Video není dostupné.
Omlouváme se.

Honda-Fit (Honda Jazz) Mecânico EX 1496 cm3 VTEC 16 válvulas

Sdílet
Vložit
  • čas přidán 15. 10. 2007
  • Embalado para viagem: os que criticavam a falta de vivacidade do compacto ficaram sem assunto
    Por Marcelo Moura
    Dizem que os números não mentem jamais. Podem não mentir, mas enganam. Você pagaria 3000 reais para trocar um Fit 1.4 por outro 1.5? Acho que não. Agora, você pagaria 3000 reais para ganhar 31% de potência? Para chegar a 100 km/h três segundos mais cedo? Esses números, sim, dão a impressão certa. A de que o Fit, um carro cheio de espaço para família e bagagem, agora tem embalo para cair na estrada.
    O ganho de potência do 1.4 para o 1.5, de 80 para 105 cavalos, se explica. Na verdade, o 1.4 é quase 1.3 (tem meros 1339 cm3 de capacidade), enquanto o 1.5 é 1.5 mesmo (1496 cm3). O bloco do motor é igual mas, com a troca do virabrequim, o curso dos pistões aumentou de 80 para 89,4 milímetros. Com a mudança, a capacidade volumétrica cresceu 12%. O câmbio é o mesmo utilizado no 1.4, tanto na versão manual como nos carros equipados com o CVT.
    Mas o novo motor não é apenas maior. Como indica o pingo do "i" no novo emblema de porta-malas, este Fit, que veio equipado com câmbio CVT, tem sangue azul. A Honda trocou a tecnologia das duas velas por cilindro, usada no 1.4, pelo cabeçote de 16 válvulas com tecnologia VTEC (de Variable Timing and Lift Electronic Control, "controle eletrônico variável de tempo e abertura"), que no caso deste Fit atua apenas nas válvulas de admissão. O eixo do comando tem ressaltos pequenos e grandes, intercalados. Em velocidade de cruzeiro, o ressalto pequeno abre uma das válvulas de admissão completamente e mal abre a outra. O motor funciona quase como se tivesse três válvulas por cilindro, com bastante torque e economia de combustível. Mas, se o motorista reclamar por mais força, o comando fica bravo. Os ressaltos grandes, que giravam em falso, entram em ação abrindo mais as válvulas, e por mais tempo. Nada a ver com o antigo motor 1.5 VTEC do Civic, nem com o 1.7 VTEC do carro atual. Em comum, os três têm o fato de serem importados do Japão. E de andarem bem.
    Na pista de Limeira, o Fit conseguiu números iguais aos do Polo 1.6, um carro que é referência, para nós e para a própria Honda, pelo espírito vigoroso. Nas ruas de Perdizes e Vila Madalena, dois ladeirosos bairros de São Paulo, o Hondinha parecia um guri brincando no quintal. Sobe ganhando velocidade lugares pelos quais o burocrático modelo 1.4 passa perdendo. Não espere, porém, dirigir o Fit como se estivesse fugindo da polícia. Ele se recusa a isso, principalmente nesta versão automática. Você pisa fundo o acelerador e o carro reduz a marcha rápido, mas nunca de uma vez só. O câmbio CVT avisa o que vai fazer - o que é importante, afinal você está dirigindo com a colaboração de um estranho. Os freios também não qualificam o Fit EX como um esportivo. O pedal é borrachudo, comunica-se com as rodas por telegrama.
    Melhor dirigir com mais calma e apreciar o silêncio interno. O isolamento é admirável, se você lembrar que os bancos traseiros são um brinquedo de armar e que estamos sentados em cima do tanque de combustível. Aliás, o chacoalhar da gasolina seria um jeito de lembrar que carros precisam ir ao posto. Este Fit 1.5 faz a gente se esquecer disso: marcou 11,8 km/l no ciclo urbano de consumo, resultado melhor até que o do modelo 1.4 mecânico testado por nós.
    Poderia convidar o motorista a apreciar as novidades que o Fit EX traz dentro da cabine, mas não há muito o que se ver. De novidade, ele ganhou volante forrado de couro, trava elétrica com controle remoto, um porta-trecos com tampa e alguns plásticos pintados de prata. Só. Nenhuma luz de cortesia nos espelhos do pára-sol, banco de couro, sensor de chuva... Tudo parecido com a versão básica LX, que custa 6635 reais menos.
    O lado bom dessa simplicidade é que o Fit é fácil de usar. Comandos claros e botões grandes, é um carro descomplicado e intuitivo. Mesmo o sistema modular dos bancos traseiros está longe de parecer um exame psicoténico. Só não entendo por que o botão de bloqueio do vidro elétrico peca pelo excesso: trava não só as janelas de trás, mas também a do carona. Para não censurar a esposa, o marido acaba desligando o bloqueio, e expõe a criançada ao risco. Mas que bom estarmos nos preocupando com um detalhe desses. O Fit é o primeiro carro a ganhar, no mesmo ano, os títulos "Melhor Compra" e "Os Eleitos" - sucesso de crítica e de público. Nossa grande reclamação sobre ele era a falta de potência. Não é mais.
    (Extraído da Revista Quatro Rodas)

Komentáře • 9