Nas minhas aventuras pelas cantorias, para aí em 1994 ou 1995, algures nos estúdios da NBP, enquanto me maquilhava e ela também no mesmo camarim, falou comigo como se me conhecesse há anos, tu cá tu lá, em pleno pé de igualdade, sem vedetismos... e nunca me tinha visto antes. Isto é a marca de uma grande artista e de uma grande senhora.
Grande canção, cantada maravilhosamente, pela grande senhora da música portuguesa, a nossa Simone. Luís, não há as canções que ela cantou, como a "gatinha" e "as marchas do Estoril"? Obrigado pelos belos momentos que nos oferece. Um grande abraço.
Sublime interpretação, sem dúvida! A força que esta senhora dá a um poema já de si forte e profundo só podia resultar neste grande momento de música e poesia aqui e em qualquer parte do mundo. Pena que hoje em dia a RTP, paga por todos nós, faça exactamente o mesmo que os canais privados.
Para além do enorme, inesquecível, inimitável e saudoso Carlos do Carmo, para quem esta pérola musical foi escrita e composta pelo genilal Zé Luis Tinoco, somente à Senhora Simone Oliveira e à menina Dulce Pontes devia ser permitido interpretá-la, a rigorosamente mais ninguém. A beleza desta música, para mim a mais bonita do nosso cancioneiro, a par de "Um Homem na cidade", roça a obscenidade.
JOSÉ CARLOS ARY DOS SANTOS, in AS PALAVRAS DAS CANÇÕES (Ed. Avante, 1989) NO TEU POEMA No teu poema Existe um verso em branco e sem medida Um corpo que respira, um céu aberto Janela debruçada para a vida. No teu poema Existe a dor calada lá no fundo O passo da coragem em casa escura E aberta, uma varanda para o mundo. * Existe a noite O riso e a voz refeita à luz do dia A festa da senhora da agonia E o cansaço do corpo que adormece em cama fria. Existe um rio A sina de quem nasce fraco ou forte O risco, a raiva, a luta de quem cai ou que resiste Que vence ou adormece antes da morte. * No teu poema Existe o grito e o eco da metralha A dor que sei de cor mas não recito E os sonos inquietos de quem falha. No teu poema Existe um cantochão alentejano A rua e o pregão de uma varina E um barco assoprado a todo o pano. * Existe a noite O canto em vozes juntas, vozes certas Canção de uma só letra e um só destino a embarcar O cais da nova nau das descobertas. Existe um rio A sina de quem nasce fraco, ou forte O risco, a raiva e a luta de quem cai ou que resiste Que vence ou adormece antes da morte. * No teu poema Existe a esperança acesa atrás do muro Existe tudo mais que ainda me escapa E um verso em branco à espera... do futuro. * Belo. Sempre.
A Simone é e será sempre eterna. Está no coração de todos os Portugueses!
Canção maravilhosa, cantada e interpetada, sublime.
Nas minhas aventuras pelas cantorias, para aí em 1994 ou 1995, algures nos estúdios da NBP, enquanto me maquilhava e ela também no mesmo camarim, falou comigo como se me conhecesse há anos, tu cá tu lá, em pleno pé de igualdade, sem vedetismos... e nunca me tinha visto antes. Isto é a marca de uma grande artista e de uma grande senhora.
Grande canção, cantada maravilhosamente, pela grande senhora da música portuguesa, a nossa Simone. Luís, não há as canções que ela cantou, como a "gatinha" e "as marchas do Estoril"? Obrigado pelos belos momentos que nos oferece. Um grande abraço.
A assombrosa Arte que existe na poesia e musica de José Luis Tinoco e na Intepretação de Simone de Oliveira!
Que voz deliciosa, eterno poema de amor numa interpretação sublime.
espectacular interpretacion.-
Awesome!
Sublime interpretação, sem dúvida! A força que esta senhora dá a um poema já de si forte e profundo só podia resultar neste grande momento de música e poesia aqui e em qualquer parte do mundo. Pena que hoje em dia a RTP, paga por todos nós, faça exactamente o mesmo que os canais privados.
Num mundo de faz de conta e de tanta mediocridade, ouvir Simone é relembrar a força, a beleza e a Voz.
Lol ô no IOP
Ora nem mais!
Para além do enorme, inesquecível, inimitável e saudoso Carlos do Carmo, para quem esta pérola musical foi escrita e composta pelo genilal Zé Luis Tinoco, somente à Senhora Simone Oliveira e à menina Dulce Pontes devia ser permitido interpretá-la, a rigorosamente mais ninguém.
A beleza desta música, para mim a mais bonita do nosso cancioneiro, a par de "Um Homem na cidade", roça a obscenidade.
Linda Senhora
Diva
JOSÉ CARLOS ARY DOS SANTOS, in AS PALAVRAS DAS CANÇÕES (Ed. Avante, 1989)
NO TEU POEMA
No teu poema
Existe um verso em branco e sem medida
Um corpo que respira, um céu aberto
Janela debruçada para a vida.
No teu poema
Existe a dor calada lá no fundo
O passo da coragem em casa escura
E aberta, uma varanda para o mundo.
*
Existe a noite
O riso e a voz refeita à luz do dia
A festa da senhora da agonia
E o cansaço do corpo que adormece em cama fria.
Existe um rio
A sina de quem nasce fraco ou forte
O risco, a raiva, a luta de quem cai ou que resiste
Que vence ou adormece antes da morte.
*
No teu poema
Existe o grito e o eco da metralha
A dor que sei de cor mas não recito
E os sonos inquietos de quem falha.
No teu poema
Existe um cantochão alentejano
A rua e o pregão de uma varina
E um barco assoprado a todo o pano.
*
Existe a noite
O canto em vozes juntas, vozes certas
Canção de uma só letra e um só destino a embarcar
O cais da nova nau das descobertas.
Existe um rio
A sina de quem nasce fraco, ou forte
O risco, a raiva e a luta de quem cai ou que resiste
Que vence ou adormece antes da morte.
*
No teu poema
Existe a esperança acesa atrás do muro
Existe tudo mais que ainda me escapa
E um verso em branco à espera... do futuro.
*
Belo. Sempre.
este belíssimo poema é de José Luís Tinoco (tal como aliás a música)!