Primeira vez que ouço a questão de José de Arimateia ser possivelmente um anexo. Para os cristãos primitivos a ideia de corpo não estava ligada à ressurreição, tanto que a tradição diz que Maria foi assunta (arrebatada) ao "Céu" sem morrer. O "corpo glorioso" de Jesus poderia simplesmente aparecer para as mulheres, ou os apóstolos, sem que mudasse nada. Aliás, isso aconteceu na famosa passagem em que Tomé não estava presente no primeiro momento, apenas na segunda vez. Os relatos bíblicos dão a enteder que o corpo foi sim levado e enterrado. A figura de José de Arimateia pode ser questionável, pois eles quiseram jogar a responsabilidade do corpo num membro do sinédrio (o que facilitaria o trânsito do corpo) e até o evangelho de Marcos, que com certeza é o mais antigo de todos cita o nome de um certo José, sem explicar quem é exatamente.
Před 3 lety+2
Pois é. A ideia que o corpo foi cedido para ser enterrado por Arimateia e bem contraditória à morte de cruz. Faz muito mais sentido que o corpo tenha sido roubado e esse evento seja uma anedota acrescida à história, assim como o caso de Barrabás. A tal tradição de libertar um condenado não possui qualquer registro fora da bíblia. Esse conjunto de anedotas destoam daquilo que se conhece do cotidiano romano e, portanto, apresentam muito mais um sentido catequetico que histórico.
Ele poderia, sempre, mostrar de onde tira as informações. Isso é importante.
Před 3 lety+1
Olá, eu costumo colocar no final do vídeo quais são as fontes principais. Nesse caso, o corpo da pesquisa são os próprios evangelhos, tanto os canônicos quanto os apócrifos. Podem perceber que há muito pouco fora dos dados que essas fontes disponibilizam. Fora isso, podem considerar a fundamentação da organização romana, os sistemas e tradições em Rostovtzef, na sua História de Roma. Parte também foi tirada do História da Vida Privada, no volume I que trata especificamente sobre Roma.
Os livros, artigos e documentários usados por ele para fazer o vídeo. Ou que ele estudou para chegar essas conclusões. Aquelas referências com o nome do livro, nome do autor, ano de publicação, edição e etc.
Adoro este canal!
Primeira vez que ouço a questão de José de Arimateia ser possivelmente um anexo. Para os cristãos primitivos a ideia de corpo não estava ligada à ressurreição, tanto que a tradição diz que Maria foi assunta (arrebatada) ao "Céu" sem morrer.
O "corpo glorioso" de Jesus poderia simplesmente aparecer para as mulheres, ou os apóstolos, sem que mudasse nada.
Aliás, isso aconteceu na famosa passagem em que Tomé não estava presente no primeiro momento, apenas na segunda vez.
Os relatos bíblicos dão a enteder que o corpo foi sim levado e enterrado. A figura de José de Arimateia pode ser questionável, pois eles quiseram jogar a responsabilidade do corpo num membro do sinédrio (o que facilitaria o trânsito do corpo) e até o evangelho de Marcos, que com certeza é o mais antigo de todos cita o nome de um certo José, sem explicar quem é exatamente.
Pois é.
A ideia que o corpo foi cedido para ser enterrado por Arimateia e bem contraditória à morte de cruz.
Faz muito mais sentido que o corpo tenha sido roubado e esse evento seja uma anedota acrescida à história, assim como o caso de Barrabás. A tal tradição de libertar um condenado não possui qualquer registro fora da bíblia.
Esse conjunto de anedotas destoam daquilo que se conhece do cotidiano romano e, portanto, apresentam muito mais um sentido catequetico que histórico.
@ Tudo bem, de uma olhada no cnal A Tenda do Necromante, do prof. Osvaldo Luiz Ribeiro.
Poderia disponibilizar a bibliografia?
Ele poderia, sempre, mostrar de onde tira as informações. Isso é importante.
Olá, eu costumo colocar no final do vídeo quais são as fontes principais.
Nesse caso, o corpo da pesquisa são os próprios evangelhos, tanto os canônicos quanto os apócrifos. Podem perceber que há muito pouco fora dos dados que essas fontes disponibilizam.
Fora isso, podem considerar a fundamentação da organização romana, os sistemas e tradições em Rostovtzef, na sua História de Roma. Parte também foi tirada do História da Vida Privada, no volume I que trata especificamente sobre Roma.
@ vlw!
@ Muito obrigado. Pensei que poderia ser daquele novo livro da Editora Vozes. Jesus: a enciclopédia, de Joseph Doré.
@@99Gamernoob Ah, Carlos, infelizmente ainda não tive acesso a essa publicação, mas o Doré é um ótimo teólogo.
Certamente uma ótima fonte.
Bibliografia?
Os livros, artigos e documentários usados por ele para fazer o vídeo. Ou que ele estudou para chegar essas conclusões. Aquelas referências com o nome do livro, nome do autor, ano de publicação, edição e etc.
@@99Gamernoob sim sim. Ainda mais pra quem faz essa discussão historiográfica como ele. Fonte, bibliografia e referência não podem faltar.
Deve-se embasar o que é dito.