Cada indivíduo é regido conforme suas qualidades, que são continuamente lapidadas no sistema de doutrinação que convencionou-se chamar de Capoeira, como uma magnífica instrução de autoconhecimento. Essas entidades possuem nomes de grandezas diversas, tais como esta aqui, destrinchada didaticamente, intitulada Reviravolta, um jeito beligerante, legítimo pela sua gloriosa história, pelos seus símbolos e personalidades imortais, e simplesmente pela condição natural de sucessivas tentativas de acertos e erros. Desse movimento evolutivo, inerente à condição humana, reiterada pelas gerações e gerações, de capadócios (malandros) a bambas (peritos/destemidos), a Reviravolta coexiste em qualquer praticante, mesmo um mero apreciador da Capoeira, é essa volição, tanto incessante quanto inconstante, na progressão rumo ao domínio de si, é que é, portanto, inquestionável, tendo como prova a luta, a dança, o jogo, a musicalidade, atemporal onipresentes e onipotentes da capoeiragem, por assim dizer.