SOTAQUE EM INGLÊS É UM PROBLEMA? | PAPO DE LINGUISTA | JANA VISCARDI

Sdílet
Vložit
  • čas přidán 10. 09. 2024
  • Apoie a produção de conteúdo deste canal: www.padrim.com...
    ********
    Inscreva-se na newsletter: eepurl.com/dOFbqj
    *******
    Acompanhe nas redes:
    Twitter: / janaviscardi
    Instagram: / janaisa
    ********
    Meu site: janaviscardi.c...
    ********
    Referências do vídeo:
    - Fluência oral em língua inglesa: repositorio.un...
    - Inglês como língua oficial: www.emmc-imae.o...
    Estatísticas da língua inglesa: lemongrad.com/...
    Percepção de falantes nativos: repository.ubn...
    #janaviscardi #papodelinguista #inglês #línguaestrangeira

Komentáře • 503

  • @MrHyperRocker
    @MrHyperRocker Před 4 lety +289

    Jana, eu preciso fazer uma observação sobre a empresa EF English, que veiculou a propaganda. Eu estudo inglês desde os 13 anos, tinha aulas particulares diárias, sempre ouvi músicas, assisti filmes em inglês. Cheguei até a namorar estrangeiros que disseram que eu tinha sotaque muito próximo do meio oeste americano, vindo de um americano do meio oeste. Pois bem, em 2009 quis fazer um intercâmbio pela EF English e me preparei para uma entrevista... Me esforcei ao máximo para emular um americano... E eu ouvi da avaliadora: "Você ainda tem muito o que melhorar em relação a sua pronuncia." Eu voltei para casa destruído, sem saber o que eu tinha feito de errado. Obviamente eu não fiz intercâmbio nenhum, mas há uns 2 anos atrás viajei sozinho para Nova Iorque e além de usar condução, comprar comida, ainda consegui muitos namorados... A questão aqui é: Você SEMPRE vai ter algum tipo de sotaque, pq vc tem uma origem, você tem um país, você tem uma família, você tem uma língua mãe e você tem uma história!! Orgulhe-se! O Brasil é um país muito legal! PS: Quando estive no Metropolitan (MET) em Nova Iorque, fui comprar uma echarpe e um vendedor do museu perguntou de onde eu era. Eu respondi Brasil e ele me disse: "Que legal, o povo brasileiro é bem COSMOPOLITA."

    • @carinatalaricorizzi182
      @carinatalaricorizzi182 Před 4 lety +13

      Eu ensino inglês há pelo menos 10 anos. Hoje moro na Europa, já tentei trabalhar na EF English, eles exigem que se faça um no teste internacional de inglês, mesmo que você passe por entrevista etc etc.

    • @guicarvalho9389
      @guicarvalho9389 Před 4 lety +40

      Concordo! Acho que é muito exagero querer falar igualzinho a um nativo. Pra mim, o importante é você conseguir se comunicar, passar suas ideias, e conseguir compreender o outro. Eu estudo inglês sozinho já tem 1 ano pela internet, e acho que já melhorei bastante.

    • @helloidiomas3663
      @helloidiomas3663 Před 4 lety +19

      sem dúvida nenhuma! nossos alunos ficam muito ansiosos com isso, demoram a falar, ficam envergonhados, tudo por idealizarem um padrão que simplesmente não é nosso! a sociedade quer colocar a gente tudo numa caixinha igual e sem graça, sendo que, o que nos forma, são as nossas peculiaridades! viva a diversidade, as diferenças! a comunicação, a expressão vai muito além da crueldade do mercado capitalista

    • @fraufuchs9555
      @fraufuchs9555 Před 4 lety +6

      @@carinatalaricorizzi182 também ensino inglês na Europa e tenho sotaque, ninguém nunca se importou com isso. Aliás, nem no exame de proficiência do nível C2, que é o mais alto, seu sotaque vai ser pontuado (a menos que não consiga pronunciar as palavras e torne a comunicação incompreensível, mas aí você não passaria nem no B1, né?).

    • @tomsidera
      @tomsidera Před 3 lety +1

      Cara, entendo o que vc sentiu, mas diferente do que a Jana quis passar no vídeo, pronunciar "tudo errado" não é nada lega. Vc mesmo já deve ter conhecido vários estrangeiros em diferentes níveis de conhecimento do Português e vc sabe o quão desesperador é vc tentar conversar em Português com um estrangeiro que não domina nem meia dúzia de fonemas do nosso idioma. Basta agora se colocar no lugar de um nativo da língua inglesa. Vc provavelmente tem algum sotaque como qse todo estrangeiro tem em algum nível, mas eu duvido que isso tenha alguma vez atrapalhado sua comunicação.
      Imagine vc ir pra uma escola de Inglês como vc frequentou por anos, e lá nenhum professor te mostrar como se pronuncia a maioria dos fonemas da língua e vc depois de muitos anos sair de lá pronunciando TODAS as palavras como se fosse em Português mesmo. Seria, no mínimo, bizarro.
      A Jana tem essa mania de problematizar tudo, mas a vida não é como ela pinta. No seu caso, a pessoa que te entrevistou provavelmente não era uma pessoa séria, pois se a pessoa disser que vc "errou" tem que mostrar exatamente "onde" vc pronunciou errado. Pois talvez fosse só seu sotaque e não exatamente um erro.
      De qqr forma, é legal saber q vc tem o entendimento que todos têm um sotaque pra línguas estrangeiras, mas que sempre é importante estudar E FAZER O SEU MELHOR, pois a pessoa do outro lado também, convenhamos, não é obrigada a ficar se matando pra entender uma pronúncia que tá totalmente errada não só com "sotaque" que é o mais comum e pouco ou em nada atrapalha o entendimento do nativo.

  • @thayanenunes5481
    @thayanenunes5481 Před 4 lety +205

    Como se aprender uma segunda língua já não fosse difícil, você precisa se sentir humilhado por propagandas assim no processo. Exceto qnd são falantes brancos de inglês tentando falar português, qualquer pronúncia é aplaudida. Importantíssima, como sempre, véri gude. 💜

    • @JanaViscardi
      @JanaViscardi  Před 4 lety +31

      Exatamente, sabe? Uó.

    • @lucapellari5985
      @lucapellari5985 Před 4 lety +2

      Siiimmmm

    • @tiopaulo8352
      @tiopaulo8352 Před 4 lety +5

      Interessante que o pessoal da África do Sul o time tinha vários problemas táticos e futebolisticos com o Joel Santana, MENOS que não entendia seu inglês, até porque "veri gud plaiers, véri gud Jobs and tão godi trans!!" e eles entendiam a MENSAGEM.....
      Agora Felipe Massa falando algo quase ininteligível no rádio de fórmula um e se atrapalhando para passar a idé a correta para a equipe, a gente só assiste a gozação feita pela tv gringa do quanto ele mal fala inglês....
      Tá lá no NETFLIX,. é assistir e cair na risada....

    • @feliperibeiro8432
      @feliperibeiro8432 Před 4 lety +3

      @@tiopaulo8352 Não entendi. É em uma série, documentário??

    • @gabylt3362
      @gabylt3362 Před 2 lety +1

      Meu professor ontem "o gringo fala errado vcs tbm podem enquanto estão aprendendo" isso foi minutos depois de ter me olhado feio por eu ter pronunciado girl de uma forma não tão perfeita

  • @samanthaabreu782
    @samanthaabreu782 Před 4 lety +155

    Eu sou tradutora e professora de inglês e olha acho que essa questão da pronúncia também está bastante ligada ao complexo de vira-lata do brasileiro, essa ideia de que o "inglês correto" é aquela pronúncia americana ou inglesa, ignorando que o inglês tem uma gama gigantesca de sotaques. É a ideia de falar como nativo, como se um nativo fosse feito de pronúncia e não de referências culturais e experiências. Enquanto o brasileiro quiser "ser" americano, essas escolas vão usar desse artifício de pronúncia e muitos professores também vão utilizar isso como chamariz.

    • @PB-tv3ml
      @PB-tv3ml Před 4 lety +7

      É interessante isso, porque a Irlanda é destino de intercâmbio há um tempão já (fora outros países) e ainda assim por aqui pessoal continua nessas de inglês americano x britânico. Eu mesma morei em Dublin e ganhei alguma coisa do sotaque de lá. Mas sempre tem um chato pra me dizer "nossa teu sotaque é muito US" sendo que eu nunca pisei nos Estados Unidos e nunca tive professor nem amigo de lá, nada. Bem isso, é tanta vontade do pessoal "ser" americano que começa até a imaginar coisas.

    • @matheuscamargos626
      @matheuscamargos626 Před 4 lety +4

      Também sou tradutor e professor de inglês e comparto da mesma ideia, obrigado pelo seu comentário. É justamente sobre isso que eu ia apontar

    • @carinatalaricorizzi182
      @carinatalaricorizzi182 Před 4 lety +3

      Obviamente o brasileiro tem esse complexo de vira-lata (na minha opinião), mas aqui na Europa não é diferente, conforme comentei anteriormente. E o engraçado é que quem se incomoda são os donos das escolas de línguas. Quando você ensina particular, o povo acha ótimo.

    • @jaque_alves_tea
      @jaque_alves_tea Před 4 lety +3

      Verdade Samantha! Morei na Europa por alguns meses e ouvi várias formas distintas de pronúncia do inglês, e todos se entendiam numa boa, sem nenhum desses preconceitos que vemos aqui no BR.

  • @CivilizedMenKilledMe
    @CivilizedMenKilledMe Před 4 lety +97

    'Dis uoman is sô biriful"
    Conheci uma pessoa que estava no Brasil e eu perguntei porque ela se interessou por nosso país. Ela disse que quando criança, zombou de um estrangeiro que falava "engraçado". Mas o professor repreendeu porque essa pessoa que fala "errado" é um pouco mais especial que você porque sabe uma lingua a mais. Isso a fez querer aprender uma língua a mais. Pura vaidade. Aprendeu o espanhol e um dia ouviu uma música em português que não conseguiu traduzir direito e pediu auxílio . Apaixonou-se pelo português e pegou como desafio por não ser uma língua fácil.
    A viralatisse do brasileiro é tão grande que acha charmoso um estrangeiro falar com sotaque e às vezes errado e zomba do brasileiro de outra região.

    • @quinhavieri2178
      @quinhavieri2178 Před 4 lety +10

      O Karnal conta uma história da avó dele (alemã), q tinha um sotaque super forte quando falava português: q quando eles (imagino q os netos) "curtiam" com o sotaque da avó, ela respondia: "meu sotaque só diz q eu falo uma língua a mais q vc"! haha Peguei essa resposta pra mim e me libertei desse medo de falar outra língua, q me dediquei e me dedico horas da minha formação pra aprender, porq eu estaria falando de forma imperfeita só por ter sotaque...

  • @R76505
    @R76505 Před 4 lety +60

    Uma coisa que me irrita também é essa história de "tenha aula com professores nativos". Primeiro que ser nativo e ser bom professor são duas coisas beeeem diferentes, segundo que a gente sabe muito bem de que nativo estamos falando. Coloca um falante nativo da Jamaica pra ver o que acontece

    • @Felipe-ds2gd
      @Felipe-ds2gd Před 4 lety +3

      Kkkkk já tive aula com jamaicano na English Live, ela era ótima aliás

    • @tomsidera
      @tomsidera Před 3 lety

      @@Felipe-ds2gd Exato! Sotaque é uma coisa. Falar errado é outra. Na propaganda, o erro mesmo é falar "guDI" em vez de, pelo menos mandar um "gud" (com d mudo pelo menos).

  • @amandamagalbr
    @amandamagalbr Před 4 lety +37

    Ah como eu amo esse vídeo!! Moro nos Emirados Árabes Unidos, onde inglês é lingua falada por pessoas de praticamente todos os países do mundo, cada um com seu sotaque. Eu amo essa diversidade, consigo entender o inglês de todo mundo, e fico muito feliz que todo mundo me entende também. Consigo conversar com o australiano, com o escocês, mas também com o bangladeshi, com a italiana, com o nigeriano.. enfim, eu entendo os outros e eles me entendem.
    Em 2014 eu passei um tempo no Brasil, e fui procurar emprego em uma escola de ingles, afinal tinha 8 anos de vivência no idioma. Adivinha? Fui criticada pelo meu sotaque, pela confusão que ele causava (é britanico? americano? árabe?). O conhecimento da língua era menos importante do que a capacidade de imitar um sotaque americano padrão 🙄

    • @JanaViscardi
      @JanaViscardi  Před 4 lety +9

      Pois é. Isso nos mostra o quanto há de idealizado no entendimento de língua por várias escolas...

    • @amandamagalbr
      @amandamagalbr Před 4 lety +7

      E isso é péssimo, muitas pessoas (incluindo eu) acham que falam inglês fluente, pois entendem os seriados e filmes americanos, mas quando saem do país percebem que não sabem nada! Não conseguem entender nada, não conseguem se fazer entender, um horror. A língua inglesa é tão maior do que um sotaque americano ou britânico...

    • @fraufuchs9555
      @fraufuchs9555 Před 4 lety +3

      Já eu consegui emprego para dar aulas de inglês aqui na Alemanha mesmo tendo sotaque brasileiro. Isso nunca nem entrou em questão. Já estou há 5 anos dando aulas aqui, mas provavelmente no Brasil não conseguiria emprego nem tendo essa experiência 🤷‍♀️

  • @ShirLey-qu4cz
    @ShirLey-qu4cz Před 4 lety +54

    Acrescento outro problema: brasileiro esquece que qqr estrangeiro terá sotaque ao falar português, porém com o inglês somos tão colonizados que queremos eliminar nosso sotaque, como se o inglês ou qqr outro idioma fossem nossa língua materna. Não é. E nunca será. Portanto, entende-se que o sotaque fará com que vc seja imediatamente identificado como brasileiro. Diminuindo assim seu reconhecimento. Isso é fruto de uma visão deturpada e apequenada de nós mesmos. Certa vez, viralizou uma crítica de mãe que tinha filhos em escola bilíngue e tinha receio que os filhos ficassem com o "sotaque" e não parecem nativos já os professores da escola eram brasileiros. Então, não entender as variações linguísticas, a riqueza de sotaques, de pronúncias e de sons de um idioma só empobrecem qqr estudo ou comunicação. Há coisa mais linda que o regionalismo do português brasileiro? E os sons e gírias de Angola que são completamente diversos dos nossos? Querer uniformizar o mundo é um pensamento pequeno frente à grandeza de possibilidades que qqr idioma nos oferece.

  • @doscheid
    @doscheid Před 4 lety +82

    Eu me apegava muito nessa coisa da pronúncia perfeita, em usar corretamente todas as regras gramaticais, etc. Até que o primeiro professor de inglês que tive que era falante nativo me disse que fluência não era pronúncia perfeita nem domínio da regra culta da língua, mas sim a capacidade de me comunicar naquela língua.
    Na perspectiva que ele me apresentou, se conseguir desenvolver conversação com ideias com certo grau de complexidade e se fazer entender na maior parte do tempo, já dá pra considerar fluente.

    • @JanaViscardi
      @JanaViscardi  Před 4 lety +17

      O conceito de fluência tem, inclusive, várias nuances diferentes. Tem um texto que eu indiquei aqui que traz um pouco essas diferenças.

    • @patriciagss2024
      @patriciagss2024 Před 4 lety +7

      Sempre falei isso a meus alunos. Muitos não conseguiam se expressar porque a vergonha os travava.

    • @feliperibeiro8432
      @feliperibeiro8432 Před 4 lety +6

      @@patriciagss2024 Eu adorava ler os textos em inglês que a professora copiava no quadro. Um dia eu fiquei inseguro de ler em voz alta para a sala toda e eu disse: "desculpem se minha pronúncia não soar muito boa." No final a professora me elogiou muito dizendo que minha pronuncia é muito britânica e que acha lindo quando falam o inglês assim e mostrou a forma como um britânico e um norte-americano falam. Me senti muito seguro depois disso e ela passou a me deixar ler os textos em quase todas as aulas.
      É bom quando os professores não desestimulam os alunos a ler, corrigindo eles para um sotaque americanizado, como se fosse o único e perfeito.

    • @MaluAlmeida
      @MaluAlmeida Před 4 lety +2

      A compreensão de que o me fazer entender com um certo grau de conforto era mais importante do que pronunciar e usar toda a gramática corretamente foi o que impulsionou e muito meu inglês. Desde então eu tento passar essa ideia pra quem me pede dica ou ajuda.

    • @isabellabrito6261
      @isabellabrito6261 Před 4 lety +2

      Exatamente

  • @danilofreire9250
    @danilofreire9250 Před 4 lety +19

    Morei 1 ano em Dublin, fui fazer intercâmbio, e eu sou nordestino, os professores nunca falaram que meu sotaque atrapalhava e eu me comunicava bem. Os moradores entendiam o que eu falava mesmo com um sotaque tão diferente. E quando eu ia pro interior aí que era coisa, o sotaque deles era bem diferente do da capital. Enfim...cada país tem sua dinâmica na língua.

  • @claragrica
    @claragrica Před 4 lety +34

    Meu tio avô, formado em direito, falava francês e espanhol fluentemente. Foi morar na Suécia, ficou lá uns 6 anos. A esposa dele sabia essas línguas mas sem ter a mesma base que ele teve. Ela não tinha medo de falar errado, aprendeu a falar sueco, chegou até dar aula na universidade de lá, ele saiu de lá mal entendendo a língua por que não se permitia errar.

    • @JanaViscardi
      @JanaViscardi  Před 4 lety +8

      Que interessante a história deles!!!

    • @Hel_P
      @Hel_P Před 4 lety +8

      Como professora e aluna, eu acredito que a pior coisa q um professor pode fazer é intimidar o aluno, a ponto de ele não conseguir avançar por medo de errar...

  • @taketakk
    @taketakk Před 4 lety +36

    Nessas horas, sempre lembro do prof. Pasquale dizendo que você não deve tentar ensinar ao Fagner que se fala "côração", e não "córação"...

  • @lilmonstercii
    @lilmonstercii Před 4 lety +87

    Caraca, esse vídeo é mais do que gúdi, é VÉRI GUDI!!!!! Essa questão que você levanta é bastante interessante porque reverbera demais na expectativa des alunes. Dou aula de inglês para ensino médio e quase sempre tenho que lidar com "professor, mas eu vi que é assim que se fala", "ah, mas eu aprendi assim no curso X de inglês completo que eu fiz em um ano". É um assunto cheio de camadas e boa parte delas responde a um neoliberalismo nojento. Enfim, excelente fala, companheira!

  • @AndreaMeireles
    @AndreaMeireles Před 4 lety +51

    Adorei a reflexão, Jana! 😘 Eu sou imigrante e costumava me desculpar pelo meu sotaque até pouco tempo, quando um colega de trabalho salientou que minhas habilidades de comunicação são mais relevantes. A gente precisa acabar com essa síndrome do colonizado já.

  • @carlosraposo4761
    @carlosraposo4761 Před 4 lety +22

    Nasci em Portugal e sempre tive amizade pela minha língua. Mas foi no Brasil que eu me apaixonei pelo português. Amo o vosso jeito de abrir as sílabas (enquanto nós fechamos), amo a diversidade de pronúncias do Brasil. Canso-me de falar que não há maneira de falar português correto. No Brasil o "L" final vale o som "U" e é assim que está bem. Vocês até têm dificuldade em enrolar a língua para fazer o som"L" no final. Eu ensino se alguêm quiser. O "D" e o "T" soam "djê" e " tjê" e variam de região para região. Aqui em Portugal o "T" e o "D" são secos. Mas também temos imensos regionalismos. No Porto o "V" vale "B". Em Lisboa nós falamos "lãite" para "leite". Já devem ter reparado. Em Portugal as vogais e certas sílabas desaparecem completamente e nós nem notamos. "Excelente" vira "xlente", a "piscina" vira "pchina", "estamos" vira "xtamos". Isto na vida do dia-a-dia. Claro que se digo poesia ou ensino alguêm a falar n´s dizemos todas as sílabos.
    Isto para dizer que odeio purismo linguísticos. Língua ideal não existe. Não existe português padrão. Acho que querem impôr um inglês "standard". Mas até agora não resulta. Esse inglês que essa escola ensina provavelmente ensina o sotaque norte-americano. Muito diferente do britânico, do escocês, do irlandês, do australiano e de todos os outros sotaques ingleses. A Jana tem toda a razão. Língua ideal e perfeita é língua morta. Talvez como o ser humano.
    Infelizmente eu só conheci o Brasil com 30 anos. Mas depois disso já fui aí 6 vezes. O país é tão grande e tão lindo que eu já nem vou para outros lugares. Quero mais e mais Brasil. Antes eu já era fluente em inglês e espanhol. Mas com uma língua tão rica e tão gostosa como a nossa eu me recuso a viver em outra língua. Quero mais e mais viver em português e o meu sotaque já é meio transatlântico - misturado.
    Obrigade por o que me tens ensinado Jana. Sigo o teu canal há cerca de um mês por sujestão do Henry Bugalho e estou adorando. Beijinhos para todes e um especial para a Jana.

  • @angelo_di_stefano
    @angelo_di_stefano Před 4 lety +36

    Eu ri tanto com o comecinho do vídeo. Kkkkkkkkkk... ❤
    Nada como uma cientista da língua para dar clareza e explicar as coisas, obrigado Jana.

    • @JanaViscardi
      @JanaViscardi  Před 4 lety +8

      hahahaha

    • @lucastrindade3495
      @lucastrindade3495 Před 2 lety

      Mano, a indústria cinematográfica está perdendo essa atriz perfeita, que é a Jana! 💖

  • @daisyrre
    @daisyrre Před 4 lety +34

    Esse vídeo é "bão" d+! Não é só "bom" é "bão". Reflexão incrível :)

  • @elispsicopedagoga2982
    @elispsicopedagoga2982 Před 4 lety +22

    🥰
    Antes de tudo, é necessário que quem esteja ouvindo, queira entender e quem está falando, queira ser entendido.... 👍

  • @alinerg2301
    @alinerg2301 Před 4 lety +16

    Eu sou imigrante em Portugal e já tive mt estresse por causa do sotaque, gente dizendo que eu deveria adaptar minha pronúncia ao português daqui para ser compreendida. Só de raiva, moro aqui há 13anos e mudei apenas o estritamente necessário. Ñ sou obrigada.

    • @fraufuchs9555
      @fraufuchs9555 Před 4 lety +4

      Isso é ridículo, eles tem muito mais contato com nosso português através das novelas do que nós com o português deles. Então eles conseguem nos compreender sem problemas. Eu consigo compreender a pronúncia europeia e a única dificuldade que encontro é em relação ao vocabulário que muitas vezes é diferente. Adaptar o vocabulário até acho válido, mas mudar a tua pronúncia é eurocentrismo demais.

  • @m.amachado
    @m.amachado Před 4 lety +19

    Há uns 2 ou 3 anos eu acompanho um canal de inglês aqui do CZcams (English in Brazil) no qual em todas as aulas de pronúncia, essa perspectiva sobre os diferentes sotaques e dialetos é sempre abordada , ressaltando a relevância das diferenças étnicas entre falantes nativos e suas produções de inglês falado. Isso me ajudou muito a sentir segurança e avançar no idioma e tem me ajudado também a não ter vergonha de falar francês que comecei a estudar há cerca de 6 meses. Esse ponto é mesmo muito relevante para o aprendizado pessoal e avanço em um idioma. E é também um aprendizado sobre respeito ao próximo e a tudo que culturalmente carregamos conosco e que nos torna o que somos até aqui. Bj, Jana. Bj, Milu!

    • @JanaViscardi
      @JanaViscardi  Před 4 lety +5

      Sim, certamente!

    • @R76505
      @R76505 Před 4 lety +5

      Eu acompanhava esse canal antigamente. Se não me engano, a dona dele tbm é linguista, acho que ela tem um doutorado na área. Conhecimento é libertador, né?

  • @claragrica
    @claragrica Před 4 lety +29

    Money, que é good nois num have
    Se nois havasse nois num 'tava aqui playando
    Mas nois precisa de workar
    Money, que é good nois num have
    Se nois havasse nois num 'tava aqui workando
    O nosso work é playar

  • @renatanovato9460
    @renatanovato9460 Před 4 lety +5

    Nosso complexo de viralata permeia até a correção de pronúncia. Vejo muitos brasileiros corrigindo a pronúncia do inglês de outros brasileiros, mas os estrangeiros que conheço que moram aqui, reclamam que não os corrigimos ao falarem português. Eles moram aqui e querem ser corrigidos, pelo contrário dizemos: "Ai, eu também não falo bem o português, hahahaha. Seu português é ótimo!"

  • @FlaviaCarvalho
    @FlaviaCarvalho Před 4 lety +6

    Amei...confesso que já faz muito tempo que desisti de falar inglês justamente por causa disso...em curso um professor nativo ria e corrigia meu sotaque o tempo todo, e enquanto isso ele mesmo falava um português cheio de sotaque e trocava os artigos.
    Eu era jovem e atacada então falei um monte e sai e nunca mais voltei...hoje eu iria dialogar...de qualquer forma nossas escolas incentivam essa lógica do sotaque da língua dominante e ao mesmo tempo incentiva que a gente tolere e admire qualquer estrangeiro que consegue falar, ainda que fora da norma culta, nossa língua.
    Obrigada mais uma vez por trazer uma reflexão relevante. 🥰🥰🥰

  • @nubiahuff
    @nubiahuff Před 4 lety +6

    No interior do RS, onde temos colônias alemãs e italianas, até hoje alguns grupos tem quase um dialeto que mistura as línguas. São clássicos na colônia alemã a troca de gênero, o som de "k" para o "g", as dificuldades com a quantidade de "erres" nas palavras. E essas pessoas falam português e são entendidas. Tudo isso pra dizer: OBRIGADA! muito bom este vídeo.

  • @laurinhaes4793
    @laurinhaes4793 Před 4 lety +8

    Na verdade, os 3 cursos que fiz até hoje, focam nessa idealização do falante nativo. Minha preocupação sempre foi me comunicar. Estou novamente matriculada num curso, agora vai... porém, minha preocupação nunca será a perfeição da pronúncia, e sim a comunicação.

  • @shlomo20
    @shlomo20 Před 4 lety +14

    este foi o vídeo mais "Papo de Linguista" de todos! Viva Saussure!

  • @PB-tv3ml
    @PB-tv3ml Před 4 lety +10

    Uma aula maravilhosa, como sempre! Essa semana comecei um curso de sociolinguística da plataforma Future Learn e me sinto toda Jana Viscardi na hora de estudar

  • @murilotouro
    @murilotouro Před 4 lety +9

    Maravilhoso, Jana!
    Outra coisa que me incomoda demais em relação a falar uma língua adicional é a necessidade de ser entendido de primeira. Qual é o problema da pessoa dizer "desculpa, não entendi, você pode repetir?". Fazemos isso TODO o tempo falando nossa língua materna, é natural que a gente não entenda o outro de primeira necessariamente.

    • @isabellabrito6261
      @isabellabrito6261 Před 4 lety +2

      Exatamente, ter essa estrategia de saber pedir ajuda, pedir p repetir faz parte das competencias da lingua, de qualquer lingua. Pra isso, a pessoa precisa ter a calma pra pedir o esclarecimento, o q so acontece se a pessoa não tiver vergonha. Enfim, eh o ensino contemporaneo de linguas. Ela tem razão 😁

  • @pedrohbrinck
    @pedrohbrinck Před 4 lety +29

    Ja dando like. Só pra registrar que eu amo teu canal. ❤

  • @guicarvalho9389
    @guicarvalho9389 Před 4 lety +3

    A pronúncia é importante, mas mais importante é você conseguir se comunicar. Se ambos os lados compreenderem o que está sendo falado, significa que houve a comunicação.

  • @rodolfog777
    @rodolfog777 Před 4 lety +44

    Geralmente, o idioma idealizado é o inglês estadunidense... e, tecnicamente, eles foram os colonizados. Mas entendi seu ponto.

    • @JanaViscardi
      @JanaViscardi  Před 4 lety +83

      Não só - o inglês britânico é muitíssimo bem visto. O "mais elegante", o "mais bonito".

    • @rodolfog777
      @rodolfog777 Před 4 lety +12

      @@JanaViscardi Verdade, confesso que eu também acho a pronúncia inglesa mais bonita (não sei se por síndrome vira-latesca). Mas creio que a maioria dos cursos de inglês focam na pronúncia da antiga colônia inglesa... que agora é o todo-poderoso colonizador Estados Unidos. Ou seja, você segue tendo razão... por isso disse que entendi o seu ponto. Adoro seu canal, Jana. Um beijo

    • @lucapellari5985
      @lucapellari5985 Před 4 lety +3

      E qual seria o sotaque predominante a ser ensinado? Pq lá tb tem sotaque, eles tb tem seus regionalismos.

    • @LivioT87
      @LivioT87 Před 4 lety +8

      @@rodolfog777 eu lembro que uma vez durante a aula de inglês fui ler um texto e a professora interrompeu no meio pra falar que não tava errado mas que a pronúncia que ela estava ensinando não era da Inglaterra e sim do Estados Unidos. Como estava no nível 1 ou 2 e meu ouvido ainda não era treinado pra diferenciar, fiquei confuso e morto de vergonha.

    • @rodolfog777
      @rodolfog777 Před 4 lety +7

      @@lucapellari5985 Não creio que haja um sotaque correto... a gente deve aprender com os falantes, seja lá de onde forem...

  • @lllizieee
    @lllizieee Před 4 lety +3

    Amei o vídeo! Sou professora de inglês e acredito profundamente que o movimento de valorização e inclusão de todos os alunos passa pela ideia de respeitar diferentes pronúncias e não penalizar aqueles que não conseguem reproduzir a pronúncia padrão (standard pronunciation). Sempre digo para meus alunos que a pronúncia é algo pra gente exercitar, mas nunca para querer soar exatamente como um falante nativo. Podemos ter uma comunicação rica e complexa com qualquer pronúncia. Basta olhar para o inverso da nossa perspectiva, ou todos os estrangeiros que falam português e que a gente entende super bem.

  • @laurinhaes4793
    @laurinhaes4793 Před 4 lety +6

    Cada família tem sua linguagem, sua cultura de comunicação. Imagina pessoas de países diferentes... bobagem mesmo o foco nessa pronúncia perfeita q provavelmente não ocorrerá.

  • @julymartinsemendonca
    @julymartinsemendonca Před 4 lety +3

    Excelente! Além dessas diferenças que você deu, na própria língua, em diferentes regiões se fala diferente. Há palavras e sonoridades diferentes nas regiões do Brasil, de Moçambique, de Cabo Verde, de Portugal... em Portugal mesmo, há uma região que troca o "v" pelo "b", falam "baca" ao invés de "vaca"... e é perfeitamente compreensível essa diferença fonética.
    Adoro suas reflexões! Gratidão

    • @JanaViscardi
      @JanaViscardi  Před 4 lety +1

      Sim, com certeza! :) São muito bacanas essas variedades do português também, né? Minha avó, de pais espanhóis que aprenderam português no Brasil, sempre falou "baca" porque ouvia a mãe falando espanhol em casa, em que "b" e "v" se "confundem". Eu adoro.

  • @psouza_escritor
    @psouza_escritor Před 4 lety +10

    Pronuncia perfeita é uma evolução da síndrome de vira lata que o brasileiro tem, não basta se comunicar tem que ser igual o local. Por experiência própria, gringo quer saber se você sabe se comunicar, saber imitar sotaque é o de menos.

  • @lauragaffogirardi5123
    @lauragaffogirardi5123 Před 4 lety +4

    Incrível o vídeo, estava comentando sobre isso ontem com um amigo. Acho uó que quando falantes de inglês vem pro Brasil, qualquer tentativa de falar português a gente acha lindo, mas a gente ter esses mesmos problemas pra falar outras línguas é quase um crime. Adoro teus vídeos. Abração 💛

  • @jacksonchagas9230
    @jacksonchagas9230 Před 4 lety +4

    Adorei...
    Fiquei imaginando se os brasileiros ficassem corrigindo a pronúncia das gringues...
    Bom demais Jana

  • @eusebiatavares3293
    @eusebiatavares3293 Před 4 lety +5

    Poxa! Eu precisava , de verdade, assistir esse vídeo hoje, foi libertador...rsrsrs!
    A pressão pra falar tudo certinho é muito grande, me deu até um conforto!
    Abraço Jana!

  • @vocetemrazao2239
    @vocetemrazao2239 Před 4 lety +6

    Em Minnesota fala-se GÔÔd e não o guud "perfeito", ou seja, nem precisa ir pra outro país de linguá inglesa para ver essas variações no sotaque.

  • @camenagp
    @camenagp Před 4 lety +3

    Eu tive a oportunidade de fazer intercâmbio, passei 8 meses estudando inglês em Londres. Depois de um tempo, eu percebi que subir de nível estava mais relacionado com a evolução na capacidade de comunicação do que na fala externamente correta e muitas pessoas ficavam um pouco que falava palavras "corretamente" mas estavam em um nível anterior do que outras pessoas que elas julgavam que falavam melhor.
    Eu acho que tem também uma coisa que é a ideia de que existe a forma correta e existe o sotaque. Eu tive professores de outras nacionalidades e que não tiveram o inglês como língua nativa, e tinha um certo preconceito de alguns alunos que não queriam ter aulas com eles porque achavam que não iam aprender o "inglês correto".
    Eu assisti um documentário que fala um pouco sobre isso Que chama DO YOU SPEAK AMERICAN? E me fez ter várias reflexões sobre o português também

    • @JanaViscardi
      @JanaViscardi  Před 4 lety +3

      Sobre a forma correta: sequer os nativos a dominam porque essa "forma correta" faz parte do ideal de uma língua, não da sua concretude. Vai vir vídeo no canal sobre isso em breve. :)
      Beijos!

  • @lenilsonsilva7818
    @lenilsonsilva7818 Před 4 lety +4

    English Live, corre aqui, mulher! ... E traz a Tata!
    Vídeo espetacular ❤️🌷

  • @reginapimenta546
    @reginapimenta546 Před 4 lety +2

    Qdo eu estava no estágio da faculdade atendia mtas pessoas diferentes. Acabei aprendendo mtas palavras novas da minha próprio língua! Uma palavra que eu não esqueço é moco para surdo.
    Maravilhoso seu vídeo! Parabéns. O mais incrível foi a consciência que tive em assistí-lo justo hoje.
    Hj procurei uma professora de inglês que, justamente me apresentou uma argumentação mto alinhada ao assunto desse vídeo. Gostei mto! Obrigada 👍😉

  • @ladytrelena
    @ladytrelena Před 4 lety +1

    Olha só, eu aprendi inglês no colegial, mas não deslanchava porque a professora pegava no pé por não ter a gramática perfeita.
    Anos mais tarde, fui fazer um curso de inglês e não deslanchava, porque os professores pegavam no pé por causa da pronúncia perfeita.
    Aí, tive que fazer uma viagem inesperada ao exterior e, com meu inglês macarrônico, muita mímica, sendo humilde e pedindo a compreensão do ouvinte, consegui me comunicar mais e melhor do que um povo Cultura Wiseupiana Fiskética que estava no grupo, muitas vezes até dando uma de intérprete pra eles.
    Um lado meu ficou muito contente por ter conseguido vencer esse desafio. Mas outro lado se entristeceu pelo tanto de tempo que perdi, por sempre me sentir insuficiente, por todas essas razões que você tão bem apontou no vídeo, Jana.
    Obrigada por tratar desse tema tão importante dessa forma tão legal. Você é demais!

  • @eitabenedita6182
    @eitabenedita6182 Před 4 lety +1

    Aiiiii Mestra Jana... um bálsamo para mim esse vídeo!!!! O que me impede de falar mais o inglês é essa "pressão" para falar perfeitamente!!!! A gente aprende o inglês "americano" mas quando vamos pra Nova Zelândia.... é outra história!!! Bjos!!!

  • @gbarrionuevo
    @gbarrionuevo Před 4 lety +2

    Esse vídeo foi genial!
    Pensar essa colonização que existe no aprender a falar 'certo' e contrapor isso com exemplos em português, apenas perfeito!

  • @Lucols4
    @Lucols4 Před 4 lety +1

    Isso me fez lembrar um vídeo de uma falante nativa que disse que é mais difícil compreender uma palavra entonada no lugar errado do que a própria pronúncia.

  • @olgafre
    @olgafre Před 4 lety +2

    Graças a deus alguem falou isso!! Quando estudei inglês muitos anos atrás via isso tbm, essa perseguição ao sotaque. Moro no leste europeu e todo mundo aqui tem sotaque, polonês fala ingles com sotaque, hungaro, russo, romeno, todossss, ninguém tem noia com isso. Isso é frescura da cabeça colonizada do brasileiro.

  • @arthurbrandolin2739
    @arthurbrandolin2739 Před 4 lety +1

    Parabéns pelo vídeo, Jana. Ficou incrível!
    Sua análise não se limita ao universo linguístico. Ao idealizar um "falante nativo" você idealiza o Sujeito outro, e isso tem implicações muito sérias também na antropologia, psicanálise, história e muitas outras áreas do conhecimento... Isso reflete todo um sistema de ensino (do básico ao superior) que sempre vê o outro como um sujeito idealizado e isso é excludente com o "fora do padrão" e totalmente dominador.

  • @carlosmoura8196
    @carlosmoura8196 Před 4 lety +1

    Jana vc é uma Diva da análise linguística dos discursos.

  • @11Paulo12
    @11Paulo12 Před 4 lety +1

    Muito legal esta análise, Jana. Eu, como professor de espanhol, sempre tive este cuidado. Apresento as pronúncias que eu conheço e quando preciso, uso o termo "adequado" e nunca "correto". Isso que você disse dos nativos está muito bem colocado. Um nativo não fica procurando "erros" na sua pronuncia. O mais importante sempre é a comunicação. Se for fazer uma continuação deste vídeo gostaria que comentasse sobre provas de proficiência. Nelas o avaliador conversa com você e vai fazendo anotações que te deixam cada vez mais tenso. Obrigado!

  • @PedroVictorCarvalho
    @PedroVictorCarvalho Před 4 lety +1

    Ai Jana, cada dia gosto mais desse canal! Estive conversando sobre esse assunto com um amigo que é professor e estávamos falando disso inclusive em relação a nossa própria língua portuguesa aqui no Brasil e a questão do português padrão e o (não) padrão e essa ideia de norma culta, sendo que a teoria da comunicação e a construção do sentido e compreensão transcende essa normatização linguística

    • @JanaViscardi
      @JanaViscardi  Před 4 lety +2

      Oi, Pedro, sim, tão importante essa conversa. Estou planejando uma série de novos conteúdos e um dos vídeos é justamente sobre a questão da norma culta. :)

  • @fabiannysouza9349
    @fabiannysouza9349 Před 4 lety +3

    Que profissional! Que mulher! Que tema mais necessário o é bem abordado! Muito obrigada pelo trabalho q Vc faz, Jana 💕

  • @jacicarioca2897
    @jacicarioca2897 Před 4 lety

    Acho que a graça e a riqueza de qualquer língua está justamente nos diferentes "sotaques"! É uma delícia ouvir você, com seu "R caipira", falando sobre isso!

  • @adrianarenan6764
    @adrianarenan6764 Před 4 lety

    Jana, gostei demais desse vídeo! Conheci seu canal agora na Pandemia e tem sido muito bom assistir suas análises acuradas do cotidiano. Você traz à tona pontos bem interessantes e muito, muito pertinentes sobre o que estamos vivendo. Obrigada por compartilhar seu saber e suas percepções conosco.
    Eu começei a estudar inglês mais velha, quase aos 30 anos, porque eu ia conseguir viajar para o exterior e queria poder me comunicar. E como é difícil a gente se expressar em outra língua quando a gente tem a ilusão de fazer o uso "correto" da própria língua. A trava é ainda maior.
    E eu ia nesse ritmo travadão até ter a oportunidade de passar a noite em um albergue com outras cinco falantes da língua inglesa: uma americana, uma escocesa, uma australiana, uma canadense e um inglesa. De idades diversas, de padrão social e educacional diverso. E o papo foi ótimo, até altas horas. Num determinado momento, eu percebi que elas se entendiam. Se elas entendiam aqueles sotaques tão diferentes, aqueles acentos tão diversos, também eram capazes de me entender!!!! E se eu prestasse atenção e estivesse relaxada como estava naquele momento, também seria capaz de entendê-las. Que havia paciência com o estrangeiro, que era só pedir para repetir e tudo fluiria.
    Essa compreensão fez toda diferença na minha viagem e no meu aprendizado futuro da língua. Até hoje, falo um inglês macarrônico. E meu português? Ainda estou aprendendo. Inclusive como adequar meu vocabulário e gramática para ser melhor compreendida.
    Um beijo!

  • @KarinaPaitach
    @KarinaPaitach Před 4 lety +1

    Adorei o vídeo. Sempre fiquei angustiada quando escutava alguém dizendo que estava se dedicando horrores para tirar o sotaque da pronúncia do inglês. 😊

  • @janedsonalmeida1324
    @janedsonalmeida1324 Před 4 lety +1

    Eu não sei quase nada de inglês. Só aprendi basicamente o verbo to be. Uma vez estava no aeroporto, uma mulher que estava vindo da França me pediu ajuda. Ela falava inglês também. E eu consegui ajudar, mesmo não sabendo tanto de inglês. Ela compreendeu as construções que fiz.

    • @JanaViscardi
      @JanaViscardi  Před 4 lety +1

      Viu só? Sinal de q vc sabe mais do que o verbo to be :)

  • @kellymaiara443
    @kellymaiara443 Před 4 lety +1

    Ahh jana!! Maravilhosa como sempre. Você tocou em algo que eu sempre digo não só dessa propaganda como diversssaaaaaas outras que eu vejo aqui no youtube ou no instagram corrigindo palavras em inglês se já é uma benção a pessoa conseguir entender ela! Você está certíssima!

  • @mouradabahia
    @mouradabahia Před 4 lety +2

    além disso gosto dos sotaques de qiem não fala português nativo gosto , é divertido, temperado

  • @silviakarlaalmeidadossanto4996

    Amei o vídeo, muito acolhedor, as pessoas usam a variação linguística como opressão, não apenas língua estrangeira, aqui no Brasil a pronúncia do Nordeste é muito depreciada. Eu sempre gostei de ouvir as mesmas palavras com sonoridades diferentes, acho linda a maledicência da língua. Parabéns pelo vídeo.

  • @pedrohbrinck
    @pedrohbrinck Před 4 lety +2

    E acima de tudo, o curso que ensina dessa forma tira o contexto que a língua vai ser usada e do seu papel comunicativo. As vezes eu acho que isso vem não só da idealização da língua mas até da tirania de uma tradição de ensino que quer produzir "falantes nativos" não nascidos nos países que tem como língua oficial. Eu tive muito medo de usar meu inglês que aprendi sozinho fazendo as leituras pra graduação (ou você se vira ou você não progride no curso na federal e também na USP). Aprendi também assistindo séries, cantando em inglês. E eu tive oportunidade de poder jantar com o John Rink que é uma das referências em musicologia graças a minha querida orientamãe na USP. E falar inglês mesmo. Com todos meus erros e te digo, ele me perguntou algumas vezes mas nunca desfez do meu inglês. Quando pedi desculpas pelo meu inglês cheio de defeitos e ele me respondeu com "i should be sorry for not even knowing a little bit of portuguese. I'm glad you made the effort to always comunicate in english." E eu jantei com ele pq precisávamos traduzir os slides que tinha conteúdo específico sobre piano... e eu participei desse processo. Foi mágico e eu aprendi com as pronúncias erradas que me levaram a ter momentos de aprendizagem. Eu sinto que muitos professores precisam rever essa tradição quase inquestionável para permitir espaços mais abertos de aprendizagem.

  • @natalidinizmarinho3197
    @natalidinizmarinho3197 Před 4 lety +1

    Oi Jana, senta que lá vem história hahaha eu moro na França e trabalho numa loja. Tenho uma colega russa que tem um sotaque carregadissimo e também faz vários erros quando formula frases. Ela troca gêneros dos objetos, muitas vezes não usa artigos ou conectores. Mas voilà, é uma das melhores vendedoras da loja. Ou seja, mesmo com suas « limitações » a língua da maneira que ela usa é mais que suficiente pra que ela tenha um excelente desempenho nas vendas, cumprindo perfeitamente o papel para o qual ela precisa.

  • @nanasantos8093
    @nanasantos8093 Před 4 lety

    Adoro que vc tá deixando seu grisalho crescer na quarentena. E o cabelo continua lindo. E a Inteligência só aumenta...

  • @LucianoGMaia
    @LucianoGMaia Před 4 lety +1

    Oi, Jana, tudo bem?
    Acho que já disse isso antes, mas sou super teu fã gosto muito das coisas que tu aborda no canal.
    Eu sou fascinado por esse tema da pronúncia da língua estrangeira, e acho que tudo que tu falou é muito verdade.
    Eu sempre quis falar inglês desde criança, e desde o começo do processo de aprendizado até hoje, sempre esbarrei em pessoas que fazem questão de repetir a aquela palavra que eu não falo com a "pronúncia perfeita", sabe essas pessoas? E com aquelas que fingem não entender o que eu falei, sabe essas também? hahah
    Pois é, eu nunca dei muita bola, sempre pensei exatamente como tu fala no vídeo, língua não é apenas pronúncia, tem contexto, gesto, entonação e tudo o que contribui para o entendimento, inclusive na nossa língua nativa. E quando estive no exterior, apesar de por períodos curtos e pouca interação com os falantes nativos, descobri que eles não ligam tanto pra sua pronúncia nem ficam te corrigindo como os brasileiros fazem... hehehe
    O que eu acho interessante e queria pontuar no contexto do teu vídeo, é que 1) há alguns anos tenho percebido que muitos estrangeiros tem vindo ao Brasil dar aulas de inglês na internet, em seus canais no You Tube, com seus sotaques suuuper carregados ensinado "as palavras que todo brasileiro pronuncia errado" - e, entenda, não estou aqui criticando eles, mas os brasileiros que são fascinados por essa vaidade de falar inglês "perfeito", querendo "se passar" por falante nativo; e 2) que é o ponto em que eu quero chegar: é nessa vaidade que, eu acho, o comercial se apega para atingir o objetivo de conquistar mais alunos para a escola. Eu não criticaria a escola, nem os publicitários que criaram o comercial. Eles apenas entenderam que o povo brasileiro tem essa vaidade tola e estão se apegando a isso pra vender o seu produto!
    Beijão, e, mais uma vez, parabéns pelo canal e pela sensatez de sempre!

  • @kainzol1638
    @kainzol1638 Před 4 lety +1

    impossível não lembrar de bagno! mais um ótimo vídeo, beijo ❤️

  • @marciomichel2708
    @marciomichel2708 Před 4 lety

    @Jana Viscardi , é MT gosto assistir seus vídeos, amo te ouvir e te ver, continue PF e não pare, tá cada vez mais difícil achar essas Ilhas de sanidade no CZcams, como o seu canal, um enorme obrigado e de longe .... Um forte abraço e um beijo.

  • @wemersonmendonca2898
    @wemersonmendonca2898 Před 4 lety

    Meu Deus ! Que vídeo necessário. Jana do céu!!! Tu tirou um peso das minhas costas. 🙏🏻

  • @adrianabellardini3340
    @adrianabellardini3340 Před 4 lety

    Vc é a prova que humor é inteligência. Obrigado.

  • @Livia_____
    @Livia_____ Před 4 lety

    Adorei essa visão...eu na casa dos meus trinta e tantos estou aqui nessa quarentena quebrando a cabeça pra começar a aprender o inglês. E quero realmente aprender pra fins de ter uma boa comunicação nos lugares em que pretendo futuramente conhecer, e não tentar ser igual a quem nasceu no país A ou B de língua inglesa. Amo seus vídeos Jana😍

  • @mariaca2458
    @mariaca2458 Před 4 lety

    Eu amei esse vídeo, vc está dizendo exatamente o q eu passo pros meus alunos qdo começamos os estudos de línguas estrangeiras. Sou professora de idiomas (Inglês, espanhol e português para estrangeiros), esse é o tipo de coisa q só uma linguista entende, vc não imagina como fiquei feliz com suas falas... :)

  • @EdBapt
    @EdBapt Před 4 lety

    Jana (soa muito bonito, fico aqui repetindo: Jana, Jana...). Pontos:
    1) Como professor de língua estrangeira, é exatamente esse (similar ao seu) o meu discurso e a minha referência prático-teórica em aula;
    1.1 sempre começo um curso demonstrando o sistema fonético da língua materna do aluno, depois passo às questões fonológicas, depois vamos ao sistema fonético da língua estrangeira, e, por fim, transportamos as reflexões fonológicas, já feitas anteriormente, da língua materna para a estrangeira, adaptativamente;
    1.2 continuo o curso replicando o procedimento nos níveis morfossintáticos...
    2) Como desterrado vivendo em estrangeira terra poliglota, e também como facilitador de negócios sempre em contato com uma miríade de falas pelo planeta, enfrento dia a dia a não voluntariedade de aceitação de falas que se afastam do "certo" (como você bem sabe, imposto por quem o pode) - já cheguei a perder negócios, trabalhos, alunos por evidente discriminação por parte do receptor,
    2.1 não só pelo preconceito arraigado (consciente ou não) que determina a ação do outro - resultando em não-comunicação,
    2.2 mas também pelo rechaço imediato de um mínimo esforço de compreensão, por orgulho ou necessidade de autoafirmação (ainda que às vezes sem preconceito), numa fala subentendida "ou você pronuncia o 'the' como se deve ou eu não escuto você" - aqui estou passando o trator sobre todas as reflexões psicanalíticas sobre a escuta.
    Bônus: O mais comum, entretanto, é a frase de calibração. Diante da impossibilidade de não escutar, ou seja, a comunicação precisa se dar ainda que superficialmente, o ouvinte pede que se repita a frase inicial, que está fora do seu registro cotidiano fonético-fonológico, morfossintático, etc. O pedido vem em todas as formas, do grotesco à suprema gentileza, mas uma vez que a frase é repetida, o ouvinte calibra o ouvido/ a escuta, e a comunicação, por fim, se desenvolve, ainda que com resultados às vezes tacanhos.

  • @AnaSacaniFM
    @AnaSacaniFM Před 4 lety

    Jana, eu aprendo TANTO com você! Cada vídeo seu é um clique aqui dentro. Dentre tantos outros complexos que tenho, um deles é me sentir mal por não alcançar uma pronúncia perfeita )No meu entendimento de perfeito). Eu não me importo que outras pessoas falem diferente do que o que eu considero "ideal", mas em mim essa cobrança é pesada. Eu travo sempre por medo de não ser perfeita e esqueço que o importante é ser entendida. Em vez de ficar feliz por aprender várias línguas, eu me martirizo por falar todas de maneira "errada". Obrigada pelo vídeo e pela sementinha que plantou aqui. Um beijo! 💜

    • @JanaViscardi
      @JanaViscardi  Před 4 lety +1

      Se jogue que aprender línguas é uma delícia e com menos cobrança fica melhor ainda! :)

  • @byMarceloCarbone
    @byMarceloCarbone Před 4 lety +1

    Vídeo maravilhoso!!!

  • @bruna387
    @bruna387 Před 4 lety +1

    Que video foda ❤ quando aprendi ingles foi exatamente assim, me cobrando pra falar igualzinho os estadounidenses. Agora que estou tentando aprender alemão sozinha, tive essa crise de querer falar igual a eles. Esse video ajudou muitissimo. Obrigada, Jana!

  • @raiffneto
    @raiffneto Před 4 lety

    Cara Jana Viscardi, parabéns pelo vídeo. Sou aqui de João Pessoa/PB e, por essas bandas - acredito que no Nordeste inteiro! -, ninguém, em sã consciência, usaria o adjetivo “podre” para falar de uma fruta estragada ou machucada ou pisoteada numa feira livre, mesmo estando o quilo baratíssimo. Uma fruta nessas condições é uma fruta “pôdi” ou uma “pudrura”, qualquer feirante paraibano de bom senso sabe disso, ou seja, tem plena consciência do que é um signo linguístico motivado! (rs) Brincadeiras à parte, mas foi excelente você ter deixado claro que não existe uma única maneira de pronunciar os sons de uma língua, de sorte que uma pequena variação melódica na dicção desta ou daquela palavra não deixará a comunicação imprestável (salvo nalgumas línguas tonais, quem sabe...), pois todos os vocábulos de todas as línguas do mundo tem inúmeros acordes possíveis ou latentes. Há quem prefira falar a própria língua como uma gralha; mas há os sabiás e os uirapurus, felizmente.

  • @DinizMaris
    @DinizMaris Před 4 lety

    Jana muito obrigada, estava precisando ouvir uma reafirmação do que você tratou nesse vídeo, muitas pessoas que almejam a poliglotia (ou mesmo aprender só uma ou outra língua estrangeira) sofrem demais no processo pelas inseguranças, aponto de desistir desse sonho.... vejo que é fundamental expandir esse debate e voltar o foco para o que realmente importa: a nossa interação com as diversas culturas! Agradeço mais uma vez o vídeo , abraços

  • @YiukiDoiDANCER
    @YiukiDoiDANCER Před 4 lety

    Jana, eu sou muito fã do seu trabalho. Hoje estava indicando este vídeo para um amigo meu filósofo e psicanalista. Resolvi partilhar um pouco da reflexão nossa aqui também. Sou artista da dança, então vejo o mundo muito como movimento :)
    ENTRE VERBOS E SUBSTANTIVOS
    Quando se olha o mundo a fora ou dentro da gente, se encontra monte de adjetivos e substantivos. Entretanto, se a essência de tudo que é nomeado conflui na peculiaridade da categorização e organização das energias, podemos dizer que damos nome àquilo que está em constante transformações. Nessa perspectiva, se o mundo é regido pelas forças e movimentos, em vários momentos seja mais interessante prestar atenção nos verbos do que substantivos. Não se trata de questão de hierarquia entre substantivo e verbo. Pois, é no encontro entre os dois que o ser humano adquire a noção do finito e do infinito. Dar nome é fechar, criar o finito da energia que configura no objeto, talvez num passado. Transcender o substantivo é prever o movimento e se lançar no futuro, pois é a partir deste que tomamos a consciência do infinito e de novas palavras. A evolução ou a criação de novas linguagens são revolucionarias. Assim sendo, elas operam num campo de poder dentro da sociedade.
    Influência de ter convivido com Tiago Rickli, um amigo filósofo deleuziano. Reflexão e nota realizado no dia 11 de Abril de 2018. Revisão: 31/07/2020

  • @guilhermeg.8378
    @guilhermeg.8378 Před 4 lety

    Estou estudando inglês e passo por isso, travar na hora de falar por vergonha da pronúncia. Com esse vídeo e com os comentários, aprendi muita coisa e mudei minha forma de pensar.

  • @CalmonP
    @CalmonP Před 4 lety

    *eu amei sua atuação no começo do vídeo*
    Jana, essa reflexão que você traz é muito importante. Trabalho há mais de 20 anos como professora de inglês, e somente o tempo me fez perceber como ficar batendo naquela tecla da pronúncia (do livro) não ajudava em nada o aluno. Eu acho importante mostrar que outras formas de falar são possíveis, não só com pronúncia, mas também com estruturas. Eu fico sempre pensando como estamos em 2020 e muitos cursos de inglês continuam no formato da minha adolescência.

    • @JanaViscardi
      @JanaViscardi  Před 4 lety +1

      É impressionante isso que vc traz: os cursos de inglês seguirem as mesmas fórmulas falidas depois de anos de pesquisas e outras possibilidades é uma loucura!
      Beijos!

  • @hudsonsilva2804
    @hudsonsilva2804 Před 4 lety

    Adorei o video e concordo. Contexto ê tudo! Eu morei no norte da Inglaterra. Aprendi inglês no Brasil e no começo quando cheguei lá parecia outra lingua aos meus ouvidos. E muitas coisas era pelo contexto que eu acabava entendendo.
    Brasileiro em geral se cobra muito quando fala inglês O mais importante é ser entendido e vamos lá.
    Na propaganda cobra o good da Tatá, mas o teacher também ñ pronuncia o nome dela "do jeito brasileiro"! rs

  • @igormaia6974
    @igormaia6974 Před 4 lety

    Saudações, Jana. No inicio do vídeo já associei a questão da linguagem à matemática e música, que também comunicam por meio de padrões que são universais, reconhecidos e e reproduzidos a todo o momento - e também precisam ser democratizadas, sempre!

  • @godtier9133
    @godtier9133 Před 4 lety

    Jana, eu sempre gostei de idiomas e de saber como funciona a lógica de uma língua. Não sabia qual graduação cursar até que me deparei com o seu canal, e agora quero ser linguista, obrigado pela ajuda ❤️

  • @laurafernandez2848
    @laurafernandez2848 Před 4 lety

    Otro tema interesante. Los anuncios de enseñanza de inglés para hispanohablantes tienen algunas de esas cosillas que mencionas. Y también veo en youtube anuncios de brasileños que enseñan español "neutro". Y cuando leo u oigo "español neutro" me transformo. Hay más de veinte países que tienen el español como lengua oficial.

  • @karinnaadad1
    @karinnaadad1 Před 4 lety

    Esse vídeo é tão maravilhoso e necessário de uma maneira que nem sei dizer. Meu inglês é marcado pelo meu sotaque nordestino e há muito tempo deixei de me esforçar para usar a pronúncia aprendida no curso de inglês. Já viajei pra Londres, pra Escócia; já conversei com estadunidense, holandês e francês e todos me entenderam. Só quem não me entende é o brasileiro que mora comigo. :/

  • @raytrance90
    @raytrance90 Před 4 lety +1

    Sou professora de inglês e SEMPRE falo para os meus alunos que eles não precisam falar como nativos. Ter sotaque é normal, afinal não é nossa língua materna. Eu corrijo a pronúncia SOMENTE se esta puder ser confundida com outra palavra e prejudicar a comunicação. Falo português com sotaque, pois sou nordestina, e acho lindo! :)

  • @GabrielMartinez0025
    @GabrielMartinez0025 Před 4 lety

    Queria tanto um podcast, é muito bom ouvir a Jana.

  • @luminas9919
    @luminas9919 Před 2 lety

    Arrasou, Jana. Adoro os diferentes temperos do nosso português e estudo inglês com objetivo de me comunicar. O q desejo é falar meu inglês-brasileiro.
    Tbm estranho qdo perguntam: vc estuda o inglês "americano" ou britânico? Simplesmente ignoram tds demais países q têm língua inglesa como oficial. Quaaase respondo: jamaicano, irlandês...

  • @etiennevanessafreitas2851

    Sempre fico encantada com as suas colocações. 😍😄

  • @jeannegomes344
    @jeannegomes344 Před 4 lety

    Jana, maravilhosa!! Você me trouxe duas outras reflexões, nossa visão de colonizados acha "fofo" um inglês ou estadunidense falar "o menina bonito"... e, como você bem disse as línguas são dinâmicas e historicamente construídas, senão ainda falaríamos "vossa mercê". Adoro seus vídeos! Gratidão!!

  • @tarsilaguimaraes
    @tarsilaguimaraes Před 4 lety

    Eu adorei esse vídeo ter sido lançado nesse data especificamente porque eu entendi a referência. Obrigada!!

  • @alexnascimento9445
    @alexnascimento9445 Před 3 lety

    ótima, eu trabalhei em um hotel em Balneário Camboriú, e só falava em português com os hospedes, a maioria vem da argentina e chile, mesmo sabendo um pouco de espanhol, só falava espanhol quando muito, muito necessário, em caso de emergência, de resto só falava português todos me entendiam, falava devagar e com calma, tudo dava certo...

  • @glaydsondeoliveirasouza9940

    Você é fabulosa! Adorei o exemplo do "pôdi".E Viva Paulo Freire!

  • @anashirado839
    @anashirado839 Před 4 lety

    Achei muito pertinente a reflexão, eu sempre tive essa barreira pra falar inglês. A gente acha que só vai estar bom qdo for perfeito e sem sotaque, esquecendo que o importante é se comunicar, daí nunca consegue falar nada. Eu estou fazendo aula no english life e curiosamente até agr não tive contato com nenhum professor americano ou inglês. A professora com qm mais tenho aula é da Jamaica. No EF não podemos escolher tão livremente os professores, por exemplo, não dá pra saber de onde o professor é ou se o inglês q ele fala é americano antes de marcar uma aula (a menos q vc conheça o professor, daí dá pra buscar pelo nome). No início, eu achei isso ruim, pois sempre estudei pelo inglês americano e queria poder escolher. No fim, essa impossibilidade de escolha me ajudou a derrubar o preconceito que eu tinha com outros sotaques e professores de outros lugares.

  • @sandersonam777
    @sandersonam777 Před 4 lety

    Great! Cara, essa compreensão crítica de língua e linguagem é fundamental. Tenho essa discussão sobre aprendizagem de idiomas, de fluência, variações linguísticas, sotaque e afins quase sempre com alunos e outros professores. E, em tempos de pandemia - onde o que mais se vê é a proliferação desses cursos focados em “vou fazer você falar como um nativo” e “não se fala dessa maneira, larga esse seu sotaque carregado!” - esse tipo de reflexão é crucial, para professores, estudantes e pessoas que desejam aprender uma outra língua.

  • @chiaracabral8874
    @chiaracabral8874 Před 4 lety

    Esse vídeo tirou as últimas amarras que tinha pra continuar aprendendo outras línguas além do português ❤️🌹 obrigada Jana! (Minha cunhada é de Rio Branco, quando a conheci aqui no sul ela tinha uma gíria que usava sempre, "bixo véio podi", acertou em cheio no exemplo)

  • @lucas-prado
    @lucas-prado Před 4 lety +1

    Uma vez pedi desculpa, ao atender dois americanos, por não falar bem o inglês. Eles disseram: desculpa pelo quê? Nós não falamos português.
    Aprendi uma lição.

  • @assimesm
    @assimesm Před 4 lety

    Excelente discussão. Lembrei dos livros de Chimamanda que mostra o preconceito que os nigerianos sofrem ao tentar se comunicar em inglês por conta do sotaque marcado. Marcas do colonialismo. Interessante que o inverso, lá na Nigéria (falo do livro) e aqui em Salvador, muitos nativos se esforçam enormemente para compreender o que os "gringos" estão falando. Marcas do colonialismo. Seu vídeo abre para inúmeras discussões inclusive sobre os "erros de português" ou os coloquialismos que geram piadas e preconceitos.

  • @carolbogo6171
    @carolbogo6171 Před 4 lety

    Esse vídeo é muitooo importante, eu conheço muita gente que acaba nunca falando por ter milhões de amarras como da pronúncia, inclusive minha mãe que mesmo se esforçando muito sempre teve essa coisa de só poder falar quando estiver totalmente correta gramaticalmente e a pronúncia tbm

    • @JanaViscardi
      @JanaViscardi  Před 4 lety

      Pois é. Se esperarmos o momento de estar tudo perfeito... jamais falaremos uma outra língua.

  • @simyoliveira6864
    @simyoliveira6864 Před 4 lety +2

    Pois é, a gente vê séries e filmes de uns países muito andergraund que falam muitooooo diferente de eua ou Inglaterra.

  • @larasales1007
    @larasales1007 Před 4 lety +2

    Traduzindo o Preconceito Linguístico está em outros países também.

    • @JanaViscardi
      @JanaViscardi  Před 4 lety +1

      Em qualquer país o preconceito linguístico pode estar presente. Pode ficar tranquila que não é exclusividade nossa rs

  • @beth_9214
    @beth_9214 Před 4 lety

    Amei o seu vídeo e ele é fundamental pra quem quer aprender inglês, como professora de Inglês particular eu só corrijo os meus alunos quando a pronúncia é muito errada, errada MESMO!!! NÃO fico me pegando em diferenças triviais como a do comercial!!! E sim, o fato de diversos países falarem inglês enriquece e muito a língua, tira completamente esse aspecto quadrado que MUUUUUITOS tentam vender, e que acaba endeusando muitos nativos, em especial o americano e o inglês, que sim tbm tiram usufruto dessa glorificação pra impulsionar o seu próprio ego e ganhar dinheiro com a baixa autoestima de pessoas que não são nativas no idioma!!!! Particularmente falando, sempre ouvi que me sotaque é mais próximo do americano, inclusive do meu ex-namorado Jamaicano, mas eu gosto mesmo é do sotaque indiano, eu sei muitas pessoas odeiam, mas eu gosto justamente pq eles não se moldam ao padrão, eles trazem a cultura deles pra dentro do idioma e o sotaque carregado é uma característica disso, ou seja, eles não tentam imitar, eles simplesmente se adaptam e se comunicam usando o inglês, com um pronúncia diferente e que não está errada, pois a palavra é dita corretamente!!! 😊😊😊😊😊

  • @Oeternoarquiduque
    @Oeternoarquiduque Před 4 lety +5

    Mas às vezes uma pronúncia errada pode levar a confusões de significado. Como a Carina Fragozo já apontou num vídeo: existe uma diferença entre "cat" (gato) e "catch" (pegar). No português, falar o t de forma chiada ou não é questão de sotaque, enquanto no inglês é questão de mudança de significado, porque os dois ts são fonemas da língua. E no caso do "good", mesmo havendo diversos sotaques, não acho que alguém fale "gúdi" - no inglês é comum haver consoantes mudas, coisa mais escassa no português do Brasil, por causa da influência do iorubá. Existem variações linguísticas no inglês sim, mas não acho que "good" é esse caso. É a mesma coisa de estrangeiros tentando falar "pão" e sem conseguir nasalizar nosso "a", o que soa como "pau" - e isso pode levar a constrangimentos, não é mera questão de sotaque: imagine alguém dizendo "comi um pau muito gostoso"...

    • @Oeternoarquiduque
      @Oeternoarquiduque Před 4 lety +2

      Então, temos que prestar atenção na diferença entre variação linguística e variação fonética.

    • @proffernandoosorio
      @proffernandoosorio Před 4 lety

      👏👏👏👏👏

    • @Felipe-ds2gd
      @Felipe-ds2gd Před 4 lety

      Assiste o vídeo de novo. Qual problema de falar uma besteira em uma nova língua? Constrangimento nenhum!