36Fabrica de cortiça parte 2

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  • čas přidán 10. 09. 2024
  • Rolhas são tampas usadas para selar garrafas de vinho. Elas são tipicamente feitas de cortiça (casca do sobreiro), embora materiais sintéticos também possam ser usados. Formas alternativas para selar garrafas de vinho são as tampas roscadas e de vidro. Da cortiça produzida no mundo, 68% se destinam a produzir rolhas para vinho.
    As rolhas são produzidas para vinhos e para espumantes. Esses últimos são engarrafados sob pressão, forçando as rolhas para que assumam uma forma de cogumelo. Elas são amarradas com uma gaiola de arame de aço chamada muselet.
    História
    Rolhas sintéticas
    Até meados do século XVII, os viticultores franceses não utilizavam rolhas de cortiça, e sim trapos envolvidos em óleo, forçados contra os gargalos das garrafas. O inventor das tampas feitas de cortiça é desconhecido. Histórias coloquiais atribuem a invenção ao monge beneditino Dom Pérignon. No início do século XXI, o problema do “gosto de rolha” se tornou prevalente, levando muitos produtores a abandonar o uso da cortiça, em favor de alternativas. As tampas roscadas se tornaram especialmente importantes na Austrália e Nova Zelândia até 2010.[1]
    A partir dos problemas com o “cheiro de rolha”, a indústria de cortiça investiu em novas técnicas e equipamentos, reduzindo o produto químico TCA (2-4-6 Tricloroanisol) no vinho em 95%, e começaram a promover os benefícios ambientais e econômicos da cortiça.[1]
    Produção
    Máquina de arrolhamento manual, fabricada em torno de 1870
    Como outros produtos de cortiça, as rolhas de cortiça natural derivam da casca de sobreiros (Quercus suber). A árvore é cuidadosamente descascada, e a casca é cortada em lâminas antes do processamento. O sobreiro não é cortado, e somente cerca de metade da sua casca é removida a cada vez. Os sobreiros são descascados pela primeira vez aos 25 anos, e o processo é repetido a cada nove anos. Depois da terceira operação, a casca tem qualidade suficiente para produzir rolhas para vinho.[2]
    Portugal é o maior produtor de cortiça do mundo, com 52,5%, seguido pela Espanha, Itália e Argélia. A maior parte da produção de Portugal está na região do Alentejo, com 72% da produção nacional.[2] Da cortiça produzida no mundo, 68% se destinam a produzir rolhas para vinho.[2]
    Produtos
    As rolhas podem ser feitas de várias maneiras:[2]
    Rolhas de cortiça natural são feitas a partir de uma única peça da casca e têm a melhor flexibilidade, mantendo o selo forte para envelhecer o vinho por mais de cinco anos.
    Rolhas colmatadas são feitas a partir de uma única peça da casca, mas têm poros que são preenchidos com cola e pó de cortiça. Elas são mais fáceis de remover da garrafa, e são boas para envelhecimento médio.
    Rolhas multipeças têm duas ou mais peças reunidas com cola. Elas são mais densas do que as de peça única, e não são boas para envelhecimento prolongado.
    Rolhas aglomeradas são feitas de pó de cortiça e cola, e são densas e baratas, mas não são boas para selar o vinho por mais de um ano.
    Rolhas técnicas são rolhas aglomeradas com pedaços inteiros de cada lado.
    Atributos
    Rolhas de cortiça são resistentes à umidade, demoram a se deteriorar, ajudam no envelhecimento do vinho e proporcionam um selo à prova d’água. As rolhas estão associadas a vinhos de alta qualidade, especialmente porque as tampas alternativas mais baratas são comuns em vinhos de baixo custo.[1]
    Dada a estrutura celular da cortiça, ela é facilmente comprimida quando inserida na garrafa, e se expande para formar um selo compacto. O diâmetro interno do gargalo da garrafa de vidro tende a ser inconsistente, tornando esta habilidade de selar, mesmo com contração e expansão variáveis, um atributo importante. Entretanto, defeitos naturais inevitáveis, canais e trincas na casca tornam a cortiça altamente inconsistente. Em um estudo de 2005 sobre a vedação, 45% das rolhas mostraram vazamento de gás durante testes de pressão, tanto pelos lados da rolha quanto pelo próprio corpo.[3]
    Um estudo conduzido pela PricewaterhouseCoopers, contratado pelo grande fabricante Amorim, concluiu que a rolha de cortiça é o fechamento mais responsável ambientalmente, em uma comparação de avaliação do ciclo de vida de um ano, comparada com rolhas plásticas e de alumínio rosqueado.
    Fonte: pt.wikipedia.o...

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