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  • čas přidán 8. 09. 2024
  • Aristobulo, que esperava, por ter conquistado Escauro com presentes, não deixou de ir logo falar com Pompeu, levando consigo uma equipagem real. Mas depois de lá ter passado algum tempo, refletiu e não se pôde decidir a prestar-lhe homenagens, que lhe pareciam indignas de um soberano; e assim, regressou a Dióspolis. Pompeu, ofendido com essa retirada, solicitado por Hircano e pelos de seu partido, marchou contra Aristobulo, com legiões e um grande número de tropas auxiliares da Síria. Depois de ter passado por Pella e Dióspolis, chegou a Core, que está na fronteira da Judéia; no meio da região, ele soube que Aristobulo se tinha refugiado em Alexandriom, num castelo muito forte, sitiado sobre uma alta montanha, e rogou-lhe que lhe viesse falar. Uma maneira de agir tão imperiosa pareceu intolerável a Aristobulo, e ele resolveu tudo arriscar antes que se lhe submeter; mas o terror de todos os seus e os rogos dos amigos que lhe pediam considerar a impossibilidade de resistir a tão grande poder, como o dos romanos, obrigaramno, contra sua vontade, a ir falar com Pompeu. Ele lhe disse das razões que o deviam manter na posse do reino e voltou em seguida ao seu castelo. De lá saiu uma segunda vez, a instâncias de Hircano; depois de ter com ele altercado sobre o seu direito, regressou ainda, sem que Pompeu lho tivesse impedido. Seu espírito hesitava entre o temor e a esperança, sem saber a que se resolver; ele saiu então outras vezes de seu palácio para ir procurar Pompeu, com a deliberação de fazer tudo o que ele desejasse; mas, sempre que estava na metade do caminho, o temor de fazer algo indigno de um rei, fazia-o voltar atrás. Pompeu, tendo sabido que ele tinha proibido aos que comandava, em suas praças, obedecer a ordem alguma, se não fosse escrita por ele mesmo, ordenou-lhe que escrevesse a todos e ele não pôde deixar de o fazer; esta violência impressionou-o tão sensivelmente, que ele se retirou para Jerusalém, com a resolução de se preparar para a guerra. Pompeu, para não lhe dar ocasião a isso, seguiu-o logo depois e apressou tanto a marcha, que recebeu a notícia da morte de Mitrídates, quando estava perto de Jerico. Este país, o mais fértil da Judéia, é muito rico de palmeiras e de bálsamo, que é o mais precioso de todos os perfumes e se destila gota a gota das plantas que o produzem, depois de tê-las ferido, com pedras bem afiadas. Pompeu lá passou apenas uma noite, e partiu ao alvorecer, a fim de marchar para Jerusalém. Tão grande solicitude espantou Aristóbulo. Ele foi procurá-lo, recorreu aos rogos, prometeu-lhe uma grande soma e disse-lhe que só querendo recorrer à sua proteção, ele entregava-lhe Jerusalém e sua pessoa. Assim acalmou a cólera de Pompeu, mas não pôde fazer o que tinha prometido, pois Gabínio, tendo ido para receber o dinheiro, os que comandavam a praça, em nome desse príncipe, não Iho quiseram dar, nem lhe abriram as portas. Pompeu ficou tão irritado, que reteve Aristóbulo prisioneiro e avançou para a cidade. Depois de tê-la observado, para ver de que lado a poderia atacar, achou que os muros eram tão fortes que seria muito difícil derribá-los; mas o vale, que lhe estava aos pés, era de uma profundidade espantosa e o Templo, que estava perto, estava tão fortificado que, quando mesmo a cidade fosse tomada, ele poderia servir ao refúgio aos inimigos. Enquanto deliberava, para executar tão grande empreendimento, os judeus dividiram-se em Jerusalém. Os que eram do partido de Aristóbulo diziam que nada era mais justo do que a guerra, para a liberação de seu rei. Os que favoreciam a Hircano e temiam o poder dos romanos e sustentavam, ao contrário, que era necessário abrirem-se as portas a Pompeu. Estes eram os mais fortes, e os partidários de Aristóbulo retiraramse para o Templo, cortaram a ponte que o separava da cidade, a fim de poderem resistir até o fim. Os outros receberam os romanos e entregaram-lhes o palácio real. Pompeu para lá mandou imediatamente a Pisão, um dos chefes, com muitos soldados, e como já não se tinha mais nenhuma esperança de acordo, ele só pensou em preparar todas as coisas necessárias para sitiar e forçar o Templo, e seus amigos o ajudaram com todas as suas posses e com muito afeto. 30. Este grande general atacou a praça do lado do Setentrião e determinou, para esse fim, encher o vale e as fossas. O trabalho foi ingente, quer pela grande profundidade, que pela resistência dos judeus e pela vantagem que eles tinham de combater de um lugar elevado, de que os romanos jamais se teriam apoderado se Pompeu, que sabia que os judeus nada faziam no dia de sábado, a não ser o que era necessário para se sustentar e defender a vida, não tivesse ordenado aos seus soldados que cessassem naquele dia todos os atos de hostilidades e se contentassem em adiantar a obra.

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