Denise Fraga e Tony Ramos lembram histórias pessoais em “O QUE SÓ SABEMOS JUNTOS” I Parte II

É uma festa. O público entra no teatro e aos poucos vai sendo requisitado a ajudar na celebração. Mas o que estamos celebrando? A vida não anda fácil pra ninguém. A comunicação digital acelerou os nossos dias. Todas e todos de pescoço curvado, olho nas telas, muito trabalho, muita pressa, sem nunca terminar um dia sequer com a sensação de missão cumprida. Todos desatentos de todos e de si mesmos, boquiabertos com as notícias nos jornais. Vivemos uma sociedade em franco processo desumanização? O que vamos celebrar? Ainda não sabemos. Mas sentimos que ainda há o que celebrar. E faremos isso.
Denise Fraga e Tony Ramos se juntam ao público para construir essa festa. Desvios surgirão. Os problemas cotidianos, o aquecimento global, a violência, uma memória de infância, a desigualdade social, o racismo, a opressão, mas também uma música, um poema, uma cena de um filme, a história de alguém da plateia, uma brincadeira, uma história que nossa avó contava. Nos desviaremos do motivo da festa muitas vezes, mas com humor e leveza, nos lembraremos que estávamos celebrando. O que mesmo?
Com inteligência, delicadeza e ironia, continuaremos a arrumar o salão, a pendurar as guirlandas, a preparar as comidas, as bebidas, a acender as luzes para entendermos enfim o real motivo de estarmos ali para festejar. O QUE SÓ SABEMOS JUNTOS. O próprio jogo da vida, ainda pulsante, ainda fascinante.