11. CHÃO DE ESTRELAS (Orestes Barbosa, Sílvio Caldas)

Chão de Estrelas, 1937 - Orestes Barbosa, Sílvio Caldas
Minha vida era um palco iluminado
Eu vivia vestido de dourado
Palhaço das perdidas ilusões
Cheio dos guizos falsos da alegria
Andei cantando a minha fantasia
Entre as palmas febris dos corações
Meu barracão no morro do Salgueiro
Tinha o cantar alegre de um viveiro
Foste a sonoridade que acabou
E hoje, quando do sol, a claridade
Forra o meu barracão, sinto saudade
Da mulher pomba-rola que voou
Nossas roupas comuns dependuradas
Na corda, qual bandeiras agitadas
Parecia um estranho festival!
Festa dos nossos trapos coloridos
A mostrar que nos morros mal vestidos
É sempre feriado nacional
A porta do barraco era sem trinco
Mas a lua, furando o nosso zinco
Salpicava de estrelas nosso chão
Tu pisavas os astros, distraída,
Sem saber que a ventura desta vida
É a cabrocha, o luar e o violão
***
Divina Dádiva-Dívida
Celso Sim e João Camarero
Repertório, Arranjos, Direção e Produção Musical: Celso Sim e João Camarero
Direção e Produção Artística: Fernanda Diamant
Gravado, Mixado e Masterizado no Estúdio Space Blues por Alexandre
Fontanetti / assistente: Pedro Luz
Arte Gráfica: mercurio studio
Pesquisa iconográfica sobre Elizeth Cardoso no MIS RJ / Centro de Pesquisa e
Documentação Ricardo Cravo Albin e no IMS: Celso Sim
Foto Elizeth Menina: Fotógrafo não identificado / Coleção Elizeth Cardoso/Instituto
Moreira Salles IMS, 26-4-1934
Foto Elizeth Diva: Fundação Museu da Imagem e do Som RJ, Coleção Sérgio
Cabral (autor e data desconhecidos)
Fotos de Elizeth Cardoso cedidas por Paulo Cesar Valdez Junior
Fotos Celso Sim e João Camarero: Paulo Saborido
Texto de Apresentação: Alaíde Costa
Produção Executiva: Guto Ruocco, CIRCUS produções culturais
Assistente de Produção Executiva: Cristina Maluli