências dos pacientes. Neste sentido, a PBE não é uma busca por uma verdade absoluta mas o incentivo a pesquisa cientifica e o uso dos resultados produzidos pela ciência na prática clínica. Parabéns por iniciar essa discussão no canal, extremamente importante, queria dar a sugestão de levar alguém dá área para falar um pouco da prática clínica baseada em evidências.

    • @marquesjunior1922
      @marquesjunior1922 Před 3 lety +3

      Perfeito, Victor.

    • @antonio.martins
      @antonio.martins Před 2 lety +2

      Gostei do seu posicionamento.

    • @miguelmarcelo8062
      @miguelmarcelo8062 Před 2 lety +2

      Muito bom encontrar um comentário seu por aqui! Parabéns!!!

    • @boygato20
      @boygato20 Před 2 lety +3

      Ótimo Victor, as pseudociências não prevalecerão!

    • @MrKingston667
      @MrKingston667 Před 2 lety +3

      Isso mesmo Victor. Tive esse mesmo ponto de vista que você ao assistir o vídeo. O ponto aqui seria a busca, por meio de pesquisas científicas, que evidencie quais intervenções psicoterapêuticas demonstrem boa eficácia na evolução do quadro do cliente/paciente, e em quanto tempo isso ocorre. Afinal de contas, é sim relevante que o profissional da psicologia pondere esses dois critérios (eficácia e tempo) para decidir sobre qual terapêutica aplicar. Isso não significa que o profissional deva ser obrigado a adotar uma determinada terapêutica porque esta apresente melhores evidências, mas ele deve ter esse conhecimento para tomar suas decisões clínicas, mesmo que continue com intervenções de menor evidência mas que ele tenha identificação e habilidade profissional em suas aplicações.
      Espero ter contribuído para a discussão.

  • @marquesjunior1922
    @marquesjunior1922 Před 3 lety +26

    Eu gosto bastante do canal e acompanho já tem um tempo cada vídeo. Mas confesso que algumas falas me deixaram muito pensativos (e até tristes) e acho que cabe reflexão de todos nós, e por esse motivo eu enumerei algumas falas que me chamaram muito a atenção:
    (1) "NO MEU PONTO DE VISTA" - a ciência trabalha com fatos e o que se pode extrair pelos dados da experiência, questionar que tipo de ciência é mais uma forma de desviar o olhar para os fatos da realidade e isso recebe o nome de descontinuidade científica;
    (2) "STATUS CIENTÍFICO, PROCESSO E RESULTADO" - foi uma das que achei mais interessante, da mesma forma que quem ocupa o lugar de psicólogo baseado em evidências só pode falar de Fenomenologia e Existencialismo caso conheçam essas referidas teorias, o mesmo valo para o inverso, atualmente temos pesquisas feitas no âmbito das Práticas Baseadas em Evidências (PBE) que localizam a Terapia Baseada em Processos como um ótimo caminho para a redução da manualização das intervenções, adaptando-se por exemplo ao modelo transdiagnóstico do DSM-5, então talvez tenha sido uma fala um tanto quanto equivocada em relação à (PBE), e os resultados irão importar de igual modo que o processo, pois eles farão parte do processo terapêutico, ou seja, da relação terapêutica firme, de engajamento no tratamento e outros pontos;
    (3) "CERTEZA CIENTÍFICA E VERDADE ABSOLUTA" - esse também me deixou um pouco chateado até, o B. F. Skinner já trazia nas suas falas e na construção do seu método que as práticas não podem ser consideradas imutáveis, dado o motivo que o homem (ser humano) não é imutável, na ciência busca-se pela verdade dos fatos e não a verdade absoluta, a certeza científica só é certeza enquanto a mesma funcionar e estiver adaptada para a realidade em questão, todo dado científico é extraído de um contexto específico e de um tempo específico, portanto não existe uma prática mecanicista para ser considerada verdade absoluta;
    (4) "CIÊNCIA POSITIVISTA" e (5) "A CIÊNCIA HUMANA ESTARÁ DEPENDENTE DA INTERPRETAÇÃO DOS FATOS E DE COMO O SUJEITO É NO MUNDO" - o Karl Popper já criticava o método positivista e por isso construiu uma teoria que buscasse testar cada variável, em busca de segurança científica, a interpretação dos cientistas é dada a partir dos fatos e não do que se acha sobre algo, não do que se acredita sobre algo, dado o motivo que não é uma fé e muito menos um achar, vale lembrar ainda que a prática científica é uma prática de como o sujeito ESTÁ no mundo e não de como ele É no mundo, pois somos mutáveis não é mesmos?
    (6) "NÃO HÁ UM LUGAR MAIS VERDADEIRO DO QUE OUTRO" e (7) "RETROCESSO DE PELO MENOS 100 ANOS" - aqui é importante lembrar que a ciência não está querendo roubar lugares, tornar inviável determinadas práticas, muito na verdade a ciência busca expandir as práticas, mas apenas práticas que tenham maior probabilidade de funcionarem e oferecer melhorias para a sociedade como um todo, e com relação à ideia de retrocesso, vale lembrar que nos primórdios da Psicologia as condições eram outras, a sociedade era outra e tampouco havia tecnologia de ponta como hoje, talvez o que se ocorreu aí foi um anacronismo, uma fala confusa;
    (08) "DESQUALIFICAR O CONHECIMENTO", em nenhuma hipótese, a ciência é uma atividade que busca mostrar o conhecimento e testá-lo, analisá-lo, e se para determinadas questões algumas teorias e práticas não se mostram tão eficazes como outras, cabe questionar a prática em si e não brigar com os dados da realidade.
    E por fim, peço que leiam, mas leiam da forma como vocês falaram: com respeito. Tudo bem caso não concordem, de toda maneira a minha intenção foi elucidar alguns pontos que não só para mim, mas como no quesito de dados da literatura podem ser falas equivocadas e que não condizem com o contexto em que vivemos. Cabe também diferenciar a "teoria" do "praticante", uma coisa é a Prática Baseada em Evidências (PBE) e outra coisa é o psicólogo que se diz trabalhar com abordagens que se encontram nesse contexto e muito mais fazem uma divulgação de conversão "nenhuma abordagem presta, apenas as que são baseadas em evidências", esse tipo de fala não condiz com a prática e nem com os seus objetivos.
    A (PBE) vem sendo praticada amplamente no mundo inteiro e chegou no Brasil para ficar, estamos caminhando para um olhar cada vez mais científico (leia-se: de aperfeiçoamento, de segurança teórica e técnica, de coerência com os dados da realidade e de tratamentos realmente seguros e embasados por uma metodologia que ofereça as melhores intervenções possíveis). Em países como EUA e Reino Unido, os cursos de Psicologia funcionam nessa realidade, a (PBE) entra em todo o contexto do curso e os alunos são ensinados desde o início a buscarem o que melhor funciona de acordo com os dados da realidade, de acordo com as pesquisas científicas de ponta.
    Espero ter sido claro e pragmático (não tive como ser muito objetivo como desejava). No mais, abraços e bom domingo.

    • @marquesjunior1922
      @marquesjunior1922 Před 3 lety +6

      E como base de tudo que falei, deixo aqui alguns links:
      Link nº 1, da tese de doutorado do Jan Luiz Leonardi, intitulada "Prática Baseada em Evidências em Psicologia e a Eficácia da Análise do Comportamento Clínica": www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-27092016-154635/publico/LEONARDI_DO.pdf
      Link nº 2, do artigo da Tamara Melnik, Wanderson Fernandes de Souza e Marcele Regine de Carvalho, intitulado "A importância da prática da psicologia baseada em evidências: aspectos conceituais, níveis de evidência, mitos e resistências": rcps-cr.org/wp-content/themes/rcps/descargas/2014/2/2-RCP-Vol.33-No2.pdf
      Link nº 3, do artigo do Jan Luiz Leonardi e Sônia Beatriz Meyer, intitulado "Prática Baseada em Evidências em Psicologia e a História da busca pelas Provas Empíricas da Eficácia das Psicoterapias": www.scielo.br/pdf/pcp/v35n4/1982-3703-pcp-35-4-1139.pdf
      :) São fontes bem introdutórias, recomendo para todos que se interessam pelo o assunto ou até mesmo para quem quiser criticar melhor.

    • @gustavofretta6406
      @gustavofretta6406 Před 3 lety +3

      Sinto uma alegria inenarrável ao ler seu comentário, amigo. Porém, angustia-me pensar que muitos, de pronto, negaram os seus argumentos e encontraram uma maneira de reforçar as próprias crenças.

    • @dagonluke
      @dagonluke Před 3 lety +3

      O alívio que eu senti lendo seu comentário, Marques! Fico feliz que ainda temos pessoas caminhando para uma prática comprometida com a ciência, que não é um caminho de certezas, mas de menos erros e mais ética para com clientes/pacientes.

    • @AxomSoares
      @AxomSoares Před 2 lety +2

      Cirúrgico o seu comentário, companheiro

    • @gleijonessantos4206
      @gleijonessantos4206 Před 2 lety +1

      A PBE veio para ficar e acredito que já está na hora de até mesmo o CFP e vários outros conselhos considerarem um movimento atinente a propostas de reforma dos currículos das Universidades, Centros Universitários e Faculdades, considerando um diálogo voltado a um contexto de segurança teórica e técnica, como você mencionou.

  • @samaracavalcante4697
    @samaracavalcante4697 Před 3 lety +6

    Caramba que felicidade encontrar seus vídeos 💕
    Estou no 6 período de psico e seus vídeos tem me esclarecido muitas coisas

    • @nossogabinete
      @nossogabinete  Před 3 lety +1

      Samara, fico muito contente com sua participação. Seja muito bem-vinda, e vamos seguir estudando juntas!

  • @sotocandoalquimiasonora
    @sotocandoalquimiasonora Před 2 lety +4

    Que alívio em ouvir vcs depois de ver essa onda PBE... eu amo esse não saber e criação do instante , o experimento não agressivo não perigoso e sim prazeroso... esse é meu trabalho, e lembrar da essência ouvindo vcs hoje foi mto bom.. obf

  • @nagilaquezia7929
    @nagilaquezia7929 Před 3 lety +3

    Vídeo excelente 👏👏👏 muito bom trazer essa reflexão, principalmente para nós estudantes da psico que ainda estamos caminhando entre as abordagens

    • @nossogabinete
      @nossogabinete  Před 3 lety

      Obrigada pelo seu comentário. Seguimos estudando juntos e refletindo sobre aspectos da psicologia!

  • @valeriafelix8369
    @valeriafelix8369 Před 3 lety +5

    Parabéns pelo vídeo essa e a resposta exata que gostaria de ter dado a uma pessoa que discriminou nossa abordagem com tanta indelicadeza ha alguns a os atrás, hahaha Larissa sabe do que estou falando, vcs duas são demaisão!!!! Tamo juntasBjs

  • @petradicarlo6835
    @petradicarlo6835 Před 2 lety +1

    Esse vídeo é de uma riqueza...!!! Sem palavras ❤️

    • @nossogabinete
      @nossogabinete  Před 2 lety

      Ah, obrigada pelo carinho, Pétra! Bons estudos!

  • @tatlyra30
    @tatlyra30 Před 3 lety +1

    Caramba adorei esse vídeo! Faz muito sentido pra mim tudo isso, não dá mais pra gente achar que existem verdades absolutas e eternas.

    • @nossogabinete
      @nossogabinete  Před 3 lety +1

      Tatiana, exatamente... Fico contente do conteúdo ter feito sentido para você. Abraços.

  • @luanda.de.oliveira
    @luanda.de.oliveira Před 3 lety +3

    Adorei as reflexões! Também tenho observado bastante essas discussões nas redes sociais. Penso que existe uma necessidade de certezas, pautadas em uma sensação de segurança e controle diante das práticas que produzimos nos espaços de cuidado. Acredito que isso é bem cultural, nascentes do positivismo e também do individualismo, onde realmente acreditamos que saber e controlar a vida é possível e necessário. Quem sabe a rapidez das informações, com as tecnologias, nos possibilite abrir um espaço para repensarmos sobre a fluidez e a provisoriedade de nossas bases? Pesquisar é descobrir e produzir sempre novos olhares... E o fato das pesquisas e teorias serem provisórias pode tornar essa caminhada bem mais leve e criativa.
    Obrigada pelo vídeo! Vocês arrasam!

    • @nossogabinete
      @nossogabinete  Před 3 lety +2

      Luanda, achei uma reflexão muito interessante! Obrigada por compartilhá-la.

  • @mariahelenasantos485
    @mariahelenasantos485 Před 3 lety +2

    Vcs duas são maravilhosas com as explicações 😍

  • @laenaoliveira1436
    @laenaoliveira1436 Před 3 lety +2

    Absolutamente perfeitas! Vídeo incrível

  • @AnaJuliaPereira
    @AnaJuliaPereira Před 9 měsíci

    Interessante o debate; como psicóloga e focando em psicoterapia ( mas sem formação em pós graduação), penso que enquanto metodo de abordar o cliente, o usuario, ela tem eficácia. E essa microvisao, dentro do metodo positivista e dessa psicologia baseada em evidencias é importante, para o desenvolvimento das psicoterapias no seu objetivo de transformar, mudar a vida das pessoas e tratar disfuncionalidades.

  • @antonio.martins
    @antonio.martins Před 2 lety +1

    Bem interessante o posicionamento de vocês.

  • @leilanascimento8619
    @leilanascimento8619 Před 3 lety +1

    Sou fã desse canal!!!

    • @nossogabinete
      @nossogabinete  Před 3 lety

      É uma alegria te ter como aluna Nosso Gabinete!

  • @karinacostabr
    @karinacostabr Před rokem +1

    Disse tudo 😊🎉

  • @felipedamaziopacheco683
    @felipedamaziopacheco683 Před 9 měsíci

    Discussão muito importante!

  • @mariajosesouza6983
    @mariajosesouza6983 Před 2 lety +4

    A PBE não fala sobre verdade absolutas, até porque isto não seria ciência. A ciência questiona sempre seus resultados. A questão básica é encontrar a melhor evidência para determinados tratamentos. A PBE não é presa a nenhuma teoria, todas as teorias estão convidadas a mostrar resultados.

    • @psicologia_e_reflexao
      @psicologia_e_reflexao Před 8 měsíci +1

      Sempre digo que antes de ensinar sobre PBE é preciso ensinar o que é uma evidência e porque isso importa. Parece que precisa ser ensinado até para doutoras em psicologia.

  • @andremadeiro5781
    @andremadeiro5781 Před měsícem

  • @bruxodaren
    @bruxodaren Před 3 lety +2

    Quero rever o video em que você explica os conceitos de humanismo, existencialismo e fenomenologia. Lembro que quando li Psicologia Existencial do Rollo May, ele defendia a ideia de que o existencialismo não era uma abordagem, mas sim uma atitude. Podemos, dentro de outras abordagens como a psicanálise, trabalhar com perspectivas existencialistas? Como já citei em outro comentário, trabalho com a perspectiva do Erich Fromm, que por si só nunca foi um analista ortodoxo. Ele se aproximou muito do humanismo e do existencialismo, mas me questiono se há fenomenologia na obra dele.

    • @nossogabinete
      @nossogabinete  Před 3 lety +1

      Róger, na aula de amanhã toco especificamente nisso: da perspectiva fenomenológica não ser uma teoria, mas uma postura. Vai te ajudar, eu penso. Deixa seu comentário amanhã para ver se a dúvida ainda persiste? Abraço

  • @psicologia_e_reflexao
    @psicologia_e_reflexao Před 2 lety +7

    3:29 "Não é porque você tem a evidência de algo que aquilo é mais verdadeiro do que aquilo que não é observável"... Fiquei bastante intrigado com essa observação. Pareceu-me bastante absurdo. Alguém gostaria de explicar isso?

    • @alaskayoung7414
      @alaskayoung7414 Před 2 lety

      quando se trata da investigação de processos subjetivos, a ciência não está descobrindo ou evidenciando algo num mundo dado, logo, não é só porque ela evidencia que A é verdadeiro que B (por ainda não ser visto) está fora de cogitação; a comprovação em si de um fenômeno é apenas uma visão dele, ele por si só não se esgota, possui vários outros lados a serem vistos, estudados. o fenômeno se manifesta de formas diferentes, em seres diferentes que vieram de histórias diferentes, logo, o fenômeno vai estar sempre em transformação. toda complicação em torno da evidência científica com a psicologia envolve o próprio método científico ter suas bases e princípios criados para investigar uma ciência natural - a terra é redonda e isso é comprovado, não há espaço para um ponto A e B - mas quando se trata de um objeto subjetivo, o cuidado é outro porque são fenômenos sempre em construção, não é um objeto pronto, embalado e esperando pra ser descrito. logo, o que for descrito está sujeito a ser ou falseado ou ampliado, dado que o fenômeno está sempre mostrando novas facetas que não foram vistas e nem por isso são falsas. é o famoso cuidado para que a psicologia não feche a clínica em si própria com a rigidez.

    • @guilherme758351
      @guilherme758351 Před 2 lety

      Eu também achei uma insanidade da parte dela essa colocação (da de cabelo curto).

    • @gabrielvargas5668
      @gabrielvargas5668 Před rokem

      também achei um absurdo

    • @BrunoAlves-vm3tu
      @BrunoAlves-vm3tu Před rokem

      Acho que faltou interpretação de você 😂😂😊

    • @psicologia_e_reflexao
      @psicologia_e_reflexao Před rokem

      @@BrunoAlves-vm3tu E por que em vez de colar carinhas você não me ajuda com a interpretação?

  • @gleijonessantos4206
    @gleijonessantos4206 Před 2 lety +1

    Já li os termos Medicina Baseado em Evidências, Fisioterapia Baseado em Evidências e etc, mas penso que o mais correto seria dizer Práticas Baseadas em Evidências, considerando as evidências nesse contexto para uma melhor atuação dos profissionais em diferentes áreas. Concordo que desqualificar domínios que se posicionam de forma diferente não é uma alternativa para um diálogo mais produtivo.

  • @psicologia_e_reflexao
    @psicologia_e_reflexao Před 2 lety +9

    Se bem entendi, o argumento é que a ciência não produz verdades absolutas e portanto a psicologia fenomenológica não precisa se preocupar em ser científica. Ou seja, foi eliminado o balizamento que a desfavorece.
    Mas e se alguém disser que a psicologia fenomenológica tem o mesmo valor que uma benzeção, ou que uma emissão de pensamento positivo, ou que uma emanação de energia Reiki, ou que qualquer psicologia de botequim? Vocês vão concordar ou haverá aí algum critério de separação?

    • @robertoferreira7540
      @robertoferreira7540 Před 2 lety

      Up

    • @psicologowellingtonreis8833
      @psicologowellingtonreis8833 Před 2 lety +3

      @@psicologia_e_reflexao a fenomenologia é um método, com bases filosóficas bem estruturadas. Bem mais que uma filosofia de botequim.
      Valorizar a subjetividade não a torna menos importante. Se somente o método científico positivista for válido, então devemos desconsiderar a subjetividade de um sujeito que não é observável ou mensurável?

    • @psicologia_e_reflexao
      @psicologia_e_reflexao Před 2 lety +3

      @@psicologowellingtonreis8833 O método científico em voga atualmente não é mais o positivista. Mas entendo o que você quis dizer. Não, o método científico não precisa excluir a subjetividade, mas estudar subjetividade não pode se basear em especulações, em criar um sistema que só faz sentido porque elaboramos teorias dentro das quais ele faz sentido. É preciso validação empírica. O fato é que uma psicologia não pode se sustentar apenas em filosofia, é preciso um estudo mais objetivo e evidenciável para se constituir num tratamento.

    • @psicologowellingtonreis8833
      @psicologowellingtonreis8833 Před 2 lety +3

      Ser objetivo e evidenciável é ser positivista também. A fenomenologia não trabalha com especulações, não trabalhamos nem com explicações, mas sim com descrições dos fenômenos.
      O cliente é que sabe mais sobre ele mesmo, ele que interpreta suas ações.
      Como podemos trabalhar a subjetividade do cliente com objetividade? No sentido de que a vivência dele é única. Claro que há fatores que são semelhantes, como os sinais e sintomas de um transtorno. Contudo, a vivência do cliente desses sinais e sintomas, a relação com eles, é única.
      Mas também entendo o seu ponto, é um debate interessante. Se quiser me passar seu contato, podemos falar mais sobre. Esse tipo de assunto me interessa muito.

    • @psicologowellingtonreis8833
      @psicologowellingtonreis8833 Před 2 lety +2

      @@psicologia_e_reflexao "O método empírico é um método criado para testar a validade de teorias e hipóteses em um contexto de experiência. O método empírico gera evidências, uma vez que aprendemos fatos através das experiências vividas e presenciadas, para obter conclusões."
      Como fazer isso para o que o paciente sente e vivencia? Já que não é algo que pode ser presenciado externamente ao sujeito de forma objetiva.

  • @psicologia_e_reflexao
    @psicologia_e_reflexao Před 2 lety +9

    Qualquer profissão que tenha um senso prático e pretenda realizar algo se preocupa com os resultados e não só com o processo. Não sei porque achar que a psicologia pode ficar de fora disso.

    • @ricardorassan
      @ricardorassan Před 2 lety +1

      Em nenhum momento no vídeo ou nas perspectivas que não são associadas à PBE é dito que deve-se abrir mão dos resultados, das evidências, da pesquisa, da mensuração. Os adeptos da PBE acabam criando essa falsa correlação. O que a Fenomenologia ajuda a entender é que evidência está em perspectiva (ao observador, ao tempo histórico, ao meio de produção social, ao método eleito... ) e que não existe uma melhor ou pior perspectiva, mas existem perspectivas.

    • @psicologia_e_reflexao
      @psicologia_e_reflexao Před 2 lety

      @@ricardorassan Nesse vídeo, isso foi falado logo no início, aos 0:58 segundos. Depois fala de novo aos 3:29. E você acha que Psicanálise e Psicologia Fenomenológica, por exemplo, se preocupam muito com mensuração?

    • @ricardorassan
      @ricardorassan Před 2 lety

      @@psicologia_e_reflexao Em qual fundamentação epistemológica estamos falando dessa mensuração? A fundamentação epistemológica eleita por quem e por qual motivo devemos supor que "seja a base mais correta"? Se a gente antagonizar uma base epistemológica contra a outra a gente tem uma redução das possibilidades de análise, se a gente somar perspectivas podemos dizer que há evidências em um sentido epistemológico e tambem em outro e no outro talvez não haja possibilidade de evidênciação.

    • @psicologia_e_reflexao
      @psicologia_e_reflexao Před 2 lety

      @@ricardorassan Vamos começar pelo final. Se não houver nenhuma possibilidade de evidenciação, não há como dizer que algo foi feito.
      A fundamentação da mensuração tem que ser associada aos objetivos da terapia. A terapia tem algum objetivo? Então esses objetivos têm que poder ser observados quando forem alcançados.
      E aí está a importância da mensuração: terapias que não se preocupam com ela, provavelmente também não se preocupam muito com objetivos.
      Então, você acha que a psicologia fenomenológica estabelece claramente alvos, objetivos, metas... e os mede?

    • @ricardorassan
      @ricardorassan Před 2 lety

      @@psicologia_e_reflexao Em sua argumentação e na dod adeptos da PBE existe esse niilismo ontológico que busca fazer girar a discussão apenas para um eixo epistemológico, o da PBE. Querer criticar uma perspectiva com os elementos epistemológicos de outro é querer falar uma lingua com as bases culturais de outra: vai dar errado, vai haver uma miopia. Para que uma abordagem exista outra não precisa ser invalidada, esse é o erro fundamental da PBE e o perigo de cairmos num facismo intelectual, que busca eliminar aquilo que não se compreende. Se não se criticar, a PBE não vai se estabelecer como uma abordagem dentro da psicologia, mas estará mais para um partido político com uma agenda limitadora das possibilidades de se pensar em ciência, e, de extremismos multiplos sofremos diariamente e o sofrimento disso respinga na clinica cotidianamente. Como ja dito anteriormente neste mesmo canal, querer levar a possibilidade de "uma única psicologia possível" é retroceder mais de um século de desenvolvimento do pensamento científico dentro da psicologia. A PBE levanta excelentes pontos: necessidade de boa formação teórica, epistemológica e científica básica dos psicólogos, a melhor estruturação dos currículos de formação (tema presente nos debates atuais trazido pelo Sistema Conselhos), anreserva de mercado da psicologia, o problema da mistura das psicologias com crendices populares, os vieses de interesse das religiões extremistas(cura gay, kit gay, etc), "coachismo", constelação familiar, politicagem e fake news, dentre várias questões realmente problemáticas que querem associar à psicologia. Outra coisas é querer dizer que somente uma base epistemológica vale para definir objetos, metodos, objetivos e mensuração, válidos e que merecem receber o título de "boa", de "merecer continuar a existir" enquanto possibilidade de reflexão, ética, estética e política dentro d'A Psicologia ou ser eliminada (como já vi e tenho prints de adeptos da PBE, na página de uma organização formal que diz representar a PBE).

  • @RafaelVieira-tv7io
    @RafaelVieira-tv7io Před rokem +1

    Gente, não adianta! Fenomenologia está mais para a filosofia do que para a ciência. E nesse embate a filosofia sempre perde, em qualquer área do conhecimento (física, química, biologia, psicologia...)

  • @marianaaraujo891
    @marianaaraujo891 Před rokem +1

    Eu penso que nenhuma ciência é realmente útil para descrever e medir a realidade quando não há uma postura fenomenológica para interpretar os achados

    • @marianaaraujo891
      @marianaaraujo891 Před rokem +1

      Fiz um exame neuropsicologico recentemente e a profissional diagnosticou cada coisa mais absurda a meu respeito e penso que foi falta de observar o fenômeno tal qual ele aparece pq, pode ser lindo que exista todos aqueles instrumentos e explicações, etc, mas não bate com a realidade. Serve de quê?
      Isso me parece muito mais com fanatismo do que com ciência

    • @psicologia_e_reflexao
      @psicologia_e_reflexao Před rokem

      @@marianaaraujo891 E como que uma pessoa vai diagnosticar fenomenologicamente outra pessoa?

    • @monicaborges2077
      @monicaborges2077 Před 8 měsíci

      ​@@psicologia_e_reflexaoAcho que esse é o ponto de conflito: nem sempre tem que ter diagnóstico, isso é altamente limitante e patologizante. É muito simples observar e tentar compreender fenômenos e de que forma eles impactam a existência da pessoa. A própria psiquiatria se baseia largamente na fenomenologia. Eu sou psicóloga há 10 anos, e posso afirmar com clareza que pelo menos uns 8 a cada 10 pacientes não tem nenhum transtorno ou diagnóstico, tem incômodos das mais variadas formas, e nem sempre isso tem que ser "doença". Eu vejo sempre o pessoal da PBE falando demais em "tal intervenção é padrão ouro para tal diagnóstico", como se isolasaem o diagnóstico da pessoa. Eu vejo que muito se fala hoje do autismo e de border, além da depressão e ansiedade,por exemplo. Cada um desses diagnósticos tem uma intervenção "padrão ouro" Se uma pessoa apresenta comorbidades ela vai em vários psicólogos para tratar cada um dos problemas? A psicologia vai se propor à hiperespecialização assim como a medicina? A visão integral de ser humano fica aonde? A psicologia lida com pessoas, e pessoas não são mensuráveis nem quantificáveis, não tem como quantificar a experiência de vida de alguém, não há como mensurar o sentido da vida de alguém, a não ser que você queira impor algo como correto. Portanto, fenômenos psíquicos são individuais e necessitam de compreensão singular.
      Isso não inválida os estudos experimentais voltados apenas para resultados, ok!

    • @psicologia_e_reflexao
      @psicologia_e_reflexao Před 8 měsíci

      @@monicaborges2077Pessoas também são mensuráveis e quantificáveis, embora obviamente não tão bem quanto objetos. Mas é só ter boa vontade com essa ideia para enxergar como é possível. Se fosse impossível mensurar a experiência de vida de alguém, seria impossível fazer afirmações do tipo: fulano é imaturo, cicrano conhece pouco da vida, beltrana é ingênua... Você pensa que é impossível?
      Diagnóstico não se restringe a classificar transtornos. Diagnóstico é o produto de uma avaliação profissional. Na psicologia, é a descrição resumida da situação que precisa ser tratada no paciente. Pode ser, por exemplo, diagnóstico: paciente não tem paciência com os filhos pequenos. Profissional que não faz diagnóstico nenhum, não sabe o que está fazendo numa atuação.
      Uma forma moderna que começa a ser proposta na PBE é a terapia baseada em processos, que fica menos presa a diagnóstico de transtornos e síndromes.

  • @marcoantoniodasilva1227
    @marcoantoniodasilva1227 Před 2 lety +1

    Se existe uma coisa com resultados comprovados e outra não, porque um paciente vai pagar por aquela que não tem resultados?
    A essa senhora que afirma que "o importante é o processo e não o resultado" eu sugiro então que passe a oferecer todas as suas sessões gratuitamente, afinal segundo o raciocínio dela mesma o importante é o processo e não o resultado financeiro.

    • @psicologowellingtonreis8833
      @psicologowellingtonreis8833 Před 2 lety +6

      De onde você tirou que o método fenomenológico não possui resultados? A questão é: o que são resultados? É o que mensurado somente? E quanto a subjetividade da pessoa que não pode ser mensurada? Não vale de nada só porque não é observável ou não pode ser posta em números?
      A fenomenologia não é contra a ciência positivista, de modo nenhum, mas ela nos leva a questionar a natureza do objeto que estamos estudando e se faz sentido utilizar o método positivista para ele.
      No caso do ser humano, há coisas que podem ser mensuradas e são observáveis, que são trabalhadas pelo método positivista. Entretanto, ainda há uma "parte" do ser humano única, subjetiva e próprio de um sujeito em um contexto.

    • @karinacavadas6137
      @karinacavadas6137 Před 2 lety

      Essa Sra é uma profissional.

    • @psicologia_e_reflexao
      @psicologia_e_reflexao Před 8 měsíci

      @@karinacavadas6137Que eu saiba, profissionais se preocupam com resultados do seu trabalho. Vc concorda?

    • @psicologia_e_reflexao
      @psicologia_e_reflexao Před 8 měsíci

      @@psicologowellingtonreis8833Dê exemplo de um resultado não mensurável nem observável. Como vc sabe que foi alcançado?

  • @acolherpsicolutos
    @acolherpsicolutos Před 10 měsíci

    poderiam indicar textos....

    • @nossogabinete
      @nossogabinete  Před 10 měsíci +1

      Olá! Todas as nossas playlists são baseadas em algum livro! Essa, por exemplo, tem como base o livro "Psicologia Fenomenológica" da Yolanda Forghieri :)

    • @acolherpsicolutos
      @acolherpsicolutos Před 10 měsíci

      tem mais alguns outros especificos para indicar? pois eu irei dar aula dessa disciplina e se puder indicar coisas especificas vai me ajudar muitoooooo@@nossogabinete

  • @valeriafelix8369
    @valeriafelix8369 Před 3 lety

    Digo anos

  • @guilherme758351
    @guilherme758351 Před 2 lety

    Relativismo hein, tem coisas que não dá para isso

  • @guilherme758351
    @guilherme758351 Před 2 lety

    😂 "observação no positivismo um retrocesso de 100 anos 😂... então o processo na não observação é um retrocesso de 300 mil anos! Affff, 3:4... cabelo curto

    • @psicologia_e_reflexao
      @psicologia_e_reflexao Před 8 měsíci

      Bem colocado! rss... Fico impressionado com duas mulheres que fizeram doutorado tendo esse tipo de ideias.