Em memória da Patrizia Paradiso

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  • čas přidán 28. 07. 2024
  • Patrizia Paradiso tinha 37 anos e estava grávida de cinco meses quando foi atropelada mortalmente no dia 26 de junho de 2021 na Avenida da Índia.
    Era engenheira de materiais que ensinava no IST. Mudou-se da Itália para Portugal 14 anos antes. A compositora Katerina L’dokova escreveu uma peça em memória da Patrizia, com quem se cruzou muitas vezes nos festivais de música, contando que “a Patri gostava muito de dançar e de andar de bicicleta”.
    Nos últimos cinco anos, morreram atropelados 137 ciclistas em Portugal. Hoje, como em qualquer outro dia do ano, a estatística diz que o INEM transportará 10 ciclistas atropelados, um em cada três vai ser um ferido grave. Nas próximas duas semanas, olhando para os dados históricos, vai morrer mais um ou uma ciclista algures no país.
    Estas mortes não são acidentes. Não acontecem por acaso. Podemos já estimar quantos de nós vão morrer atropelados até o final do ano.
    E isso significa que podemos evitar todas essas mortes. Sabemos exatamente o que deve ser feito:
    👉 A velocidade em todas as zonas urbanas deve ser reduzida ao máximo de 30 km/h, porque assim, mesmo se um embate acontecer, este não será fatal, e a probabilidade de sobreviver sem consequências graves para a saúde será de 90% (assinem a petição 30km/h que está na bio).
    👉 As ciclovias devem ter o seu próprio espaço. Só a separação física garante a segurança. E sim, para que isso aconteça, temos que deixar de ter pensamento mágico: a maioria dos carros estacionados e em trânsito deve ser retirada para dar lugar a passeios dignos e ciclovias de verdade. Só assim, ao nível da sociedade, vamos conseguir mudar a maneira como nos movemos.
    👉 Lombas, radares, canteiros, consequências para os condutores que ultrapassarem a velocidade. O nosso objetivo coletivo deve ser não a fluidez e a rapidez do trânsito automóvel, como é o caso hoje - mas zero mortes.
    Só assim, quando não houver medo de morrer, vamos poder ser milhões a pedalar, fazendo bem a nós e ao planeta.

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