Envelhecimento, gênero e saúde mental
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- čas přidán 3. 12. 2020
- Nos estudos sobre o envelhecimento, temos ao menos três pontos de vista prevalentes: o ponto de vista médico-biológico, que enfatiza as mudanças dos processos corporais (sobretudo das perdas e da decrepitude); o ponto de vista psicodesenvolvimentista, em que o envelhecimento é compreendido como uma fase do desenvolvimento; e o ponto de vista socio-cultural, no qual a velhice é compreendida a partir dos diversos contextos nos quais que o envelhecimento se insere - sociais, culturais e políticos. Ou seja, a velhice diz não apenas às mudanças corporais, mas como elas são significadas pela sociedade . Assim, o sentido de ser velho muda de acordo com a história e com a cultura.
Nossa cultura atual é etarista, gerontofóbica, ou seja, tem horror ao envelhecimento e sobrevaloriza a juventude. Além disso, a classificação de quem é velho depende também de valores sociais locais. Por exemplo, em algumas regiões do Brasil, mulheres com 35 anos são consideradas "velhas".
Em sociedades sexistas como a nossa, nas quais o tornar-se homem e mulher passa por caminhos diferentes de subjetivação (mulheres, pelo dispositivo amoroso e materno e homens, pelo dispositivo da eficácia), é preciso pensar se e como o envelhecimento interpela de forma diferentes homens e mulheres (e se tem e quais são AS DIFERENÇAS na vivência da velhice por velhos e velhas hetero e homossexuais).
A pergunta que permeia essa live é: como o envelhecimento coloca em xeque, de forma "gendrada", a saúde mental dos idosos? Há diferenças e especificidades de gênero no sofrimento e no mal-estar de idosos e idosas?
A live está dividida em duas partes:na primeira, são apresentados resultados de pesquisas com idosos e idosas heterossexuais; na segunda, com idosos gays e idosas lésbicas. Nessa última, recebemos como convidado especial o psicólogo e metres em psicologia Clínica e Cultura, Felipe de Baere.
Artigos referentes a essa live:
1) www.scielo.br/j/ptp/a/qzfZqrS...
2) pepsic.bvsalud.org/scielo.php?...
3) drive.google.com/file/d/1k5TP...
Costumo dizer q a melhor coisa do casamento foi a separação (em 2012). Depois disso ainda tive duas relações abusivas. Cansei. Cansei mesmo. Depois de algumas relações terríveis (sobretudo pra mim),resolvi cuidar de mim.
Outra coisa q costumo dizer é q não vejo a hora q chegue a menopausa pra me afastar das relações amorosas. Os poucos prazeres das relações heterossexuais não superam os desprazeres. Ser colocada no cantinho da prateleira do amor ,talvez ,vá só me fazer bem. Não gosto mais de me relacionar com esses machos... até mesmo de alguns amigos eu me afastei. Cansei! Não sou obg a me relacionar com gente tóxica. Mais uma vez te parabenizo. 😘💚✊🏾👏🏾🙏🏾🤟🏾
Ótimo comentário/reflexão! Obrigada, Renata!
@@cris3099 😘🙏🏾✊🏾❤
E pq vc não se afasta agora?
@@regeejean119 de fato , fiz. Nenhum homem , nunca , me deu prazer como eu me dou. Go zo muito mais sozinha. ✊🏾🤘🏾❤
Penso exatamente assim
Meu projeto daqui para frente é me dedicar à espiritualidade, e viajar.
A velhice chega para todos, desde que não morra jovem é claro.
Eu tenho a minha vaidade, mas não é prioridade na minha vida, com a intenção de agradar alguém ou competir.
O espírito e minha conexão com Deus, é o mais importante. 🙌🙏💓
📍"O essencial é invisível aos olhos"!
Tudo é efêmero.
Fiz trabalho numa casa d repouso e as mulheres sempre mto receptivas, os homens não mto. Envelhecer no ocidente é ruim p todos, mas p o homem é o terror, a vida p muitos deles é em volta da sexo, o viagr* ajuda, so q ele não é mais o novinho, mts vzs o estilo de vida deles: vicios, dsts nao tratadas...acelera o surgimento do envelhecimento e as doenças q comprometem a qualidade de vida, nessa hora a novinha corre sobra p esposa, se ele não firmou amizades, formou familia ou abandonou tem grandes chances de viver essa velhice sozinho.
Valeska, vc consegue responder muitas das minhas atuais perguntas sobre a subjetivação diferenciada de homens e mulheres; Mas, principalmente, joga luz sobre a condição das mulheres, fazendo-as perceber que pouca coisa é da ordem do natural e imutável.
Bicha, a senhora é destruidora mexmo. Valeska desde q conheci vc, quase n sofro. Hahahah ♥️♥️♥️🌹
Sou uma prova da "prateleira do amor": fui uma jovem loira, alta, magra, de olhos azuis, em um ótimo lugar na prateleira. Hoje tenho 47 anos, continuo loira, alta, magra, de olhos azuis, mas me tornei quase invisível.
Nós mulheres envelhecemos de uma maneira triste.No ocidente é proibido envelhecer. Há um culto à juventude e beleza.O homem mais velho consegue encontrar relacionamentos. Já para a mulher as coisas são extremamente difíceis
Para de se vitimizar. Isso não é culpa do machismo, o homem naturalmente procura mulheres jovens, a menos que n se sinta suficiente para elas. E isso de "medo de ser velho" já existe há muito tempo, tanto entre homens quanto mulheres
@@ajkjak2967 Está perdido? Tem outros canais que você pode acompanhar pseudo intelectuais que falam sobre "o homem naturalmente..."
Que isso, o Tinder está aí pra isso..
@Giovanna Figueiredo acho q vou me sentir mais feliz qdo não tiver nenhum macho por perto. Tenho 47 e não preciso deles pra nada. Posso gozar só... todos os homens q me envolvi eram machistas e uns inúteis dentro de casa ... sempre me virei e fiz tudo só... Fico melhor qdo não estou apaixonada. E ,qdo a menopausa chegar ,maravilha ... eles não serão mais nada pra mim. Kkkk nem pra conversar eles servem. São sempre uns escrotos.
@@RENATASOLE Vc é frustrada igual os mgtow kkkkk
Boa tarde,professora. Estou encantada com seu trabalho. Se precisar de mim ,em alguma pesquisa ,estou disponível pra colaborar.
Tenho 47 anos ,não me realizei com a maternidade... muito menos no casamento, nem nas relações amorosas. Agora ,passei a cuidar um pouco mais de mim. Tenho dor crônica há 11 anos. Recentemente fui diagnosticada com fibromialgia.
Fiz a graduação depois da segunda filha. Qdo consegui a bolsa,pelo ProUni, fiquei feliz, mas pensei em desistir pq achei q não daria conta. Terminei a graduação e fiz especialização...mas a academia foi um pouco decepcionante. Continuo nos meus estudos ,de forma independente. Parabéns por seu trabalho. Vc é inspiradora 😘💚✊🏾
Parece que as lésbicas são as mais felizes no envelhecimento
É tão gostoso ouvir esses assuntos que às vezes me dá até vontade de voltar para a UnB e seguir uma carreira acadêmica que já quis, mas nunca segui... Passou muito rápido essa live!
Eu não sou da área da Psi, mas tô amando mt todas as lives da pandemia da Valeska! Incrível gente! Sem academiquês, e é falado de forma interessante, instigante! Parabéns pela iniciativa e ter colocado aqui no youtube!
Valeska você é incrível! Não sou da área da psicologia, mas aprendo muito com suas lives. Muito obrigada!
Esclarecedor , norteador, põe a disposição instrumentos para pensarmos o envelhecimento e gênero, tanto LGBT que mais, quanto heterossexual. Muito obrigado aos dois.
Maravilhosos!!!! Muito didáticos!!
Parabéns pela resistência!!!!
Eu, tenho 50 anos de idade, o que mais me dói, foi não ter tido filhos, foi um sonho que eu não realizei, de outra parte, me cuido, me alimento bem , tenho a minha profissão e posso dizer, que tenho mais liberdade nos meus relacionamentos , que foi algo que eu não vivi dos 20 aos 30, agora sim eu me relaciono e muito bem.
Adendo... parabéns ao pesquisador e a excelente explanação do tema. Orientando e orientadora afinados.
Essa foi uma pesquisa à parte e não do mestrado ou doutorado dele. 😉
Ah. Obrigada pela correção.
No casos dos gays a invisibilidade é semelhante à das mulheres.
Oba! Vídeo novo! ❤️
Muito bom! Parabéns!
excelente!!!!!
Acabei de me inscrever no canal e aguardarei as próximas discussões. Parabéns Valeska Zanello e a tod@s que participaram e contribuíram para as discussões! E que venha, finalmente, o ano de 2021!rsrsrsrs
Valeska, admiro muito seu trabalho! Parabéns!
Boa tarde doutora! Amo seus vídeos, e estou lendo seu livro! Tenho dificuldade na leitura, e esses vídeos me esclarecem nas minhas dúvidas! Muito obrigada!
Muito bacana a pesquisa do Felipe
Fizemos juntos! 😉
Lives maravilhosas!! Parabéns!! 👏🏼👏🏼
Sua LIVEs sao brilhantes, sou imensamente grata. Aprendo demais e as acho muito libertadoras de varias crencas negativas do nosso insconsciente. Precisamos ressignificar o processo de envelhecimento. Me lembro de meu avô aos 80 pedindo para todos rezarem para ele morrer e minha avo aos 90 pedindo reza pra viver mais. Moro no Canada e aqui o preconceito é ainda maior. Os asilos para idosos sao praticamente padrao, ha muitos maus tratos, xs filhxs mal visitam os familiares pois nao ha muito afeto e apego comparado a culturas latinas. Alem de que o Canada é um pais muito capitalista e os idosos deixam de ser ativos na profissao e viram um peso, por causa da aposentadoria.
Nossa, a imagem que temos do Canadá é de um país civilizado.
Muito bom mesmo esse compartilhar de informações tão importantes.
Que live interessantíssima, incrível!! Parabéns aos professores, que trabalho brilhante, estou encantada!!!!
Que live gostosa, que alegria ver tanta gente bacana e inteligente interessada em compartilhar conhecimento. Obrigada, Valeska! Obrigada, Felipe!
Gostei demais de escutar essa aula de ser mulher e de ser homem.
Incrível! Parabéns à mestra!
É importante trabalho, parabéns mestra!
Voltemmm!!!
Boa tarde professora Zanello. Acabei de assistir sua entrevista no Giro das 11 da Tv 247. O Mauro Lopes, apesar de minha insistência, ignorou meus comentários com uma questão que gostaria que senhora abordasse. É a questão do FUTEBOL no contexto das tecnologias de gênero machistas no Brasil. Como homem esta questão me interessa diretamente porque, mesmo sendo "homem", eu não gosto de futebol. Durante toda minha vida sofri preconceitos e até violências por me manter ANTI-FUTEBOL desde a adolescência. Tenho milhares de motivos para ser anti-futebol que vão além dessa questão de estereótipo masculino. Mas é neste ponto que as violências contra mim se manifestam.
Por favor a senhora poderia abordar este assunto do futebol em alguma aula ou entrevista?
Muito grato.
Oi Fernando, assista a live sobre a casa dos homens em grupos de whatsapp masculinos. Lá eu falo do funcionamento da casa dos homens que tb é bem presente no mundo do futebol. Existe uma pressão grande na casa dos homens. Vamos falar disso na live 4, lá no Giro das 11. Talvez possamos abordar essa sua questão! 😉
@@valeskazanello7636 pois é, apesar de já estar bem avançado na idade minha incapacidade de me adequar às regras da "casa dos homens" trouxe graves sequelas tanto no meu psíquico emocional quanto no meu relacionamento com a sociedade "masculina" e as mulheres. Hoje percebo que meus problemas não tem tanta relação com minha sexualidade em si mas sim com minha recusa de assumir o papel determinado pela "casa dos homens" de como deve ser um "homem".
Muito obrigado por sua resposta.
Quando o homem não gosta de futebol ele apanha dos outros homens.
Gente, é muito boa a temática que vocês estão tratando, e estão com isso trazendo incríveis contribuições para a sociedade. Mas cuidado como falam. Vocês estão defendendo os idosos, mas não demonstram vê-los como pessoas sábias, experientes, e, muitas vezes, com incríveis contribuições para dar para a sociedade. "Aquelas velhinhas bem doidinhas em cima de uma moto", é também desrespeito. Esta mulher, se cuidou a vida inteira, tanto física quanto mentalmente, para estar ainda apta em idade avançada a poder desfrutar de vitalidade. E mesmo aqueles que chegaram a uma idade avançada menos saudáveis precisam ser tratados com mais respeito. Não falemos com e sobre os idosos em linguagem tatibitate, por favor. O mundo está repleto de idosos com mentalidade muito mais avançada e, até mesmo, casos não tão frequentes mas crescentes, com mais vitalidade física que muitos jovens.
Querida, essa foi a resposta de uma das entrevistadas, já na terceira idade. Se ela se pensa assim, quem somos nós para desqualificar sua fala? Reveja o vídeo e verá que é a leitura ipsis litteris do que ela disse.
@@valeskazanello7636 Não revi o vídeo mas, se é esse o caso, entendo. De qualquer forma a gente precisa ficar atento a esses detalhes, não reproduzir o discurso de indivíduos que estão sendo alvo de preconceito, e alertá-los sobre como eles próprios estão se diminuindo e desrespeitando. Vocês estão fazendo um trabalho incrível, lindo mesmo e super profundo, mas a tarefa é árdua, e qualquer crítica vem só pra fortalecer o movimento e acelerar as soluções. "Deus" nos ajude!!!!!!!!!
By the way, tenho sido muito ajudada por pessoas como vocês a identificar os meus próprios "detalhes" passados despercebidamente. Ninguém escapou da domesticação secular...
O número de pesquisados não é muito pequeno? o contexto sócio econômico cultural não teria muitas diferenças tb?
Foi uma pesquisa qualitativa, então o número de participantes não é tão relevante. Sobre a questão socio-econômica: sempre há interseccionalidades que podem ser importantes, mas os conteúdos que tangem aos valores das masculinidades e o que é interpelado nas mulheres, acho difícil que seja muito diferente. Mais fácil que haja grandes diferenças em relação a novas gerações que estão envelhecendo… vc leu meu livro? Leia! 😉 Acho que talvez fiquem mais claras algumas ideias!
@@valeskazanello7636 , vou ler sim. Ainda não comprei. Tanta coisa para assistir, ler, aprender... não tô dando conta rs
@@roseglay rsrsrs sei bem como é!!!!
Bom dia, Valeska Zanello! Onde pensávamos que poderia ser diferente( o imaginário vem, nem sei de onde!), não é! Veja no vídeo czcams.com/video/D4ATHiyJaYU/video.html
😞
Não entendi por que as mulheres que tiveram relações com homens e mulheres foram enquadradas como lésbicas e não como bissexuais. Elas se autoidentificaram assim ou foi uma opção do pesquisador?
Elas se identificam assim! ;)