Hélio Matheus - Meu Segredo

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  • čas přidán 2. 07. 2024
  • Brasil: Samba, Bossa & Algo Mais!
    Hélio Matheus
    Meu Segredo (Hélio Matheus)
    Álbum: Matheus Segundo Matheus
    Gravadora: RCA Victor - 1975
    Gênero: Romântico Popular
    Hélio Matheus (RJ, 5/07/40 - RJ, 9/02/17), compositor, cantor e violonista. Pelo nome do compositor, o Brasil talvez já nem se lembre da obra autoral de Hélio Matheus, mas quem viveu nos anos 1970 certamente cantou alguma música deste cantor e compositor carioca e provavelmente essa música foi Camisa 10, parceria de Matheus com Luis Vagner lançada com grande sucesso popular em 1973 na voz do cantor paulista Luiz Américo.
    Contudo, após ter tocado em boates no início dos anos 1960, Hélio Matheus compôs outras músicas que ganharam vozes como as de Elis Regina, Vanusa e Wanderléa. Em 1973, ano em que o Brasil vestiu Camisa 10, Wanderléa gravou o samba-rock Kriola e o cantor Antonio Marcos lançou Ninguém vai chorar por mim, músicas compostas por Hélio Matheus sem parceiros. Na própria voz, Matheus lançou em 1977 a composição Boi da cara branca, em gravação editada em compacto e incluída na trilha sonora da novela O Astro (TV Globo, 1977). Protagonista dessa novela, o ator Francisco Cuoco, aliás, gravou músicas compostas e/ou adaptadas por Matheus quando fez o papel de cantor em meados da década de 1970. Hélio Matheus teve músicas gravadas nos anos 80 e 90 mas viveu mesmo o auge artístico ao longo da década de 70. No embalo de Comunicação o compositor se comunicou com o Brasil.
    Figura importante (pouco badalada) da MPB dos anos 70, Hélio teve na música “Comunicação”, cantada por Vanusa no Festival da Record de 1969, um dos seus maiores sucessos. Nascido no RJ, em julho de 1940, ganhou um violão do pai aos 12 anos. Após trabalhar em usinas de açúcar e como balconista em lojas de discos, passou a se apresentar em boates do RJ e SP, cidade onde morou na mesma pensão que Tom Zé. Lançou seu primeiro compacto em 1968, mas a consagração viria apenas no ano seguinte, com “Comunicação”, feita em parceria com Édson Alencar (gravada também por Elis Regina e Dóris Monteiro). Era o que faltava para que o compositor ganhasse a atenção de destacados cantores da época.
    Em 1974, emplacou dois grandes sucessos nas paradas nacionais: o samba de breque “Camisa Dez”, na voz de Luiz Américo, e a romântica “Meu segredo”, cantada por Antonio Marcos. Da patota de Hyldon, Tim Maia e Luiz Vagner, entre outros expoentes do Sambalanço e do soul brasileiro, Hélio foi contratado pela RCA Victor, gravadora em que lançou seu primeiro LP, “Matheus segundo Matheus” (1975). Com arranjos de Oberdan Magalhães, Zé Rodrix e Chiquinho de Moraes, além da participação do Azymuth como banda de apoio, o antológico disco trazia pérolas do samba-rock e samba-jazz como “Marraio”, “Mais Kriola” e “Briguenta”. Paredes de metais swingantes e um baixo que batia forte como um sino de catedral davam o tom.
    Hélio chegou a emplacar uma música na trilha sonora da novela “O Astro”. Era “Boi da cara branca”, inspirada no filho Marcelo e interpretada pelo próprio compositor que, a esta altura, passara ao elenco da Som Livre. Era a garantia de apresentações no horário nobre do Globo de Ouro, no momento de maior fama do músico. Vieram, porém, a separação de Jane, sua primeira mulher, e outros problemas pessoais. No início da década de 80, Hélio rompeu com João Araújo e trocou Copacabana por SP, onde foi trabalhar na Sicam, sociedade arrecadadora de direitos autorais. Ainda teve músicas gravadas mas os dias de sucesso já haviam passado. Casou-se novamente (agora com Tania) e viu nascerem mais duas filhas (Heliana e Luciana), mas o alcoolismo o afastou da família. Nos últimos anos, Helio morou em três albergues públicos de SP, onde tinha sem-tetos como companheiros. Com problemas de locomoção por causa de dois AVCs, aceitou relutante uma transferência para o Retiro dos Artistas.
    Texto: Mauro Ferreira, 10/02/2017 (g1.globo.com/musica)
    Músicos:
    Ary Piassarolo - guitarra
    Hélio Matheus - violão
    Luiz Cláudio - viola de 12 cordas
    Ary Piassarolo - baixo
    Mamão - bateria
    Ariovaldo Contesini, Chacal e Heremes Contesini - percussão
    José Roberto Bertrami - teclados
    Edson "Ed" Maciel, Lamartine, Manoel Araújo e Silvio - trombone
    Antônio Cândido - trompa
    Genaldo - saxofone barítono
    Jayme e Pedro Neto - saxofone alto
    José Araújo e Nivaldo Ornelas - saxofone tenor
    Braz Limonge Filho - corne inglês e oboé
    Formiga, Heraldo e Márcio Montarroyos - trompete
    Jayme Araújo - clarinete
    Celso Woltzenlogel, Copinha, Jorge, Oberdan Magalhães e Jorginho - flauta
    Aizik Geller - cordas
    Angela Herz, Eda, Edgardo Luiz, Gelson, Genival, José Carlos, Lilian e Loide - vocal de apoio
    Arranjo e regência: Maestro Chiquinho de Moraes e Oberdan Magalhães (metais e flautas)
    Produção: Carlos Guarany
    Direção artística e coordenação de estúdio: Aloysio Legey
  • Hudba

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