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  • čas přidán 9. 03. 2021
  • O Sempre Um Papo abre a programação de 2021, ano que comemora 35 anos de realização ininterrupta, realizando uma série de encontros com respeitados autores da atualidade. O moçambicano Mia Couto é o convidado do dia 10 de março, terça-feira, data que marca os 59 anos de Afonso Borges, idealizador do Sempre Um Papo e mediador da conversa. O escritor falará sobre os eu mais recente livro “O Mapeador de Ausências” (Cia das Letras). O encontro tem transmissão gratuita, às 18h, pelos canais virtuais do projeto CZcams, Instagram e Facebook.
    O Sempre Um Papo é viabilizado com o patrocínio do Itaú, Rede Mater Dei e Usiminas, com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura, da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do turismo.
    “O Mapeador de Ausências” (Cia das Letras)
    O “Mapeador de Ausências” é um romance de grande fôlego cuja ação decorre no Moçambique pré e pós-independência. Dezenas de extraordinários personagens, tão ricos quanto diversos e complexos, e uma intriga que se vai desenrolando diante do leitor com tanto de rigor lógico quanto de inesperada surpresa. No livro, Diogo Santiago é um prestigiado e respeitado intelectual moçambicano. Professor universitário em Maputo, poeta, desloca-se pela primeira vez em muitos anos à sua terra natal, a cidade da Beira, nas vésperas do ciclone que a arrasou em 2019, para receber uma homenagem que os seus concidadãos lhe querem prestar. Mas o regresso à Beira é também, e talvez para ele seja, sobretudo, o regresso a um passado longínquo, à sua infância e juventude, quando ainda Moçambique era uma colónia portuguesa. Menino branco, é filho de um pai jornalista e poeta, e de uma mãe toda sentido prático e completamente terra-a-terra. Do pai recorda o que viveu com ele: duas viagens ao local de terríveis massacres cometidos pela tropa colonial, a sua perseguição e prisão pela PIDE, mas sobretudo, e em tudo isto, o seu amor pela poesia. Mas recorda também, entre os vivos, o criado Benedito (agora dirigente da FRELIMO) e o seu irmão Jerónimo Fungai, morto a tiro nos braços da sua amada, a bela e infeliz Mariana Sarmento, o farmacêutico Natalino Fernandes, o inspector da PIDE Óscar Campos, a tenaz e poderosa Maniara, e muitos outros; e de entre os mortos sobressaem o régulo Capitine, que vê uma mulher a voar.
    Mia Couto nasceu em 1955, na Beira, Moçambique. Foi jornalista e professor, e é, atualmente, biólogo e escritor, com mais de trinta livros, entre prosa e poesia. Seu romance Terra sonâmbula é considerado um dos dez melhores livros africanos do século XX. Recebeu uma série de prêmios literários, entre eles o Prêmio Camões de 2013, o mais prestigioso da língua portuguesa, e o Neustadt Prize de 2014. É membro correspondente da Academia Brasileira de Letras.

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