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MOSTEIRO DE ALCOBAÇA - Se há estória de amor que tenha marcado a história de Portugal está aqui

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  • čas přidán 18. 05. 2024
  • Se há estória de amor que tenha marcado a história de Portugal, é a do amor proibido entre o infante D. Pedro e Inês de Castro, dama de companhia da sua mulher D. Constança Manuel.
    Apesar do casamento, o Infante marcava encontros românticos com Inês nos jardins da Quinta das Lágrimas. Depois da morte de D. Constança em 1345, D. Pedro passou a viver maritalmente com Inês, o que acabou por afrontar o rei D. Afonso IV, seu pai, que condenava de forma veemente a ligação, e provocou forte reprovação da corte e do povo.
    Durante anos, Pedro e Inês viveram nos Paços de Santa Clara, em Coimbra, com os seus três filhos. Mas o crescendo de censura à união por parte da corte pressionava constantemente D. Afonso IV, que acabou por mandar assassinar Inês de Castro em Janeiro de 1355. Louco de dor, Pedro liderou uma revolta contra o rei, nunca perdoando ao pai o assassinato da amada. Quando finalmente assumiu a coroa em 1357, D. Pedro mandou prender e matar os assassinos de Inês, arrancando-lhes o coração, o que lhe valeu o cognome de o Cruel.
    Mais tarde, jurando que se havia casado secretamente com Inês de Castro, D. Pedro impôs o seu reconhecimento como rainha de Portugal. Em Abril de 1360, ordenou a trasladação o corpo de Inês de Coimbra para o Mosteiro Real de Alcobaça, onde mandou construir dois magníficos túmulos, para que pudesse descansar para sempre ao lado da sua eterna amada. Assim ficaria imortalizada em pedra a mais arrebatadora história de amor portuguesa.
    O Mosteiro de Alcobaça encontra-se intimamente ligado à afirmação de Portugal como reino independente (1139-1179). Foi fundado por iniciativa do primeiro rei, D. Afonso Henriques, por doação a Bernardo de Claraval, datada de 1153.
    Traduz, como poucos monumentos, a sobriedade estética pregada por S. Bernardo e o rigor e a austeridade da Ordem de Cister. As obras foram iniciadas em 1178 e terminadas cerca de 100 anos depois. Na igreja os mestres pedreiros da Ordem de Cister experimentaram o que era, na altura, um novo “modo” de construção - o gótico - introduzindo no território português essa nova linguagem arquitetónica.
    Panteão Régio da monarquia portuguesa, o Mosteiro de Alcobaça alberga os túmulos de D. Pedro I e de D. Inês de Castro, datados do séc. XIV e considerados obras- primas da escultura tumulária europeia. Com um riquíssimo programa decorativo, neles se destacam as representações do Juízo Final, no túmulo de D. Inês, e da Roda da Vida, no túmulo de D. Pedro.
    O Mosteiro de Alcobaça, cujas últimas dependências construídas datam do século XVIII, é considerado um dos maiores e mais bem conservados conjuntos abaciais da Ordem de Cister em toda a Europa. A espiritualidade dos monges de Cister e a imaterialidade que a sua busca da perfeição implicava, reflete-se em todo o edifício, espécie de diamante em bruto, espaço único e irrepetível.

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