O POLIAMOR É A SOLUÇÃO?

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  • čas přidán 13. 11. 2019
  • Sobre as vantagens e desvantagens de um relacionamento aberto.
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Komentáře • 70

  • @wen.der.santos
    @wen.der.santos Před 4 lety +40

    Eu fiz o caminho contrario do mais comum. Comecei com relacoes abertas, foram duas por 6 anos, pra finalmente de pois de muito sofrimento descobrir que isso não é pra mim. Sou mais tradicional e monogamico mesmo. O autoconhecimento doi.

  • @luisafox1
    @luisafox1 Před 4 lety +36

    Obviamente a não-monogamia não é a solução, mas é um alívio e uma possibilidade pra muitas pessoas. Temos que estar confortáveis dentro da monogamia ou da não-monogamia. De que adianta ficar na monogamia e estar o tempo inteiro controlando o outro, querendo mudar o outro ou com ciume?! Na não-monogamia a mesma coisa, de que adianta estar na não-monogamia se você está o tempo inteiro com medo de perder o outro, criando regras?! Os dois, ou três, ou sei lá quantos, vão estar juntos enquanto quiserem estar juntos. :)

  • @brendaoliveira2047
    @brendaoliveira2047 Před 4 lety +28

    Parabéns pela sabedoria ao falar sobre esse tema. Já vivi uma experiência assim de poliamor e eu me sentia muito mais presa e mais triste do que na minha relação atual monogâmica. Acho que entender que poder sentir ciúme e querer viver a monogamia é uma opção e não tem nada de errado. Vi que os modelos "tradicionais" funcionam pra mim em termos de relacionamento. Acho que a questão é não julgar, porque uma das dores que o poliamor trouxe, no meu contexto, foi a questão do julgamento excessivo. Minha lógica é " Se funciona para você ok". Um abraço, adoro vocês !

  • @lucasnalessio5480
    @lucasnalessio5480 Před 4 lety +26

    Tem também uma questão que me deixa com dúvida, muitas pessoas tem diversas interpretações do que é amor e paixão. Já vi gente que sente atração física, ou pela forma como a pessoa se veste, o cheiro, o poder que ela demonstra ter socialmente e etc...
    E já acha que está apaixonada, começa a idealizar situações e dar atribuições pra pessoa que ela não tem. Nisso não tem nada concreto e fica algo muito vazio e raso, platônico as vezes dependendo por quem você se apaixona. E pessoas assim, tendem a gostar facilmente de muita gente, mas no fundo, olhando a forma como alguns agem diante desses amores, parece não gostar tanto de ninguém, são amores frios muitas vezes, com pouco afeto. Então como ver amor livre nisso? Acho que precisa primeiro se amar, entender o que é amor e paixão com mais calma e saber lidar com os problemas que uma relação tem. Ok, quem quer viver isso viva, acho que cada um tem sua liberdade. Mas olhando bem como funciona, parece mais um método para evitar os problemas ou de causar problemas em uma relação do que de fato ter algo concreto com mais de uma pessoa, ainda mais nesse mundo patriarcal e capitalista que vc trabalha 44 horas semanais e ainda tem os afazeres de casa e etc. Sem tempo pra todo mundo, sem poder dividir as férias com os outros parceiros fixos, pra mim fica algo muito raso e frio em todos os lados.
    Já vi muitas pessoas falando disso, mas que tem dificuldade em lidar com a rejeição, tem dificuldade em lidar com problemas de um relacionamento que é normal, vc tem problema com filhos, pais, outros parentes, colegas de trabalho, como não vai ter com um parceiro? Mas meio que ter outros parceiros vira uma válvula de escape as vezes, sabemos que se você puder escolher entre alegria ou dor, vc vai escolher sentir alegria, ninguém quer sentir algo ruim ou ter problemas, acho que olhando para nosso lado primitivo com instinto de sobrevivência que nos faz fugir de perigos, em uma situação em que vc precisa lidar com um problema, caso vc tenha outro parceiro, a chance de vc dar um gelo no seu parceiro com problema e ir para o outro em que está tudo bem é grande, muitos podem falar que não o fariam, mas sabendo como são os humanos, o fariam sim. Acaba que o amor livre para alguns que não sabem amar, vira um amor egoísta.

  • @MarinaSertaMiranda
    @MarinaSertaMiranda Před 4 lety +34

    Oi, Manu e pessoal!
    Eu vivo num relacionamento poliamoroso, e com isso tenho sido capaz de explorar cada vez mais as minhas questões com o medo de abandono. E gostaria de oferecer um contraponto.
    É claro que eu acho que o poliamor não é a solução pra nada, nem a salvação de nada. Tudo o que age nos relacionamentos monogâmicos (ciúme, posse, medo de abandono...) potencialmente age em relacionamentos não-monogamicos também.
    A grande vantagem do poliamor especificamente, pra mim, é a chance de encarar esse medo (de abandono) de cara. O poliamor me dá a oportunidade de encarar essas contenções que a gente vai fazendo pros nossos medos, perguntar qual é o propósito nelas, e encarar os medos, então. Eu encontro nisso uma oportunidade enorme de crescer.
    E é muito libertador, particularmente pra mim, ir percebendo que o meu parceiro não deixa de me abandonar por causa de uma regra ou outra, porque ele não pode perceber que existe algo melhor e porque ele não pode viver outros amores. Tem sido libertador perceber que o meu parceiro permanece do meu lado porque ele me ama. E porque ele escolhe permanecer do meu lado. E que o nosso relacionamento é o NOSSO relacionamento. E nada que ele viva fora dele vai fazer com que ele me abandone. Não existe ameaça ou um grande monstro. Existem pessoas, vivendo suas vidas, se relacionando, e se amando...
    No mais: obrigada pelo vídeo, Manu. ♥️ É sempre engraçado e curioso o como eu olhei pra thumbnail e pensei "nossa, esse vídeo é pra mim", e descobrir ("descobrir") que é pra tantas pessoas também.

    • @ingridrodrigues444
      @ingridrodrigues444 Před 4 lety +2

      Ler o que você escreveu me deu um certo alívio...ainda estou numa fase de insegurança na relação em que me encontro atualmente...mas caminhando para essa situação que você descreveu agora: o que importa é o que há entre nós dois...isso é mto forte e é um dos fatores que me faz querer continuar.
      Fácil não é,a princípio...mas os padrões vão sendo mudados e as coisas vão se ajeitando na minha mente inquieta!! bjo!

    • @MarinaSertaMiranda
      @MarinaSertaMiranda Před 4 lety +5

      @@ingridrodrigues444 que bom!!! Eu tenho várias inseguranças! Mas é isso... Ir trabalhando nelas... O que me ajudou muito foi ter uma comunidade dentro da qual fazer isso. Se você for do Rio, temos reuniões de um grupo de leitura sobre não-monogamia, o AmorVivo Book Club. Nos reunimos toda sexta, às 19:30, na casa TERRA, em Laranjeiras. Se você quiser vir :) ♥️

    • @ingridrodrigues444
      @ingridrodrigues444 Před 4 lety +1

      @@MarinaSertaMiranda poxa!que massa!eu moro em Recife...não sei de nenhum tipo de grupo ou afim aqui. Mas seria mto bom algo do tipo!
      É um estilo de vida que, de certa forma, isola quem pensa assim.

    • @falcongomes9035
      @falcongomes9035 Před 4 lety +3

      Legal porém discordo. Para mim poliamor é um sintoma da época. Encarar os medos não é pra todo mundo por que quando estamos certos de que nos conhecemos sempre haverá um outro que nos confronta uma falta um desejo uma angústia.
      Eu não acho que é numa relação com ninguém que se aprende a lidar com isso. Eu acredito no aprendizado que a solitude tras e se for para amar que seja a dois ainda que existam muitas formas de amor e muitos arranjos do Amor.

    • @deborapedrozo4915
      @deborapedrozo4915 Před 3 lety +2

      Por curiosidade, um ano depois, como estão esses relacionamentos não-mono?

  • @leticiajacintho
    @leticiajacintho Před 4 lety +25

    Estruturas sociais serem estruturas psíquicas faz todo sentido pra mim pensando no coletivo. As ideias sociais nascem de humanos..

  • @izabellaviana4215
    @izabellaviana4215 Před 4 lety +9

    Vamos chamar de não monogamia, não de poliamor (já que poliamor é uma modalidade da não monogamia). Não monogamia não resolve nada, mas ela te dá a base pra encarar seu ciúme, sua possessividade e seus medos de cara. Pra viver não monogamia você tem que lidar com essas questões.
    E por último, já como o ser humano sempre está em busca de segurança... você quer mais segurança do que saber que mesmo a pessoa sendo livre pra se relacionar com qualquer outra pessoa, ela ESCOLHE ficar com você? Além de segurança, isso é lindo demais 💛

    • @nugget6635
      @nugget6635 Před rokem

      Não pq mesmo nas amizades eu nem sempre fui escolhida todos os dias ou algo assim. Então eu sinceramente não gosto de conduzir não monogamia com muita intimidade. É o tipo de amor que eu simplesmente devo aceitar quando vem se for de meu desejo amar tal pessoa. Mas é também o tipo de amor que não se deve expor inseguranças jamais. Ou seja eu vejo o namoro não monogâmico como uma relação menos íntima do que amizade porque eu posso falar de minhas inseguranças com amigos. Mas não com uma pessoa que eu esteja namorando de forma não monogâmica. Apenas no namoro monogâmico a pessoa tem acesso às minhas inseguranças. Eu digo isso porque falar sobre inseguranças foi o motivo principal de minhas relações não monogâmicas terem falhado. Eu aprendi que na não monogamia o que funciona são apenas 2 coisas: aceitação radical e "palavras não servem de nada". O amor não monogâmico é um amor que só funciona se eu aceitar de forma radical tudo o que acontece e não falar nada.

  • @marcialuzpinto7981
    @marcialuzpinto7981 Před 4 lety +33

    Eu acho que o poliamor, hetero ou homo, só funciona enqto vc não encontra uma pessoa que "cabe dentro do seu sonho", como diz o Frejat naquela canção. No fundo de cada um de nós, acredito, buscamos "alguém para chamar de seu" (agora, Erasmo Carlos). Penso que o medo do abandono pode ser superado qdo vc olha para si mesmo com amor, sem ser aquela coisa egoica, narcisista, mas de acolhimento e amizade consigo próprio. Estando de verdade nessa posição, vc verá todos os outros atores sociais interagindo com vc durante o tempo que for necessário e vc continuará, ali, firme, com vc mesmo. E o abandono não acontecerá, pra fechar: "pq enqto eu tiver a mim, nunca estarei sozinha", Clarice Lispector. Hj eu estou filósofa...influência deste canal.

    • @JoaoZamae
      @JoaoZamae Před 4 lety +1

      Eu amei o seu comentário e vou refletir muito sobre ele. Muito obrigado !

  • @marcoseugenio3746
    @marcoseugenio3746 Před 4 lety +7

    E voltamos a questão dos acordos. É preciso pensar que independente do formato de relação em que cada um se coloca, é imprescindível refletir sobre os acordos que se estabelecem e como os afetos os constitui. Os acordos poderiam ser uma ponte de ligação ética que proporcionasse um dialogo na relação. Ao contrário, muitos os utilizam como apólices de segurança com o intuito de se proteger do abandono. É notável também, que muitos acordos são estabelecidos exatamente para não ter que lhe dar com as inseguranças e anseios cultivados pelos componentes da relação. A relação é um elo da convivência. Uma ligação da experiência da existência que exige presença. Não podemos tratar nossas relações como se fossem relações comerciais.

  • @clarim.5949
    @clarim.5949 Před 4 lety +24

    Pra mim sempre foi uma ideia absurda falarem que o casamento monogâmico (dito que nasce com a burguesia) foi o culpado por trazer o sentimento de posse nosso com as outras pessoas. É uma simplificação muito grosseira da nossa natureza humana. O poliamor não é a resposta por quebrar essa regra, por dar 'liberdade'. Infelizmente não tem respostas exatas e nem liberdade completa em relações.

    • @amandasilvamarangoni
      @amandasilvamarangoni Před 4 lety +2

      concordo.

    • @kaoistaanarquista
      @kaoistaanarquista Před 3 lety +2

      Realmente. Algumas pessoas tratam o poliamor como se fosse uma fórmula mágica que vai curar todos os conflitos em um relacionamento afetivo, mas às relações humanas são muita mais complexas do que parecem. Vi algumas pessoas falando de controle e ciúmes, mas até mesmo no poliamor esses sentimentos demasiado humanos também se expressam (mesmo que de outras formas mais inconscientes ou até mesmo bem explicitas), pois em tudo que perpassa às relações humanas há controle e sentimento de posse, faz parte do nosso instinto territorial (vontade de potência), temos ciúmes dos nossos familiares e até do ambiente em que vivemos... acredito que a questão está muito mais relacionada com a falta de maturidade e integridade nas nossas relações como um todo (sejam relações fraternais, afetivas, profissionais, monogâmicas ou não), para que esse ciúme ou desejo de posse exacerbado possa ser entendido como algo natural e trabalhado para que possamos ter relações mais saudáveis e menos limitadoras não só com os outros mas até mesmo com o ambiente que nos cerca, do que reduzir essas questões complexas em monogamia ou poligamia como uma espécie de "posologia do amor".

    • @RyuzakiPragmatico
      @RyuzakiPragmatico Před rokem +1

      Acredito q poliamor exige uma certa maturidade, pois liberdade tbm implica em responsabilidade, manter um relacionamento é difícil, coordenar 2 é mais difícil ainda se houver envolvimento real, mas é possível.
      Mas não adianta procurar as 2 pessoas envolvidas apenas no momento bom e para o sexo e curtir, mas tbm estar junto nas dificuldades, mas muitos q embarcam nessa onda não se atentam a essa questão.
      Pra funcionar é um desafio de gestão de pessoas, a "prisão" da monogamia, mesmo q com umas puladas de cerca eventuais, acaba dando uma sensação de segurança por um período mais longo q relacionamentos não monogâmicos, e faz o cônjuge q tem outros relacionamentos tentar manter o segundo como um relacionamento mais raso só pra suprir desejos (ao mesmo tempo q deixa de realizar a parte mais sexual com a própria esposa)

  • @ghosttt2024
    @ghosttt2024 Před 3 lety +6

    Não consigo ver liberdade em relação "aberta" e cheia de regras sobre o que o outro pode fazer/sentir...cadê a a coerência?

  • @annefaabie
    @annefaabie Před 4 lety +14

    Não acredito que o poliamor seja a solução para as questões individuais e inconscientes(ou não) que está contido em cada ser. Assim como relacionamento monogâmico tbm não é .

  • @gisellemoukarzel4709
    @gisellemoukarzel4709 Před 4 lety +9

    Por favor faça um vídeo falando de como a ameaça do abandono que por traumas sequenciais pode gerar apatia e medo de amar. Me sinto preza em decepções e sinto que desaprendi a me relacionar. Terapia é o caminho mas gostaria de um vídeo aprofundado sobre essa questão. No amor família sempre sinto que haverá o momento do abandono afetivo e de fato e que eu só posso contar comigo. Isso é irreal e real em proporções simétricas para mim. Porém pra ser feliz precisa de magia de encanto e entrega. Como uma pessoa com tantos traumas pode aprender ou reaprender a se relacionar e lidar com esse medo de forma que ele não projete na realidade autosabotagem. Muito obrigada

  • @AntunesFSilva
    @AntunesFSilva Před 2 lety +4

    Às vezes tenho a impressão que o poliamor pode aumentar o medo do abandono...

  • @nicolemamede5838
    @nicolemamede5838 Před 4 lety +9

    Bom diaa, Manu e pessoal. Enquanto vc descrevia a questão dos acordos, eu me vi muito na situação toda. Tive minha primeira relação, sendo monogâmica, e por traição e medo de acontecer novamente, acabei testando uma relação aberta no segundo relacionamento para evitar a quebra do acordo e a sensação de ser enganada. E aconteceu exatamente como tu descreveste, a pessoa acabou se apaixonando por outra. Atualmente, confesso, não sei onde "ficar", como me organizar relacionalmente, pq justamente houve quebra de acordo em ambas situações, houve sofrimento em ambas. Concordo muito com o vídeo e as ideias que tu trouxe, o grande desafio me parece não só aprender a lidar com o medo do abandono, mas identificar o que é meu e o que é do outro. O que é uma quebra de fato e o que é uma quebra conivente pros modos subjetivos de funcionamento.
    Mano, isso td dá um nó na cabeça! Hahaha

    • @luisafox1
      @luisafox1 Před 4 lety +4

      Eu fico me perguntando sempre sobre isso: será que não é possível ficarmos felizes que nosso amado está amando outra pessoa? Sei que não é tão simples quanto essa frase, mas será que não é possível?

    • @nicolemamede5838
      @nicolemamede5838 Před 4 lety +5

      Pois é, acho que independentemente de ser uma relação homo ou hétero, sempre haverá uma certa competitividade, independentemente de ser opressão do patriarcado ou não. O medo da perda do amor faz isso até na infância com nossos irmãos, trabalho dos pais ou a inserção do terceiro. Acho muito dificil não se sentir vulnerável quanto à possibilidade da escolha de um outro que não sejamos nós. Há quem se condicione a lidar com isso, a não dar tanta atenção pra esses afetos de ameaça, mas eu acho quase utópico que eles não surjam em algum momento. Pode ser q não aconteça numa relação com uma pessoa específica, mas pode rolar em uma outra, mesmo q ambas sejam abertas ou poliamorosas. Acho que depende muito de como se dá a relação, a posição de cada pessoa nessa relação, etc. Bom, minha opinião, meu olhar... podem ser considerações bem cagadas, inclusive hahahah.

  • @doctorinternet8695
    @doctorinternet8695 Před 8 měsíci +2

    acredito que o medo do abandono é muito causado pelo jeito que nossa sociedade é organizada. As pessoas vivem distantes, em espaços segregados, em rotinas alienantes etc. Há pouco tempo de interagir com quem se ama e vivemos muito sozinhos, então o distanceamento de alguem amado representa muitas vezes um buraco nas relações das pessoas, menos um porto seguro na vida, que vai precisar ser reconstruido através de uma outra pessoa, muitas vezes ainda desconhecida.

  • @lucassampaio3518
    @lucassampaio3518 Před 4 lety +5

    Bom dia a Manu, bom dia a todos !
    Acho importante essa crítica em relação a simplificação da justificativa do desejo de posse por intermédio do machismo. Situação essa que se mostra as vezes difícil de se elencar, por todo repressão que o machismo gera.
    A flexibilidade dos modelos de relação pra manutenção do desejo e do sentimento de ligação, ao meu ver, está ligada a necessidade ou dependência que temos de tentativa de validação da nossa ótica de realidade através de outro ser humano. Isso abre um campo incrível.

  • @patriciasouzas
    @patriciasouzas Před 4 lety +5

    Adorei o vídeo, Manu!
    Faz anos que tento construir relações abertas sem sucesso com algumas mulheres que cruzaram meu caminho. "Sem sucesso" porque em muitos sentidos concluo que falta responsabilidade delas (foram relações em momentos diferentes) e minha também, na maior parte das vezes elas que sugeriram esse modelo. Nas primeiras vezes foi tudo muito confuso e sem muita conversa sobre o modelo de relação em si, e hoje, analisando com mais calma e amadurecimento, percebo que em todos os casos eu sentia esse medo do abandono. Esse medo ramificava em muitas outras coisas, inseguranças, sensação de ser trocada, me sentir desvalorizada, muitas questões e sensações que hoje percebo que não foram olhadas, analisadas e trabalhadas com o cuidado necessário depois do término.
    Hoje, com esse vídeo, que tive esse insight sobre essa sensação do abandono. Aproximadamente 6-7 anos depois da primeira aventura em relação aberta. Olha que loucura! E que bom ao mesmo tempo, pois tô tendo essa oportunidade de rever as situações e analisar por outra perspectiva, uma perspectiva menos cruel comigo e com elas.
    Obrigada :)

  • @excentrichow
    @excentrichow Před 4 lety +1

    Gosto mto das reflexões que vocês fazem!! Parabéns pelo canal!! 😊

  • @clararamthum
    @clararamthum Před 4 lety +3

    O antropocentrismo pareceu nos tornar grandes, centro de tudo. Mas na real nos fez centrar tanto em nosso umbigo que acabamos nos apequenando... resultado: individualismo se prolifera, nossas metas de vida são centradas no indivíduo: passar num concurso (ou não), ter filhos (ou não), tendo como ponto de partida sempre o eu... O medo de ficar sozinho vem disso também.... de não nos sentirmos parte de um todo maior, de uma roda da qual nosso umbigo é um dos pontos... Um ponto importante, como cada um é, mas apenas um ponto da roda, não o centro dela. Essa visão holística do mundo nos preenche de sentido e nos previne mais da sensação de vazio que nos faz desenvolver apegos doentes...

  • @ThePaulorfortes
    @ThePaulorfortes Před 4 lety +1

    Eu, por incrivel que pareça, somente agora me deparei com esse canal. Mas agradeço finalmete encontrar alguém na internet que pudesse me ajudar. Ou a maioria dos canais tecem criticas a favor ou depreciativas, colocando assim muito juizo de valor, para mim isto é ser tendencioso. Agora você, ou até diria vocês, porque assiti também videos com a Maria Flor, o que fazem é um convite a reflexão, lógico sobre o ponto de vista de vocês, mas sem serem taxativos e isso é algo singular, principalmente hoje em dia. Agradecido por vocês serem assim, e seu canal promover ese tipo de abordagem. Sei que esse assunto é ainda tão contoverso quanto a própria sexualidade o é. Porque para alguns, até hoje, sexo só é valido se for com o propósito de procriação, coisa mais animal isso, pra mim isso é cópula e não sexo, vou deixar isso para lá, porque senão fujo do tema central que é o poliamor. Eu há algum tempo em meio as minhas reflexões e descobertas ao meu respeito, vim descobrir que posso ser poliamoroso. E isto deu um nó em minha cabeça, primeiro por ser um conceito ainda muito novo, e segundo por ser ainda muito pouco aceito, ou legitimado por grande parte da sociedade. Agora, a grande questão, acredito que vocês, acredito eu me ajudaram a resolver, é quanto a culpabilidade do desejo, e quanto o desejo pode ser apenas algo para ficar na fantasia e não dar vazão a ela, e sem deixar que com isso se torne uma neurose, uma obsessão, em meu caso. E dessa forma poder olhar para o desejo e deixar que ela seja mais fluida, como a minha sexualidade já o é. Por mais que eu não me relacione, ou seja, não me apaixone a muito tempo por uma mulher, sei o quanto eu sou capaz de isso acontecer, mas deixo isso acontecer mais naturalmente do que me condicionar a algo só prque a sociedade a considere mais aceitável ou não. Enfim mais uma vez muita gratidão.

  • @renatag.ferreira5092
    @renatag.ferreira5092 Před 4 lety +1

    Adorei o ponto sobre as construções sociais, fiquei curiosa para saber mais. Acho super importante esses pontos q vc trouxe, me fez ver um ponto que eu não enxergava sobre a minha dificuldade de ter um relacionamento não monogâmico, que eh esse medo do abandono. Um filme se passando pela minha cabeça

  • @caterpillargirlster
    @caterpillargirlster Před 4 lety +1

    exatamente o que precisava ouvir. Obrigado

  • @juliatheotonio1002
    @juliatheotonio1002 Před 4 lety +4

    Bom dia. Acordei agora com a mesma carinha de sono e esse questionamento de relação não-monogâmica é o motivo deu estar solteira e insone.
    Tive tanta relação abusiva que optei por não ter nenhuma pra evitar monogamia compulsória.

  • @flaviavvs
    @flaviavvs Před 4 lety +13

    Eu já desejei viver uma relação poliamorosa, quando certa vez me vi amando dois homens ao mesmo tempo. E porque eram pessoas que eu conhecia bem e que tinham grande importância na minha vida. Não eram caras que eu tinha conhecido outro dia, no boteco da esquina, sabe?
    Continuo defendendo fortemente o direito de quem quer viver assim. Mas, hoje, eu vejo que por aqui, com o homem latino, possessivo, machista, isso ainda é meio inviável. E eu, particularmente, agora mal tenho tempo pra mim, também...

    • @luisafox1
      @luisafox1 Před 4 lety +2

      Acho que o maior problema está no homem hetero, mesmo que seja aquele cara super "desconstruído", a maior parte deles vai se incomodar se você estiver se relacionando com outro cara rs

    • @flaviavvs
      @flaviavvs Před 4 lety +2

      @@luisafox1 Isso. E a grande maioria das pessoas (que nem sabe amar direito um pessoa sequer e são muito mal resolvidas sexualmente) ainda vê o Poliamor como simplesmente "putaria"

  • @elimdd
    @elimdd Před 4 lety +2

    O medo de perder... de ter que se afastar da pessoa... deixar de conviver... É foda mesmo! Não é posse. É o aceitar que acabou e que isso implica o fim da relação (mesmo não amorosa ou sexual, mtas vezes as pessoas deixam de se falar e isso é pesado). Algumas conseguem reverter em amizade... mas ainda assim o grau de convivência e troca muda. E a sensação de "perder" uma parte na participação que dói.

  • @bartira8803
    @bartira8803 Před 3 lety

    Obrigada por abrir essa reflexão na minha cabeça mesmo que ainda não vivo relação aberta e não me sinto preparada pra isso, pelo menos esse momento.

  • @ErickTrindade100
    @ErickTrindade100 Před 4 lety +1

    Essa ideia de que existe o certo e errado já deveria ter sido esquecida a muito tempo sobre diversos temas. Como vc bem citou e explicou no video, cada pessoa ou cada casal que se arrisca a investir nesse tipo de relação tem que estar de acordo e ciente de tudo o que pode acontecer, seja não "funcionar" para um dos dois ou ocorrer mesmo a traição do acordo. De forma alguma podemos dizer que a resposta ou solução pra tudo, mas chegamos a um ponto que temos que questionar se o Romantismo extremo das relações são sim tóxicos ou não. Namoro com um rapaz a 1 ano e 6 meses, mas decidimos abrir a relação a 9 meses e foi um choque muito grande pra mim no inicio, tive aquele periodo de relutancia justamente por causa do medo do abandono e por ter sido criado naquela ilusão de que só existe um único tipo de relação, mas ao experimentar esse tipo de liberdade pude ver o quão somos criados para ser fechados a novas idéias e o quão inseguros podemos ser. E claro, com leituras e várias conversas sobre o tema com meu parceiro mesmo e outros casais ajudam a quebrar essa barreira que existe entre o mono e poligamia.
    Amo o canal, a cada video que vcs postam aumenta mais minha admiração, parabéns!!! Obrigado.

  • @FelipedeOliveira
    @FelipedeOliveira Před 4 lety +1

    Ei, Manu. Tudo bem? Acompanho seu canal há alguns meses, mas essa é a primeira vez que comento. Achei interessantíssimo o vídeo de hoje, como já achei também em vários outros dias. Parabéns. Queria apenas propor mais uma visão sobre algo que você disse. Me refiro ao trecho em que você diz (estou simplificando) que talvez as pessoas que estivessem mais tranquilas com a ideia da perda talvez lidassem melhor com um arranjo não monogâmico. Acho que sim, existe essa possibilidade, mas não necessariamente. Existe também a possibilidade justo do contrário. Um relacionamento monogâmico, ao mesmo tempo em q apresenta a ilusão do não abandono, oferece também um maior risco, pois se está investido amorosamente em um único objeto. Desse ponto de vista, talvez o relacionamento não monogâmico possa ser também uma tentativa de reduzir o risco do sofrimento. Distribuindo seu investimento, o corte com um objeto pode ser menos doloroso. Como se houvesse menos a perder. Dessa forma, existe a possibilidade de que a escolha por um relacionamento não monogâmico também seja por uma resistência de entregar algo a alguém e precisar lidar com a perda depois. Não estou dizendo que seja sempre assim e claro que, mesmo em um relacionamento monogâmico, podemos nos defender da entrega, mas acho apenas que é uma configuração possível. Assim como, também, a escolha por um arranjo não monogâmico não significa necessariamente a destituição do modelo romântico. Pode existir um relacionamento não monogâmico tão ou mais embuído de valores românticos em comparação com um relacionamento monogâmico, mesmo que pela sua negação.
    Um abraço procê de Minas.

  • @mikhaelcandido9812
    @mikhaelcandido9812 Před 3 lety

    esse vídeo me ajudou tanto. sou muito grato... :/

  • @cmarinho391
    @cmarinho391 Před 4 lety +4

    O poliamor é amor tb. Acho errado a crítica que fazem disso só porque é diferente.

  • @jeanlandim
    @jeanlandim Před 3 lety

    Achei elucidativo!

  • @felipealgazalmorelli4502
    @felipealgazalmorelli4502 Před 4 lety +1

    Amei o momento que fez o corte no vídeo e deixou ele dizendo que fez xixi na cama hahaha

  • @lianedream
    @lianedream Před 2 dny

    Concordo!!

  • @williamsilva3529
    @williamsilva3529 Před 3 lety +5

    Não acredito que haja amor de verdade em relações paralelas. Amor é uma construção diária, a pessoa que aceita ½ atenção, ¼ companheirismo não é amada, ela não tem sequer amor próprio, pois se submete a ½ relação

  • @avsnsalvador
    @avsnsalvador Před 4 lety +2

    Acredito que o corno eh certo....que precisamos aprender a lidar com abandonos...e se superamos as crises as relacoes tendem a se fortalecer.

  • @sanchesfofano
    @sanchesfofano Před 4 lety +3

    "Quem eu amo não me quer. Quem me quer não vou querer. Ninguém vai sofrer sozinho. Todo mundo vai sofrer." (Marília Mendonça)

  • @rafaelgra4900
    @rafaelgra4900 Před 3 lety +1

    Realidade na minha opinião tem mas a ver com religiao vai fazer isso de poliamor pra ver o tanto de gente que vai olhar a sua família de jeito torto vai ter gente que vai falar que vc vai pro inferno que seu casamento nao vale nada vao falar de uma como esposa outra como amante e visse versa.Conceitos sociais e vc nao pode viver fora da sociedade ou a margem dela.

  • @bondefilms
    @bondefilms Před rokem

    Solução para o quê exatamente? Qual o problema?

  • @jacqueline44784
    @jacqueline44784 Před 4 lety

    ❤❤❤❤❤😘

  • @mariliasaldanha3667
    @mariliasaldanha3667 Před 4 lety +1

    Será q Simone de Beauvoir e Sartre que viviam o q chamavam de amor necessário e mantinham aberta a possibilidade para os amores contingentes não podem nos inspirar> Digo pq a relação dos dois foi sustentada por muito tempo...

    • @angelaavila6295
      @angelaavila6295 Před 4 lety +1

      Marília Saldanha não sei a veracidade, mas já li que na verdade a Simone era extremamente infeliz, ciumenta e que aceitava a relação desta forma pois o amava muito, que após a primeira traição de Sartre, eles teriam acordado nova forma de se relacionar. Confesso que não tenho ideia se realmente foi assim.

  • @piggycrawlingtrapfootarmyred

    Não é simples vive este tipo de relacionamento pesar muito neste quesito.,tudo pode?,sem ferir os sentimentos da outra pessoa,eu estou sim vivendo algo desse tipo uns 4 anos dessa forma,e bem eu já sentir de tudo,embora não somos casados,ele tem uma outra pessoa no qual ela não sabe que estamos vivendo um relacionamento,sendo que ele quer introduzir uma outra pessoa pra ficarmos.,é tão louco este tipo de relacionamento,embora que sempre da um nó na sua cabeça por onde vc não consegue sair.

    • @AndreaAlves1
      @AndreaAlves1 Před 4 lety +4

      Ana, me desculpa a "intromissão"... Senti que posso comentar pq você compartilhou sua história aqui. Uma amiga esteve numa relação parecida com a sua. Se relacionou durante anos com alguém que estava em outro relacionamento e no mesmo esquema, a noiva do cara não sabia que ele era poliamoroso. Ele se casou e minha amiga ficou na merda. A reflexão que eu tiro de um relacionamento assim é que não há equidade. Primeiro pq a outra pessoa com quem seu parceiro se relaciona não sabe, e isso já diz muito sobre a falta de respeito e consideração que ele tem pelo relacionamento com ela. Segundo pq a pessoa que aceita um relacionamento assim nunca tem a outra pessoa "por inteiro" e não digo em relação à posse, mas ela é sempre a segunda opção, sempre escondido, sempre na encolha. Vc acredita que o cara com quem minha amiga se relacionava traia a noiva com ela e as duas com outras mulheres? Nesse sentido, não tem como não falar de machismo. Era muito comodo para o cara saber que ela a tinha sempre que queria e que ela lhe era fiel. Ele vinha sempre com discursos bonitos sobre o Poliamor, mas no fundo era só mais um homem usando sua posição de "poder" e persuadindo a mulher a fazer aquilo q ele queria. Para ela era ok até ele se casar.
      Não estou fazendo juízo de valor, cada um sabe o que lhe faz feliz. Mas é sempre bom refletir sobre as coisas né.
      Um Abraço.

    • @piggycrawlingtrapfootarmyred
      @piggycrawlingtrapfootarmyred Před 4 lety

      Andréa muito obg por me responder e colocar seu posicionamento sobre minha história,realmente é muito difícil e na vdd quem sofre com tudo isso sou eu,por saber de tudo,vou refletir sobre o que me disse e quem saí perdendo sempre sou eu.

  • @gustavo-jt9pc
    @gustavo-jt9pc Před 4 lety

    manu , eu escrevi pra vc no insta , gustavorochagt por favor leia , tem haver com esse tema

  • @JotaLab
    @JotaLab Před 4 lety +1

    Mas será que nós, na raiz das nossas almas, no código dos genes, e nos sentimentos de nossos corações fomos criados para a monogamia ? Será que o humano, o sapiens, o sobrevivente da batalha evolucionista traz consigo a monogamia em seu interior. O amor quando descrito e verbalizado por dois indivíduos tende a imediatamente constituir uma relação de exclusividade nata, onde um ama somente o outro (isso pra uma grande maioria de pessoas, sem generalizar mas tomando como maioria). E esses dois seres iludidos nessa premissa de amor, que pode vir a ser eterno e realmente o amor ou não, se doam um ao outro e se fecham para os outros bilhões de seres como eles que caminham por esse disco, esfera, domo, ou como queiram chamar a Terra. Pois bem, nesse meio tempo entre o início desse amor e o término dele, pois todo amor acaba, seja devido ao início de outro amor ou pela partida do amor que ainda é amado mas agora só dentro do ''eu'', continuamos a ter desejos, e coincidentemente ou não temos certos padrões de desejo, porém cumprindo a risca o acordo monogâmico nos fechamos a esses desejos novos, que surgem, que passam, que as vezes fingimos não ver e as vezes acabamos vendo, e nos culpando e sofrendo pelo desejo apenas, longe do amor que foi o que deu início ao acordo. Em um universo paralelo onde nós sejamos parte da biologia, estaria escrito na página do livro ao lada da nossa foto, monogâmico ? Eu acredito que não, e pratico algo que não acredito sim, pois assim me foi ensinado e disso não consigo me libertar, porém tento me libertar de todas as outras coisas que também me foram ensinadas e que hoje eu questiono, mas que só a mim afetam !

  • @danilobiblio
    @danilobiblio Před 4 lety +3

    Eu fico surpreso como Manu, tem receio de parecer machista. Tem momentos que vc parece um guru, e estes são os piores momentos do canal. Quando ele falou "traição" no início do vídeo, fiquei p*to. Nem toda relação aberta é poliamor, e vc fala várias vezes de poliamor. Você não dividiu conosco se já viveu uma relação aberta. Os acordos mudam o tempo todo, basta os indivíduos conversarem. Estar vivo dói. Amar doi também.

    • @danilobiblio
      @danilobiblio Před 4 lety +1

      @Boop Boop na real da muito trabalho ser homem. E agora com a desconstrução do esquerdo macho, putz.

    • @danilobiblio
      @danilobiblio Před 4 lety

      @Boop Boop como vc chegou até aqui sem tropeçar nessa expressão? Que sorte.

    • @danilobiblio
      @danilobiblio Před 4 lety +1

      @Boop Boop suportar padrões femininos é uma barra. Que bom que vc está se reinventando e escolhendo o que é melhor pra vc.

    • @luismarinho8565
      @luismarinho8565 Před 4 lety +2

      Pois é, eu amo o canal...mas gica faltando falar das vivências e experiências dele...acho eue complementaria o vídeo.