Conceito de totalitarismo (1ª parte)

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  • čas přidán 22. 08. 2024
  • Este é um vídeo de cunho acadêmico em que são apresentadas as bases teóricas do conceito de totalitarismo conforme apresentado no livro “Dicionário de Política”, organizado por Norberto Bobbio, às páginas 1247-1259 - verbete “totalitarismo”.
    Outra leitura importante sobre o tema é o livro “A reconstrução dos direitos humanos”, de Celso Lafer.
    O totalitarismo é um tipo de ditadura que se caracteriza por:
    1) Possuir um único partido político de massa;
    2) Idealizar o líder político como sendo o único responsável pelo sucesso do regime;
    3) Realizar forte mobilização da sociedade em prol do Estado;
    4) Possuir uma ideologia oficial divulgada pelos meios de comunicação;
    5) Realizar uma forte penetração do Estado nos assuntos privados dos cidadãos;
    6) Atuar com base no terror.
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Komentáře • 32

  • @rafaelalmeidamagalhaes8425

    Professor, o liberalismo também não seria um regime totalitário? Haja vista o culto ao líder (nação, se pensarmos o modelo Norte americano), a manutenção do sistema de classes e dos grupos pertencentes a estas classes; um sistema de educação e propaganda que virtualiza liberdades, mas reproduz servidão....

  • @ninguemninguem532
    @ninguemninguem532 Před 8 lety +5

    Qui saudades das suas aulas prof.

    • @ProfMatheusPassos
      @ProfMatheusPassos  Před 8 lety

      +minato kiko Estou por aqui pelo CZcams também! :) Se puder assinar o canal e compartilhar o vídeo fico agradecido. Forte abraço e volte sempre!

  • @ProfRonaldoBastos
    @ProfRonaldoBastos Před 8 lety +3

    Prof. Matheus, outros livros interessantes são "As origens do totalitarismo" e "Eichmann em Jerusalém", ambos de Arendt, e também, para uma tentativa de diferenciar o totalitarismo de Hitler do de Stálin, "Alguém disse totalitarismo?", de Zizek. Excelente vídeo. Abs.

    • @ProfMatheusPassos
      @ProfMatheusPassos  Před 8 lety

      +Ronaldo Bastos Obrigado pelo seu comentário! Os livros que você indicou também são excelentes -- para não dizer fundamentais -- para se compreender o regime totalitário. Se puder assinar o canal e compartilhar o vídeo fico agradecido. Forte abraço e volte sempre!

    • @ProfRonaldoBastos
      @ProfRonaldoBastos Před 8 lety +1

      Já sou assinante há longo tempo... Compartilho próxima semana na minha fan page: facebook.com/ojovemjurista. Abs.

    • @ProfMatheusPassos
      @ProfMatheusPassos  Před 8 lety +1

      +Ronaldo Bastos Seu canal está lá em destaque na página inicial do meu! Tinha me esquecido disso, por isso pedi para se inscrever hehehe. Forte abraço!

  • @luis-hq8cy
    @luis-hq8cy Před 4 lety

    👏🏻👏🏻👏🏻

  • @CanalLivremente
    @CanalLivremente Před 7 lety +1

    Uma aula maravilhosa!

    • @ProfMatheusPassos
      @ProfMatheusPassos  Před 7 lety

      Obrigado pelo comentário e por ter me dado a oportunidade de ter te ajudado um pouco! Não se esqueça de curtir e de compartilhar o vídeo e também de se inscrever no meu Canal. Faz uma diferença enorme pra mim. Um abraço e volte sempre!

  • @123juniorlove
    @123juniorlove Před 8 lety

    Muito bem explicado, Obrigado professor!

    • @ProfMatheusPassos
      @ProfMatheusPassos  Před 7 lety

      Obrigado pelo comentário! Não se esqueça de curtir e de compartilhar o vídeo e também de se inscrever no meu Canal. Faz uma diferença enorme pra mim. Um abraço e volte sempre!

  • @matheusrenner3122
    @matheusrenner3122 Před 8 lety +1

    Excelente aula prof. Abs

    • @ProfMatheusPassos
      @ProfMatheusPassos  Před 8 lety

      +Matheus Renner Obrigado pelo seu comentário! Se puder assinar o canal e compartilhar o vídeo fico agradecido. Forte abraço e volte sempre!

    • @matheusrenner3122
      @matheusrenner3122 Před 8 lety +1

      +Prof. Matheus Passos Já sou assinante do canal prof. Suas aulas são as melhores! :)

    • @ProfMatheusPassos
      @ProfMatheusPassos  Před 8 lety

      +Matheus Renner Obrigado mais uma vez! Um abraço.

  • @marcosribas4464
    @marcosribas4464 Před 6 lety

    Sensacional adorei ganhou mais um escrito. Aula senssacional sem viés ideológico falando somente a verdade.

    • @ProfMatheusPassos
      @ProfMatheusPassos  Před 6 lety

      Obrigado pelo seu comentário e pela sua presença aqui no meu Canal! Fico feliz e satisfeito por te auxiliar nos seus estudos. Te convido agora a conhecer meu site: profmatheus.com. Dá uma olhadinha, tenho a certeza de que encontrará algo interessante por lá. E agradeço também por ter se inscrito no meu Canal :) Um abraço e volte sempre!

    • @marysasilva5426
      @marysasilva5426 Před 6 lety

      Um Boa explicação 🤓🤓🤓

  • @cleonicemarques2737
    @cleonicemarques2737 Před 8 lety

    Boas informações, um vídeo muito rico.

    • @ProfMatheusPassos
      @ProfMatheusPassos  Před 7 lety

      Obrigado pelo comentário! Não se esqueça de curtir e de compartilhar o vídeo e também de se inscrever no meu Canal. Faz uma diferença enorme pra mim. Um abraço e volte sempre!

  • @advmatheuskehl
    @advmatheuskehl Před 8 lety +1

    Vargas era totalitário?

    • @ProfMatheusPassos
      @ProfMatheusPassos  Před 8 lety +1

      +Matheus Kehl Existem inúmeros autores que afirmam que sim.. Realmente é possível perceber várias características do totalitarismo no período do Vargas, mas em minha opinião o elemento do terror não estava presente. Assim, na minha visão o regime de Vargas era um "quasi-totalitarismo". Obrigado pelo seu comentário! Se puder assinar o canal e compartilhar o vídeo fico agradecido. Forte abraço e volte sempre!

  • @rubemsalinazevedo4503
    @rubemsalinazevedo4503 Před 5 lety

    Faltou a coragem de citar Cuba como um regime totalitário.

    • @ProfMatheusPassos
      @ProfMatheusPassos  Před 5 lety +3

      Obrigado pelo seu comentário e pela sua presença aqui no meu Canal! Fico feliz e satisfeito por te auxiliar nos seus estudos.
      Em tempos difíceis como os que vivemos hoje, muitas vezes as pessoas querem utilizar rótulos para "A" ou "B" apenas por uma questão de tentar menosprezar seu "opositor". Um exemplo simples são os adjetivos "coxinha" e "petralha", cujo conteúdo - vazio, diga-se de passagem - apenas serve para (tentar) delimitar uma linha entre "nós" e "eles".
      E isso, infelizmente, muitas vezes ocorre com conceitos da ciência política. As pessoas acham que a ciência política é o mesmo que política, fazendo confusão e mais prejudicando do que auxiliando no debate teórico-acadêmico sobre o tema a respeito do qual falam.
      Por que estou dizendo isso? Ora, é simples. Porque sob uma perspectiva conceitual, ou seja, fundamentada exclusivamente em um conceito - e não naquilo que "eu acho" ou que "eu quero que seja" -, Cuba nunca foi, não é e muito provavelmente nunca será um país totalitário.
      Logo, não é falta de coragem, mas sim utilização correta de conceitos da CIÊNCIA política - e não de conceitos em nome de política(gem).
      Te convido agora a conhecer meu site: profmatheus.com. Dá uma olhadinha, tenho a certeza de que encontrará algo interessante por lá. E agradeço também se puder se inscrever no meu Canal, caso ainda não esteja inscrito, sem esquecer de clicar no “sininho” para receber as notificações dos próximos vídeos :) Um abraço e volte sempre!

    • @rubemsalinazevedo4503
      @rubemsalinazevedo4503 Před 5 lety

      Vi alguns de seus vídeos e achei-os interessantes. Agora sabendo que você não reconhece o regime cubano como totalitário, segundo os 6 pontos que utiliza para essa classificação, tenho que abaixar meu conceito do conteúdo do canal e demais materiais que divulga. E eu sinto muito por isso. Até pela dedicação que deposita no conteúdo. Vamos aos 6 pontos então:
      1) Possuir um único partido político de massa;
      Precisa comentar esse item?
      2) Idealizar o líder político como sendo o único responsável pelo sucesso do regime;
      Fidel Castro ficou por décadas comandando o país com mãos de ferro;
      3) Realizar forte mobilização da sociedade em prol do Estado;
      Durante décadas também foi proibida todos os tipos de iniciativa privada, só ultimamente começou uma maior liberalização da economia em que pequenos comércios e lojas são permitidos. Mas até então tudo funcionava em função do Estado.
      4) Possuir uma ideologia oficial divulgada pelos meios de comunicação;
      Segundo relatos só existia até recentemente apenas a tv estatal e até os livros permitidos eram basicamente de doutrinação Marxista.
      5) Realizar uma forte penetração do Estado nos assuntos privados dos cidadãos;
      Segundo relatos é proibido ainda hoje criticar o regime. E quem faz isso corre risco de ser denunciado por um vizinho, um parente ou amigo ao governo e sofrer perseguições.
      6) Atuar com base no terror.
      E os assassinatos em massa de adversários do regime? A declarações na ONU do Guevara a esse respeito. E todos sabem que ocorreram. Considere-se também o comentário do item 5)
      Portanto pelo seus próprios critérios eu afirmo que Cuba, pelo menos até a morte de Fidel Castro, era um regime totalitário. E se ainda não o É é um quase-totalitário segundo classificação usada neste vídeo.

    • @ProfMatheusPassos
      @ProfMatheusPassos  Před 5 lety +3

      Bom, parece-me que você não compreendeu alguns dos 6 itens - ou talvez eu não tenha explicado os mesmos muito bem. Independentemente de quem esteja errado - você por não entender ou eu por não explicar direito -, vou aqui corrigir alguns erros na sua interpretação sobre estes pontos. Não todos, porque sua interpretação sobre alguns destes pontos está correta, mas outros estão errados. E vou aqui fundamentar-me em conceitos definidos pela ciência política, não em “relatos” - os quais podem ser verdadeiros, mas também podem ser falsos.
      1) “Realizar forte mobilização da sociedade em prol do Estado” e 2) “Realizar uma forte penetração do Estado nos assuntos privados dos cidadãos”: a penetração-mobilização não tem absolutamente nenhuma relação com liberalização da economia, nem nenhum tipo de relação com iniciativa privada, nem com a possibilidade ou não de criticar o regime. Este conceito está diretamente relacionado à capacidade do regime político de controlar todos os aspectos da vida cotidiana das organizações sociais e da vida privada do cidadão. Estamos falando aqui em, por exemplo, o Estado definir claramente a que horas o cidadão vai se levantar da cama; falamos aqui no Estado definir onde o indivíduo vai morar e com quem vai morar, incluindo, mas não limitando-se, à definição de quem será o marido/a esposa da pessoa, isso sem falar nas casas comunais, em que o Estado definia que famílias diversas morariam no mesmo apartamento, por exemplo. Em suma, os controles do totalitarismo incidem mais profundamente sobre o tecido social em grau superior ao de qualquer outro período histórico. Mais que isso, vale destacar que a penetração-mobilização não está relacionada a uma ou outra pessoa, mas sim a todos os cidadãos e organizações submetidos a tal regime político.
      3) “Atuar com base no terror”: o terror não tem nada a ver com “assassinatos em massa”. O terror tem a ver com a existência de uma polícia secreta cuja função é se infiltrar no tecido social e fazer com que absolutamente todos os cidadãos sejam transformados em potenciais “inimigos do Estado”. Em outras palavras, o terror é dirigido de uma forma própria não apenas contra os inimigos plausíveis do regime, mas também contra classes da população arbitrariamente escolhidas. O terror atinge, na verdade, não apenas os inimigos reais (o que acontece na fase da instauração do regime), mas também e especialmente os inimigos “objetivos”, cuja identidade é definida pela orientação político-ideológica do governo mais do que pelo desejo desses inimigos em derrubá-lo. Ao fim e ao cabo o terror escolhe também vítimas escolhidas inteiramente ao acaso, que nada têm a ver com uma eventual oposição ao regime político instaurado. Para se ter uma noção do que é o terror totalitário, é necessário assistir ao filme “O pianista”, especialmente uma cena em que soldados nazistas param um grupo de judeus e matam alguns de maneira aleatória. Veja-se uma explicação mais detalhada sobre o tema: “o terror totalitário diferencia do terror usado pelos regimes autoritários tanto pela qualidade como pela quantidade. Ele atinge até os inimigos presumidos ou ‘objetivos’ e outras vítimas inocentes: nesse caso, as vítimas não se tornam objeto do terror porque são ‘inimigos’ ou ‘traidores’, mas tornam-se ‘inimigos’ ou ‘traidores’ porque são objeto do terror; atinge profundamente camadas inteiras ou grupos profissionais ou grupos étnicos, e os atinge de modo contínuo e capilar: todos se sentem sob o constante controle da polícia e ninguém pode dizer-se livre do terror totalitário. Esta espécie de terror é um instrumento essencial do domínio totalitário: inibe qualquer tipo de oposição, força a adesão e a sustentação entusiástica do regime e conduz a um ponto máximo a penetração e a mobilização política da sociedade” (STOPPINO, Mario. Dicionário de política, verbete totalitarismo. Brasília: Ed. UnB, 1998, p. 1255).
      Feitas estas explicações, as quais espero que estejam claras, e aplicando-as ao regime cubano, é necessário claramente fazer uma distinção entre o período governado pelo Fidel Castro e o período pós-Fidel. E mesmo durante o período de governo dele é necessário dividir entre o Fidel “até 2000” e o Fidel “pós-2000”, porque sabe-se que inúmeras mudanças ocorreram ainda durante o período de governo dele.
      E aqui vale dizer: essa divisão em 3 etapas - (1) Fidel “pré-2000”, (2) Fidel “pós-2000” e (3) “pós-Fidel” - evoca clara e inequivocamente uma abertura gradual do regime cubano. Negar que isso ocorreu (e continua ocorrendo) é querer “forçar a barra” acerca da realidade pela qual determinado regime político passou. Dizer que o período atual (3) tem as mesmas características que o período (1), ou até mesmo que o período (2), repito, é “forçar a barra”.
      Nesse sentido, durante o período (1) existiam os seguintes itens (a numeração a seguir engloba os itens que você colocou em sua resposta): 1, 2, 3, 4 e talvez o 5 - mas não o item 6, o terror, que é um dos elementos principais/centrais na definição de totalitarismo segunda a autora que é a mais reconhecida sobre o tema (Hannah Arendt). Segundo ela, se não houver terror, não há totalitarismo. E no período (1) não havia terror, já que a violência do Estado cubano nas décadas de 1960 e 1970 eram direcionadas a pessoas específicas, não de maneira aleatória conforme a definição de Hannah Arendt. Mais que isso, mesmo durante tal período existia oposição a Fidel, enquanto que a existência do terror impede qualquer tipo de oposição, como dito acima. Além disso, vale destacar que ainda que houvesse “idealização” de Fidel, este não governava sozinho e do jeito que queria, já que era circundado por pessoas - Guevara, por exemplo - que dividiam o poder político com ele. Já um ditador totalitário exerce um poder absoluto sobre a organização do regime, fazendo flutuar as hierarquias a seu bel-prazer, o que Fidel não fazia. Portanto, durante o período (1) Cuba não era um totalitarismo, mas sim um regime autoritário extremamente fechado - o que é diferente de ser um regime totalitário.
      Durante o período (2) estavam presentes os itens 1, 2 e 4. O item 6 já não existia antes, e continuou sem existir. Os itens 3 e 5 citados por você também deixaram de existir, especialmente considerando-se os argumentos que você mesmo elencou, nomeadamente aqueles relacionados à possibilidade de abertura econômica em relação a pequenas lojas. E mesmo o item 2 - idealização do líder político - isso é questionável, especialmente considerando-se o enfraquecimento físico de Fidel e sua presença muito mais como símbolo do regime do que propriamente o líder que “dava as cartas”. O regime cubano permanece uma ditadura monopartidária, que recorre amplamente a meios coercitivos; mas o dinamismo específico do terror totalitário não existiu. Consequentemente, Cuba durante o período (2) não era totalitário, mas sim autoritário.
      E agora, no período (3), especialmente a partir de 2018, o único elemento que ainda permanece é o 1, já que existe apenas um único partido oficialmente funcionando no país. E mesmo nesta situação, é claro que a força política do PCC (Partido Comunista Cubano) atualmente é infinitamente menor do que o era décadas atrás.
      Como se viu, e reafirmando o que disse antes, Cuba nunca foi, não é e provavelmente nunca será um país totalitário. Não vou falar sobre o futuro, porque obviamente tudo pode mudar de uma hora para outra. Mas em relação ao passado e ao presente, é claro que que Cuba não foi e não é totalitário. Não há dúvida de que durante o período (1) Cuba foi um regime extremamente autoritário, mas nunca chegou a ser totalitário. E a evolução histórica, do período (1) para o (2), e do (2) para o (3), segue os padrões clássicos e claros do processo de abertura e redemocratização já estabelecido por inúmeros autores que estudam o assunto.
      A corrente de pensamento que defende que Cuba foi totalitária faz parte de argumentos que “servem apenas para justificar a incorreta postura de fazer alinhar sob o conceito comum de Totalitarismo tipos de regimes políticos que são visivelmente diferentes em relação à função do terror, e através desse processo em relação ao grau de penetração e de mobilização política da sociedade, à qual a noção de Totalitarismo se refere de maneira particular” (STOPPINO, p. 1256). No mesmo sentido, “alargar o nome de Totalitarismo a todos os sistemas comunistas teve o significado político-ideológico de canalizar contra o adversário a depreciação e a hostilidade que a palavra leva em si, porque designa particularmente, dentro de uma significação já́ consolidada, particulares experiências políticas do passado recente [Alemanha nazista e União Soviética stalinista] que foram objeto de uma condenação quase unânime” (STOPPINO, p. 1258), ainda que o conceito não se aplique a outros regimes políticos.
      Portanto, por todo o exposto, reitero: Cuba nunca foi, não é e provavelmente nunca será totalitária. Defender o contrário é tentar se utilizar de um conceito claro como o de totalitarismo para classificar um regime político como tal apesar de não poder ser assim classificado - portanto, é agir de má fé tentando fazer com que um regime político seja “criticável” com base naquilo que a pessoa acha que é, não com base naquilo que efetivamente é. E é este tipo de comportamento que deve ter seu conceito diminuído ou “abaixado”.

    • @rubemsalinazevedo4503
      @rubemsalinazevedo4503 Před 5 lety

      Bom, você define o critérios de totalitarismo de forma tão restrita que o faz recair em um caso especialíssimo do totalitarismo cuja definição se encontra facilmente em uma busca do Google que, embora pareça pobre do ponto de vista acadêmico, reflete o conceito de totalitarismo citado cotidianamente. Eu prefiro este conceito mais popular que classifica o regime cubano como totalitário e o diferencia do autoritarismo do regime militar brasileiro dos anos 60 aos 80. Acho que o termo supracitado nomeia com precisão o regime da ilha-prisão da segunda metade do século XX.

    • @ProfMatheusPassos
      @ProfMatheusPassos  Před 5 lety +3

      Bom, é como eu disse antes: o conceito não é aquilo "que eu acho" ou aquilo "que eu defino", nem aquilo "que eu prefiro". O conceito é dado por uma das maiores filósofas do séc. XX, Hannah Arendt. E além disso, é aceito e assim reconhecido por uma infinidade de outros autores. Se você discorda do conceito, não há problema algum. Não o critico quanto a isso. É uma opção sua, sem dúvida. Vale apenas saber que, com base no que apresentei no vídeo e no que escrevi antes, Cuba não é nem foi totalitária. Se foi ou é com base em outros conceitos, é outra história.