O que é displasia coxofemoral?
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- čas přidán 9. 07. 2024
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Dra. Rostanda Meireles
CRM 127.932
RQE 27378
Ortopedista e Traumatologista
Especialista em Quadril SP
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A displasia é uma má formação, então, um quadril que deveria ter o acetábulo fundo, esse acetábulo é malformado, então ele não é tão fundo, ele é mais raso. Quem articula no acetábulo é a cabeça do fêmur. Essa cabeça, como o acetábulo estará raso, não vai ter o encaixe de uma articulação perfeita, e ela vai como se fosse escorregar, sair. E vai sair e pode ficar solta, lá em cima. É claro que a displasia tem maior e menor grau. Alguns pacientes tem a cabeça dentro do acetábulo, mas com alguma má formação, em outros pacientes a cabeça está lá em cima, existe um encurtamento importante.
A displasia do quadril é a maior causa de artrose no quadril em pacientes adultos, e essa artrose, ela pode ser em maior ou menor grau. Por quê?
Porque se eu tenho uma articulação que tem uma formação inadequada, com o passar do tempo, lá na fase adulta, essa articulação vai estar destruída e o paciente vai ter uma artrose.
Qual o tratamento dessa artrose?
Isso vai depender do grau da displasia, de quanto esse fêmur, essa cabeça do fêmur está fora do lugar, e de quando foi diagnosticado. Na infância existe um determinado tratamento, e na fase adulta existem outros tratamentos. Na infância nós vamos evitar que essa articulação, que essa cabeça do fêmur saia de dentro do acetábulo, então, nós vamos tomar providências como: usar o suspensório de cavile, que é aquele suspensório que deixa a perninha do bebê aberta pra que o quadril fique dentro, pra que a cabeça fique dentro do acetábulo.
Depois, quando essa criança está um pouquinho maior, existem as osteotomias, que são cortes na região do quadril, cortes ósseos, pra também aumentar a profundidade do acetábulo, pra aumentar a profundidade do encaixe da cabeça, porque a cabeça precisa do estímulo do acetábulo pra também se desenvolver. Se não existe o estímulo do acetábulo pra cabeça se desenvolver, o estímulo não vai se desenvolver e ela também vai ficar displásica, ela também vai ficar mal formada. Então, uma criança que não fez o tratamento adequado na infância, lá na fase adulta ela vai ter uma artrose e ela vai ter uma incapacidade de movimento, e até uma dificuldade pra caminhar.
O tratamento com a artrose, se for uma artrose muito grave, será cirúrgico. Podem ser realizadas osteotomias pra melhorar a profundidade do acetábulo, como pode ser realizado a artroplastia total de quadril.
A cirurgia de quadril em um quadril displásico é diferente de uma artroplastia total de quadril, e diferente em uma artrose em que a causa não é a displasia. Por quê?
Porque nós vamos ter alguns fatores que vão determinar esse sucesso ou não, ou as complicações dessa cirurgia. Se o fêmur está displásico ele vai ser menor, mais estreito, então, nas cirurgias serão necessárias hastes femorais especiais.
O acetábulo displásico ele vai estar mais raso, outro fator importante pro procedimento, porque algumas vezes, nós precisamos realizar enxertos, que é tirar um pedaço de osso pra colocar no acetábulo, prender com parafusos pra promover um aumento da profundidade desse acetábulo, pra prótese também encaixar melhor.
Outro fator importante é o encurtamento. Se o quadril está totalmente fora, ele está lá em cima e o paciente vai ser submetido por uma artroplastia total de quadril, nós temos que colocar esse quadril aqui embaixo. Esse alongamento excessivo ele não pode ocorrer durante a cirurgia, porque nós sabemos que, se nós alongarmos essa perna, mais que 2, 3 cm, há chance de risco, de lesão do ciático, que é uma lesão muito comum em pacientes que são submetidos a esse procedimento. O quadril está lá em cima e nós devemos descer ele.
O que a gente faz pra evitar essa lesão?
Nós precisamos realizar uma osteotomia. O que é isso?
Nós vamos tirar um pedacinho do fêmur pra quando a gente puxar não ser tão grande o alongamento e diminuir a chance de lesão do ciático, então, você pode ver que um pós-operatório de uma artroplastia total de quadril por displasia, é um pós-operatório totalmente diferente. Primeiro porque a cirurgia é uma cirurgia diferente, maior número de complicações, número maior de correções, então, esse pós-operatório ele vai ser diferente, vai ser mais arrastado, mais demorado, a dor será mais intensa pelo próprio alongamento, e a musculatura, tão importante no pós-operatório, na reabilitação, vai ser uma musculatura que está alterada desde a infância, então, é uma musculatura que responde menos a fisioterapia, ela é mais lenta/devagar, então, isso é muito importante no pós-operatório de uma artroplastia total de quadril por displasia.
Eu espero que essas informações o tenham ajudado e até o próximo vídeo!
Sempre muito esclarecedor tem que ser uma ótima profissional
Agradeço o carinho de sempre Elia. =)
Olá doutora, conheci seu canal agora estou adorando as explicações! Eu tenho 33 anos de idade e estou sofrendo muito com essa displasia no quadril e na coluna toráxica e lombar, a dor é insuportável nas costas no quadril e nas pernas, estou cada vez mais debilitada principalmente para andar. Sou do interior de São Paulo, faço tratamento em Jundiaí
Eu já nasci com displasia na coluna e no quadril, mesmo assim tive uma vida normal até poucos anos atrás, sempre fiz acompanhamento com ortopedista e fiz todos os tratamentos conservadores, mas agora na vida adulta essas deformações se transformaram em artrose severas, a dor é insuportável mas meu especialista de quadril disse que não tem o que fazer 😭 e pra completar minha medula está quase totalmente comprimida por conta da deformação da coluna, estou aguardando avaliação de um especialista de coluna que o convênio me encaminhou...é horrível viver com essa dor permante e aguda
Explicacao maravilhosa , parabens ...
Valeu Valter. =)
Instabilidade coxofemoral é o mesmo que displasia?
O q acontece quando é bebê. Pois minha bebê tem 1 mês