"Clarão, luar, vulcão, Elis, essa mulher. Pessoa sujeita a chuvas e trovoadas. Amizade de alta voltagem, com direito a choque. Luz vermelha, sinal de perigo, atenção. Ou não: tudo em paz, tudo azul. Imprevisível". Assim era a Elis, segundo a compositora Joyce Moreno. Mas não apenas isso. Ela era mais. A artista de talento ímpar no cenário da Música Popular Brasileira, a tal MPB, sigla que ela contribuiu na criação junto com outros amigos e colegas artistas. Que tomava para si as composições, imprimindo suas próprias digitais, como se fosse também uma autora. "Toda dor e delícia humana nessa voz. A voz do Brasil. [...] Cantador não escolhe seu cantar, canta o mundo que vê. Quem viu, bendiz a voz de Elis. Ela agora mora só no pensamento". E também nos nossos corações. Na voz e no violão, a cantora e compositora Joyce Moreno canta a música "Samba pra Elis", composição dela com o parceiro Paulo César Pinheiro em homenagem à Pimentinha. A música foi gravada no álbum "Astronauta: Canções de Elis", lançado pela gravadora Pau Brasil em 1998 homenageando a Pimentinha. Elis. Essa mulher.