Fernando Maurício (A Viela)

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  • čas přidán 7. 09. 2024
  • Fernando da Silva Maurício (Mouraria, Lisboa, 21 de Novembro de 1933 - Lisboa, 15 de Julho de 2003) foi um fadista português.
    Nasceu na Rua do Capelão, no coração do Bairro da Mouraria. Com apenas oito anos começou a cantar numa taberna da rua onde morava, "O Chico da Severa". Em 1947 ficou em terceiro lugar no concurso "João Maria dos Anjos", organizado no Café Latino. No mesmo ano participou na Marcha Infantil da Mouraria.
    Durante um período de três anos, aos fins-de-semana, cantava em locais como o Café Latino, o Retiro dos Marialvas, o Vera Cruz ou o Casablanca no Parque Mayer. Com 17 anos interrompe a actividade a que voltaria apenas em 1954, no conhecido Café Luso. Actuou depois em pitras casas como a Adega Machado e O Faia.
    Nos anos 60 e 70 foi a vez de outras casas de fado como a Nau Catrineta, a Kaverna, o Poeta, a Taverna d'El Rey e novamente, o Café Luso. Estas casas conquistaram novos públicos com as suas actuações e passou a ser apelidado de Rei do Fado. Em 1969 recebeu o Prémio da Imprensa. Com Francisco Martinho obteve grandes êxitos. Estiveram contratados na "Adega Mesquita", onde cantavam desgarradas e a solo [1].
    O disco "De Corpo e Alma sou Fadista" foi editado em 1984 pela Movieplay. Recebeu os Prémios Prestígio e de Carreira da Casa da Imprensa em 1985 e 1986. Em 1989, Amália descerrou na rua onde nasceu duas lápides evocativas das vozes do fado emblemáticas deste bairro: Maria Severa Onofriana e Fernando da Silva Maurício.
    A Câmara Municipal de Lisboa assinalou, em 1994, as suas bodas de ouro artísticas no Teatro S. Luiz.
    Em 2001 foi publicada a sua biografia "O Fado É O meu Bairro" da autoria de Sara Pereira. Em Maio de 2001, no Coliseu dos Recreios, foi agraciado pelo Presidente da República, com a Comenda da Ordem de Mérito.
    Faleceu em Lisboa no dia 15 de Julho de 2003. Em 2004 foi lançada a compilação "Saudade de Fernando Maurício - Antologia 1961-1995".
    O realizador e produtor Diogo Varela Silva realizou o documentário "O Rei Sem Coroa" que também retrata o que foi a Lisboa popular entre os anos 30 e 80 do século XX.[2]
    Detentor de uma voz genuína e arreigado às suas raízes lisboetas, é considerado por muitos conhecedores da especialidade como o maior fadista da sua geração. São vários os fados que celebrizou entre eles a "Igreja de Santo Estêvão", com composição de Gabriel Oliveira e Joaquim Campos.

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