REZAS, HISTÓRIAS E SUPERSTIÇÕES DA BANZEDEIRA FLORÊNCIA - PARTE I

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  • čas přidán 7. 09. 2024
  • Hoje foi dia de remexer o passado. Arrumar gavetas é viajar na memória. Assim são as pastas de HDs na atualidade, tão meticulosamente arrumadas, faltando-lhes fitas de seda a separar embrulhos e o cheiro peculiar de alfazema e da própria madeira do móvel fechado a inspirar sentimentos.
    De tempos da minha vida em viajares difíceis de explicar no exercício da Medicina e na pesquisa de campo que o zelo antropológico recomenda, fui parar ali. Fazenda Raso de Olhos d'Água, Tucano-BA, morando em Caldas do Jorro de onde saía diariamente para as consultas e as conversas, num exercício de dar e receber que só tinha de lindeza e que na memória ocupa lugar especialíssimo.
    Hoje morta, Dona Florência, "Deus chame lá", ensinou-me rezas, histórias, melancolias... De nossas conversas, tantas, já fizemos vídeos e o tanto não se esgota. Nem a saudade.
    Do seu pilão de pilar sentada já herdado da mãe, hoje meu, levado para mim em carro de boi como presente, vejo a amiga com a mesma graça e disposição para assuntar sobre os mais diversos temas, e experimento da saudade revisitando a memória e trazendo para o canal os assuntos ainda muitos que dividiremos em 2 partes para não "gastar" e podermos saborear cada encontro como o primeiro é o último.
    Que tenha morrido bem, velha amiga!, sem os "paracês" dos que têm contas a pagar na vida, encantada como se colocou um dia diante do quadro "tão bonito" do Sagrado Coração de Jesus quando a necessidade lhe levou a uma mentira sem a consciência do pecado e com a naturalidade dos simples.
    Helenita Monte de Hollanda

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