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Canal do Cosme Rímoli
Brazil
Registrace 16. 03. 2023
Jornalista, brasileiro, oito Copas do Mundo. Seis prêmios Aceesp, como melhor repórter esportivo de São Paulo. Apaixonado. Por esse tal de futebol...
'NUNCA HOUVE SUCESSOR DE SENNA. A GLOBO PRESSIONOU DE FORMA INJUSTA RUBINHO E MASSA.' | COSME RÍMOLI
Foi a mais emocionante entrevista do canal.
Aos 91 anos, Claudio Carsughi atravessou os longos corredores da RECORD TV em cima de uma cadeira de rodas. Ao lado de sua filha Claudia, herdeira do talento para o jornalismo, mesmo podendo andar, com o auxílio de uma bengala, se poupava para a longa e sincera conversa.
Assim que os microfones foram colocados, ele colocou uma pastilha na boca, e deu preciosa lição sobre ética, jornalismo, futebol e automobilismo.
Mostrou porque é reverenciado como mestre.
Muito culto, de personalidade fortíssima, adaptou a fria lógica de engenheiro formado para analisar esportes dominados pela paixão: a Fórmula 1 e o futebol.
A história de sua vida daria um filme digno de Federico Fellini.
Nascido em Arezzo, na Itália, no dia 13 de outubro de 1932, o roteiro reservava surpresa atrás de surpresa. Primeiro, ao ir ainda menino assistir, junto com seus colegas de escola, um desfile de carro aberto de Hitler, que se aproximava a Alemanha nazista da Itália, dominada pelo fascismo, de Mussolini.
Logo após o final da Segunda Guerra Mundial, sua avó decide que toda família deveria ir para o outro lado do planeta. Viver no Brasil, onde já existiam laços profissionais. "Ela dizia que já tínhamos sobrevivido a duas Guerras Mundiais na Itália. Melhor seria fugir da Terceira", relembra Claudio.
Já no Brasil, teve aulas de português com ninguém menos do que Jânio Quadros, que chegaria à presidência da República. "Foram aulas memoráveis. Aprendi a falar português com o melhor professor. É uma questão de respeito falar e escrever o idioma de maneira correta.'
Apaixonado desde sempre por automobilismo, foi estudar Engenharia, na respeitadíssima Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, a Poli.
Só que que antes, aos 14 anos, seu pai queria que ele não perdesse o contato com o italiano. E ofereceu seu serviço como 'jornalista' para o Corriere dello Sport. Foi assim que cobriu a Copa de 1950.
E, sempre muito direto, dá seu veredicto.
"Não gosto de falar com quem não pode se defender. Para mim, a culpa da derrota foi do treinador Flávio Costa, que infelizmente já morreu. Ele não conseguiu entender que o empate bastava contra o Uruguai. E quis atacar de qualquer maneira. E o Brasil perdeu o título em dois contragolpes."
Sim, Carsughi acompanhou as últimas 19 Copas do Mundo.
Claudio só se deixa levar pela paixão em relação a um jogo que marcou sua vida. A final da Copa dos Campeões entre Fiorentina e Real Madrid, na temporada 1956/1957.
"Os espanhóis foram campeões graças ao árbitro holandês Leo Horn. Ele manipulou o resultado. O que ele fez foi imperdoável."
Mas a verdadeira paixão de Carsughi estava ganhando o mundo. A Fórmula 1.
"Acompanho corrida desde criança, quando meu pai me levava para assistir corridas de rua, na Itália. Com três, quatro anos."
Juntou sua paixão com o jornalismo e teve uma passagem histórica na Jovem Pan, de quase 60 anos.
Viu o nascimento dos grandes pilotos brasileiros. E acompanhou de perto suas carreiras. Desde Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet, Ayrton Senna, Rubens Barrichello, Felipe Massa. Assim como os melhores do mundo.
"O meu time perfeito seria Juan Manuel Fangio, o melhor piloto de todos. O único a vencer um Mundial sem estar com o melhor carro. E Ayrton Senna, inquestionável."
Seu amor na Fórmula 1 é pela Ferrari, equipe de quem é mais crítico, talvez por esse amor intenso.
Carsughi foi o primeiro jornalista do Brasil a anunciar a morte de Senna. Em plena transmissão da Jovem Pan, de São Paulo ele entrou em contato com um jornalista na Itália, que entrevistava a médica que atendeu Senna.
Ele não poupa a Globo pela pressão exagerada sobre Rubinho e Massa.
"A emissora pensou que seria natural. Surgiriam campeões atrás de campeões. Não há lógica alguma. A Inglaterra teve de esperar 50 anos por Lewis Hamilton. A Alemanha, uma eternidade por Schumacher. Nunca houve sucessor para o Senna. As coisas na Fórmula 1 não acontecem assim. A Globo jogou pressão de forma injusta em Rubinho e Massa, dois ótimos pilotos."
Carsughi sempre foi movido pelo trabalho. Ao mesmo tempo que comentava futebol e automobilismo pela Jovem Pan e na rádio Bandeirantes, fazia questão de escrever. Foi editor da Quatro Rodas, trabalhou no Jornal da Tarde, na Gazeta Esportiva. Além de seguir correspondente do Brasil para jornais italianos.
Na tevê teve passagem marcante no Sportv.
Ficou quase 60 anos na Jovem Pan.
Extremamente lúcido, inteligente e irônico, justificou plenamente nesta histórica entrevista o motivo por ser chamado pelos colegas de Mestre.
Seu livro, Meus 50 anos de Brasil, escrito, a fórceps, pela filha Claudia, se tornou leitura obrigatória.
REDE SOCIAL
Instagram: @cosmerimoli
É motivo de orgulho ser colega de profissão de Claudio Carsughi
Privilégio entrevistá-lo...
Instagram: @cosmerimoli
Aos 91 anos, Claudio Carsughi atravessou os longos corredores da RECORD TV em cima de uma cadeira de rodas. Ao lado de sua filha Claudia, herdeira do talento para o jornalismo, mesmo podendo andar, com o auxílio de uma bengala, se poupava para a longa e sincera conversa.
Assim que os microfones foram colocados, ele colocou uma pastilha na boca, e deu preciosa lição sobre ética, jornalismo, futebol e automobilismo.
Mostrou porque é reverenciado como mestre.
Muito culto, de personalidade fortíssima, adaptou a fria lógica de engenheiro formado para analisar esportes dominados pela paixão: a Fórmula 1 e o futebol.
A história de sua vida daria um filme digno de Federico Fellini.
Nascido em Arezzo, na Itália, no dia 13 de outubro de 1932, o roteiro reservava surpresa atrás de surpresa. Primeiro, ao ir ainda menino assistir, junto com seus colegas de escola, um desfile de carro aberto de Hitler, que se aproximava a Alemanha nazista da Itália, dominada pelo fascismo, de Mussolini.
Logo após o final da Segunda Guerra Mundial, sua avó decide que toda família deveria ir para o outro lado do planeta. Viver no Brasil, onde já existiam laços profissionais. "Ela dizia que já tínhamos sobrevivido a duas Guerras Mundiais na Itália. Melhor seria fugir da Terceira", relembra Claudio.
Já no Brasil, teve aulas de português com ninguém menos do que Jânio Quadros, que chegaria à presidência da República. "Foram aulas memoráveis. Aprendi a falar português com o melhor professor. É uma questão de respeito falar e escrever o idioma de maneira correta.'
Apaixonado desde sempre por automobilismo, foi estudar Engenharia, na respeitadíssima Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, a Poli.
Só que que antes, aos 14 anos, seu pai queria que ele não perdesse o contato com o italiano. E ofereceu seu serviço como 'jornalista' para o Corriere dello Sport. Foi assim que cobriu a Copa de 1950.
E, sempre muito direto, dá seu veredicto.
"Não gosto de falar com quem não pode se defender. Para mim, a culpa da derrota foi do treinador Flávio Costa, que infelizmente já morreu. Ele não conseguiu entender que o empate bastava contra o Uruguai. E quis atacar de qualquer maneira. E o Brasil perdeu o título em dois contragolpes."
Sim, Carsughi acompanhou as últimas 19 Copas do Mundo.
Claudio só se deixa levar pela paixão em relação a um jogo que marcou sua vida. A final da Copa dos Campeões entre Fiorentina e Real Madrid, na temporada 1956/1957.
"Os espanhóis foram campeões graças ao árbitro holandês Leo Horn. Ele manipulou o resultado. O que ele fez foi imperdoável."
Mas a verdadeira paixão de Carsughi estava ganhando o mundo. A Fórmula 1.
"Acompanho corrida desde criança, quando meu pai me levava para assistir corridas de rua, na Itália. Com três, quatro anos."
Juntou sua paixão com o jornalismo e teve uma passagem histórica na Jovem Pan, de quase 60 anos.
Viu o nascimento dos grandes pilotos brasileiros. E acompanhou de perto suas carreiras. Desde Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet, Ayrton Senna, Rubens Barrichello, Felipe Massa. Assim como os melhores do mundo.
"O meu time perfeito seria Juan Manuel Fangio, o melhor piloto de todos. O único a vencer um Mundial sem estar com o melhor carro. E Ayrton Senna, inquestionável."
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Quantas e quantas vezes ficava ouvindo indiretamente, como se fosse um som ao fundo de meus afazeres infantis, a voz de Carsughi na JP, sintonizada por meu já saudoso pai! Uma lenda que fora parte da história de muitos brasileiros, com certeza!
Esse cara é sensacional. Programa parabens
Eder é ainda um ótimo narrador, um dos melhores. mas é muito comercial com BOLA ROLANDO.
Lenda viva!
Sensacional
Muito legal a entrevista! Carsughi é sensacional!
CARSUGUI, "LENDA VIVA".
Sobre o pleito do Felipe Massa, reclamando o título de 2008, referindo-se ao 'Crash-Gate" Carsughi menciona que o resultado em Singapura foi arranjado (e de fato foi mesmo, o Alonso ganhou a corrida injustamente). Por isso, consequentemente Felipe Massa teria ganho a corrida e seria Campeão em Interlagos por reunir a maior pontuação no final da Temporada 2008, no GP de Interlagos. 👇👇 (LEIA ABAIXO) . Só que estamos partindo da PREMISSA de que o Felipe Massa NÃO COMETERIA ERROS na Corrida de Singapura e cruzaria a Linha de Chegada. Alguém levou em consideração a possibilidade de o Felipe também poder cometer um erro e bater em um dos muros de Singapura? Ou ao ultrapassar algum retardatário não muito habilidoso, ele vir a ser jogado para fora do circuito de rua e não terminasse a corrida, como aconteceu com Nelson Piquet em Mônaco-1980? Algum Ser Humano pode garantir que nada de errado iria ocorrer neste GP para a Ferrari? Que Felipe venceria aquela corrida? . (Em 1988, Senna iria vencer o GP de Mônaco com mais de um mito de vantagem sobre o Prost. Era para vencer. Mas perdeu a Concentração e bateu no Guard-Rail, deixando a vitória de presente para o Alain Prost.) . Também, não nos esqueçamos que, no início da temporada, Felipe fez um início de campeonato muito ruim, envolvendo-se em acidente nas primeiras curvas após a largada de um Grande Prêmio, saindo para fora da pista e ficando preso na Caixa de Brita em outro Grande Prêmio, rodando (spinning) na corrida da Itália várias vezes por causa de sua pilotagem na chuva. (Outros pilotos não rodaram, nem mesmo o companheiro de equipe Kimi Raikonnen, que tinha o mesmo carro/equipamento). Cometendo erros primários, enfim. Retira-se o título de Lewis Hamilton (que não agiu de má-fé como Fernando Alonso e Flávio Briatore em nenhum momento na Temporada, para prejudicar Massa) e retifica-se as estatísticas da Fórmula 1? 📊📉 . Por isso, na minha (humilde) opinião, é falacioso esse argumento de que ele seria Campeão de 2008 se Nelsinho Piquet não houvesse jogado o seu Renault no muro de Singapura. É simplificar demais uma série de eventos que poderiam ou não ocorrer, ao longo de toda uma Temporada... 🤔🤔
Houve um tempo de excelentes pilotos Emerson Fitipaldi, Nike Lauda, Nelson Piquet, Alain Prost e Airton Senna.
A Pan nunca deveria tê-lo dispensado.
Salve grande Carsughi !!! Tento não ser aquele chato saudosista, mas é dificil diante desse show de competência. Parabéns , longa vida caro Carsughi.
Perfeito... influencer não tem responsabilidade nenhuma !!!
Grande entrevista parabéns
Que qualidade de bate papo. Respeito máximo por ambos!
Carsughi, brilhante em todos aspectos!
Carsughi um mestre em todos os sentidos, Gratidão
Aulas!!!!!!!
Claudio Carsughi é diferenciado
Carsughi o melhor comentarista e um ícone do rádio, faz falta ouvir suas análises corretas e justas… parabéns
Parabens Cosme ! Outro golaco essa entrevista com Carsughi ! Que privilegio nos temos em ver toda a lucidez e elegancia deste gigante do jornalismo. Emocionante ver o Carsughi !
Mestre máximo! Don Cláudio!
Simplesmente espetacular !
Parabéns pela entrevista. Claudio Carsughi é maravilhoso.
Que video foi esse?
Definiu bem mestre dos mestres. Grande Cláudio Carsugui! 😊
Vanderlei Nogueira sou seu fã parabéns pela carreira
Carsughi jornalista sempre sério e carismático.
Parabéns pela entrevista
Outros pilotos também venceram com carros inferiores: Emerson Fittipaldi em 1974 contra as Ferrari Ayrton Senna em 1990 contra a Ferrari. Claudio Carsugui é top como Fernando Calmon, Edgar Melo Filho,. Em Mônaco em 1933, Tazio Nuvolari seu carro pegou fogo e ele empurrou tentanto ainda correr, contra Archile Varzi.
Que bom ver Claudio Carsughi tão lúcido com 91 anos.
Bela entrevista
Grande Mestre do jornalismo
Chico eh um ícone !
Esse é mestre Hj a jovem pan baixou muito o nível. Vampeta comenta até Bêbado
Sempre com respostas curtas e objetivas, sem blá blá blá. É diferenciado.
Saudades do Mestre. Ótima entrevista
Mestre, gênio, lenda e ícone Claudio Carsugui! ❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤
Claudio Carsuhgi O mestre dos mestres é a maior enciclopédia do automobilismo
Lendaaa! Forza Viola..ele é muito Fiorentina!!
Carsughi. Sabe demais. Só uma coisa... Piquet (81 e 83) e Prost (86) também venceram Mundiais de Fórmula 1, sem estarem contando com o(s) melhor(es) equipamento(s).
Piquet em inícios de 1983 já contava como certo o título, com um Brabham ajustado e com um motor turbo BMW já confiável. Mesmo com um bom Renault de Prost.
Mas tanto o Piquet como o Prost tinha o melhor esquema. O Prost em 1986 massacrou o companheiro de equipe o Keke Rosberg, sô o Prost tinha carro reserva, já as Willams de 1986 o Piquet e o Mansell brigavam muito entre si. Um tirando ponto do outro. Houve até sabotagem do diferencial do Mansell no GP da Hungria. O Mansell não tinha carro reserva e não podia usar a suspensão ativa. Já em 1981 o Piquet tinha um companheiro de equipe ridículo o Hector Rebaque que era 3 segundos mais lento que o Piquet. Já a Williams tinha uma briga feia entre os bons Reutemann e Alan Jones. Já em 1983 o Piquet tinha os excelentes pneus Michelin, o motor BMW que tinha 30 CV a mais que o Renault. Um bom chassi de fibra de carbono. E um companheiro médio o Patrese. Que não incomodava o Piquet. Já o Prost apesar de ter os Michelin o Prost tinha um chassi de alumínio e um companheiro de equipe bom o Arnoux. Sem contar que a gasolina da Brabham na última corrida estava fora do regulamento. Em 1984 a FIA comprou um aparelho de espectroescopia que da os resultado em 10 minutos. Casualmente depois disto os BMW de 1984 quebraram em quase todas as provas.
FALTAVA ESSA
Que entrevista sensacional, ele também foi um ótimo jornalista automotivo..
Olha o nível de profissional que a Jovem Klan mandou embora, pqp! Esse homem é um lorde.
Gratidão a Cosme Rímoli pela bela entrevista com o Mestre Carsughi. Tenho inúmeras lembranças dele ao microfone da Jovem Pan - inclusive de uma transmissão em que ele e Orlando Duarte fizeram do GP da Argentina. Orlando narrando, Carsughi comentando. Além disso, ele integrou a melhor equipe de rádio que ouvi: José Silvério, Orlando Duarte, Carsughi e as reportagens de Cândido Garcia e, depois, Wanderley Nogueira.
Grande Claudio Carsughi, lenda viva do jornalismo de automobilismo !!
Lenda Viva.
Esse é mestre mesmo, saudades da antiga Jovem Pan, com jornalismo sério e pessoas do nível do Carsughi...
12° ouvinte
O melhor dos melhores
Sinto muito pela dor desse pai 😔