Bianca - Minha amiga (Inédito) 1981

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  • čas přidán 7. 09. 2024
  • Bianca, cujo nome de batismo é Cleide Domingues Franco (Ituiutaba, 1964), é uma cantora brasileira. Com uma carreira fugaz, foi um dos fenômenos das rádios no início dos anos 80 e se tornou ícone de uma geração de jovens pós-ditadura militar.
    Aos quatorze anos, em 1978, Bianca despontou para o sucesso com um compacto simples que trazia as músicas Os Tempos Mudaram (O Que Me Importa) e Vou pra Casa Rever os Meus Pais (versão de A Little More Love, originalmente gravada por Olivia Newton-John). Posteriormente vieram outras baladas de sucesso, como Minha Amiga e Agora Chega, composta de versões que revezavam com o repertório autoral de Cléo Galante.
    As canções apresentavam muitas gírias da moda como "fossa", "careta" e "grilos", eram geralmente cheias de romantismo ao estilo dos Beatles e vinham apimentadas com todo um sentimento de rebeldia movida por uma crise existencial.
    Antes de despontar para o sucesso, Bianca foi crooner de uma banda jovem em sua cidade natal. Numa de suas apresentações, teve a oportunidade de ser assistida pelo cantor e compositor Cléo Galante, que ao vê-la cantando com uma guitarra à tiracolo, não hesitou em investir na sua ida para São Paulo e apresentá-la aos investidores da gravadora RGE, onde foi imediatamente contratada. O produtor Reinaldo B. Brito (Camisa de Vênus, Engenheiros do Hawaii) sugere o pseudônimo "Bianca" tendo em vista que o seu verdadeiro nome, Cleide, não soava comercial nem tinha apelo artístico.
    O visual da cantora foi uma ideia do próprio Galante, que se inspirou na então musa do cinema francês, a atriz Maria Schneider, consagrada por Último Tango em Paris de 1972, cuja cabeleira e rosto mostravam incríveis semelhanças com os da cantora.
    O pseudônimo, por sua vez, fora inspirado na mulher de Mick Jagger, Bianca, também outra musa da contracultura da época (não por coincidência a primeira canção Os Tempos Mudaram teria muitas afinidades de acordes com Satisfaction, dos Rolling Stones). A presença da guitarra foi imprescindível para a composição do visual rock’n’roll que lhe renderia o título de "a roqueira do Brasil" nos primeiros anos.
    Em 1979 é apresentada por Flávio Cavalcanti como um ícone da nova geração do rock, ao lado de Djavan e Dicró.
    Em 23 de outubro é ovacionada por mais de cinco mil pessoas no evento denominado "Parada do Povo", ocorrido no Palácio dos Esportes em Natal para o grupo de artistas que a RGE levou à convite da Rádio Poti. Bianca divide o palco com Chrystian, Carlos Alexandre, Patrick Dimon e Gilliard.
    Na mesma semana o "Diário de Natal" aponta que Bianca, "com uma música com o refrão "O que me importa", nos faz "entender que é de outra geração e os tabus não devem existir mais, sobretudo porque "desperta o outro lado do povo, o lado responsável". O crítico e tradutor Claudio S. Carina não se apresenta menos sucinto ao dizer que vendo-a "um pouco mais pretensiosa em suas letras, tendendo mais ao bom e velho rock'n'roll, e arriscando um esboço de crônica de seu tempo e sua geração, a cantora Bianca aparece logo a seguir, com 200 mil exemplares vendidos de seu compacto Os Tempos Mudaram (RGE)."
    Anos 80
    Em maio de 1980, com seu primeiro disco de vinil, conquista elogios da crítica e popularidade principalmente entre o público jovem. Com seu repentino sucesso, Bianca era presença constante numa série de programas de auditório como Discoteca do Chacrinha, Almoço com as Estrelas, Programa Silvio Santos, Programa Carlos Imperial, Clube do Bolinha, Programa Geração 80 na Rede Globo, apresentado por Kadu Moliterno e no Globo de Ouro, além das mais diversas aparições em revistas e fotonovelas. A música Tudo Dava Certo, que não saiu em LP oficial, foi selecionada entre as quatorze faixas do LP Disco do Povo, coletânea que a pôs entre artistas renomados como Sidney Magal, Claudia Telles, Sérgio Mallandro, Trio Los Angeles, Amado Batista, Odair José e Harmony Cats.
    Bianca, numa entrevista concedida ao jornalista Aramis Millarch em 1979, revela que a sua grande motivação para a música surgiu de acompanhar estrelas nacionais como Elis Regina, Maria Bethânia e Ney Matogrosso. Como era de se esperar, apesar de todo o aparato que envolvia o "produto comercial Bianca", a cantora ainda adolescente, de origem simples e estudante no Polivalente (Escola Estadual Antônio Souza Martins) de Ituiutaba, conservava muito de sua inocência: não tinha namorado e era fã confessa de gibis. As pressões de sua carreira precoce parecem ter sido um dos motivos de seu sucesso meteórico, intenso, mas de pouca duração.
    Desaparecimento
    Muito se especulou sobre o paradeiro de Bianca desde o seu desaparecimento da cena musical em 1994. O total anonimato da cantora gerou uma série de boatos sobre possível suicídio ou overdose em decorrência do consumo de drogas.
    Em 21 de dezembro de 2008, um membro da família afirma: "que ela está viva e mora em uma cidade do interior do Ceará, chamada Piquet Carneiro, casada e é integrante de uma banda de forró (Destak do forró).

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