Diálogos da Alma parte 9

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  • čas přidán 7. 09. 2024
  • “Após dura luta, aproximei-me um pouco mais de ti. Como foi difícil essa luta!”*.
    Sétimo texto de “Os Livros Negros”, datado de 11 de dez. de 1913.
    Os analistas junguianos Maria Conceição Longatto e Sílvio Lopes Peres (IPAC/IPABAHIA/AJB/IAAP), convidam a acompanhar o Projeto “Diálogos com a Alma”.
    “Escute” as imagens que estão na profundeza de sua alma!
    Notas:
    “Após dura luta, aproximei-me um pouco mais de ti. Como foi difícil essa luta!” - C. G. Jung. Os Livros Negros, 1913-1932: cadernos de transformação. Vol. 2. Petrópolis, RJ: Vozes, 2020, p. 166.
    Maria Conceição Longatto: psicóloga e analista junguiana do Instituto de Psicologia Analítica de Campinas, IPAC. Conceição reside e atende em consultório em Piracicaba, SP.
    Sílvio Lopes Peres: psicólogo e analista junguiano do Instituto de Psicologia Analítica da Bahia, IPABAHIA. Sílvio reside e atende em consultório em Marília, SP.
    À certa altura desse encontro com a alma, Jung se refere aos seus “métodos e intenções” ao dialogar com ela. É como se Jung percebesse, talvez pela primeira vez de sua vida, que com a alma não nos relacionamos de acordo com os “métodos e intenções” do ego, pois seria reduzi-la a mais um fator do próprio ego. A alma sabe se “proteger” do ego, cabendo a este, rir de seus “métodos e intenções” tão ineficazes quanto arrogantes para com ela.
    Segundo Bernardo Nante, analista junguiano argentino: “A esperteza conquista o mundo, mas a candura conquista a alma. Não é possível libertar-se da esperteza de espírito com mais esperteza, mas sim entregando-nos à candura. Não se trata, porém, de negar a esperteza, pois, ao fazê-lo, a candura se torna artificial e nos tornamos bocós artificiais. A candura supõe uma entrega que não pode desconhecer a esperteza, a intenção e a risada sarcástica, pois assim nos tornamos bobos espertos e nos encaminhamos ao suprassentido. Trata-se então de se fazer votos de pobreza e assim tornar-se partícipes da alma. Aonde irá o riso sarcástico? Irá a si mesmo, pois ninguém pode rir mais de uma pessoa do que ela própria, a respeito da própria tolice” - NANTE, B. O Livro Vermelho de Jung: Chaves para a compreensão de uma obra inexplicável. Argentina: Editora El Hilo de Ariadna; Petrópolis, RJ: Vozes, 2018, p. 285-286.
    “Noturno em Ré bemol maior”
    O compositor polonês Frédéric Chopin (1810-1849), é conhecido como um dos maiores compositores de solos para piano e um dos inspiradores do Período Romântico, da música clássica.
    Ele escreveu vinte e um Noturnos, em sua vida. A peça escolhida “Noturno em Ré bemol maior”, é de nº 8, Opus 27, foi dedicada à Condessa d’Appony, uma vez que se apresentou muitas vezes em sua residência.
    Chopin foi amigo e contemporâneo dos compositores Franz Liszt (1811-1886) e Robert Schumann (1810-1856), o primeiro húngaro e o segundo alemão.
    “Noturno em Ré bemol maior”, consiste em duas estrofes, repetidas em variações cada vez mais complexas. A peça marca o ápice da obra de Chopin, sendo referenciada como “gloriosa e elegante” pelos estudiosos.
    “A peça contém uma harmonia de acordes quebrados que é tocada com a mão esquerda, um hábito que Chopin tinha ao compor seus noturnos, enquanto a mão direita toca a melodia principal, muitas vezes com a adição de uma segunda voz. Várias seções que consistem em notas graciosas e polirritmos contribuem para o delicado e um tanto clima melancólico que a peça transmite”, segundo o Instituto Frederic Chopin.
    A peça ficou muito conhecida nos filmes “The Spy Who Loved Me” - “O espião que me amava” (1977), da série de James Bond e, “The Barber of Siberia” - “O barbeiro da Sibéria” (1998).
    Conforme o pianista polonês Arthur Rubinstein (1887-1989): “Chopin fez uma revolução na música tradicional para piano e criou uma nova arte do teclado. Era um gênio de enlevo universal. Sua música conquista as mais distintas audiências. Quando as primeiras notas de Chopin soam por entre o salão de concerto, há um feliz suspiro de reconhecimento. Todos os homens e mulheres do mundo conhecem sua música. Eles amam isso. Eles são movidos por isso. Sua música é expressiva e pessoal, mas ainda assim uma arte pura. Mesmo nesta era atômica abstrata, onde a emoção não está na moda, Chopin perdura. Sua música é a linguagem universal da comunicação humana. Quando eu toco Chopin eu sei que falo diretamente para os corações das pessoas!”
    Imagem:
    Do Livro Vermelho - com ilustrações - p. 15
    Edição: ‪@Djeba101‬

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