Resenha de Vassoler: Dostoiévski e o parricídio | Sigmund Freud
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- čas přidán 4. 10. 2021
- #flavioricardovassoler #dostoievski #freud
Resenha sobre o ensaio "Dostoiévski e o parricídio" (1928), do psicanalista austríaco Sigmund Freud (1856-1939).
Link para o ensaio "Dostoiévski e o parricídio", de Sigmund Freud, a partir do site da Amazon: amzn.to/3D1soZw
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(iii) "Tiro de misericórdia" (nVersos, 2014): amzn.to/2ERmQYC
(iv) "Dostoiévski e a dialética: Fetichismo da forma, utopia como conteúdo" (Hedra, 2018): amzn.to/2YQMt2X
(v) "Diário de um escritor na Rússia" (Hedra, 2019): amzn.to/31JBlac
Apenas para quem não sabe: qualquer comentário aqui, mesmo um cumprimento, vai ajudar muito o canal. Amo os clássicos da literatura e eis que surge alguém que instiga a leitura/releitura de tantos autores e de brinde, os russos.
É isso aí, Sandra :-) Muito obrigado pelo apoio, um abraço!
Sempre um presente. Esse canal é um achado!
Muito obrigado, Auria! Querida, que tal se inscrever no curso que vou ministrar, pelo Zoom, sobre Dostoiévski em diálogo com 4 grandes cineastas: Ingmar Bergman, Lars von Trier, Woody Allen e Francis Ford Coppola? Valor acessível e democrático, acesso às aulas ao vivo, pelo Zoom, e às gravações das aulas. Aqui vai o link, via plataforma Sympla, para você se inscrever no curso e ter acesso ao programa e ao cronograma completos: www.sympla.com.br/se-deus-nao-existe-tudo-e-permitido-dostoievski-bergman-von-trier-coppola-e-woody-allen__1367289 - conto com você como aluna, um abraço!
Escutar o prof pela manhã é iniciar o dia com luz radiante.
Muito obrigado, querida, um abraço!
Você Ricardo com esse relógio na mão é muito peculiar. Admiro você e te invejo pelo teu belo saber.
Muito obrigado por acompanhar o meu trabalho.
Parabêns Vassoler por suas coloções sobre o ensaio.
Muito obrigado, Elda, um abraço!
Tri massa professor!
Valeu, Ícaro, um abraço!
professor, estou viciado em suas aulas,sao luzes diante das trevas que vivemos.
Continue a maratonar, Sidcley, e traga sempre seus comentários, amigo. Um abraço e muito obrigado pelo reconhecimento :-)
Excelente explanação 👏👏👏
Muito obrigado, um abraço!
Sensacional professor!
Muito obrigado, um abraço!
Grato pela aula.
Grande Vassoler!
Abraço!
Grande Vassoler, inspirador como sempre!
Valeu, Cláudio, um abraço!
Excelente! 👏👏👏
Obrigado
Valeu!
Muito boa resenha, professor! Parabéns por se dedicar tanto as leituras e divulgar análises com tantas referências. Não é fácil driblar a correria dos tempos atuais, a sedução do entretenimento, para se debruçar em leituras. Mais uma vez, parabéns prof. Ricardo!
Valeu, Sérgio, grande abraço, amigo!
Muito interessante essa resenha! Eu acredito, "observando", enquanto filha, irmã e mãe, que os meninos são mais apegados a mãe e as meninas ao pai, apesar dessa teoria de Freud, acerca do complexo de Édipo, ainda, ser muito questionada.
Muito obrigado pelo comentário, Meire, um abraço!
Parabéns e obrigado pela resenha, professor genial!
Sou fanzaço!
Valeu, Carlos, um abraço!
Gostaria de parabenizar pela resenha e fazer algumas colocações.
Acho importante frisar que questão da castração ter ocorrido de maneira "concreta" ou não na vida de Dostoievski, não é algo de suma importância. Para Freud tal evento ocorre em todos - como o complexode édipo - logo ela ocorreu para Dostoievski também, independente do episódio da masturbação ter tido uma ocorrência factual ou não.
Outro ponto apontado por Freud muito importante para a concepção de sua análise sobre Dostoievski é o fato dos sintomas neuróticos que ele tinha, um vício em jogos e sua epilepsia. No caso específico do jogo, é interpretado como uma auto punição de Dostoievski ao "parrícidio", de forma que ele não se permitiu realmente ter o dinheiro de sua própria escrita. Há passagens na obra do autor russo com essa temática, no livro o jogador, dá a entender que o personagem joga inconscientemente para perder e não ganhar. No diálogo do raskolnikov com o bêbado no bar no início de crime e castigo, o bêbado diz que sente uma espécie de prazer com o sofrimento que seu vício traz, ou seja, entendendo que o vício cumpre uma espécie de expiação para os personagens, um ponto onde obra e vida do autor se confundem.
Outra questão é a temática édipica apresentada em os irmãos karamazov, irmãos e pai disputam o amor de uma mulher, inclusive ela pode ser vista como um dos principais motivos do desejo do parricidio.
Freud propõe ler Dostoievski como um psicanalista, não como um filósofo. Ele quer entender o motivo das questões da culpa ou melhor do "crime e castigo" serem tão fortes na obra e vida de Dostoievski, por que esse tema era tão caro ao autor? Por que o niilismo o incomodava tanto, sendo que o mesmo já havia conspirado contra o Czar?
O debate levantado por Freud não é o debate de "Ivan karamazov, raskolnikov representam uma burguesia niilista sem um representante absoluto da moral..." isso é o que Dostoievski quis mostrar ao leitor, a discussão freudiana é o que Dostoievski mostrou ao leitor "sem querer"? Essa é a pergunta de Freud.
Acredito que além de Dostoievski e o parrícidio outro texto importantíssimo é Totem e Tabu.
Sobre a questão da morte do pai de Dostoievski até hoje se entende como assassinato.
Olá, Homero! Tudo bem? Muito obrigado pelo comentário. Apenas uma ressalva: não é consensual a questão do assassinato do pai de Dostoiévski. Abraço!
@ Oi Flávio, obrigado pela resposta, o tema de Dostoievski e a psicanálise é de grande interesse para mim. Sim, depois da biografia de joseph frank não há consenso sobre a causa, no entanto a noção de assassinato ainda existe mesmo após biografia de frank. No meu entendimento, a questão tanto da morte do pai de Dostoievski quanto do ponto do parrícidio, o biógrafo mencionado se preocupa demasiadamente em refutar Freud, infelizmente, de uma maneira um tanto simplista e sem o devido conhecimento da teoria psicanalítica.
1- Frank se preocupa em mostrar de maneira factual como o pai de Dostoievski não era um déspota, pelo contrário queria muito o sucesso de seus filhos. Ele se esquece que para psicanálise a questão principal não é se de fato o pai é ou não é um tirano, mas sim que o filho em determinado momento da infância o percebe como tal, logo o desejo pelo parrícidio existirá em "todos" nós, independente da pessoa real do pai. Inclusive, no que tange a literatura e as artes, Freud não retira isso apenas de Dostoievski, esse tema é tratado desde Édipo rei.
2- o texto "Dostoievski e o parrícidio" não é um texto freudiano onde ele "propõe" uma teoria, é um texto onde exemplifica uma teoria, isso são concepção muito diferentes. Inclusive "Dostoievski e o parrícidio" é um texto "menor" que vem após "Totem e tabu", "O futuro de uma ilusão" e "Mal estar na civilização" - esses sim há uma proposição de teoria.
Apenas quero dizer que Freud sendo um leitor de Dostoievski e diante da biografia que tinha em mãos - Orest Miller - escreveu um texto para exemplificar suas teorias profundamente trabalhadas nos três textos mencionados, sobretudo em "Totem e tabu".
3- Mesmo após a biografia de frank, me parece ainda mais acertiva a análise psicanalítica freudiana do homem Dostoievski... o vício, o exílio, a escrita doentia - não em tom pejorativo - é a vida de um neurótico (talvez para Dostoievski um pecador).
Abraço
Vassoler, Freud foi muito infeliz nesse texto, realmente não gosto dele. Abracos. Enviei alguns trabalhos meus para os seu emsil. Até sábado na aula. Abraços fraternos
Carlos, meu amigo, logo entrarei em contato com você. Muito obrigado por tudo, forte abraço!