audiolivro - PAUL SWEEZY - TEORIA DO DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA (15)

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  • čas přidán 5. 09. 2024
  • Capítulo XIV: Desenvolvimento do Capital Monopolizador
    1. Concentração do Capital
    A concentração do capital refere-se ao aumento do capital controlado por capitalistas individuais, permitindo uma maior escala de produção. Esse processo é um companheiro normal da acumulação de capital. Mesmo que os capitais individuais diminuam de volume devido a subdivisões, a concentração em si pode explicar o aumento na escala de produção e a limitação da concorrência.
    2. Centralização do Capital
    A centralização difere da concentração por reunir capitais já existentes sob um controle único, sem necessariamente aumentar a riqueza social total. Esse processo é impulsionado pela economia da produção em grande escala, onde capitalistas maiores derrotam os menores através da redução de custos. O sistema de crédito, que inclui bancos e mercados financeiros, atua como um mecanismo poderoso para a centralização dos capitais, permitindo a rápida ampliação da escala de produção por meio de sociedades por ações.
    3. Sociedades Anônimas
    Marx reconheceu a sociedade anônima como um instrumento essencial para a centralização do capital. Ele observou que a transformação do capitalista em um mero gerente e dos proprietários do capital em capitalistas do dinheiro leva a uma enorme expansão da escala de produção. Embora a produção particular enfraqueça, as sociedades anônimas criam uma nova aristocracia das finanças e um sistema de fraudes. Hilferding ampliou essa teoria, destacando a dissolução do laço entre propriedade do capital e direção da produção, o surgimento do "lucro do organizador" e a centralização do controle do capital por meio de mercados de ações.
    4. Cartéis, Trustes e Fusões
    A fase final da evolução do monopólio do capital ocorre com a formação de combinações destinadas a eliminar a concorrência. Essas combinações podem assumir formas diversas, desde acordos tácitos e "pools" até cartéis e fusões completas. As formas de associação variam de acordo com as condições industriais e as disposições legais de cada país. A transição da livre concorrência para o monopólio modifica qualitativamente a produção capitalista, com várias formas de monopólio se tornando dominantes.
    5. O Papel dos Bancos
    Os bancos desempenham um papel crucial na formação de sociedades anônimas e fusões, conservando parte do lucro do organizador e influenciando políticas para eliminar a concorrência. A centralização na indústria é acompanhada pelo crescimento de grandes unidades bancárias. Hilferding argumenta que, na aliança entre capital industrial e bancário, os bancos assumem uma posição predominante, controlando a produção social. No entanto, essa visão é criticada por confundir uma fase transitória do desenvolvimento capitalista com uma tendência permanente. Com o tempo, o capital bancário retorna a uma posição subsidiária em relação ao capital industrial, reforçando o monopólio industrial.
    Conclusão
    Hilferding superestimou a importância do domínio financeiro, confundindo o papel transitório dos bancos na formação de monopólios com uma tendência permanente. Lênin corrigiu essa visão, destacando a fusão dos bancos com a indústria como parte do crescimento do capital monopolizador. Portanto, é mais preciso falar em "capital monopolizador" do que em "capital financeiro" para evitar mal-entendidos sobre a natureza do capitalismo monopolista.

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